FOTOS: RENAN SILVA

Nesta sexta-feira, 14, o clima de carnaval tomou conta do sindicato. No fim da tarde a bateria do bloco “Comuna Que Pariu” agitou o grito de carnaval e não deixou ninguém parado. O samba enredo “Sem anistia para fascista” reverberou com força no Espaço Cultural do Sintufrj.
A comissão de festa integrada pelas coordenadoras do Sintufrj, Sharon Rivera, Laura Gomes e Ana Mina, decoraram com esmero o Espaço Cultural e produziram um kit carnavalesco com adereços para lá de irreverentes que foram colocados nas mesas para quem quisesse curtir mais o clima.

Samba e luta
O bloco oficial do PCB, que esse ano completa 16 anos, é mais uma arma da crítica na luta de classes, sem perder o gingado e a cadência do samba. Uma das missões que abraçou desde o início de sua história foi a luta antifascista. A bateria, por sua vez, é composta também por militantes do movimento social, estudantil, popular e sindical e o próprio Sintufrj tem pessoas que tocam nela.
“Arrastamos multidões e sempre politizando as multidões. Nós fundamos o Bloco em 2009, ainda com uma roda de samba, um bloco concentra mais não sai. Em 2014 nós tivemos a nossa bateria, composta por militantes. E hoje trazemos um debate que nós consideramos muito importante, ainda mais para arrastar uma multidão, que é o debate de sem anistia para fascista. E aproveitando esse mote para denunciar a anistia que teve com os torturadores durante a ditadura militar e agora essa tentativa de anistiar os golpistas que tentaram dar um golpe contra a nossa democracia no dia 8 de janeiro de 2023. Enquanto se samba, se luta, enquanto luta a gente vai sambando também, sem perder a cadência, sem perder a ternura, mas com muita convicção revolucionária”, declara Heitor Cesar Ribeiro, um dos fundadores do bloco, historiador, professor e secretário político do PCB – RJ, integrante do Comitê Central.
O mestre de bateria, o compositor Bil-Rait, o “Buchecha”, celebra o convite do Sintufrj.
“É sempre uma delícia ser convidado por um sindicato. A gente apoia a luta sindical, a gente apoia que os trabalhadores se sindicalizem. Então, quando um sindicato consegue se reunir também nesse momento de carnaval e muito bom. É uma galera que está na luta o ano inteiro. E ainda fazer um grito do jeito que o Sintufrj está fazendo é uma honra para gente estar aqui. E ganhamos mais foliões! No dia 3 de março, segunda-feira de carnaval, às 16 horas, estaremos em frente a Petrobras, na Henrique Valadares. Esperamos vocês!”

Festa do trabalhador
A comissão de festa, integrada pelas coordenadoras Sharon Rivera, Laura Gomes e Ana Mina, explicou que a motivação da festa partiu da própria categoria e que esse grito de carnaval além da diversão não poderia deixar de ser marcado pelo seu caráter classista.
“Tentamos valorizar ao máximo, durante toda essa gestão, o trabalhador. E dentro de todo o bem-estar do trabalhador, o trabalho na universidade, o dia a dia da universidade, eu incluo as festas. O carnaval é uma festa do trabalhador. Ele gosta de participar, ele gosta do samba, ele gosta do axé, ele gosta de tudo isso. Então, o que motivou foi mostrar essa festa bonita. Muitos servidores pediram uma brincadeira de carnaval. E a gente acolheu a ideia que veio da categoria. E o bloco que trouxemos não é qualquer bloco. O próprio nome, o “Comuna que pariu”, é tem uns sambas maravilhosos. E esse ano ele traz a questão da crítica ao fascismo e nesse nosso atual momento político é extremamente importante. Também foi um dos motivos também que colaboramos a chamar eles para tocar, porque é um bloco de trabalhadores para os trabalhadores também”, explica Sharon Rivera.
“Nessa gestão é o primeiro grito de carnaval. O que nos motivou a promover essa festa para nos divertir foram as nossas lutas, as lutas que nós tivemos o ano passado para nós conseguirmos algumas vitórias. Então esse grito de carnaval é um grito de socorro da universidade, um grito de socorro dos trabalhadores. É um grito de carnaval da nossa categoria pedindo socorro para a garantia de nossas conquistas como o pagamento do reajuste e investimentos na universidade, para que o nosso Congresso, para que a nossa Presidência, para que eles ouçam a nossa voz e vejam realmente o que é necessário para nós sobrevivermos nessa universidade. E para agitar nosso Grito de Carnaval veio o Comuna que é um bloco especialíssimo para a gente. É um bloco nosso, de trabalhadores. Então vieram para que a festa fique mais maravilhosa ainda”, afirma Laura Gomes.
“Esse evento tem o objetivo de integrar, trazer mesmo as pessoas para o sindicato, para que elas se divirtam um pouco. Porque a vida, a nossa vida não é só trabalho, não é só dificuldade, temos de nos divertir um pouco. E nada melhor do que um espaço onde todo mundo possa se conhecer, onde possamos ver os outros amigos. Então esse o objetivo, é se divertir, é brincar, porque o carnaval é uma brincadeira, e as pessoas precisam ter esse momento de lazer. Trouxemos um bloco que todo mundo gosta, suas músicas são muito boas. Isso promove uma real integração e até porque já é pré-carnaval! O samba enredo é o tema do momento do movimento dos trabalhadores que é “Sem anistia para fascista” , diz Ana Mina.

Veja o refrão do samba da Comuna Que Pariu que estará nas ruas na segunda-feira de Carnaval

“Já passou da hora
De pegar o capitão
Eu vou deixar um bilhete
Na porta da prisão

Confira os vencedores do concurso de fantasias

IPPMG:
Mulheres.
Evelyne Werneck. 1o lugar.
Monica Rodrigues. 2o.
Solange Santana. 3o

Homens:
Nivaldo Holmes Filho

Monica. Fantasia “Shana Guerreira.
Evelyne. Fantasia “Que Xuxa é essa?”
Nivaldo. Fantasia “Bolsominion. Cara de Palhaço”

Vimos fazer um pedido de socorro e apoio à luta dos trabalhadores da CPST, a qual vem sofrendo um violento processo de desmonte do serviço prestado sobretudo desde agosto de 2024, quando a nova gestão assumiu a unidade.

Através de um argumento pautado na necessidade de reestruturação com vistas a uma “nova
CPST”, ocorreu a destituição de metade do corpo de peritos e posterior deslocamentos da equipe para os chamados novos polos de atendimento, sem planejamento prévio, deixando o serviço prestado na UFRJ descoberto.

Ao lado disso, a precarização ainda maior das condições de trabalho, ameaças constante de transferência para outros locais de trabalho para aqueles que discordarem das decisões tomadas; disseminação de intrigas entre os colegas de trabalho por parte da coordenação, impedimento a alguns colegas de uso da ferramenta principal de trabalho na perícia que é o acesso ao sistema Siass, dentre outras coisas, que de acordo com alguns estudos atuais configurariam um caso típico de assédio moral no trabalho.

Tal processo atinge em larga escala a Divisão de Perícias em Saúde (DPST) e tem resultado no maior adoecimento físico e psíquico dos trabalhadores. Estamos aqui porque temos amor ao que fazemos e entendemos nosso compromisso ético, político e técnico com este trabalho. Entendemos essa luta como de todos e por isso nos dirigimos a esta instância. Não somos 3, 5 ou 10, mas representamos cada servidor desta casa à qual também somos gratos!

Apesar de todo o quadro adverso, toda a equipe da DPST tem resistido às mudanças, organizando o serviço internamente de forma coletiva, de tal forma que vimos realizando entre 20 e 30 perícias diárias, entre exames admissionais, avaliações para concessão de licenças de tratamento de saúde ou acompanhamento de familiar, avaliação pericial para concessão de benefícios previstos da Lei 8112 e legislação federal de atenção à saúde do servidor. Além do que estabelecemos um diálogo que fortalece a dimensão interdisciplinar e a abordagem psicossocial no atendimento diário aos servidores.

Pedimos respeito e melhores condições de trabalho. E para que sejam apuradas as questões expostas neste Conselho, reiteramos a necessidade de afastamento da gestora, a qual hostiliza, persegue e vem operando mudanças internas que resultam na desarticulação dos eixos da atenção integral à saúde do trabalhador. Sabemos como esse serviço é importante na Universidade e não queremos que chegue ao fim!

Trabalhadores da DPST

*Documento elaborado após reunião da base de servidores da DPST na terça-feira, 11 de fevereiro