Reunião entre o Jurídico do Sintufrj e técnico-administrativos do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) realizada nesta quarta-feira, 22, tratou das dificuldades enfrentadas pelos profissionais na relação de trabalho desde a entrada da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Diante do aumento de problemas a direção do Sintufrj vai marcar reunião para cobrar soluções com a direção do HUCFF, a superintendência da Ebserh e a Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4).

Essa é a segunda reunião desde o início da mobilização dos funcionários por cumprimento de direitos iniciada há quatro meses. Um abaixo-assinado com a assinatura de cerca de 150 servidores reivindicando a manutenção dos direitos dos servidores RJU nos hospitais geridos pela empresa (HUCFF, IPPMG e Maternidade Escola) e em defesa da movimentação dos servidores para outras unidades foi encaminhado a PR-4. Desde lá não se chegou a bom termo para se chegar a uma solução e ou dirimir as questões levantadas pelos profissionais.

Para se ter uma ideia o hospital continua com problemas de insumos e setores como o Serviço de Atendimento a Saúde do Trabalhador (Sesat) foram fechados. Profissionais estão afastados por adoecimento e o assédio moral por parte de chefias da nova gestão vem constrangendo os técnico-administrativos do HU. “Nos somos servidores RJU e temos que ter nossos direitos garantidos”, afirma a coordenadora-geral do Sintufrj, Laura Gomes.

No abaixo-assinado os servidores RJU reivindicam, além da garantia de seus direitos, a movimentação para outras unidades da UFRJ; a manutenção do regime de trabalho autorizado pelo Decreto 1590/95; e reivindicam também ações administrativas que importem na proteção dos abaixo-assinados e de todos os servidores públicos lotados nas unidades geridas pela Ebserh na UFRJ, além de não adoção de qualquer ação administrativa que importe em quaisquer retaliação ou perseguição aos abaixo-assinados e aos servidores da UFRJ que manifestem a não aceitação à alteração de exercício para ocupar cargos ou funções na estrutura da Ebserh.

Ângela Davis enviou uma potente mensagem ontem em seu discurso em Washington. A ex-Pantera Negra falou sobre os dias que virão, os desafios da luta por justiça e igualdade sob o governo Trump, e a importância de manter e ampliar as lutas sociais. Ângela diz, citando Martin Luther King, que não podemos nos render às decepções finitas, devemos enfrentá-las com esperança infinita.

Nunca foi fácil, sigamos com organização e esperança para derrotar a extrema direita mundial e construir um futuro melhor.

 

TORONTO, ON – SEPTEMBER 10: Activist Angela Davis speaks onstage at “Free Angela & All Political Prisoners” Press Conference during the 2012 Toronto International Film Festival at TIFF Bell Lightbox on September 10, 2012 in Toronto, Canada. (Photo by Jemal Countess/Getty Images)

Nesta quarta-feira, 22, o Sintufrj esteve na Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador (CPST) e constatou as péssimas condições do ambiente onde os servidores atuam e o desrespeito aos que necessitam de atendimento.

Sob o calor intenso que fez nesta quarta-feira, os trabalhadores da CPST cumpriam suas tarefas em salas sem nenhuma ventilação natural (janelas) e ar-condicionado. Para completar o caos, os banheiros há muito tempo estão em péssimas condições de uso.

Quem precisou de atendimento pela manhã mofou na cadeira nessas circunstâncias insalubre, porque não havia um médico  sequer de plantão. Uma servidora da Coppe agendada para às 13h, até às 14h40 ainda não havia sido atendida.

 

Nesta quinta-feira, 23, às 10h, a Fasubra participará da reunião do Grupo de Trabalho que discute a Carreira dos Técnicos-administrativos em Educação (GT-PCCTAE) no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Essa reunião faz parte da sequência de negociação da Fasubra e do Sinasefe com o governo, cujo objetivo é debater propostas para o aprimoramento da Carreira, valorização profissional,  melhoria das condições de trabalho e reajustes.

Expectativa

Os integrantes da Fasubra na Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC) realizaram reunião preparatória na terça-feira, 21, e quarta-feira, 22, para alinhar as pautas e estratégias que serão discutidas durante as negociações com o governo..

Coordenadores e integrantes da CNSC/Fasubra em reunião preparatória para encontro no MGI

 

A Federação avalia que a reunião com o MGI é uma oportunidade de pressionar para avançar nas demandas pendentes para a  conclusão do acordo de greve, e informa que também serão levadas à mesa de negociação as falhas e faltas da MP 1286/24, que inclui a demanda dos médicos e médicos veterinários.

“A expectativa agora é que o governo federal demonstre compromisso com as demandas dos TAEs e busque soluções reais para os problemas enfrentados, especialmente em um momento de desafios fiscais e administrativos no país”, informa o site da Fasubra.

 

O que a Fasubra levará para a mesa de negociação

Marcelo Rosa Pereira, da Coordenação Jurídica e de Relações de Trabalho da Fasubra e membro titular da CNSC/MEC, explicou que os pontos específicos da reunião desta quinta-feira, 23, serão os seguintes:

. Escala de plantão 12 x 60, que a Fasubra espera que o MGI apresente proposta, conforme compromisso firmado anteriormente;

. A questão das profissões regulamentadas sobre as quais a Fasubra prepara uma minuta (por exemplo: de assistentes sociais, intérprete de libras e fotógrafos que têm jornadas próprias);

. Reposicionamento dos aposentados e reabertura de prazo de opção pelo PCCTAE para quem ainda permanece no PUCRCE; e

. A direção da Fasubra irá apresentar um dossiê com justificativas para a implantação da jornada de 30 horas semanais de trabalho.

Segundo Marcelo Rosa, a Fasubra vai entregar um ofício ao MGI sobre os pontos pendentes da Medida Provisória (MP) e sobre a inclusão de médicos e veterinários nas conquistas do PCCTAE. (Pela MP, essas duas categorias profissionais ficaram de fora do  reajuste do plano de carreira embora sejam TAEs)

O coordenador da Fasubra antecipou ainda que o governo ficou de apresentar muitos dados. “Vamos cobrar o que o governo está nos devendo de informação”, disse Rosa. Ele lembrou que o prazo para fechar todos os pontos pendentes do acordo foi prorrogado até o dia 31 de maio.

Marcelo Rosa, coordenador da Fasubra

 

Pela aprovação imediata da LOA!

De acordo com Marcelo Rosa, a Fasubra orientou as entidades de base a seguirem o exemplo do Sintufrj e cobrarem das bancadas estaduais no Congresso Nacional, a aprovação imediata da Leia Orçamentária Anual (LOA). Inclusive lembrando aos parlamentares que o governo cumpriu até agora todos os prazos, só falta agora o Parlamento aprovar a LOA.

 

Campanha do Sintufrj

O Sintufrj lançou em suas redes sociais uma campanha pela aprovação da Lei Orçamentária Anual LOA), porque a Medida Provisória condiciona os efeitos financeiros das mudanças em vigor desde 1º de janeiro na tabela à entrada em vigor da nova LOA.

A Fasubra reforça a urgência na aprovação da lei, explicando que o atraso na definição do orçamento impacta diretamente o funcionamento das instituições federais de ensino, comprometendo desde o pagamento de bolsas estudantis até a manutenção das instituições.

“A educação pública precisa de investimentos garantidos para continuar cumprindo seu papel social e desenvolvendo a ciência, a tecnologia e a inclusão no Brasil. A indefinição orçamentária ameaça a qualidade dos serviços prestados à comunidade acadêmica e à sociedade, como um todo. Exigimos que o Congresso Nacional cumpra seu dever e aprove a LOA, já! Não aceitaremos cortes nem retrocessos! A educação pública precisa de respeito e valorização!”, reafirma o texto publicado pela Fasubra.