Os recursos escassos para garantir tranquilidade aos gestores e o bem-estar diário aos integrantes da comunidade universitária da UFRJ é uma perspectiva ainda distante de ser alcançada. Na matéria publicada na página 5 da edição 1441 do Jornal do Sintufrj, o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, Helios Malebranche, detalha a triste realidade em que foi mergulhada a mais importante instituição federal de ensino superior do país.

De acordo com cálculos da pró-reitoria responsável em administrar as finanças da UFRJ, o total necessário para despesas anuais da universidade soma mais de R$ 551 milhões. Mas, a equipe de Helios Malebranche está tendo que se virar esse ano com apenas R$ 308 milhões, isso devido algumas suplementações, porque o Conselho Universitário aprovou um orçamento de R$ 293 milhões para 2024, com base no Projeto de Lei Orçamentária Anual.

Esforço reconhecido

Por falta de recursos ano a ano, o déficit financeiro da UFRJ cresce e os campi revelam essa dureza com suas paisagens de prédios inacabados, jardins sem flores, pinturas gastas. Mas, o pior mesmo ocorre dentro das unidades, cujas instalações elétricas e hidráulicas gritam por reparos. A falta de manutenção não é uma opção; e, sim, imposição da falta de dinheiro.

A foto que ilustra a reportagem citada no início desta matéria mostra o capim verde alto cobrindo uma parte do campus da Praia Vermelha. Olhando de longe é até bonito. O prefeito da UFRJ Marcos Maldonado, ficou chocado. E com razão. “Há três meses a Praia Vermelha se tornou nossa prioridade. Não há mais espaços como o mostrado no nosso jornal”, explicou.

Por WhatsApp ele enviou para a redação do Jornal do Sintufrj várias fotografias que mostram um outro cenário acadêmico na Praia Vermelha. Com certeza a comunidade universitária agradece o empenho do prefeito.

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  • Francisco de Assis

“Depois da assinatura do tempo de acordo, a Fasubra orientou para que os sindicatos formassem grupos de trabalho. O Sintufrj prontamente atendeu e foram criados os subgrupos do GT-Carreira. Foi mais de um mês de trabalho e o pessoal se dedicou.

O Sintufrj produziu um caderno com o resultado de todo o trabalho dos subgrupos, cumprindo a orientação da Fasubra. E foi muito importante, embora algumas pessoas achassem que era desnecessário. Os participantes incorporaram a tarefa de virem ao Sintufrj às segundas-feiras, produzindo, lendo, consultando  documentação, legislação e material que estava sendo produzido nacionalmente. O pessoal se desdobrou.

Como dirigente da Fasubra sendo a UFRJ a minha base, optei por contribuir fazendo a ponte com a direção da federação, deixando o pessoal produzir à vontade. Eu acho que hoje (segunda-feira, 23) o seminário deu conta realmente do nosso compromisso, que era realizar reuniões com as apresentações temáticas, junto com o resultado da greve. E depois a gente iniciou de fato a fase de estudos, que foi concluída com a apresentação do GT-Carreira Sintufrj.

O GT apresentou uma grande produção elaborada pelo pessoal, que irá contribuir com a CNSC. Inclusive, a participação nos subgrupos resultou em aprendizado. A companheira Lenilva foi uma das que mais aprendeu. Essa também era a nossa ideia:  provocar para que as pessoas lessem sobre os temas.

Como dirigente da Fasubra quis ser uma conexão para que as pessoas de fato se conectassem com a carreira, se conectassem com as mudanças que tiveram com a conquista da greve. Para que a gente possa realmente ter mais pessoas defendendo a carreira. O debate é duro com o governo e quanto mais mobilizado, quanto mais técnicos-administrativos entendendo, produzindo, lendo, conhecendo, mais forte ficam os argumentos para enfrentarmos o governo e ganhar a massa para a mobilização.

O seminário cumpriu sua função social. O Sintufrj e toda a categoria estão de parabéns”.

  • Vânia Guedes

“Fizemos o nosso dever de casa e conseguimos apresentar um trabalho que diz respeito ao termo de acordo. Os temas que mais evoluíram foram o RSC e Racionalização dos Cargos. No entanto, os que mais evoluíram foi o de RSC e o da Racionalização dos Cargos. O trabalho apresentado pelo grupo de aproximadamente 10 pessoas contou com 133 atividades para concessão do RSC, com 13 diretrizes da Fasubra e estabeleceu sete áreas distintas. Está dentro do material que foi já divulgado pelo Sintufrj.

No que diz respeito à Racionalização, a gente levantou o número de cargos distintos e suspensos e chegamos conclusão que hoje nós temos apenas 228 de 322 cargos. Então nós temos a menos quase 100 cargos, e essas vagas, principalmente a dos cargos extintos, ela morre com o servidor. E não é isso que a gente quer, a gente quer repor a força de trabalho da UFRJ. Estamos propondo que esses 32 mil cargos suspensos voltem para a gente como nova vagas para trabalhar os próximos concursos.

Além disso, a gente tem uma questão muito difícil, o governo trabalha com dois micro cargos, o que a gente faz com as pessoas de nível ABC? Eles só entendem o nível médio, o nível D, e o nível E, que é o analista educacional e o técnico educacional. O que a gente faz com as inúmeras pessoas e aposentados e instituidores de pensão que existem hoje na universidade? A nossa tarefa de contribuição foi dizer que o governo deve alocar todos esses servidores de ABC num macro cargo de auxiliar educacional e que enquanto houver uma pessoa viva sequer, o nível C não deixa de existir. É basicamente isso.”

  • Marisa Araújo

“Trabalhamos muito. Eu trabalhei nos subgrupos RSC com muitos companheiros. Nos debruçamos em cima das contribuições que as pessoas fizeram e o que vinha da CNSC para elaborar a proposta do GT, que é muito boa. Mais a Fasubra não se debruçou nas atividades e nem na pontuação.  Por isso, acreditamos que nossa contribuição seja para além.

A proposta do GT foi muito boa, a elaboração do caderno, a disponibilidade do material e o seminário. Porque a gente coloca para todos se informarem e saberem do que está sendo tratado. Foi um trabalho extenso. Debatemos sobre o critério de pontuação, nos debruçamos sobre o critério de pontuação para cada RSC por cada atividade.

E na racionalização a mesma coisa. Vimos a questão dos cargos que estão extintos e suspensos. Porque a gente sabe que tem fazeres que a universidade não pode abrir mão independente de o cargo estar extinto. Então temos de pensar como esses fazeres vão entrar dentro dos dois macro cargos que o governo quer, que é o técnico educacional e o analista educacional, mas a gente quer incluir o auxiliar educacional.

Porque tem funções e fazeres que são importantes para o funcionamento da universidade e a gente não pode abrir mão disso. É uma disputa porque o governo não quer. Só quer esses dois macro cargos. A gente defende que todos tenham direito, os aposentados, os instituidores de pensão, inclusive essa polêmica que é a questão de os doutores não serem incluídos no RSC. É uma questão que defendemos também. Todos tem direito a tudo e temos de defender o direito de todo mundo.”

  • Lenilva da Cruz

“No GT Carreira começamos a nos reunir e trabalhar em cima da proposta de capacitação. Eu fiquei mais à frente do subgrupo de Desenvolvimento, mas participei também dos subgrupos RSC e  Racionalização. Escutamos várias propostas e deliberações.  Tivemos que estudar várias leis para entender e poder começar a elaborar alguma coisa sem perder de vista as orientações da CNSC.

Porque nossas reuniões não se limitavam às segundas-feiras. Fizemos reuniões on-line e dos subgrupos. Foi muito produtivo. Claro que nós gostaríamos que muito mais colegas tivessem participado. Mas eu acho que foi superprodutivo. Aprendi muito e eu acho que os colegas também. Acredito que é isso que vamos tirar disso tudo. E estamos otimistas que nossas propostas sejam contempladas lá em Brasília.”

  • Selene de Sousa

“Quando começou esse trabalho do subgrupo Reposicionamento de Aposentados a proposta era que primeiro estudássemos a nota técnica e o relatório da CNSC. Após isso, identificaríamos os aposentados que não passaram do PUCRCE para o PCCTAE conforme deveriam.

Então, entramos em contato para mobilizá-los para que comparecessem nas reuniões convocadas. Nesses encontros  explicamos a situação do reposicionamento para os aposentados e também para os pensionistas. Foi uma mobilização exatamente.

Mas também deixamos claro que só teria direito quem estivesse aposentado na integralidade, quem se aposentou por invalidez ou na média proporcional não ia ter direito. Então para ter direito ao reposicionamento ao mudar do PUCRCE para o PCCTAE, tinha que se enquadrar nesses quesitos de integralidade da aposentadoria, ou seja, homem com 60 anos e 35 anos de serviço e mulher com 55 anos e 30 anos de serviço.

Então basicamente o trabalho foi esse. Para mim foi muito gratificante.”

INTEGRANTES DOS SUBGRUPOS que discutiram vários aspectos das propostas relacionadas à Carreira

 

 

Empenho dos participantes do GT-Carreira, divididos em subgrupos temáticos garantiu a eficiência do trabalho realizado

Técnicos-administrativos de toda a base do Sintufrj participaram do Seminário sobre Carreira organizado pelo sindicato, na segunda-feira, 23, no Espaço Cultural da entidade. O debate começou às 9h e se estendeu durante todo o dia. À noite, os grupos se reuniram para fechar as propostas que serão levadas ao Seminário Nacional da Fasubra dias 26 e 27 de setembro.

O seminário encerrou cerca de três meses de intensas discussões no GT-Carreira Sintufrj e nos subgrupos temáticos dos itens do acordo que necessitam de regramento e estão em discussão com o governo na Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC): Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), Reposicionamento de Aposentados, Desenvolvimento e Racionalização e Aglutinação de Cargos.

Dinâmica — Pela manhã, os subgrupos temáticos apresentaram seus relatórios e esclareceram dúvidas. À tarde, houve debate e a aprovação das propostas da categoria.

O evento foi transmitido ao vivo pelos canais do Sintufrj no Instagram, Youtube e Facebook e encontra-se à disposição da categoria.

Reconhecimento

O coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, destacou a dedicação dos integrantes do GT-Carreira para garantir as conquistas para a categoria, depois de participarem ativamente da mobilização que exigiu a greve de 113 dias. O dirigente garantiu que tudo que estiver ao alcance da entidade será feito na luta por melhores condições de trabalho.

Esteban também parabenizou o coordenador de Comunicação da Fasubra, Francisco de Assis “por acumular seus deveres como representação nacional e a coordenação da força tarefa do GT”. E encerrou convocando todos a permanecerem juntos “na luta para transformar a nossa realidade rumo ao avanço da carreira”.

A coordenadora de Aposentados(as) e Pensionistas do Sintufrj, Ana Celia, ressaltou a importância do seminário e da contribuição de todos que atuaram nos subgrupos a saudou a garra dos presentes.

Fasubra

Francisco de Assis também elogiou o trabalho desenvolvido pelos integrantes do GT-Carreira Sintufrj para a construção coletiva das propostas com a finalidade de ajudar a Fasubra e a CNSC. Ele explicou que o trabalho do GT está embasando o GT da federação em algo inédito, que é o sistema de pontuação elaborada pelo subgrupo de RSC para concessão do benefício.

Reposicionamento de aposentados — Ana Célia apresentou o trabalho do subgrupo sobre o tema. Segundo ela, houve um esforço para identificar aposentados e pensionistas passiveis de reposicionamento para mantê-los mobilizados para uma eventual pressão junto ao governo.

Potenciais candidatos – A listagem em mãos da Coordenação de Aposentados(as) e Pensionistas do Sintufrj está disponível para consulta no site do sindicato (próximo ao link do GT-Carreira Sintufrj). Para acessá-la, o interessado deve colocar seu (número do) Siape para identificar se o seu nome consta ou não como potencial candidato ao processo de reposicionamento. Calcula-se que um total de 1.302 servidores serão beneficiados.

A listagem contém os nomes dos que estavam no teto do PUCRCE mas, na época da implantação do PCCTAE, ficaram abaixo do teto. Importante: a listagem final do reposicionamento é a que será divulgada pelo governo.

Participaram desse subgrupo, além de Ana Célia, Belizária, Fátima Rosane, Helena Vicente, Maria José, Maria José Cerqueira, Maria Luíza, Altamiro, Norma Santiago, Odete Santos, Selene de Sousa e Yvone.

Desenvolvimento

Alzira Trindade e Fernando Pimentel expuseram o resultado do trabalho do subgrupo que se dedicou ao aprimoramento da proposta do Programa de Capacitação, que estava em debate com a Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) e foi encaminhado para aprovação no Conselho Universitário (Consuni).  Mas, como lembraram os servidores, as sugestões elaboradas coletivamente pela categoria não foram contempladas, porque o Consuni aprovou a proposta original da PR-4.

O subgrupo também se dedicou ao estudo de leis, portarias e decretos relacionado ao Desenvolvimento dos Servidores Públicos Federais para embasar a formulação de propostas.

Entre as contribuições agregadas ao estudo está a proposta de que as universidades federais ofereçam cursos de desenvolvimento e formação conforme a necessidade; que se negocie com o MEC a ampliação do Profiap (programa de pós-graduação em Administração Pública) e a oferta de vagas para Graduação e discutir a oferta de cursos entre instituições. E ainda a reserva de vaga nos cursos de graduação, especialização, mestrado e doutorado na UFRJ. Os presentes propuseram ainda a criação de novas regras para reconhecimento de diplomas emitidos por instituições do exterior.

Subgrupo: Além de Alzira e Fernando, Angélica Martins da Silva Costa, Antônia Karina Mesquita Lima, Helena Vicente Alves, Maria Lenilva da Cruz M. Costa, Maria Soares da Silva Lins, Ari Antônio, Carmen Lucia Mendes Coelho, Rita Anjos.

Reconhecimento de Saberes e Competências

Izabel Souza e Marisa Araújo apresentaram a proposta para o RSC. Também integraram o subgrupo Vânia Guedes, Eliete Botelho, Selene de Sousa, Anderson da Silva, Edmilson Pereira, Flávia Vieira, Juscelino de Souza, Lenilva Cruz, Rita Anjos e Thiago Sá.

O grupo apresentou o RSC como um meio de reconhecimento e uma forma de amenizar desigualdades e incentivar o desenvolvimento profissional que, pela proposta, podem requerer servidores ativos, aposentados e pensionistas que tiverem adquirido critérios como atividades exercidas além da atribuição de cargos, cumprir requisitos do nível atual e somar pontuação para o benefício, realizar atividades relacionadas e ter avaliação positiva.

A minuta do Projeto de Lei que vai viabilizar os avanços negociados nessa última greve já foi enviada para o MEC e o MGI contendo o conceito e os níveis pelos quais poderá ser concedido. Serão seis níveis: RSC-I (equivalente ao ensino fundamental completo) até RSC-VI (equivalente ao doutorado).

Mas o grupo local entende que todos tem direito ao RSC, inclusive o TAE com doutorado, e o valor seria semelhante à diferença do mestrado para o doutorado.

Como referência, o grupo RSC elaborou uma tabela uma tabela com níveis (RSC I ao VII, para todo corpo de servidores técnicos-administrativos) e respectivas pontuações, e outra com 133 atividades desenvolvidas pelos servidores com as referidas pontuações conforme as

as atividades , como por exemplo, cursos e bancas no caso do Ensino; publicações e projetos no caso de Pesquisa; jornadas, semanas científicas e encontros nacionais em caso de Extensão;  Intercâmbios Culturais, Científicos e Técnicos com instituições congêneres nacionais e internacionais no caso de Inovação; Participação em projetos de desenvolvimento institucional em assistência no caso da Assistência; atuação como chefe, diretor ou assessoria sem função gratificada, elogia profissional por portaria ou outros no caso de Gestão; e por fim, participação em Órgãos Colegiados e Comissões, em Conselhos de Políticas Públicas, por exemplo, no caso de Representação.

Destacam as integrantes do grupo que, embora o RSC deva ser implantado a partir de abril de 2026, é imprescindível que, desde já os servidores possam reunir a documentação necessária para reivindicar o reconhecimento.

Racionalização e aglutinação de cargos

A apresentação foi feita por Vânia Guedes e Selene de Souza.

Há por parte do governo, proposta de constituição de dois cargos amplos: Analista Educacional (nível superior) e Técnico Educacional (nível médio), mas que incluiriam os níveis C, D e E apenas. Mas o GT pergunta o que fazer, no entanto, com os cargos que estão extintos e aqueles de nível fundamental e afins, contidos hoje nos grupos A, B e C.

Embora a Fasubra e o Sinasefe tenham se posicionado pela criação de um terceiro micro cargo, na CNSC não houve consenso sobre a criação do cargo de Auxiliar Educacional para os atuais ocupantes dos níveis A, B e C, na medida em que a maioria dos cargos destes níveis estão na situação de extintos, vagos ou suspensos.

Mesmo assim, o GT da UFRJ insiste na proposta alternativa de, mais uma vez, buscar aprovar esse terceiro cargo, com a alocação de todos os cargos extintos, vagos e suspensos e que hoje encontram-se ocupados por servidores técnico-administrativos na ativa, aposentados e pensionistas nas instituições federais de ensino.

O cargo amplo de Auxiliar Educacional incluiria o nível fundamental.  Segundo o trabalho, não há impedimento para a sua criação como consta da proposta da Fasubra. Isso porque a descrição do cargo (no PCCTAE) é idêntica ao do Técnico e do Analista, sendo a diferença nos quesitos diferença de escolaridade e respectivo nível de classificação (A, B ou C).

O subgrupo completo, além de Vânia e Selene foi composto por Edmilson Pereira, Izabel Souza, Juscelino de Souza, Marisa Araújo e Lenilva Cruz.

 

 

Parte 1:

Parte 2:

Atenção, pessoal. Em virtude do recesso da UFRJ dias 18 e 19 de setembro, determinado pelo Conselho Universitário, o SINTUFRJ transferiu a realização do Seminário de Carreira do dia 18 para esta segunda-feiram dia 23, no Espaço Cultural do Sintufrj, das 9h às 16h30.

O material que servirá de base para a discussão já está lá (no link https://sintufrj.org.br/gt-carreira-e-comissoes-tematicas/ ) e será atualizado nesta semana com os documentos mais recentes.

Segundo Francisco de Assis, coordenador da Fasubra e colaborador da direção do Sintufrj que coordenou os debates do GT, o seminário será transmitido pela internet. Mas a reunião não será hibrida e sugestões ou dúvidas por quem acompanha on line só poderá ser feita através do chat.

“E aí a gente pode incorporar a sugestão, porque pode ser que alguém que esteja acompanhando tenha alguma ideia não discutida pelo grupo, então vai ser incorporado pela relatoria”, explicou.

O encontro tem o propósito de levar à base a discussão de propostas que serão remetidas à Fasubra – para encaminhamentos do acordo de greve – em temas como Racionalização e Aglutinação de Cargos, o Reposicionamento dos Aposentados, de Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) e Desenvolvimento.

A programação do Seminário prevê: a partir das 9h, apresentação dos relatórios dos subgrupos e esclarecimentos; entre 12h e 13, intervalo; a partir das 13h, debate e aprovação de propostas da categoria. Confira no fim deste texto.

 

Subcomissões trabalharam com afinco

A Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC, com representantes da Fasubra, Sinasefe e MEC) discutiu a minuta do projeto de lei para as mudanças necessárias na lei da Carreira e tem prazo máximo de 180 dias, a contar da assinatura do acordo, para a formulação de regras e elementos de transição (em forma de decretos e portarias) para a aplicação dos direitos conquistados.

Desde a assinatura do acordo, o GT Carreira realizou debates sobre todos estes temas. Depois, se subdividiu em subcomissões que vêm se reunindo toda segunda-feira, parta estudar e elaborar propostas que serão compartilhadas com a base neste seminário. Além disso vem realizando reuniões nas unidades para fomentar a participação e captar sugestões.

À todo vapor

Na segunda-feira, 16, aconteceram algumas as últimas reuniões das subcomissões antes do seminário. “Buscamos construir convergência ao máximo; as divergências são poucas. Como no caso do RSC: o pessoal trabalhou na sexta (13 e, depois, segunda), construiu consenso ao máximo e ficaram apenas algumas diferenças que serão apresentadas no seminário. Então, todas as diferenças, contribuições, vão ser apresentadas. Nosso compromisso é até a próxima sexta-feira (20) apresentar o material produzido pelos grupos, disponibilizar para a categoria (no site), e na segunda-feira (23) entregar o material com as contribuições no seminário.

O coordenador de Comunicação da entidade, Nivaldo Holmes, explicou que é preciso chamar atenção para a necessidade de todos os participantes preencherem a ficha de inscrição, para que se possa organizar a infraestrutura presencial necessária.

Propostas para o seminário da Fasubra

A Federação realizará seu seminário dias 26 e 27 para aprofundar os pontos sem deliberação de Congresso ou Plenária sobre o que precisa de deliberação. A representação da UFRJ para este seminário será formada pelos companheiros que comporão a delegação, definida em assembleia, à Plenária Nacional da Fasubra dias 28 e 29, em Brasília.

Passada a greve, ainda há muito que fazer

A leitura de todas as forças políticas que formam a Fasubra é a de que tivemos uma das maiores e mais ativas greves de nossa história, mas passados quase três meses de seu término ainda há muito o que fazer para efetivar as vitórias conquistadas pela categoria.

O Projeto de Lei que institucionalizará o acordo está em fase final de elaboração e os grupos de trabalho com representações do governo e das IFE discutem pontos do acordo que estão fora do Projeto de Lei para materializá-los através de Decretos e Portarias.

O grande desafio é manter a mobilização para garantir que o governo federal cumpra os termos constantes no Acordo de Greve na íntegra. Além da pressão sobre o Poder Executivo, a Federação atuará em conjunto com as direções das entidades junto aos parlamentares em suas bases e no Congresso Nacional.

SEMINÁRIO DO GT-CARREIRA SINTUFRJ

  • 23 de setembro.
  • Espaço Cultural do Sintufrj

9h – Abertura pela direção da entidade

9h30 – Apresentação da Subcomissão do Reposicionamento dos Aposentados

10h – Apresentação da Subcomissão de Desenvolvimento.

10h30 – Apresentação da Subcomissão de RSC

11h30 – Apresentação da Subcomissão de Racionalização e Aglutinação dos Cargos

12:30 INTERVALO PARA ALMOÇO

13:30 – Retorno para leitura e debate sobre as propostas inscritas.
16:30 – Encerramento

 

 

GT CARREIRA EM reunião nesta segunda-feira na sede do Sintufrj Foto: Renan Silva

BANCO DE INFORMAÇÕES-BASE PARA ESTUDO: https://sintufrj.org.br/gt-carreira-e-comissoes-tematicas/

GT ANTIRRACISTA
QUARTA-FEIRA, DIA 25/9
14H, NO ESPAÇO CULTURAL
Tema: organização do GT, debates locais

O Sintufrj manifesta grande preocupação com o trâmite açodado do processo eleitoral para a escolha dos representantes na Comissão Interna de Supervisão de Carreira CIS – UFRJ. Nesta sexta feira, 20 setembro, foi lançado edital no Boletim Oficial da UFRJ por parte da Reitoria e Pró Reitoria de Pessoal – PR4, com formato que vai na contramão das decisões da categoria dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação da UFRJ. As inscrições de candidatas e candidatos estarão abertas entre segunda 23 de setembro e quarta 25 de setembro.

Em assembleia do Sintufrj ocorrida no dia 04 de setembro, a ampla maioria dos presentes defendeu o modelo de votação no qual toda categoria entre ativos, aposentados e pensionistas deveriam poder votar em 14 nomes para titularidade, entre todas as candidaturas individuais que se inscreverem no processo. Já a escolha e ocupação das 14 vagas entre os mais votados ocorreria da seguinte forma: cada nível da classificação da carreira (A, B, C, D e E), além de aposentados e pensionistas, teria um quantitativo de vagas reservadas para garantir a pluralidade de demandas de nossa categoria.

 

Deste modo os mais votados de cada segmento seriam alocados. A direção da PR-4 acatou somente a forma de ocupação das vagas eleitas, mas restringiu no edital o direito ao voto da categoria em toda a nominata de 14 vagas do processo. Esta situação cria uma anomalia que divide a categoria. Antes todo o leitorado poderia participar da escolha de todas e todos os eleitos, mas com o edital publicado pela Reitoria/PR4 teremos sete eleições ao mesmo tempo, restringindo o voto somente às candidaturas do segmento correspondente. Exemplificando: um servidor ou servidora nível de classificação A somente poderá votar em candidaturas do nível A; uma aposentada ou aposentado somente poderá votar em uma candidatura do segmento de aposentados.

A Direção do Sintufrj prontamente se manifestou em parecer jurídico enviado à PR4, após saber desta proposição na reunião da Comissão Eleitoral. Infelizmente o Edital foi lançado à revelia das considerações expostas. Além disso, o Sintufrj destaca a falta de diálogo com a decisão de assembleia da base sobre o tema.

Os três membros da Comissão Eleitoral indicados pelo Sintufrj já declararam que farão recurso administrativo para a Comissão, com apoio da Direção do Sintufrj, contrapondo o tema. Nota-se que nem mesmo ata da reunião que teria aprovado tal metodologia foi registrada e assinada pelos membros da comissão. Fato que indica uma atuação direta na PR-4 para publicação, restringindo o poder de decisão dos próprios membros da comissão.

PR-4:  DIFICULDADE DE DIÁLOGO

Já no dia 22 de agosto, em Sessão do Conselho Universitário, foi anunciado pela Pro-Reitora de Pessoal que o processo da CIS seria iniciado, antes mesmo de formalização de proposta de regimento de comissão eleitoral e minuta de edital eleitoral ao Sintufrj, visto que a eleição é organizada em conjunto entre instituição e sindicato.

Seguido a isso o Edital foi lançado em Boletim Oficial, com conjunto de datas atabalhoadas e sem divulgação em canais de maior acesso do público como site e redes da Reitoria e PR-4. A Direção do Sintufrj somente tomou conhecimento da publicação ao consultar o espaço destinado ao BO-UFRJ.

Por conta destas dificuldades todo o calendário eleitoral teve que ser rediscutido no espaço da comissão eleitoral. Fato que culminou em alterações nas datas de inscrição e realização da eleição, apresentadas no lançamento do Edital desta sexta-feira, 20 de setembro.

SINTUFRJ ORIENTA A INSCRIÇÃO DA CATEGORIA, MAS ALERTA PARA NECESSIDADE DE MUDANÇAS DO EDITAL QUE GARANTAM LEGITIMIDADE

Divulgamos aqui a forma de inscrição definida pela comissão eleitoral, porém reforçamos a necessária alteração no método de votação sob pena de haver falta de legitimidade jurídica e institucional de todo o processo. A votação está prevista para os dias 22 e 23 de outubro.

PARA INSCRIÇÃO (CONFORME EDITAL)

2.1. A candidatura para as vagas de representante Técnico-Administrativo em Educação será nominal e respeitando o seguinte:

  1. a) Cada candidato deverá, no ato da inscrição, em formulário próprio, apresentar o nome completo; o número de registro no SIAPE, a identificação de situação (ativo, aposentado ou instituidor de pensão), o cargo, identificação de gênero, cor, se é portador de necessidades especiais e a unidade da UFRJ onde

está lotado/localizado, no caso de matrícula ativa, e o nome do servidor do qual é instituidor de pensão;

  1. b) Assinar termo de ciência de que, no ato de inscrição, não esteja ocupando cargo e/ou função de direção de Unidade, de Órgão Suplementar ou na Administração Superior, bem como não poderá ser membro de outro colegiado superior (CONSUNI, CEG, CEPG ou CEU), em conformidade com o Art. 6o da

Resolução CONSUNI no 19/2005.

 

2.3. As candidaturas poderão ser inscritas de 8h00 do dia 23 de setembro até 23h59min do dia 25 de setembro de 2024, através do preenchimento e envio do formulário de inscrição, disponibilizado na página da PR-4, devendo o candidato assiná-lo digitalmente, pela plataforma gov.br, e enviar em arquivo <<. pdf> para eleiçãoCIS@pr4.ufrj.br. Nos casos em que o candidato não possua a Assinatura GOV. BR, além da assinatura física deverá ser encaminhada para o referido e-mail cópia legível do documento de identidade e uma foto nítida segurando o mesmo.

 

SINTUFRJ DIVULGARÁ NA PRÓXIMA SEMANA RESULTADO DA DISCUSSÃO DOS RECURSO DA COMISSÃO ELEITORAL E CONVOCARÁ A CATEGORIA A SE MANIFESTAR SOBRE O TEMA.

JÁ NO DIA 22 DE AGOSTO, em Sessão do Conselho Universitário, foi anunciado pela Pro-Reitora de Pessoal que o processo da CIS seria iniciado, antes mesmo de formalização de proposta de regimento de comissão eleitoral e minuta de edital eleitoral ao Sintufrj, visto que a eleição é organizada em conjunto entre instituição e sindicato

Centenas de pessoas foram à ABI no ato de solidariedade ao parlamentar. Além de partidos, sindicatos (entre os quais o Sintufrj) e movimentos sociais participaram

FOTOS: ELISÂNGELA LEITE

O ato em defesa do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), realizado na noite desta quinta-feira (19), na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, apresentou uma experiência inédita nos tempos recentes: a unidade de todas as forças comprometidas com a democracia e os interesses populares.

Foi uma espécie de frente de esquerda diante do entendimento de que a defesa do mandato deste combativo parlamentar no Congresso é uma disputa com o fascismo bolsonarista e o fisiologismo corrupto expresso no presidente da Câmara, Arthur Lira – a nefasta figura que comandou o seqüestro do orçamento do país. Glauber fica! Fora Lira! foi o grito!

O deputado Glauber Braga, do Psol, eleito com 78 mil votos, está sendo investigado por quebra de decoro parlamentar pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e pode ter o seu mandato cassado. Nos próximos 40 dias, o inquérito seguirá o seu caminho depois que a denúncia contra ele foi aceita pela tal Comissão de Ética.

A deputada Luiz Erudina (Psol-SP), símbolo da resistência  democrática no Brasil, esteve na ABI, e deu a dimensão do significado do que estava acontecendo naquele ato: a luta contra as forças reacionárias que oprimem o povo brasileiro.

Além dos partidos (Psol, PT, PDT, PC do B, PSTU, Rede, PCB, UP), a manifestação na ABI reuniu movimentos sociais e sindicatos. O Sintufrj, por meio de seus dirigentes, marcou presença representando os trabalhadores da UFRJ.

Há algum tempo não se via mobilização tão robusta da esquerda no Rio de Janeiro. Os organizadores estimam que cerca de duas mil pessoas foram ao evento. Centenas não conseguiram chegar ao auditório do 9 andar da ABI. O deputado teve que descer para falar com muita gente no saguão do prédio da associação.

O que aconteceu

Em abril de 2024, um provocador do MBL foi retirado a força da Câmara por Glauber Braga. O fascista havia ofendido a mãe do parlamentar que estava hospitalizada à época. Ela faleceu dias depois.Na semana passada, o Conselho de Ética abriu investigação contra o parlamentar por “quebra de decoro”. A inconsistência da acusação caracteriza a perseguição contra Glauber – numa articulação do presidente da casa, Arthur Lira, que quer sua cassação.

AUDITÓRIO DA ABI FICOU LOTADO no ato de solidariedade ao parlamentar e de repúdio a Arthur Lira
ENTRE LUIZA ERUNDINA E SÂMIA BONFIM, Glauber se dirige à multidão que foi se solidarizar com a sua luta que é a defesa da democracia
FALA ERUNDINA. O pronunciamento da parlamentar histórica levou emoção à ABI

 

 

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi liberado na noite desta sexta-feira (20) após passar a tarde detido por defender estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) de uma ação de desocupação. Ao deixar a Cidade da Polícia, na zona norte do Rio, o parlamentar disse que “hoje é um dia lamentável do ponto de vista do que foi feito, estudante lutando pelo direito de ficar na universidade e sendo recebido por bomba”. Glauber foi liberado junto com três estudantes da Uerj detidos na ação de desocupação do Pavilhão João Lyra Filho, no Maracanã, zona norte do Rio. Os universitários estudam enfermagem, jornalismo e oceanografia.  (AGÊNCIA BRASIL)

Glauber Braga é preso em ação truculenta do BOPE na UERJ

O deputado federal Glauber Braga (PSOL/RJ) foi preso nesta sexta-feira (20) enquanto apoiava a ocupação em protesto contra os cortes de bolsas e assistência estudantil. A violência da polícia militar e a presença de seguranças sem uniforme geraram revolta entre os alunos, que lutam de forma justa por seus direitos. A direção do Sintufrj condena essa repressão. Além do parlamentar, dois estudantes e um jornalista também foram detidos. A luta continua!

O governo Cláudio Castro (PL/RJ) tem promovido cortes significativos nas verbas destinadas à educação, afetando diretamente as bolsas de permanência e assistência estudantil. Essa redução orçamentária tem levado à precarização das condições de estudo e à exclusão de muitos estudantes, especialmente aqueles de baixa renda. A luta dos alunos da UERJ é um reflexo dessa realidade, exigindo a revogação dos cortes e a garantia de um futuro mais acessível para todos. A educação deve ser prioridade, e os ataques a ela não podem ser silenciados.

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