Mês: junho 2024
Assembleia simultânea no Fundão, em Macaé e na Praia Vermelha nesta segunda-feira, dia 1º, organiza saída da greve
Fasubra, Andes e Sinasefe assinaram, no início da noite desta quinta-feira, dia 27, o acordo de greve com o governo. A FASUBRA foi representada pela Coordenadora Geral, Cristina Del Papa.
Com isso, os trabalhadores se preparam para retornar ao trabalho. Na UFRJ assembleia nesta segunda-feira, 1º de julho, decide quando é como será a saída da greve. A assembleia será simultânea, às 9h30, no Fundão (auditório do bloco A do CT), Praia Vermelha e Macaé. Na pauta, além do encerramento da greve, organização de recomposição de atividades, pauta interna e agenda de luta.
O acordo foi firmado depois de 106 dias de greve dos técnicos-administrativos em educação (85 das demais categorias). Liderenças sindicais estiveram no Ministério da Gestão e Inovação para assinatura do documento com direito à presença dos ministros Esther Dweck (Gestão e Inovação) e Camilo Santana (Educação), além do secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Feijóo, escalado para negociar com os servidores.
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Momento importante
Cristina enfatizou que embora haja avanços, as conquistas são insuficientes porque a categoria não conseguiu o atendimento de toda pauta. Também a importância da derrota do fascismo, com a eleição de um governo democrático que tornou possível esse processo negocial por meio das mesas “nas quais ainda teremos um longo caminho para a construção das soluções, para o aumento do orçamento das instituições de ensino, para consolidar as relações democráticas em especial nos órgãos colegiados nas universidades”.
Destacou que os servidores técnicos administrativos em educação conquistam nesta greve – um movimento forte no Brasil inteiro – mais um degrau no reconhecimento de sua identidade. E agradeceu aos que atuaram pelo êxito da negociação, citando companheiros que estavam na cerimônia com ela: as coordenadoras-gerais da Fasubra Ivanilda Reis e Loiva Chansis, e os representantes da Coordenação Jurídica e Relações de Trabalho, Marcelo Rosa e Daniel Soares.
A ministra Esther Dweck apontou a importância do processo até a assinatura do acordo, para ela, também, um momento muito importante. Mas lembrou que a luta pelo serviço público e pela Educação continua. Camilo Santana ressaltou o resultado da construção coletiva, do diálogo e o esforço para se chegar ao acordo. E concluiu afirmando que não se tem educação de qualidade sem valorizar professores e servidores.
Mobilização continua
O coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente parabenizou os companheiros que lutaram pela greve da Educação, em especial a categoria técnico-administrativa em Educação. “Não fosse está luta, os ajustes em 2025 e 2026 somariam 9%. A greve garante uma reestruturação que trará ganhos entre 14,5% e 60% em dois anos (a depender de cargo, tempo de carreira e aplicação de incentivo a qualificação para ativos, aposentados e pensionistas), além da regulamentação do RSC (Reconhecimento de Saberes e Competências), como alternativa de valorização. Temos que ficar em permanente mobilização na vigilância das conquistas da greve. Não conquistamos nossa pauta máxima. Mas o que conquistamos faz diferença e soma a retomada da força e organização do movimento da Categoria”, disse ele, conclamando a continuidade da luta: “Temos que tomar as ruas para denunciar a política de arcabouço fiscal e do poder do Centrão sobre o orçamento. Denunciar o sistema da dívida pública que beneficia em especial os banqueiros”.
CNG analisou minuta final
Segundo a Fasubra, na manhã e início da tarde desta quinta-feira, 27, o Comando Nacional de Greve da FASUBRA realizou nova reunião com o objetivo de análise final da minuta do acordo com o governo, abrindo o debate sobre a assinatura ou não, com os resultados das assembleias de base que chegaram até às 15h. Dos 48 sindicatos de base, a maioria optou pela aceitação da assinatura do acordo com o governo. (Fotos: FASUBRA).
Um dia antes, o governo havia enviado, a pedido do CNG, uma minuta do acordo. Mas o texto foi considerado incompleto, com erros e omissões. O Comando se dedicou a corrigir o documento, destacando as omissões e, em conjunto com o Sinasefe, solicitando a correção ao governo.
Para o coordenador de Comunicação da Fasubra Francisco de Assis, a minuta final atendeu ao que o Comando Nacional de Greve pactuou com o Sinasefe e com o governo. “O governo se curvou a nossa reivindicação e redigiu (o acordo) do jeito que as entidades reivindicaram”, avaliou.
REUNIÂO do CNG avaliou minuta
DELEGAÇÂO da UFRJ no CNG
MOMENTO da assinatura. Esta e mais imagens da cerimônia estão em https://www.instagram.com/fasubrasindical/
A LUTA continua, alertam manifestantes no MGI
Como o acordo repercute na tabela
Confira na página do Sintufrj no Youtube a explicação do CLG (começa pouco depois de 20 minutos de iniciada a assembleia do dia 19) ou pela edição do Jornal do Sintufrj disponível no site da entidade. O link do vídeo é https://www.youtube.com/watch?v=iqFyIJH7MZg.
No que diz respeito a itens econômicos, ativos e aposentados na proposta atual, entre janeiro do ano que vem até abril de 2026, terão ganhos entre 14,8% e 65%. Vai depender de onde se está na carreira, qual o cargo, tempo de casa, formação, entre outros elementos. E se há incentivo à qualificação. A partir desses três fatores, pode-se dizer quanto você vai ganhar em janeiro e em 2026.
Leia no site do Sintufrj matéria sobre ganhos da greve:
REPRESENTANTES da Fasubra, Sinasefe e Andes e do governo juntos ao final da cerimônia
Um ato convocado pelo Fórum dos Segmentos da Educação Pública do Rio de Janeiro defendeu na tarde de quinta-freira (27) a recomposição orçamentária das instituições da rede pública de ensino e a valorização da educação. Trabalhadores da UFRJ marcaram presença motivados pela jornada de lutas da greve de mais de 100 dias em busca de Carreira, salários que recupere perdas e verbas para universidades. Fotos: Elisângela Leite
A data faz referência a um evento ocorrido no final da década de 1960, em Nova York, quando um grupo de pessoas queer enfrentou a repressão e a violência policial por seus direitos
HOJE, GRANDE ATO DO ORGULHO NA CINELÂNDIA, 17H
O Dia Internacional do Orgulho acontece todo 28 de junho e é comemorado todos os anos após os chamados Distúrbios de Stonewall (ou Revolta de Stonewall), nos Estados Unidos, uma revolta considerada um marco para a comunidade LGBTQ+ no mundo todo.
O que foi a Revolta de Stonewall?
A Revolta de Stonewall é o nome dado aos protestos que começaram em 28 de junho de 1969, quando um grupo de policiais invadiu o bar Stonewall Inn, no bairro de Greenwich Village, em Nova York, como explica o artigo “Nosso Stonewall”, publicado na revista “A 50 anos de Stonewall, a revolta continua”.
Segundo o documento, o enfrentamento foi causado por uma batida policial na qual os agentes da polícia prenderam pessoas transgêneras, drag queens e drag kings presentes no local acusados de travestismo, que naquela época era ilegal em Nova York.
Isso despertou a raiva e a rebeldia das pessoas presentes, que reagiram à invasão. A hostilidade entre os envolvidos aumentou até chegar à agressão física e ao levante da comunidade queer. O distúrbio não durou apenas uma noite, mas se estendeu pelos próximos quatro dias, conforme relata o artigo.
“Esse evento é considerado o início do movimento de liberação gay e um marco histórico para os movimentos de dissidência sexual”, afirma o documento.
Por que a revolta de Stonewall marcou um antes e um depois na luta por direitos dos LGBTQ+?
Embora tenham acontecido conflitos anteriores, esse evento entrou para a história por suas características particulares, afirma Facundo Saxe, autor de “Nosso Stonewall”, e pesquisador do Centro Interdisciplinar de Pesquisas de Gênero da Faculdade de Humanidades da Universidade Nacional de La Plata (Unlp) e cientista do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina (Conicet), em entrevista à National Geographic.
O especialista afirma que o que aconteceu em Nova York foi simultâneo a outros distúrbios e revoluções contraculturais no resto do mundo (como o Maio de 1968 na França, por exemplo), e movimentaram a década de 1960 em diversos países.
Em relação à noite de 28 de junho, o pesquisador do Conicet diz que a rebelião “despertou um fim de semana de conflitos contra a autoridade policial, quando as pessoas tomaram as ruas. Essa ocupação do espaço público abriu uma década de marchas e mobilizações que seriam diferentes do que havia ocorrido anteriormente. Foi como se tivesse acendido a chama de uma geração que queria viver de outra forma“.
O papel de Stonewall foi o de “primeiro tijolo”, que deu início a “um processo de luta cultural contra a repressão e a violência“, afirma Víctor Madrigal-Borloz, especialista independente sobre a proteção contra a violência e a discriminação por motivos de orientação sexual e identidade de gênero designado pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
A partir desses enfrentamentos, “o conceito de orgulho começou a ressoar com força, porque aquilo que você foi ensinado a esconder, reprimir, disciplinar, a não mostrar, apareceu publicamente”, conclui Saxe.
Por que as marchas do orgulho são realizadas em diferentes datas na América Latina?
Além do Dia Internacional do Orgulho, existem outras datas relevantes para a comunidade LGBTQ+. Por exemplo, no dia 17 de maio se comemora o Dia Internacional Contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia em memória à data de 1990 quando a homossexualidade deixou de ser considerada como um transtorno mental pela Assembleia Mundial da Saúde da ONU.
Fora as datas mundiais, em alguns países da América Latina, por exemplo, as mobilizações acontecem em momentos diferentes do ano para celebrar o orgulho. Por exemplo, no Brasil, a comunidade marcha durante o mês de junho, enquanto que na vizinha Argentina, essa reunião acontece em novembro. Isso se deve ao fato de que em 1º de novembro de 1967 foi fundado no país o coletivo “Nuestro Mundo”, um dos primeiros da América Latina na luta pelos direitos homossexuais.
Para Madrigal-Borloz, independentemente do momento escolhido no ano, esses dias permitem refletir sobre o estado atual pelo qual passa essa parcela da população. “Há outras datas, mas acredito que o importante é lembrar que elas nos permitem fazer uma pausa no caminho para refletir e homenagear aqueles que, como resultado dessa violência e discriminação, não estão mais conosco”, diz o especialista independente.
“Eles não estão porque foram mortos ou viveram vidas de dor e marginalização devido a condições essencialmente humanas, como orientação sexual e diversidade de gênero”, completa.
POR REDAÇÃO NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL
Quinta-feira, 27/6:
. 9h, participação no Conselho Universitário (Consuni), no Parque Tecnológico. Pauta: discussão dos bens imobiliários da UFRJ e apresentação de proposta política de capacitação.
. 14h, reunião do GT Mulher do Sintufrj (hibrida), no Espaço Cultural da entidade. Pauta: avaliação da participação das mulheres na greve.
. 16h, protesto unificado dos trabalhadores da Educação estadual e federal. IFCS.
Segunda-feira, 1º de julho:
. 10h, assembleia simultânea no auditório do Centro de Tecnologia (CT), com transmissão para os servidores nos campi da Praia Vermelha e Macaé.
14h, audiência pública sobre o orçamento da UFRJ, com a participação da Reitoria, Sintufrj, Adufrj, APG e DCE Mário Prata. No auditório do CT.
Foto: Renan Silva
Ao abrir a assembleia desta quarta-feira, 26, o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, fez uma retrospectiva da última negociação com o governo. Ele lembrou que, por decisão da assembleia geral da semana passada (dia 19), a categoria aprovou a proposta para que a Fasubra reivindicasse ao governo nova mesa de negociação para ajustes da proposta apresentada em 11 de junho. Como, por exemplo, o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) e ampliação de ganhos econômicos.
Em nível nacional, 45 entidades aprovaram a reivindicação de nova mesa de negociação e 29, não; 15 bases rejeitaram a proposta, 29 aceitaram o que foi acordado no dia 11 e 30 bases aceitaram o que já tinha na mesa até então, mas também que se tentasse ganhar mais em mais uma negociação.
Reflexos da proposta na tabela
Confira na página do Sintufrj no Youtube a explicação do CLG (começa pouco depois de 20 minutos de iniciada a assembleia do dia 19) ou pela edição do Jornal do Sintufrj disponível no site da entidade. O link do vídeo é https://www.youtube.com/watch?v=iqFyIJH7MZg.
No que diz respeito a itens econômicos, ativos e aposentados na proposta atual, entre janeiro do ano que vem até abril de 2026, terão ganhos entre 14,8% e 65%. Vai depender de onde se está na carreira, qual o cargo, tempo de casa, formação, entre outros elementos. E se há incentivo à qualificação. A partir desses três fatores, pode-se dizer quanto você vai ganhar em janeiro e em 2026.
Pauta interna
entregue à Reitoria
A assembleia também deliberou pela pauta interna a ser negociada com a Reitoria, apresentada pelo CLG. A próxima reunião com o reitor Roberto Medronho está marcada para o dia 2 de julho. Reivindicações:
1- Regulamentação da aplicação da insalubridade em ambientes de arquivos, bibliotecas, museus e centros de documentação e de memória, a partir da aprovação da Lei 14.846/2024;
2- Garantia do direito à insalubridade em geral, atendendo aos novos concursados, inclusive.
3 -Garantia de regras distintas para a movimentação de servidores das unidades hospitalares sob gestão da Ebserh. Além disso, o jurídico do Sintufrj formulará parecer que respalde a decisão desses trabalhadores. A Reitoria deve se empenhar pela realização de concurso público pelo RJU para os hospitais gerenciados pela Ebserh, como também deve priorizar que as vagas nessas unidades sejam preenchidas por concursados a espera de serem contratados.
4 – Debater e encaminhar solução para os prédios com problema infraestrutural, como a Escola de Educação Física e Desporto e Dança, IFCS, Reitoria (onde funciona a Escola de Belas Artes, Faculdade de Arquitetura e outros órgãos importantes da universidade), instalações no campus Duque de Caxias, Escola de Educação Infantil, que há dois anos não abre vagas por falta de espaço definitivo para seu funcionamento, unidades do CCS, entre outras construções acadêmicas e administrativas. Isso inclui também o Ippur, GPDes, Biblioteconomia e demais cursos oriundos do Reuni. Qual o critério que a Reitoria pretende adotar para dar continuidade a obras de determinadas construções inacabadas?
6- Institucionalização de uma política para o enfrentamento ao assédio moral, racismo, LGBTfobia, machismo, Xenofobia, etarismo e capacitismo;
7-Construção de uma Câmara de Saúde para tratar integralmente os trabalhadores e realizar os exames periódicos.
8 – Relatório ou informe das atividades mais recentes da comissão de exames periódicos pela PR4;
9 – Realização de uma assembleia comunitária para discutir com toda a comunidade universitária a situação estrutural e financeira da UFRJ.
10- Implantação da jornada de 30 horas semanais.
9 – Esclarecimentos sobre dados quantitativos dos cortes ou alterações de trabalhadores terceirizados nos contratos de portaria, vigilância e limpeza;
10 – Discussão sobre a paridade nos órgãos colegiados, bem como a possibilidade de voto das servidoras e servidores aposentados;
11- Eleição direta para Reitor;
12 – Política de incentivo a ocupação de vagas na graduação e programas de pós-graduação da UFRI por parte das trabalhadoras e trabalhadores técnicos-administrativos em Educação como política de Incentivo a Qualificação;
13- Garantia de regularização previdenciária dos NES e ex-NES;
14 – Garantia da absorção dos trabalhadores extraquadro no funcionamento dos
hospitais universitários, frente aos novos planos na gestão administrativa;
15-Direito de coordenação e/ou atuação como professor colaborador nos programas de pós;
16- Acompanhamento da execução do processo do Canecão.
17 – PGD: prazos recomecem a partir do fim da greve.
Capacitação – O representante do CLG Fernando Pimentel explicou que a PR-4 apresentou proposta, no Conselho Universitário, de institucionalização de política de desenvolvimento, capacitação e formação continuada, uma demanda da categoria. Mas esta política não foi debatida com as categorias. Por isso, ele pediu mais tempo para debate e pediu vistas. No dia 23, o CLG realizou um debate produtivo, entendendo que a resolução, da maneira que está escrita, tem problemas que precisam ser sanados.
“A gente acumulou várias propostas. O que a gente então defendeu nessa construção na sexta-feira, e conversou no CNG, é que a gente tem interesse que a resolução seja aprovada. E aprovou que seria enviado ofício à Reitoria solicitando que fosse suspensa a discussão (o próximo Consuni é quinta-feira, 27) no prazo de um mês, para rodadas de debate entre as categorias, se os docentes tiverem interesse, e a Reitoria”, disse Fernando, explicando que, caso não seja possível, está preparando parecer nesse sentido, solicitando tempo para debater.
Outras propostas foram sugeridas pelos presentes para inclusão na pauta interna, como a questão estrutural do prédio da Reitoria (Edifício JMM), a realização de audiência pública para tratar dos problemas estruturais, a reivindicação de que os trabalhadores que realizaram greve não sofram nenhum tipo de retaliação, entre outros.
Comando Local de Greve convoca nova assembleia simultânea na UFRJ para segunda-feira, 1º de julho. No Fundão será às 10h, no auditório do Centro de Tecnologia (CT). O retorno ao trabalho está previsto para o dia seguinte, 2, caso o acordo com o governo tenha sido assinado
A greve dos técnicos-administrativos em educação da UFRJ continua. Por decisão da maioria absoluta dos presentes na assembleia simultânea realizada na quarta-feira, 26, no Fundão, Praia Vermelha e campus Macaé, com transmissão pelas redes sociais do Sintufrj, o movimento grevista continua até a assinatura do Termo de Acordo entre o governo e a Fasubra, previsto para esta quinta-feira, 27. Mas, isso somente ocorrerá se a minuta do documento contiver todos os itens negociados e acordados entre as partes.
A decisão da categoria baseou-se na orientação aprovada pelo Comando Nacional de Greve (CNG/Fasubra) e publicada no IG (Informe de Greve) nº 6 da Federação. De acordo com o CNG, após 105 dias de greve e todas as dificuldades enfrentadas no diálogo com o governo, a luta resultou em conquistas, como a reestruturação da carreira, reposicionamento dos aposentados, o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), hora ficta (hora noturna), manutenção das capacitações, reajuste dos benefícios, entre outras proposições.
Em reunião na segunda-feira, 24, o Comando Local de Greve (CLG/Sintufrj) corroborou a decisão do CNG com o seguinte encaminhamento: “O CLG defende a assinatura do acordo mediante minuta que contemple todos os pontos compreendidos como garantidos na mesa por parte da CNSC (Comissão Nacional de Supervisão da Carreira), com suspensão da greve e continuidade de mobilização para garantir os pontos em debates: na CNSC e GTs em 180 dias”.
Houve uma segunda proposta colocada para avaliação da categoria por uma das forças políticas que militam no movimento sindical na UFRJ, que era a seguinte: rejeitar a última proposta do governo, radicalizar as ações de greve para forçar nova mesa de negociação com os ministérios da Educação (MEC) e da Gestão e Inovação (MGI), mas com pauta orçamentária, com o objetivo de ampliar as conquistas
* A íntegra da transmissão da assembleia desta quarta-feira está disponíveis nas redes sociais do Sintufrj
Fotos: Renan Silva
Superintendência completa um ano com ações voltadas à luta antirracista
Fotos: Renan Silva
A comemoração do primeiro aniversário de implantação da Superintendência de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade (Sgaada) na UFRJ teve o tom de celebração da democracia.
Nesse ambiente, numa solenidade aberta com performance de ancestralidade negra expressa na presença do mestre Manoel Dionísio, o combate ao racismo e a preconceitos foi marca nas reflexões.
Denise Góes, superintendente da Sgaada, foi o centro de gravidade do evento. Técnica administrativa e militante decana do Movimento Negro Unificado (MNU), fez enfática fala ao afirmar que a superintendência ampliou a pauta racial na universidade.
Antes de fazer breve balanço de um ano de ação da Sgaada, Denise fez registro de sua participação como sindicalista e destacou a importância do Sintufrj, sindicato do qual foi dirigente.
“No Sintufrj tive espaço para trabalhar a pauta racista, foi o meu espaço de discussão que eu reivindico hoje, amanhã e sempre”, disse.
“Este sindicato está verdadeiramente a serviço da luta desse técnico administrativo que hoje tem outro olhar”, afirmou.
Denise Góes disse que a Sgaad vem fazendo um trabalho “que nos tirou do silenciamento, do apagamento”. Ela distinguiu o papel da superintendência do da Câmara de Políticas Sociais. “A Sgaad está na estrutura institucional, a Câmara é uma frente de ação política”, explicou. “Essa é a nossa luta por uma universidade mais representativa”.
Mulher e negra
A dirigente do Sintufrj, Marli Rodrigues, que representou o sindicato no evento, saudou o fato de hoje termos “uma superintendência de ações afirmativas tendo à frente uma mulher negra”.
Marli foi mais longe. Disse que se deve defender a universidade combatendo o racismo, o assédio moral, a homofobia e fez um breve balanço da greve em curso de mais de 90 dias dos técnicos administrativos.
Na sua saudação, o reitor Roberto Medronho destacou o valor da diversidade e da democracia e recordou seus tempos de Faculdade de Medicina ao lembrar que, quando ingressou na UFRJ, o curso só tinha brancos e alunos de famílias com posse. “Hoje esse perfil mudou”.
Ao se referir aos técnicos administrativos, Medronho foi conciso e firme: “sem eles, a universidade não existiria. Simples assim”.
Manoel Dionísio
O primeiro momento da solenidade que celebrou o aniversário da Sgaada foi de beleza pura. Mestre Manoel Dionísio, um nome fundamental para a história do carnaval carioca e brasileiro, como é definido nas redes da Internet, apresentou sua neta Bárbara Dionísio e seu neto Iago Dionísio em passos de mestre-sala e porta-bandeira. A escola do Mestre vem ensinando gerações passos dessas duas danças que encantam os desfiles de escolas de samba.
GT Mulheres – Sintufrj
Reunião híbrida (local presencial a confirmar)
14h – quinta-feira, 26/06
Pauta:
– Balanço da atuação das mulheres na greve
– Política de formação antimachista para a categoria
– Luta contra o PL 1904/2024