Dia: 23 de maio de 2025
Em abril de 1997, há 28 anos, Sebastião Salgado – que morreu nesta sexta-feira (23) – foi personagem central de um evento inédito organizado pelo Sintufrj no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS): durante 7 dias, a exposição Terra/Sebastião Salgado/MST reuniu além do grande fotógrafo, personalidades como o escritor José Saramago, Celso Furtado, Herbert de Souza (o Betinho), Plínio de Arruda Sampaio e Gilmar Mauro, dirigente nacional do Movimento dos Sem Terra. O evento foi abrigado no IFCS: exposição no pátio interno, debates nas escadarias em frente ao Largo de São Francisco.
Além das imagens expostas, Sebastião Salgado lançou seu livro-catálogo, com texto de apresentação de Saramago. O livro foi descrito como “uma crônica visual do MST”. Foi um outono diferente para o Sintufrj num evento que teve a marca da adesão do sindicato ao projeto de solidariedade ao MST subscrito por Salgado, Saramago e Chico Buarque de Holanda na luta pela reforma agrária: terra para todos: plantar, viver e colher. Reforma Agrária que até hoje não chegou. Essa atmosfera de busca por justiça envolveu centenas de pessoas atraídas pela exposição e pelos debates.
“JÁ FOTOGRAFEI MAIS DE 100 PAÍSES. E DIGO A VOCÊS QUE CERTOS CAMPOS DE REFUGIADOS SÃO MAIS CONFORTÁVEIS DO QUE VÁRIOS ACAMPAMENTOS DOS SEM-TERRA QUE CONHECI NO BRASIL”, Sebastião Salgado.

Instituto Terra anunciou morte do fotógrafo em Paris
Fotos: Agência Brasil e Sintufrj
“Com imenso pesar, comunicamos o falecimento de Sebastião Salgado (aos 81 anos), nosso fundador, mestre e eterno inspirador”, informo nesta sexta-feira, 23, o Instituto Terra, fundado por ele e sua esposa. Salgado foi, como lembra a nota do instituto, “muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”.
Segundo o site Brasil de Fato (BdF) o fotógrafo, que morava em Paris, na França, deixa dois filhos, Juliano e Rodrigo, e dois netos, Flávio e Nara e enfrentava complicações de saúde decorrentes de uma malária contraída nos anos 1990.O fotógrafo iniciou sua carreira em 1973 e desenvolveu projetos em mais de 100 países. Uma de suas obras mais conhecidas e importantes foi uma série de imagens em preto e branco de Serra Pelada, local de mineração de ouro na Amazônia, na década de 1980.
“Ao longo da carreira, Salgado demarcou posição ao lado da luta por dignidade das trabalhadoras e trabalhadores. Com sua câmera consagrada, documentou a luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em diversos momentos diferentes, como na ocupação da fazenda Giacomet-Marodin, no Paraná, e no triste episódio do massacre de Eldorado de Carajás, no Pará. Em diferentes oportunidades, manifestou seu apoio e solidariedade ao movimento”, registrou o BdF, .
“O MST é um movimento de ocupação desse espaço vazio, para dar vida e sentido a essa terra. Eu o vejo como um elemento necessário tanto para a ecologia como para o lado social, da redistribuição de renda”, afirmou, à época do lançamento de seu livro Terra, que retrata a luta pela reforma agrária no Brasil nos anos 1990.
Sintufrj organiza, em 1997 Exposição Terra, no IFCS
Essa foi uma das fotos cedidas por Saramago para a exposição do Sintufrj. Ao lado dela, imagem da Revista Projeto Memória, de 2014, que regista a exposição organizada pelo Sindicato no IFCS em 1997.
Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do fotógrafo e disse se sentir profundamente triste. “Seu inconformismo com o fato de o mundo ser tão desigual e seu talento obstinado em retratar a realidade dos oprimidos serviu, sempre, como um alerta para a consciência de toda a humanidade”, afirmou, conforme registrou a Agência Brasil. “Sua obra continuará sendo um clamor pela solidariedade. E o lembrete de que somos todos iguais em nossa diversidade”, completou Lula.
O governo respondeu um NÃO para todas as pautas colocadas relacionadas ao cumprimento do Acordo de Greve na reunião de agora há pouco em Brasília. Dirigentes da Fasubra deixaram o MGI indignados e fizeram o relato para a massa de servidores que está em Brasília para justamente pressionar o governo. O único ponto que o MGI aceitou, de acordo com a Fasubra, foram as regras de transição, um ganho da categoria que pressionou os reitores. Trabalhadores da UFRJ estão em Brasília integrando a caravana organizada pelo Sintufrj. Esses companheiros estão na capital federal com trabalhadores de outros estados para mostrar a disposição de luta dos técnicos-administrativos em defender o Acordo de Greve.
INFORMAÇÕES COM MAIS DETALHES AO LONGO DO DIA

Quarta feira 28/05 9h30 no prédio IG. Rua Moncorvo Filho 90.
Por orçamento e condições de funcionamento e atendimento à população!