Reunido nesta segunda-feira, 25, de modo presencial (na sala de reuniões da sede) e com participação de mais 13 companheiros on line, o Grupo de Trabalho sobre Carreira do Sintufrj concluiu o trabalho de elaboração das propostas que serão encaminhadas à assembleia da categoria, dia 27 e, após, à plenária nacional virtual da Fasubra, entre os dias 5 e 7 de dezembro.

O trabalho do grupo está sendo reconhecido nacionalmente (parte da proposta já foi incorporada à da Federaçao) e coroa o esforço de meses: desde julho o GT vem se reunindo. Depois de organizar lives, seminários, debates, o GT se subdividiu em subcomissões (com os temas Reconhecimento de Saberes e Competências, Racionalização, Reposicionamento de Aposentados e Desenvolvimento).

O coordenador de Comunicação da Fasubra, Francisco de Assis tem coordenado também os trabalhos do GT. Ele conta que terminou todo trabalho de produção, estudos e elaboração dos relatórios. E agora o grupo vaio trabalhar o material produzido com o Sintufrj para a produção de uma publicação especial para apresentar à Federação e divulgar para a categoria. Ficará também disponível no site da entidade (que já tem um banco de informações sobre a Carreira).

A atividade do GT continua. O grupo tem nova reunião dia 16 para fechar o ano com uma avaliação da plenária e, preventivamente, de mobilização, “porque a gente não sabe o que vai acontecer na plenária e como vai ser encaminhada a questão com o governo”, diz ele.

A direção da FASUBRA vai realizar reunião essa semana para situar o andamento do processo de negociação e também avaliar a produção dos grupos. Mas também o quanto a decisão do STF (que no dia 6 validou a emenda que flexibilizou regime de contratação dos novos servidores públicos), porque isso pode trazer prejuízo para o acordo de greve. Então, preventivamente estamos nos reunindo e nos preparando.

GT no Consuni – O grupo também tirou uma comissão de representantes para, junto com a direção da entidade, fazer pressão sobre a Reitoria, na próxima quinta-feira, para realização da eleição da Comissão Interna de Supervisão de Carreira (CIS UFRJ).

Integrantes avaliam

“Finalizamos hoje o trabalho. Inclusive a parte de cargos (Racionalização), de RSC, está tudo pronto pra gente participar da plenária da Fasubra, no início de dezembro”, explicou Marisa Araújo, integrante da subcomissão do RSC. Segundo ela, nesta reunião, o grupo fechou detalhes sobre o incentivo e sobre cargos e especialidades da Racionalização.

A Fasubra reivindica a criação do cargo amplo de Auxiliar Educacional (para os atuais ocupantes dos níveis A, B e C, na medida em que a maioria dos cargos destes níveis estão na situação de extintos, vagos ou suspensos), além dos dois que o governo já propõe: Técnico (nível médio) e Analista Educacional (superior). O grupo propõe ainda que as vagas dos ativos em cargos hoje extintos, sejam reaproveitadas (contabilizadas entre os cargos atuais), para que não fiquem no limbo (sejam perdidas). E a gente continua reivindicando RSC para todos, ativos e aposentados.

“Eu aprendi muito durante essas (nem me lembro mais quantas) reuniões desde julho. Foi superprodutivo”, disse Lenilva da Cruz, destacando o importante trabalho do coordenador de comunicação da Fasubra, Francisco de Assis, na condução dos trabalhos, cujos frutos estão sendo elogiados. “Até em Brasília. A equipe que faz parte da CNSC pegou contribuições que tínhamos enviado para o trabalho final deles. E agora vamos enviar mais contribuições”, orgulha-se.

O grupo se dedicou e se especializou no tema, potencializando o GT. E agora? “ Tudo indica que o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) não será implantado agora. Para 2025 vamos ter que voltar a nos debruçar sobre isso. Mas formamos um grupo muito bom, sempre com boa participação nas reuniões presenciais e hibridas”, avaliou Lenilva.

Fávia Vieira, de Macaé, que se integrou mais recentemente ao grupo (que desde a assinatura do acordo vem desenvolvendo esse trabalho), concorda. “Eu comecei a participar do GT Carrera só em setembro.  Para a gente que trabalha em Macaé e algumas informações acabam demorando chegar. Para mim foi muito importante participar porque eu sou nova na carreira, então tudo foi um aprendizado e espero continuar aprendendo, conhecendo sobre a carreira, sobre as mudanças que vão ocorrer no pós-greve”, disse ela.

Todos à assembleia dia 27

O coordenador de Comunicação do Sintufrj Nivaldo Holmes explica que, entre os próximos passos, está levar a proposta para a assembleia da categoria, quarta-feira, dia 27 e definir os delegados à plenária da Fasubra (entre os dias 5 e 7 , também um fechamento do trabalho a nível nacional). A negociação também está preocupada porque está chegando próximo do final do ano e até agora o PL (com as mudanças originadas do acordo) está com uma certa dificuldade de ser apresentado. Essa plenária também vai definir o que faremos até o fechamento do acordo. Por isso é importante todo mundo participar da assembleia quarta-feira e da plenária do final de ano”, disse Nivaldo.

NESTA QUARTA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO, ÀS 14H, NO ESPAÇO CULTURAL

Fotos e vídeo: Renan Silva

No Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, 25 de novembro, o Movimento de Mulheres Olga Benário e o Grupo de Trabalho de Mulheres do Sintufrj estiveram esta manhã no Largo da Carioca, conversando com a população e panfletando num ato de denúncia contra todo tipo de violência contra a mulher e em defesa da vida das mulheres. “Seguiremos firmes na luta até que todas sejam livres”, anunciam as organizações.

Cartazes dispostos ao lado de flores, com nomes de vítimas de feminicídio chamavam atenção para o ato de denúncia sobre a violência e a insuficiência de polícias públicas para enfrentá-la.

“Não se calem, denunciem”

“Chega de ficarmos calados, vendo na TV mulheres sendo mortas todos os dias de maneira trágica, cruel. Nos temos o direito de andar nas ruas, de ser livres e hoje esta vendo vidas ceifadas. Cada mulher que é morta, morremos todas nos. Estamos na luta para denunciar o que está acontecendo neste país. E dizer que não vamos nos calar, deixar que as mulheres continuem sendo mortas ou violentadas. Nosso corpo não é propriedade de nenhum homem. É nosso e tem que ser respeitado. Nós mulheres temos que estar unidas contra este índice de violência que a gente vê todo dia na TV e que pode chegar a qualquer uma de nós”, disse disse a coordenadora do Sintufrj Marly Rodrigues

A coordenadora prosseguiu: “As mulheres estão sendo mortas principalmente por ex-companheiros. Pelo direito de caminhar pelas ruas e de andar como queremos. No Dia Internacional da não Violência Contra a Mulher, estamos na praça, com nossas companheiras para dizer que não se calem, que denunciem!”.

Problema generalizado

Segundo a ONU Mulher Brasil, o relatórioEstimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família” revela que 60% de todos os homicídios de mulheres são cometidos por parceiro íntimo ou outro membro da família. E que o feminicídio—forma mais extrema de violência contra mulheres e meninas—continua sendo um problema generalizado em todo o mundo.

“Globalmente, 85.000 mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em 2023. Desses homicídios, 60% — 51.000 — foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. Isso equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias por seus parceiros ou parentes próximos, ou seja, uma mulher ou menina assassinada a cada 10 minutos. Em 2023, a África registrou as maiores taxas de feminicídios relacionados a parceiros íntimos e familiares, seguida pelas Américas e pela Oceania. Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres assassinadas no ambiente doméstico (64% e 58%, respectivamente) foram vítimas de parceiros íntimos”, diz o texto.

“21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”

Mundialmente, os dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher são 16 e começam em 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.  E seguem até 10 de dezembro. A campanha, liderada pela ONU, tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre as formas de violência contra as mulheres e promover ações para combatê-la.

No Brasil, são 21 dias de ativismo. Começa em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e segue até a 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos (data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos). A data do início leva em conta o fato de que as mulheres negras são maioria entre as vítimas de feminicídio e de outros tipos de crimes motivados tanto pelo machismo quanto pelo racismo.

A data marca o assassinato brutal das irmãs Mirabal (Minerva, Patrícia e Maria Tereza), torturadas e mortas em 1960 por lutarem contra a ditadura fascista do general Rafael Trujillo, na República Dominicana.

O assassinato transformou as irmãs Mirabal em “símbolos da resistência popular e do feminismo”. Em 1999, em honra a elas, a Assembleia Geral das Nações Unidas designou a data 25 de novembro como “Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher”.

#NãoTemDesculpa

O tema da campanha de 2024 é “A cada 10 minutos, uma mulher é assassinada. #NãoTemDesculpa. Una-se para Acabar com a Violência contra as Mulheres”. A ONU Mulheres destaca que a violência contra as mulheres é alarmante, com quase uma em cada três mulheres sofrendo violência ao longo da vida.