Os palestrantes Meynardo e Cristiane

 

A aula especial do Curso “Patrimônio Cultural: lugares de saberes e memórias”, realizada de forma híbrida no Espaço Cultural do Sintufrj no fim da tarde desta quinta-feira, 27, teve como tema Macaé – sua importância histórica, social e geográfica -, atraindo muita gente. Somente on-line foram 66 companheiros. A aula será posteriormente disponibilizada no YouTube para quem não pôde assistir.

A cidade de Macaé, município do norte fluminense que abriga o Centro Multidisciplinar da UFRJ e o Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem), reúne vários patrimônios históricos, incluindo museus, igrejas, sítios arqueológicos e fazendas. Sua história, para além do advento da exploração petrolífera, vem carregada da luta do sindicato dos ferroviários por direitos e resistência à ditadura.

Os palestrantes foram Cristiane Pires Teixeira Pacheco, doutora em Ciências Ambientais e Conservação pelo Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM) – Centro Multidisciplinar da UFRJ – Macaé, e Meynardo Rocha de Carvalho, especialista em Literatura, Memória Cultural e Sociedade pelo Instituto Federal Fluminense de Campos dos Goytacazes, diretor do Centro Cultural do Legislativo de Macaé. Ele foi o coordenador de pesquisa da Comissão Municipal da Verdade de Macaé, que resultou no Relatório Final.

“Os indivíduos são os que realmente contribuem para a história e o patrimônio de uma cidade”, observou Meynardo ao contar o papel do sindicato dos ferroviários de Macaé na luta por direitos e resistência à ditadura.

“Vocês vão conhecer o patrimônio histórico material e imaterial. Temos que conhecer o passado para preservar o futuro”, sublinhou Cristiane ao citar os locais e seus significados os quais os alunos irão conhecer in loco.

O coordenador de Educação e Cultura do Sintufrj, Edmilson Pereira, ao final da aula destacou a importância da memória social e do conhecimento reforçando que a aula é teoria é prática.

“É para aplicar, visualizar e pesquisar o que estão aprendendo. Parte do curso é prático. Vamos a Macaé vivenciar essa experiência. Não é passeio”. Ele ainda ressaltou esperar que a próxima gestão mantenha  curso “porque é da categoria e não de uma direção”.

 

Começou na manhã de quinta-feira, 27, a apuração dos votos depositados nas urnas físicas para a eleição da Comissão Interna de Supervisão da Carreira (CIS), na UFRJ. Foram três dias de eleição online e presencial (24, 25 e 26), mas somente nesta sexta-feira, 28, saberemos o resultado da votação e conheceremos  eleitos: 14 efetivos e 7 suplentes.

Votaram nesta eleição da CIS 1.798 eleitores pelo Sistema de Votação Online da UFRJ, o e-Voting, e 593 por voto nas urnas.

A apuração dos votos físicos, ou seja, depositados nas urnas instaladas na sede e subsedes do Sintufrje no núcleo da Pró-Reitoria de Pessoal, no Hospital Universitário, ocorreu no auditório Pangea, no Instituto de Geociências (CCMN). Foram montadas três mesas apuradoras sob supervisão da Comissão Eleitoral.

O processo de contagem dos votos dados a cada um dos 54 candidatos que concorreram ao pleito foi iniciado após a conferência das 13 listas de presenças na votação e retirada dos votos inválidos.

 

Responsabilidade pelo atraso na apuração

Apuração do voto de responsabilidade da Pró-Reitoria de Pessoal (PR4) – a votação online pelo e-Voting — foi responsável pelo atraso na divulgação dos resultados. Durante todo o dia a informação passada à Comissão Eleitoral da CIS era que o sistema estava com problemas.

O Sistema de Votação Onlline da UFRJ (e-Voting) foi criado pela Superintendência Geral de Tecnologia de Informação e Comunicação (SG-TIC), que, lamentavelmente, não conseguiu resolver os problemas na rede para a apuração.

 

Valeu, companheiras e companheiros!

O esforço conjunto da Comissão Eleitoral ampliada para que a apuração dos votos em urnas fosse concluída na noite de quinta-feira, 27, tem que ser registrado. As companheiras e companheiros trabalharam direto a partir das 9h. Esse registro foi divulgado pelo Sintufrj depois das 20h, e o trabalho ainda renderia muitas horas.

 

Situação precária de funcionamento do Colégio de Aplicação, que inclui a Educação Infantil, foi exposto no Consuni. Servidores e estudantes estão cansados de promessas

A comunidade do Colégio de Aplicação da UFRJ (CAp) suspendeu suas atividades na quinta-feira, 27, e professores, estudantes e técnicos-administrativos ocuparam o auditório da Escola de Química, onde foi realizada a sessão do Conselho Universitário (Consuni), para cobrar da Reitoria providências e as aulas prossigam, para os problemas de infraestrutura que se acumulam no prédio cedido pela Prefeitura do Rio, na Lagoa, e  vários outros que impossibilitam aos profissionais realizarem com qualidade e segurança o seu trabalho.

Além da comunidade do CAp, alunos de graduação de vários  cursos na direção do DCE Mário Prata, Centros Acadêmicos e  Grêmios também se manifestaram no colegiado superior expondo as dificuldades que enfrentam diariamente na UFRJ para estudarem. Mas a principal revolta dos estudantes era em relação a ameaça de aumento do preço da refeição nos bandejões, que atualmente custa R2,00. Eles denunciaram que a Reitoria pretende fazer uma redefinição da renda dos discentes e cada um pagaria um preço.

 

“Chega de Promessas”

“Não somos a única unidade acadêmica da UFRJ em situação precária. Questões antigas se agudizam com o crescente enforcamento orçamentário da universidade e são muito poucas as unidades que têm boa estrutura física, embora o relatório técnico da universidade informe o contrário”, citou a professora Renata Flores, das séries iniciais do CAp (1º ao 5º ano), na sua explanação no Consuni.

Documento entregue pelo coletivo de professores aos conselheiros e à mesa, detalhava os  problemas do CAp: falta deespaço para as turmas da Educação Infantil, que há dois anos foram transferidas do Fundão (porque as instalações estavam condenadas) para o prédio na Lagoa –“As crianças ficam espremidas em duas salas e por falta de infraestrutura, estamos atendendo a partir de quatro anos, quando deveria ser de dois anos” — acrescentou Renata Flores.

“Chega de Promessas”, ilustrava um cartaz cobrando da Reitoria a sede própria para a Educação Infantil prometida. Segundo a comunidade do CAp, o reitor se comprometeu com duas datas, a última foi fevereiro deste ano, e o local para onde iria a escola seria as antigas instalações da Bio Rio, no Fundão.

 

Problemas só aumentam

Parte do muro sob ameaça de desabamento foi interditada e, por conta disso, não é possível o uso da quadra de esportes. As aulas de Educação Física são ministradas em salas improvisadas e no   espaço de convívio coletivo. Os professores não contam com material didático: “Um recurso essencial para as atividades de pesquisa e inovações na Educação Básica e nas Licenciaturas. Estamos sem toner e sem contrato de maquinário para impressão”, detalha o texto.

As salas de aulas, inclusive as ocupadas pela Educação Infantil,estão com os pisos e paredes rachados, vidros e janelas quebrados, sem ventilação (porque a rede elétrica não tem capacidade para suportar aparelhos de ar-condicionado ou ventiladores). A construção de uma cozinha industrial possibilitaria a oferta de alimentação adequada e de qualidade aos alunos, o que hoje não ocorre.

Falta espaço para realização de reuniões de setor, salas para atendimento de grupos de licenciados. O documento cita também as mobilizações da comunidade do CAp “contra a precária situação da terceirização na universidade, que frequentemente compromete a limpeza da unidade”, como o atraso no pagamento dos salários dos trabalhadores terceirizados pelas empresas contratadas pela UFRJ.

 

Preparado por GT instalado em julho do ano passado, Plano  de Contingência da UFRJ frente a ameaças à segurança, confrontos armados e violência urbana é apresentado ao Consuni

Professores, técnicos e estudantes do Colégio de Aplicação protestando por condições de funcionamento da escola; estudantes protestando pela fragilidade da infraestrutura de diversos prédios da universidade, por mais verbas, contra o aumento do preço do bandejão; por veículos adequados para as atividades de campo do Instituto de Geografia. Lotando a sala E 212 do CT, do Conselho Universitário desta quinta-feira dia 27, cheios de faixas e cartazes coloriram e esquentaram o expediente (a primeira parte da sessão) e exigindo soluções. “Acabou a paz”, dizia um dos cartazes sugerindo que estavam no limite, nem bem as aulas do semestre foram retomadas.

Mas foi na abertura da ordem do dia (a segunda parte que trata efetivamente da pauta), que surgiu uma boa iniciativa: a apresentação do Plano de Contingência da UFRJ frente a ameaças à segurança, confrontos armados e violência urbana, produzida por um grupo de trabalho instituído em julho do ano passado, pela intensa mobilização dos estudantes em torno do tema.

Pela apresentação feita pelo professor Alexandre Barbosa de Oliveira da Escola de Enfermagem Anna Nery, que coordenou o GT, o plano indica, em momentos de emergência, uma série de procedimentos para as instâncias de decisão da administração central da UFRJ, como a formação rápida de um gabinete de crise para coordenar respostas rápidas em situações de ameaça a segurança, confrontos armados e outras situações de conflito, para orientação da comunidade acadêmica e continuidade de atividades essenciais, por exemplo. O plano também aponta uma série de protocolos e iniciativas para uma ação rápida por parte da instituição de forma a resguardar estudantes e trabalhadores.

Entre os objetivos está a definição de ações padronizadas para a tomada de decisão desde a verificação das informações até a emissão de alertas, orientação de suspensão ou retomada de atividades, instrução sobre cômputo de falta e primeiros socorros. E leva em consideração uma série de vulnerabilidades institucionais, como a proximidade com áreas constantemente vitima de conflitos até a fragmentação na tomada de decisões em casos de crise. Estabelece níveis de segurança e ações a serrem adotadas em cada caso (veja nas imagens a seguir)..

Segundo o coordenador do GT, que integrou o GT que elaborou o plano de contingência da UFRJ na Pandemia, o plano de segurança ainda passará por uma análise jurídica para ser encaminhado oficialmente ao Consuni para aprovação. Mas que isso deve acontecer o mais rápido possível.

O estudante João Miranda integrou a representação discente no GT e, no Consuni, apontou para a importância deste primeiro passo, diante da violência no Estado, apontado que nenhum estudante tem que ser penalizado por isso (a fala está no vídeo ao fim da matéria)..

Conheça mais detalhes do plano em registros da apresentação