Já estão instaladas, e já começaram a trabalhar, as comissões do GT Carreira que devem estudar e formular propostas para quatro temas – Racionalização e Aglutinação de Cargos, o Reposicionamento dos Aposentados, de Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) e Desenvolvimento –, desdobramentos do acordo de greve com o governo.

Aspectos do acordo, quando se trata de alterar a Lei da Carreira, precisam de projeto de lei para serem efetivados. Para a formulação deste projeto e de regras de transição para implantação das mudanças acertadas, a Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC/MEC, com representantes da Fasubra, do Sinasefe, do MEC) tem reuniões mensais (a próxima está prevista para dias 23 e 24 de agosto.

O GT Carreira do Sintufrj se organizou para debater e sugerir propostas em apoio à CNSC da Fasubra. E está trabalhando de olho no calendário da Comissão.

O GT Carreira do Sintufrj programou uma série de três apresentações, dias 15, 22 e 29 de julho, sobre as conquistas da greve e os temas em questão. Depois, o grupo de subdividiu em comissões sobre cada um deles.

As reuniões foram conduzidas pelo coordenador de Comunicação da Fasubra Francisco de Assis que traçou o histórico de lutas da Federação, fez um resgate dos principais momentos destes 113 dias da greve histórica, até a assinatura do acordo, dia 27 de junho e reiterou suas conquistas.

Repetindo a participação nas demais reuniões, nesta segunda-feira, dia 5, a instalação das comissões temáticas contou com um público expressivo que se dividiu pelas salas da entidade.

RSC

O grupo de RSC fez um debate profundo sobre o tema e definiu tarefas para o próximo encontro. O grupo irá buscar elementos para o reconhecimento da equiparação aos níveis médio, graduação, especialização, mestrado e doutorado e até de pós-doutorado. E reivindicar à Reitoria dados sobre capacitação e qualificação dos servidores na UFRJ.

Desenvolvimento

A comissão para estudar Desenvolvimento tratará não apenas de elementos da Capacitação como regras da transição para a progressão. Um dos integrantes ficou com a tarefa de apontar proposta para o reconhecimento de diploma da pós-graduação realizada fora do país. Do debate na reunião surgiu a orientação de que as pessoas que têm direito a progressão por capacitação reivindiquem logo antes da implantação da lei – que vai estabelecer um interstício de cinco anos, o que deve se dar em cerca de 140 dias.

Racionalização

O grupo definiu que estudaria os itens do relatório elaborado pelos membros da CNSC-Fasubra relativos ao tema (itens 9 e 10 do texto que consta no Informe da Direção nº 4) para debate na próxima reunião, que será presencial. Vai debater em particular aspectos da criação de cargos amplos e transformação de cargos.

Reposicionamento

O que estuda o Reposicionamento de Aposentados irá se inteirar dos documentos e notas técnicas da Fasubra sobre o tema e produzir uma análise crítica na reunião da próxima semana.

Próximo encontros

Segunda-feira, dia 12, na sede do Sintufrj, no Fundão

Tema Horário Local
Reposicionamento dos aposentados (presencial) 9h às 11h Sala de Esportes
RSC (híbrida) 9h às 11h Sala de Reunião
Desenvolvimento (híbrida) 11h às 13h Sala de Reunião
Racionalização (presencial) 11h às 13h Espaço Cultural

 

Os 86 anos do Instituto de Psiquiatria da UFRJ (IPUB – UFRJ), instituição cujo prestígio acadêmico se destaca no estudo dos transtornos mentais, foi celebrado nesta sexta-feira (2) na Praia Vermelha com criatividade: apresentação de teatro, exposição do trabalho de pacientes, música e poesia fizeram parte da comemoração. O grupo Loucos por Teatro encenou a peça “Eu, aprisionado”, uma metáfora sobre as prisões subjetivas que atordoam a existência. O diretor do instituto, Pedro Gabriel Delgado, na sua exposição, fez o relato da trajetória do IPUB e sua contribuição para o ensino, a pesquisa e a extensão, observando que no curso dessas oito décadas o instituto acompanhou a evolução da psiquiatria. Os coordenadores do Sintufrj Laura Gomes e Nivaldo Holmes representaram o sindicato. (Foto: Elisângela Leite)

 EXPRESSÕES CÊNICAS foram programadas para a celebração dos 86 anos do Instituto de Psiquiatria

Live do Sintufrj põe o tema na pauta: “é um debate que precisa sempre estar no nosso olhar durante o ano inteiro”, diz Marta Batista, que mediou o encontro de convidadas especiais

No mês das pretas o Sintufrj promoveu, através dos GTs Mulher e  Antirracismo, a live “Mulheres Negras na Política” na noite de quarta-feira, 31 de julho. A atividade reuniu como debatedoras Cristiane Malung, coordenadora da campanha “Eu voto nas Pretas” e integrante do Fórum de Mulheres Negras do Rio de Janeiro, e Richelle Costa, articuladora política do movimento Mulheres Negras Decidem, tendo como mediadora a coordenadora-geral do Sintufrj, Marta Batista.

“Esse é um tema muito importante. É um debate que precisa sempre estar no nosso olhar durante o ano inteiro. Em época eleitoral essa questão acaba emergindo mais ainda”, sublinhou Marta ao apresentar a live. “Organizar esse debate a respeito das mulheres negras, esse debate principalmente no cotidiano é de uma potência muito grande. Precisamos seguir nessa perspectiva de fazer esses debates e de avançar nas pautas porque as pautas das mulheres negras de forma alguma estão separadas das pautas das mulheres trabalhadoras”, observou a dirigente do Sintufrj durante a live.

As debatedoras fizeram um apanhado das campanhas empreendidas pelo Fórum Estadual de Mulheres Negras e pelo movimento Mulheres Negras Decidem, chamando atenção para a importância da mobilização das mulheres nesse ano em que vão ocorrer as eleições municipais. A live pode ser vista nos canais do Sintufrj no Youtube e Facebook.

 

Voto tem cor e gênero

Cristiane Malung falou da origem e da atuação do fórum que reúne mulheres diversas de todo o estado e as campanhas realizadas desde 2016. Pregou que a ocupação nos espaços no Legislativo, Judiciário e Executivo é possível e ao fim de sua fala destacou que é preciso ter ousadia e certeza da necessidade de destruir as imagens que foram construídas de que as mulheres e pretas só podem ocupar alguns espaços.

“Uma das campanhas que temos feito desde 2016 é a que relaciona a questão política com mulheres negras. Somos protagonistas em uma série de espaços, mas quando chega no campo político a ocupação dos espaços no Legislativo, Judiciário e Executivo vemos uma incidência muito pequena de mulheres negras.”

Em 2016 o fórum começa então uma atividade de dialogar com as candidatas negras que se colocavam na disputa eleitoral. “Era a campanha “Nossa voz, nosso voto, nossa vez” para que essas candidatas tivessem um compromisso político, digo até ancestral, com as agendas e demandas da população negra e do movimento de mulheres.”

Cristiane falou das campanhas de 2018 e 2020 – sob o lema “Vote nas Pretas” que convocava a sociedade para votar em mulheres pretas no sentido de pensar a política de forma universal.

“Não foi uma campanha fácil e nesse contexto houve o assassinato da Marielle e com isso identificamos o quanto era vulnerável a situação das mulheres no campo político, vivenciando a violência na política, principalmente as mulheres negras. Mesmo assim tivemos um fortalecimento”, observou.

Ela conta que a campanha de 2020 que também pregou o voto nas pretas foi num contexto diferente e que marca a diferença na forma de fazer campanha. E mesmo com a pandemia e consequentemente com as plataformas digitais e o avanço da extrema direita e do negacionismo houve avanços.

“Optamos pela campanha do voto em todas as candidatas pretas sem distinções. Na campanha virtual pudemos ouvir mulheres que normalmente não atingíamos em outras campanhas e abrimos leque de participação das mulheres das periferias, de partidos e de municípios diferentes”, narra Cristiane informando que foi possível fazer uma formação política impulsionando a campanha Fora Bolsonaro e possibilitando com isso a indicação de mulheres do próprio Fórum de Mulheres Negras do Rio.

Nos espaços de poder, Cristiane reforça que quando se coloca novas atrizes nesses espaços que são ocupados e pensados majoritariamente por homens, se consegue desmontar a estrutura dominante na nossa sociedade.

“Precisamos repensar e destruir as imagens que foram construídas de nós, imagens em que a gente só pode ocupar alguns espaços. É pensar na cara preta de uma mulher preta dentro de uma gestão pública, pensando política, pensando orçamento”, finalizou.

 

Políticas de enfrentamento

Richelle Costa explica que o Movimento Mulheres Negras Decidem é uma iniciativa social e política de âmbito nacional que busca promover a participação e o protagonismo das mulheres negras na política e nos espaços de poder. O movimento está em todas as regiões do Brasil e reúne mais de 200 mulheres espalhadas pelo país, muitas lideranças em seus territórios, que investem pesado na formação política da mulherada.

Ela conta que o movimento surgiu em 2018 para ampliar as contribuições das mulheres negras que são muito importantes, mas que acabam sendo abafadas e ou apagadas por estatísticas negativas tais como desemprego, violência e vulnerabilidade social no universo da mulher negra.

O movimento quer eleger mulheres negras para cargos públicos e influenciar políticas públicas que atendam as demandas e as necessidades da população negra e em especial das mulheres negras. As mulheres negras são 28,5% da população brasileira o equivalente a 60 milhões.

“Gosto de pensar políticas de enfrentamento para qualificar o debate da sub-representação da mulher negra sobretudo na política institucional. Como podemos construir estratégias para enfrentar essa sub-representação”, revela. “Nosso foco é disputar e fortalecer as lideranças das mulheres nos espaços que elas ocupam e nos espaços que elas desejem ocupar. Fortalecer sua trajetória política porque as mulheres negras são minoria na institucionalidade”, complementa.

O movimento tem a plataforma mulheresdecidem.org que reúne todo um acervo de dados, pesquisas e relatórios que mostram as contribuições das mulheres. Uma dessas pesquisas é a que defende o voto na mulher negra com balanço de mandatos e contribuições, com o recorte da última legislatura 2019-2023. Outra é uma pesquisa inédita “Mulheres negras decidem, para onde vamos?” feita durante a pandemia de forma on line com 245 mulheres que são ativistas em todo o Brasil.

“Essa pesquisa é sobre o futuro que está sendo construído a partir das estratégias e soluções do movimento brasileiro de mulheres negras. As mulheres negras têm um projeto político para o Brasil!”, declara Richelle.

O movimento quer eleger mulheres negras para cargos públicos e influenciar políticas públicas que atendam as demandas e as necessidades da população negra e em especial das mulheres negras. As mulheres negras são 28,5% da população brasileira o equivalente a 60 milhões.

“Somos o maio grupo demográfico desse país. Nós somos uma força eleitoral e política, mas amargamos índices terríveis. Estamos nos lares mais pobres que são chefiados por mulheres negras, somos nós que estamos nos subempregos, somo nós que estamos na ponta de trabalho de cuidados, somos nós mulheres negras que mais sofrem violência política”, atesta Richelle.

Richelle Costa encerra sua fala ressaltando que o foco do movimento não é apenas na política e se liga a um objetivo maior. “Trabalhamos para diminuir a desigualdade como um todo. Eleger mulheres negras passa muito por oferecer melhores condições de vida. A nossa campanha passa por reparação, pelo bem viver, por vida.  Nosso objetivo é colocar um milhão de mulheres negras em Brasília pelo bem viver no ano de 2025.”

 

 

 

Sindicato convoca reunião com o tema para quinta-feira, 22 de agosto

“Mulheres na política” é o tema da reunião aberta do GT Mulher Sintufrj, no dia 22 de agosto, às 14h, no Teatro de Arena do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Essa proposta foi aprovada na reunião híbrida do GT de quinta-feira, 1, com a participação de 11 servidoras presenciais, entre as quais dirigentes da entidade e várias outras on-line.

A intenção é realizar uma conversa informal com as trabalhadoras da UFRJ e convidadas, inclusive parlamentares, sobre o que se espera das mulheres que elegemos para o Legislativo e  Executivo, as dificuldades que elas enfrentam no exercício de seus mandatos, por exemplo, considerando o machismo que prevalece na sociedade brasileira.

Em setembro, o GT pretende realizar uma debate com candidatas a vereadoras do campo progressista, a partir de uma síntese da roda de conversa do dia 22 de agosto.

Informes e debates

A reunião foi iniciada com informes sobre as atividades que celebraram o 25 de julho, data dedicada às mulheres negras latino-americanas e caribenhas, à Teresa de Benguela (líder quilombola) e o Julho das Pretas no Brasil, organizadas pelos coletivos de mulheres negras no Rio de Janeiro com ativa participação do Sintufrj. O sindicato e servidoras da ativa e aposentadas da UFRJ estiveram presentes em todos os eventos.

As integrantes dos grupos temáticos (Saúde, Artístico-Cultural e de Leitura e Estudos propuseram agendas, que resultaram em debate sobre questões relacionadas à formação antirracista, feminismo, sexualidade, como fazer circular informações de conteúdo e do interesse de todas as mulheres, sobre questões em  pauta nos meios de comunicação, entre outros assuntos relevantes. (foto: Elisângela Leite)

Ao nomear uma docente para a direção da Coordenação de Políticas de Saúde dos Trabalhadores da UFRJ (CPST), a Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) põe em xeque conquista da categoria. E isso ocorre em meio a uma crise na CPST, iniciada com as mudanças nas rotinas de trabalho, sem a participação dos profissionais, e estoura com a destituição da dirigente anterior, que se colocou ao lado das equipes de trabalho.

Os trabalhadores da CPST reivindicaram uma reunião com a Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) e chegaram a propor a constituição de uma lista tríplice para escolha de uma nova coordenação. Mas também não foram atendidos em nenhuma das proposições. A PR-4 optou por manter a dureza no trato com a situação, sob alegação de que se tratava de um cargo de confiança.

Posição do Sintufrj

O sindicato defende a democratização na escolha da coordenação da CPST, porque a luta neste momento dos técnicos-administrativos em educação na UFRJ é por democratizar as relações de trabalho. E nessa pauta está incluída a eleição direta para reitor – uma histórica reivindicação da categoria.

A docente nomeada pela Reitoria para o espaço antes sempre ocupado por um técnico-administrativo é da área de fisioterapia, portanto, sem formação especial direcionada à saúde do trabalhador. (FOTO: RENANSILVA)

REUNIÃO NA CPST no início de julho, com participação de dirigentes do Sintufrj e da Fasubra, resultou num manifesto dos trabalhadores

 

A Comissão Central de Acompanhamento do Programa de Gestão e Desempenho (PGD) da UFRJ reuniu-se de forma híbrida nesta quarta-feira, 31 de julho, para discutir a organização de um seminário com objetivo de aprimorar o PGD e dar sequência a sua implantação na UFRJ.

O seminário está sendo construído para outubro, pois há uma data limite para a UFRJ adequar seu PGD. Nele, propõe-se a troca de experiências e apresentação de sugestões para o aprimoramento do programa. O PGD foi aprovado no Conselho Universitário por unanimidade em março de 2023 e teve a participação de diversos atores da universidade, como o Sintufrj e conselheiros.

E desde então a experiência desse programa vem sendo realizada em 47 unidades da UFRJ. De acordo com as normas o PGD só poder ser implantado por adesão e sua comissão tem caráter permanente podendo aperfeiçoar elementos da aplicação longo do processo.

Entenda

O Programa de Gestão e Desempenho (PGD) é o modelo de gestão instituído pela Administração Pública Federal por meio do Decreto nº 11.072/2022 e regulamentado pelas Instruções Normativas nº 24/2023 e 52/2023. O PGD permite o controle de entrega de tarefas pactuadas entre trabalhadores e chefias (em substituição ao controle de frequência), e prevê as modalidades de trabalho presencial e teletrabalho parcial ou integral.

O Programa de Gestão e Desempenho da UFRJ foi aprovado no Consuni em março de 2023, sendo criada uma Comissão Central de Acompanhamento para elaboração de normas complementares e a implantação de um sistema de acompanhamento. A comissão é permanente e de caráter consultivo, presidida pelo pró-reitor de Pessoal (PR-4) e composta por um representante da Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, três da PR4, um da Pró-Reitoria de Gestão e Governança, um da Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação, três da Comissão Interna de Supervisão da Carreira (CIS), dois do Sintufrj, dois da Adufrj e um do DCE Mário Prata.