Reunido nesta segunda-feira, 25, de modo presencial (na sala de reuniões da sede) e com participação de mais 13 companheiros on line, o Grupo de Trabalho sobre Carreira do Sintufrj concluiu o trabalho de elaboração das propostas que serão encaminhadas à assembleia da categoria, dia 27 e, após, à plenária nacional virtual da Fasubra, entre os dias 5 e 7 de dezembro.

O trabalho do grupo está sendo reconhecido nacionalmente (parte da proposta já foi incorporada à da Federaçao) e coroa o esforço de meses: desde julho o GT vem se reunindo. Depois de organizar lives, seminários, debates, o GT se subdividiu em subcomissões (com os temas Reconhecimento de Saberes e Competências, Racionalização, Reposicionamento de Aposentados e Desenvolvimento).

NESTA QUARTA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO, ÀS 14H, NO ESPAÇO CULTURAL

Assembleia Simultânea Sintufrj
Pauta; Conjuntura, Carreira e eleição delegados Plenária da Fasubra.
27 de novembro, 9h30.
Fundão – Auditorio CCS Quinhentão.
IFCS – Sala Amarela 109, primeiro andar.
Macaé – Sala 207, Bloco A

Fotos e vídeo: Renan Silva

No Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, 25 de novembro, o Movimento de Mulheres Olga Benário e o Grupo de Trabalho de Mulheres do Sintufrj estiveram esta manhã no Largo da Carioca, conversando com a população e panfletando num ato de denúncia contra todo tipo de violência contra a mulher e em defesa da vida das mulheres. “Seguiremos firmes na luta até que todas sejam livres”, anunciam as organizações.

Cartazes dispostos ao lado de flores, com nomes de vítimas de feminicídio chamavam atenção para o ato de denúncia sobre a violência e a insuficiência de polícias públicas para enfrentá-la.

“Não se calem, denunciem”

“Chega de ficarmos calados, vendo na TV mulheres sendo mortas todos os dias de maneira trágica, cruel. Nos temos o direito de andar nas ruas, de ser livres e hoje esta vendo vidas ceifadas. Cada mulher que é morta, morremos todas nos. Estamos na luta para denunciar o que está acontecendo neste país. E dizer que não vamos nos calar, deixar que as mulheres continuem sendo mortas ou violentadas. Nosso corpo não é propriedade de nenhum homem. É nosso e tem que ser respeitado. Nós mulheres temos que estar unidas contra este índice de violência que a gente vê todo dia na TV e que pode chegar a qualquer uma de nós”, disse disse a coordenadora do Sintufrj Marly Rodrigues

A coordenadora prosseguiu: “As mulheres estão sendo mortas principalmente por ex-companheiros. Pelo direito de caminhar pelas ruas e de andar como queremos. No Dia Internacional da não Violência Contra a Mulher, estamos na praça, com nossas companheiras para dizer que não se calem, que denunciem!”.

Problema generalizado

Segundo a ONU Mulher Brasil, o relatórioEstimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família” revela que 60% de todos os homicídios de mulheres são cometidos por parceiro íntimo ou outro membro da família. E que o feminicídio—forma mais extrema de violência contra mulheres e meninas—continua sendo um problema generalizado em todo o mundo.

“Globalmente, 85.000 mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em 2023. Desses homicídios, 60% — 51.000 — foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. Isso equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias por seus parceiros ou parentes próximos, ou seja, uma mulher ou menina assassinada a cada 10 minutos. Em 2023, a África registrou as maiores taxas de feminicídios relacionados a parceiros íntimos e familiares, seguida pelas Américas e pela Oceania. Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres assassinadas no ambiente doméstico (64% e 58%, respectivamente) foram vítimas de parceiros íntimos”, diz o texto.

“21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”

Mundialmente, os dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher são 16 e começam em 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.  E seguem até 10 de dezembro. A campanha, liderada pela ONU, tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre as formas de violência contra as mulheres e promover ações para combatê-la.

No Brasil, são 21 dias de ativismo. Começa em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e segue até a 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos (data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos). A data do início leva em conta o fato de que as mulheres negras são maioria entre as vítimas de feminicídio e de outros tipos de crimes motivados tanto pelo machismo quanto pelo racismo.

A data marca o assassinato brutal das irmãs Mirabal (Minerva, Patrícia e Maria Tereza), torturadas e mortas em 1960 por lutarem contra a ditadura fascista do general Rafael Trujillo, na República Dominicana.

O assassinato transformou as irmãs Mirabal em “símbolos da resistência popular e do feminismo”. Em 1999, em honra a elas, a Assembleia Geral das Nações Unidas designou a data 25 de novembro como “Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher”.

#NãoTemDesculpa

O tema da campanha de 2024 é “A cada 10 minutos, uma mulher é assassinada. #NãoTemDesculpa. Una-se para Acabar com a Violência contra as Mulheres”. A ONU Mulheres destaca que a violência contra as mulheres é alarmante, com quase uma em cada três mulheres sofrendo violência ao longo da vida.