Nesta segunda-feira, 19 de maio, a nova Diretoria Executiva do Sintufrj com mandato até 2028 toma posse em solenidade às 10h no auditório do bloco A do Centro de Tecnologia (CT).

São 24 companheiros divididos em oito coordenações e mais quatro suplentes. O Conselho Fiscal, responsável por acompanhar a administração das contas da entidade, que é composto por cinco titulares e cinco suplentes, também tomará posse na segunda-feira.

A maioria dos trabalhadores técnico-administrativos que foram às urnas ratificaram sua confiança na Chapa 20 – Unidade, Democracia e Luta – Sintufrj participativo  vencedora do pleito realizado em abril com 75% dos votos válidos.

São muitos os desafios a serem enfrentados pela nova gestão. Internamente frente a asfixia financeira que passa a UFRJ. E nacionalmente como fortalecer a luta pelo cumprimento integral do Acordo de Greve, engajamento à pauta unificada dos servidores, a defesa da equiparação de benefícios com os trabalhadores de outros poderes, luta pela jornada de 30 horas e data-base.

Na conjuntura a defesa intransigente da democracia e a mobilização contra a anistia dos golpistas do 8 de janeiro de 2023 dão o tom da posição da gestão 2025-2028 do Sintufrj.

O Sintufrj convida toda a categoria para a posse da nova Direção Executiva e do Conselho Fiscal.
Vamos juntos celebrar este marco democrático e renovar nosso compromisso com a luta coletiva!

Data: 19 de maio (segunda-feira)
Hora: 10h
Local: Auditório do CT – Bloco A

O sindicato se solidariza com Josi Lima, técnica-administrativa da Faculdade Nacional de Direito (FND), vítima de um ato vil de racismo praticado por um professor da instituição. O episódio aconteceu quando Josi exercia a função de coordenadora administrativa do Concurso para Professor Efetivo de Direito Civil da FND e acompanharia o julgamento dos recursos.

O Sintufrj incorporou no seu dia a dia a luta antirracista. O repúdio ao preconceito é frente essencial de atuação na defesa da dignidade humana e milita no expurgo da mentalidade escravocrata que permanece como chaga na sociedade brasileira.

Confira, aqui, a nota do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO) – órgão de representação dos estudantes da FND

 

O Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Educação do Estado do Rio de Janeiro, Friperj, convidou a bancada federal do estado para uma audiência na segunda-feira, dia 19, às 10h, que terá como pauta a grave situação orçamentária das instituições federais de ensino do Rio.

Será no auditório da Reitoria do Instituto Federal do Rio de Janeiro, na Rua Buenos Aires, 256.

O Fórum, que  reúne reitores da UFRJ, UFF, Rural, UERJ, Uni-Rio, Uenf, CEFET, os institutos federais Fluminense e do Rio de Janeiro e Pedro II, foi criado para fortalecer a interação entre as instituições públicas de ensino e lutar por melhorias na educação públical.

Na UFRJ e nas demais

A situação das instituições não está distante do que ocorre na UFRJ, hoje sem recursos para funcionar no mês de maio.

Como se não bastasse o decréscimo do orçamento que estava anteriormente previsto no projeto de Lei Orçamentária Anual para o que de fato foi aprovado na LOA 2025 – da ordem de R$ 17 milhões –, num orçamento já insuficiente para o funcionamento (o déficit entre o que está destinado a UFRJ, R$311 milhões, e o que de fato ela precisa, R$ 484 milhões, é da ordem de R$ 173 milhões), um decreto recente do governo (nº 12.448 de 30 de abril)  reduziu a capacidade de execução de despesas discricionárias, atingindo todas as federais.

“Essa é uma situação extremamente grave. O orçamento está  mantido. Mas o decreto alterou a execução orçamentária. Então, nós vamos ter que fazer uma forte adequação à nossa execução. O mês de maio está completamente comprometido, porque nós, no momento, não temos limite nenhum de orçamento para funcionar o mês de maio”, alertou o pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças (PR-3) Helios Malebranche.

Medidas de imediato

Em informe à comunidade, a PR-3 explicou: “Conforme amplamente divulgado, até novembro teremos um contingenciamento caracterizado pela liberação mensal de apenas 1/18 (não 1/12) de nosso orçamento.  Isso representa uma restrição mensal da ordem de 1/3 até novembro. Lembrando que nosso orçamento é R$ 173 milhões inferior a nossas despesas mínimas. Outras medidas ainda serão divulgadas, mas de imediato ficam suspensas as despesas relacionadas a combustíveis, manutenção da frota, diárias, passagens e aquisição de material de consumo (exceto aqueles para garantia das aulas). Manteremos a assistência estudantil e buscaremos manter serviços como segurança, limpeza, transporte vinculado à graduação e restaurantes universitários”.

Na sessão do Conselho universitário onde o fato foi anunciado, conselheiros discentes, técnicos-administrativos e docentes se revezavam a reivindicar ações contundentes por parte da UFRJ, com a realização de audiências públicas, inclusive com o convite a representantes do governo, assembleias comunitárias, entre outras iniciativas para mobilizar a comunidade acadêmica e a sociedade por recursos condizentes com a importância destas instituições federais de ensino.

De fato, se na maior universidade federal do país a situação se agravou desta forma, não é diferente nas demais instituições, o que moveu o Fórum a reivindicar o posicionamento dos parlamentares da bancada do Rio: 46 deputados federais e três senadores.

Sintufrj pretende levar à Brasília

“Estamos acompanhando de perto a situação da UFRJ de estrangulamento orçamentário e temos que levar isso à sociedade, num trabalho conjunto com os três segmentos, denunciando que o que a instituição vem recebendo a cada ano, é insuficiente para que possa cumprir a sua finalidade de promover ensino, pesquisa e extensão de qualidade”, disse Nivaldo Holmes, coordenador de Comunicação do Sintufrj.

Segundo ele, a  audiência acontece justamente no horário da posse da nova coordenação do Sintufrj (às 10h, no auditório do CT), mas a entidade, além de pretender mandar uma representação, irá a agenda que porventura venha a ser apontada pelo Fórum e levará levar a reivindicação à Brasília, nos dias de mobilização da categoria pelo cumprimento da cordo de greve e por mais verbas para a instituição. Ele lembra que a greve da categoria, em conjunto com docentes de universidades de todo país, foi um exemplo de mobilização eficaz, que conseguiu arrancar recursos suplementares para as instituições.

DCE quer assembleia comunitária

O DCE Mário Prata também estará lá. Segundo o coordenador Henderson Ramon, a entidade está se articulando com os diretórios centrais das outras instituições para organizar uma mobilização por mais orçamento.

“Precisamos do orçamento recomposto. O apoio de parlamentares para a articulação de emendas ajuda muito mas não resolve o problema. É uma ajuda momentânea e que depende do parlamentar. A gente vai fazer mobilização para que a Lei Orçamentária Anual contemple a realidade das universidades. Orçamento aprovado (este ano) não sustenta. Em  junho não tem mais recursos”, disse ele explicando que vários setores começarão a ser afetados.

Henderson adiante que o movimento está buscando construir internamente uma assembleia comunitária, com participação dos técnicos-administrativos e do Sintufrj e de docentes, coma ADUFRJH e a Reitoria. “Será uma audiência para toda comunidade saber o que está acontecendo e tirar uma posição de fato”, convoca o rapaz, que espera poder realizá-la ainda no final de maio.

 

Corpo social decide expor gravidade da crise no IPUB para a sociedade. Primeiro ato será no sinal da Avenida Venceslau Brás, dia 22, depois de reunião do conselho deliberativo local.

Trabalhadores do Instituto de Psiquiatria da UFRJ (IPUB) convocaram a comunidade local para uma reunião na manhã de hoje no auditório Leme Lopes e a pauta girou em torno da crise orçamentária que tem levado a unidade a uma situação limite e, principalmente, estratégias para a reação.

O Sintufrj estava presente, representado pelo coordenador de Comunicação Nivaldo Holmes, que não apenas situou a atuação do Sindicato a respeito, como no último Conselho Universitário, dia 8, ou no Conselho de Coordenação do Centro de Ciências da Saúde, dia 12, em que os representantes da categoria cobram ações enérgicas para que os orçamento faça jus às necessidades da instituição e das suas unidades. Nivaldo também hipotecou apoio do Sintufrj aos presentes, nas ações que o coletivo local está organizar para evidenciar a crise.

 

Diante da crise, o corpo social se mobilizou. A reunião foi chamada pelos coordenadores da Residência Médica, Julio Vertzman, e Multidisciplinar, Andréa Damiana Elias e a responsável pela Divisão Clínica Clarissa Rinaldi, para publicizar a situação e principalmente discutir estratégias para mobilizar a comunidade à reação. Foram inúmeras as contribuições do público diante da opinião comum de que é preciso reagir.

Representantes da direção detalharam os problemas que a unidade vem enfrentando, que culminam com a falta de medicamentos e o prejuízo nos atendimentos e no ensino, situação que, acrescentaram, atingem outras três unidades da UFRJ: Hesfa, Instituto de Ginecologia e INDC, que tentam em conjunto, solução junto á Reitoria. As unidades tinham, como uma das fontes de financiamento, o programa Rehuf (que garantia 30% a 40% dos recursos), extinto e substituído, em 2023, por outro programa, o Prohsus, cujos recursos, no entanto, nunca chegaram, estrangulando seu funcionamento.

Ipub vem sobrevivendo sem grande parte do orçamento

José Calos diretor administrativo deu um panorama sobre a situação: “Estamos sem recursos com uma promessa de orçamento indefinida até hoje, não tem data para chegar. De 2023 para cá paramos de receber o Rehuf e o Ipub vem sobrevivendo, essa é a expressão dura de dizer”. O vice-diretor Marcelo Cruz falou sobre o arrocho orçamentário que a gestão encontrou ao assumir em abril de 2023: um quadro de escassez grave sem recurso sequer para medicação dos pacientes do ambulatório.

Falas contundentes do público se sucederam deixando claro que não dá mais para a o corpo social se calar diante do problema, agravado com a crise orçamentária da UFRJ. Alguns cogitaram até sobre uma possível intencionalidade de extinção do IPUB. Muitos apoiaram a ideia de ações para publicizar a crise.

O vice-diretor Marcelo Cruz, Andréa, Nivaldo, Júlio e José Carlos

Encaminhamentos

Diante disso, os presentes sugeriram estratégias para atrair a atenção da sociedade, como:

  • Manifestações públicas (como abordagens ao público com faixas e cartazes no sinal fechado em frente à UFRJ, na Avenida Venceslau Brás)
  • Produção de documentários sobre o Instituto
  • Cartazes e panfletos de alerta ao público sobre a crise
  • Postagens nas mídias sociais como o Instagram
  • manifestação nas ruas (como atos sistemáticos no sinal da Avenida Venceslau Brás com a convocação da imprensa) e ida a reitoria para denunciar a situação;
  • ações da direção dentro da UFRJ junto com outros hospitais para pleitear junto ao Complexo Hospitalar e a Reitoria soluções para a crise do financiamento
  • ações para marcar o luto social do Instituto pela saída dos trabalhadores extraquadro e pela situação orçamentária
  • formação de um grupo de trabalho GT de acompanhamento da situação de subfinanciamento  da UFRJ

Outras reuniões serão convocadas. E a direção convidou os presentes para participarem da próxima plenária institucional, na quinta-feira, dia 22, às 10h, no mesmo auditório. Logo depois desta reunião, por decisão do grupo, acontece a primeira destas manifestações.

Fotos: Regina Rocha

Mais pressão pelo cumprimento integral do acordo de greve, cujo prazo para que isso aconteça se encerra em 31 de maio

A assembleia simultânea (Fundão, IFCS e campus Macaé) nesta quinta-feira (15) reafirmou o estado de greve da categoria, em nível nacional, e o reforço na pressão ao governo pelo cumprimento integral do acordo, cujo prazo para que isso ocorra se encerra em 31 de maio.

As principais propostas de luta aprovadas foram dois dias de paralisação: na quinta-feira, 22, e na sexta-feira, 23, e caravana a Brasília na sexta-feira, 23, quando haverá uma nova mesa de negociação com o governo.

Caravana – Um ônibus fretado pelo Sintufrj conduzirá os caravaneiros a Brasília, saindo da entidade na manhã de quinta-feira, 22, e retornando no sábado, 24. Todos os participantes da caravana terão que passar por uma avaliação clínica com profissionais de saúde, que também verificarão a pressão e a glicose. Essa anamnese começou a ser feita na assembleia por enfermeiros e técnicos de enfermagem convidados pela direção sindical.

Como parte desse momento de mobilização, a categoria foi convidada para participar da posse da gestão 2025-2028, às 10h, no auditório do bloco A do CT.

Também foram eleitos os delegados à plenária nacional da Fasubra, que ocorrerá de 13 a 15 de junho, em Brasília. A delegação do Sintufrj será composta de sete companheiros de base e um representante da direção sindical.

Mais deliberações

. A assembleia também deliberou pela realização de ato conjunto com outras categorias do serviço público em luta, como os trabalhadores da Cultura, no dia 21, no centro do Rio, mas ainda depende de articulações políticas.

. Na quarta-feira, 21, os técnicos-administrativos da UFRJ participarão do Conselho Universitário da Unirio, às 14h, no CCET, em apoio à luta da categoria coirmã contra a intenção da Ebserh de fazer a fusão do Gaffreé Guinle com o Hospital dos Servidores do Estado do Rio.

. A direção do Sintufrj encaminhará à Reitoria a proposta aprovada pela categoria de audiência pública sobre o orçamento da UFRJ; e o Sintufrj deverá articular com as outras entidades do movimento na UFRJ (de trabalhadores e estudantis) a realização de uma assembleia comunitária sobre o mesmo tema.

Da base do Sintufrj em Macaé foram enviadas as seguintes propostas, que a assembleia simultânea aprovou:

. Reforçar a estrutura de comunicação do Sintufrj nos campi fora do Fundão para que a categoria nesses locais possa participar das reuniões dos GTs e assembleias sem interferências por conta de defasagem de equipamentos e/ou internet.

. Dar a devida importância para a participação das trabalhadoras de outros campi em eventos custeados pela entidade.

. Que a Fasubra não proponha a extensão do prazo para finalização do acordo de greve sem consulta às bases.

. Pela melhoria da comunicação e interação da CUT com as  universidades públicas.

. Inclusão no calendário de lutas da categoria a realização de um ato no Ipub (Leia matéria sobre os problemas que estão acontecendo no instituto no site do Sintufrj).

Exposição da tabela da Fasubra

O primeiro ponto da assembleia foi a exposição pelo  coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente da tabela elaborada pela Fasubra, em cima do vencimento básico da categoria, com o objetivo de esclarecer as dúvidas sobre a aceleração por capacitação.

Esteban destacou que, por iniciativa do Sintufrj, a UFRJ foi a primeira universidade federal do país a aplicar a aceleração por capacitação.

Informes da Fasubra

O coordenador de Comunicação da Fasubra e técnico-administrativo do Instituto de Biologias da UFRJ, Francisco de Assis, que retornou do seu plantão na federação, em Brasília, informou que a semana anterior foi de articulações no Congresso Nacional: pela revogação do Decreto 10.620, que leva os aposentandos e os aposentados para o INSS, e em relação a emenda com o objetivo de trazer de volta para o PCCTAE os médicos e médicos veterinários. (FOTO: RENAN SILVA)

A UFRJ amanheceu nesta quinta-feira, 15, sob manifestação dos vigilantes terceirizados da empresa Front que atuam na UFRJ. Eles se concentraram nas pró-reitorias de Gestão e Governança (PR-6) e de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3), no Parque Tecnológico da UFRJ, e depois fecharam por cerca de meia hora a entrada principal da UFRJ, na altura da Prefeitura Universitária.

O protesto foi convocado pelo Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio devido a salários atrasados, vale alimentação não pago e férias vencidas.

O pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças. Helios Malebranche, informou que as faturas das empresas de vigilância com limite legal para pagamento neste mês estão em processo de liquidação. Ele acredita que na segunda-feira, 19 de maio, a UFRJ deve receber os recursos financeiros para pagar essas empresas.

O Sintufrj vem acompanhando de perto a situação dos terceirizados da UFRJ que sofrem constantemente com atrasos de pagamento. E vem prestando apoio e solidariedade aos trabalhadores da Front.

COM SALÁRIOS ATRASADOS, FÉRIAS VENCIDAS E SEM VALE-REFEIÇÃO, vigilantes fecharam um dos acessos principais ao campus do Fundão por alguns minutos
NA PARTE DA MANHÃ, os trabalhadores da empresa Front foram até o prédio que reúne as pró-reitorias cobrar solução para seus problemas (FOTO: RENAN SILVA)

A PR-4 comunica, com imensa alegria, que foram lançadas 4912 (quatro mil novecentas e doze) acelerações por capacitação, em cumprimento do disposto na Medida Provisória 1286/2024, que altera a carreira dos servidores federais.

Trata-se de mais um passo para completar a implementação da medida provisória.

É importante ressaltar que nem todos os servidores foram atingidos pelo instituto da aceleração, pois podem estar enquadrados em algum dos motivos abaixo listados:

– Estão no fim da carreira (nível 19);

– Estão no início da carreira (nivel 1);

– não possuíam, em 01/01/2025, nenhuma progressão por capacitação;

– aposentado

Também foram implementadas 2321 progressões por mérito, garantindo a completude da implantação dos direitos garantidos pela MP.

Os retroativos serão calculados e pagos na próxima folha.

A Gestão da PR-4 e a Reitoria destacam o trabalho realizado pelas equipes responsáveis pela garantia da implementação nesta folha e agradecem o alto senso de responsabilidade e compromisso com o trabalho de cada um e cada uma!

DÚVIDAS

Exclusivamente pelo e-mail atendimento@pr4.ufrj.br. Colocar no assunto do e-mai: “dúvida sobre aceleração”

 

 

CONFIRA NO LINK ABAIXO A PORTARIA PUBLICADA NO SITE DA PRÓ-REITORIA DE PESSOAL

Reitoria publica portaria que promove aceleração dos TAE conforme medida provisória 1286/2024

“CAOS no IPUB: Instituto de Psiquiatria UFRJ Sem Medicamentos e demissão em massa no dia 30/04/26”. Esse é o título do vídeo que circula nas redes com o depoimento grave de um trabalhador extraquadro do Instituo de Psiquiatria da UFRJ (Ipub). É tocante não apenas por apresentar de forma crua, a densidade da crise orçamentária e de pessoal que ameaça as unidades de saúde, mas pelo drama de um coletivo de trabalhadores dedicado há anos à instituição e aos pacientes, agora colocado na rua.

Reunião imediata

A situação chegou a um limite insustentável. Diante disso, servidores do Ipub organizaram uma reunião na manhã desta quinta-feira, dia 15, às 9h, no auditório Leme Lopes para que todos conhecessem a dimensão da crise e bolassem estratégias para o enfrentamento. Conheça os encaminhamentos da reunião em matéria “Crise orçamentária: IPUB organiza reação“, neste site.

 

Profissionais antigos estão na rua

No vídeo, Marcos de Oliveira, trabalhador do IPUB há quase duas décadas, técnico da Farmácia, conta que foi comunicado, um dia depois do Dia do Trabalhador, 1º de maio, que seus serviços não seriam mais necessários. “Ontem, no meio do dia, todos nós recebemos um e-mail da direção informando que não iriam precisar mais dos nossos serviços, que a gente estava dispensado. E como vocês sabem, a gente não tem nenhuma garantia, porque a gente não tem nada assinado. Não somos celetistas e não somos funcionários públicos. Somos colaboradores que recebem diretamente da UFRJ. Foi muito triste, porque tem muita gente ali que está se aposentando e já não tem mais idade para conseguir um outro emprego”, contou.

Mas não é só, segundo ele, o próprio instituto está com problemas sérios. “Não tem medicação na farmácia. A gente atende uma quantidade enorme de pacientes, no Ambulatório, pessoas com depressão, pessoas idosas com Alzheimer, enfim, é um hospital-escola. Não tem a medicação e falta até papel higiênico nos banheiros. Por incrível que pareça, isso nunca aconteceu”, contou, o trabalhador, consternado no vídeo

Os extraquadros trabalhavam no ambulatório, na Farmácia, nas enfermarias e na parte administrativa, todo pessoal de Tecnologia de Informação (TI) do instituto). Alguns com mais de 20 anos de casa.

O trabalhador acredita que podem estar querendo acabar com este que é um instituto de referência na área.

O vídeo pode ser visto em https://www.youtube.com/watch?v=_Rl1pZSqjLI

Assista um trecho:

 

A dimensão do Ipub

A instituição, segundo o site da unidade, agrega ações de cuidado hospitalar e ambulatorial, com 65 leitos de internação, 90 leitos de tratamento em Hospital-Dia e aproximadamente 2.500 atendimentos ambulatoriais por mês.

Realiza ações de pesquisa, extensão e formação permanente (graduação, pós-graduação stricto e lato sensu, residências médica e multiprofissional); e ocupa edificações antigas, com vários anexos, que demandam constantes reparos, manutenção e adequação para acessibilidade.

Na área assistencial, o IPUB oferta serviços de saúde mental essenciais e indispensáveis ao SUS do município e região metropolitana do Rio de Janeiro.

A dimensão do problema

Em janeiro, o conselho diretor da unidade aprovou uma nota, publicada no site do instituto, explicando que toda esta produção da unidade assistencial e acadêmica está em risco devido à fragilidade orçamentária a que a instituição vem sendo submetida desde 2023, em função da suspensão do repasse da verba do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF).

É que, segundo pactuação anunciada pela gestão da UFRJ, e baseada em lei sancionada em agosto de 2023, a verba do REHUF seria substituída pelos recursos do Programa Nacional de Qualificação e Ampliação dos Serviços Prestados por Hospitais Universitários Federais Integrantes do Sistema Único de Saúde (PROHSUS). Só que isso não aconteceu até hoje.

Segundo a nota, o IPUB conta atualmente, como fonte de financiamento, apenas com a contratualização com o SUS Municipal (SMS-RJ) e a verba do Orçamento Participativo da UFRJ (esta última, com valores escassos, congelados há 3 anos e um único repasse anual).

“Estes recursos não são suficientes para o custeio de despesas correntes e investimentos. Esta restrição orçamentária e financeira impacta diretamente as atividades de Assistência, Ensino, Pesquisa e Extensão, e vem se agravando com o crescente endividamento da Instituição, o que tem gerado diminuição de serviços administrativos, de manutenção e limpeza, dentre outros”, diz o texto destacando que “a situação se agrava dia a dia, colocando em risco a sustentabilidade dos serviços prestados à população e das ações de formação, pesquisa e extensão desenvolvidas pelo Instituto”.

E não é só com o IPUB

A nota publicada no site informa que essa ausência de repasse do PROHSUS afeta também o Instituto de Ginecologia, Instituto de Neurologia e Hospital Escola São Francisco de Assis.

Começa nesta sexta-feira, 16 de maio, o V Encontro Nacional LGBTQIA+ da FASUBRA, um espaço de diálogo, troca de experiências e fortalecimento da luta por direitos e igualdade!

Sob o tema “Educação Anti-LGBTFÓBICA: Desafios e Perspectivas para a Inclusão e Respeito dos Técnico-administrativos LGBTI+ nas Instituições Federais de Ensino e Sindicatos”, o encontro pretende fomentar o debate sobre políticas de inclusão, combate à discriminação e valorização nos espaços educacionais e sindicais.

O evento reunirá ativistas, pesquisadores, coletivos e pessoas interessadas em construir uma sociedade mais justa, diversa e acolhedora para todas as identidades de gênero e orientações sexuais.

Na programação do encontro estão previstos debates, oficinas, roda de conversa, apresentações culturais e outras atividades que celebram a diversidade e promovem a cidadania LGBTQIA+.

Dia 16/05 (sexta)

  • 14h às 15h30: Grupos de Trabalho (GT) – “Práticas Educativas Inclusivas e Ação Sindical”
  • 15h30 às 16h: Lanche
  • 16h às 17h30: Oficinas (teatro / dança)
  • 18h30 às 20h: Atividade Cultural: Mostra de filmes sobre Diversidade LGBTI+ e debate

 

Dia 17/05 (sábado)

  • 9h às 10h: Mesa 2: “Saúde Mental da Comunidade LGBTI+ em ambientes acadêmicos e sindicais”
  • 10h às 11h: Debate
  • 11h às 11h30m: Mesa 3: Letramento, Gênero e Diversidade
  • 11h30 às 12h: Debate
  • 12h às 14h: Almoço
  • 14 às 15h: Grupos de Trabalho (GT) – “Saúde Mental da Comunidade LGBTI+ nas Instituições Federais de Ensino e nas Entidades Sindicais ” e “Letramento, Gênero e Diversidade”
  • 15h às 15h30: Lanche
  • 15h30 às 17h: Oficinas (teatro / dança)
  • 19h30 às 23h: confraternização (catraca)

 

Dia 18/05 (Domingo)

  • 9h às 10h: Mesa 4: “O Papel dos Sindicatos na Promoção de uma Educação Anti-lgbtfóbica”
  • 10h às 10h30m: Debate
  • 10h30m às 12h: Atividade Cultural – Apresentação dos trabalhos das oficinas
  • 12h às 14h: Almoço
  • 14h às 15h: Encaminhamentos
  • 15h às 15h30: Encerramento