A primeira reunião do ano do GT Antirracista do Sintufrj organizou o calendário de atividades e de encontros mensais. Dentre os encaminhamentos estão a incorporação pelo grupo de trabalho da agenda “Justiça por Marielle”e a divulgação da 7ª edição do Movimento 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo, que ocorrerá de 1º a 21 de março.
Uma das primeiras atividades do GT seráno dia 9 de março com a participação na mesa de abertura do VI Curso de Capacitação para Formação e Atuação nas Comissões de Heteroidentificação da Câmara de Políticas Raciais da UFRJ.
Na pauta de trabalho do GT está também a aproximação aos coletivos negros da universidade, articulação com outras universidades do Rio e movimentos negros, entre os quais o Movimento Negro Unificado (MNU).
Agenda — A próxima reunião do GT Antirracista-Sintufrj será no dia 22 de março, às 14h, tendo como pauta a conjuntura e os desafios para a luta antirracista na UFRJ.O calendário aprovado inclui ainda as seguintes datas de encontos do GT: 19 de abril, 10 de maio, 21 de junho e 19 de julho.
Retomada
O GT Antirracista-Sintufrj foi retomado no dia 22 de novembro de 2022, na celebração do Mês da Consciência Negra. A iniciativa cumpriu um compromisso de campanha da atual gestão.
Nesse dia houve rodas de conversa, feijoada e confraternização, no Espaço Cultural do Sintufrj. O evento reuniu técnicos-administrativos com militância histórica contra o racismo na UFRJ, representante do DCE Mário Prata e convidados do projeto cultural Criolice. À tarde foi instalado o GT-Antirracista através de uma dinâmica de palavras sobre as expectativas de cada participante do debate.
Nada pode ser melhor, neste verão de maçarico, do que passar 50 minutos se movimentando nas águas mornas de uma piscina semiolímpica, antes de começar o expediente de trabalho na universidade ou no fim da jornada. A retomada da parceria entre o Sintufrj e o Clube dos Empregados da Petrobras (Cepe-Fundão) foi inaugurada na quinta-feira, 9, com as aulas de hidroginástica. A partir desta segunda-feira, 13, os 20 alunos inscritos para a natação começam as atividades. O convênio foi uma iniciativa da Coordenação de Esporte e Lazer da entidade e beneficia os sindicalizados e seus dependentes diretos.
“É muito importante essa reaproximação com o Sintufrj, porque o clube nasceu de uma relação antiga com os servidores da UFRJ”, saudou o presidente do Cepe, Carlos Roberto Cordeiro, Camarão, para os amigos. O clube fui fundado oficialmente no dia 13 de maio de 1979, mas segundo o dirigente, desde 1976 existia na prática. “Éramos uma confraria que disputava campeonatos e bebíamos juntos”, contou. “Tanto é que na época de pôr a iniciativa no papel, se não fossem os impedimentos legais tanto por parte da Petrobras como da universidade, o Cepe nasceria pertencendo às duas categorias”, explicou. A boa notícia é que o estatuto do Cepe permite aos servidores se associarem.
Benefícios
“As atividades aquáticas ajudam muito na redução do estresse, porque acalmam, relaxam. Para quem tem limitações físicas são exercícios de menor impacto. Excelente para a terceira idade”, recomendou Carla Nascimento, coordenadora pedagógica do Espaço Saúde Sintufrj.
O convênio com o Cepe para uso da piscina pelo Sintufrj começou na gestão 2015-2017 e foi interrompida pela pandemia de covid. Com as restrições sanitárias impostas para conter a propagação do vírus, as aulas de natação e hidro foram suspensas. Depois desse longo inverno de isolamento, a atual direção do sindicato, por intermédio da Coordenação de Esporte e Lazer, resgatou a parceria.
Aulas – Inscreveram-se para a hidroginástica 44 pessoas. As turmas são às segundas e quartas-feiras, das 17h às 18h, e às terças e quintas-feiras, das 10h às 11h.
Vinte sindicalizados e/ou dependentes estão inscritos na natação: às segundas e quartas-feiras, das 15h às 15h50, e às terças e quintas-feiras, das 9h às 9h50 (infanto-juvenil); adultos, às segundas e quartas-feiras, das 16h às 16h50, e às terças e quintas-feiras, das 8h às 8h50.
As aulas são ministradas pela professora da equipe do Espaço Saúde Sintufrj Carleni Freitas Nunes. Ela está à frente das turmas desde a primeira parceria do sindicato com o clube. “Estou muito feliz por estarmos de volta”, disse. A média de idade dos participantes da hidroginástica é 45 anos, mas antes da pandemia ela chegou a ter alunas de 85 e 90 anos. “As aposentadas estão voltando”, garantiu.
Retorno festejado com carinhos
A alegria por estar de volta e reencontrar os amigos foi traduzia nos longos abraços e sorrisos trocados na manhã de quinta-feira, 9, enquanto aguardavam o início da primeira aula de hidroginástica do ano. Mulheres lindas e esbanjando energia eram maioria na turma.
Catarina das Dores Silva, 88 anos, estava feliz: “Adoro fazer hidroginástica. Já fiz em outros lugares, mas não é igual às aulas dela (da professora Carleni). Antes da pandemia frequentei o Cepe por dois anos”. A técnica de laboratório do IPPMG, aposentada, mora em Bonsucesso, e pega duas conduções para chegar ao clube: um ônibus até o BRT e outro para o Fundão. Ela pretende também voltar ao Espaço Saúde para fazer musculação.
Wilma Rosa, 69 de idade, atendente em ambulatório do HU, aposentada, fazia a sua estreia na hidroginástica. “Tenho problema no joelho e não podia deixar de aproveitar essa oportunidade”, disse. Da Tijuca até o Cepe, ela também precisa de dois ônibus.
Marlene Coelho, 66, técnica em enfermagem do HU, aposentada, vem de Inhaúma, mas diz estar acostumada, porque faz pilates no Espaço Saúde e em projeto do município perto de casa. “O joelho dói por reflexo do problema que tenho há 10 anos na coluna, mas a gente tem que se cuidar, ser independente e não contar com ninguém”, ensina.
Maria das Neves Gonçalves Pereira, 76, aposentada como copeira da Reitoria, é uma veterana na hidroginástica no Cepe. “Sou da Vila do Pinheiro, e voltar a fazer hidroginástica vai melhorar as dores que sinto na coluna”, afirmou.
Roberto Lemos, 67, trabalha na Decania do Centro de Tecnologia. “Fazia antes da pandemia e estou de volta. O corpo responde positivamente aos exercícios, que deixam a gente bem disposto”, avaliou.
Glória Sarmento, 59 anos, é técnica do laboratório da Biofísica. “Já fazia antes, e logo fiz minha inscrição. A hidro é muito boa para a saúde”, disse a moradora de Rocha Miranda.
A Direção do SINTUFRJ por meio da Coordenação de Esporte e Lazer torna público o resgate da parceria com o Clube dos Empregados da Petrobras – CEPE-Fundão e consequentemente a utilização da piscina para retorno das aulas de HIDROGINÁSTICA e agora com a novidade de oferta de turmas para NATAÇÃO infantojuvenil e adultos.
As inscrições serão realizadas no período de 06, 07 e 08 de fevereiro diretamente na recepção do Espaço Saúde do SINTUFRJ das 8h às 18h. O edital completo está publicado no site do SINTUFRJ contendo as regras de inscrição para os interessados. Veja abaixo os horários das turmas e seus respectivos horário e vagas:
DAS VAGAS PARA HIDROGINÁSTICA
Serão oferecidas duas turmas nos seguintes horários:
a) Turma A – 20 VAGAS nas 2ª e 4ª nos horários das 17h às 17:50h
b) Turma B – 20 vagas nas 3ª e 5ª nos horários das 8h às 8:50h
DAS VAGAS PARA NATAÇÃO
Serão oferecidas quatro turmas nos seguintes horários:
a) Turma INFANTO JUVENIL (10 a 16 anos) – 06 VAGAS nas 2ª e 4ª nos horários das 15h às 15:50h
b) Turma INFANTO JUVENIL (10 a 16 anos) – 06 VAGAS nas 3ª e 5ª nos horários das 9h às 9:50h
c) Turma ADULTO – 06 VAGAS nas 2ª e 4ª nos horários das 16h às 16:50h
d) Turma ADULTO – 06 VAGAS nas 3ª e 5ª nos horários das 8h às 8h:50h
E assim a Direção do SINTUFRJ cumpre mais uma promessa de campanha na busca por espaços socioculturais e de integração social da categoria.
Há 80 anos, em 2 de fevereiro, soldados soviéticos libertaram a Europa dos nazistas A Batalha de Stalingrado se transformou num marco da Segunda Guerra Mundial, pois foi uma das mais importantes travada no front oriental contra os alemães.
Atualmente a cidade de Stalingrado, onde ocorreu a batalha (que pertencia a União Soviética), se chama Volgogrado. Ela começou no dia 17 de julho de 1942 e terminou em 2 de fevereiro de 1943.
Histórico
A origem da Batalha de Stalingrado tem a ver com o famoso Pacto Germano-Soviético firmado em 23 de agosto de 1939, alguns dias antes do início da Segunda Guerra. Esse pacto assegurou aos alemães a invasão da Polônia e a incursão de tropas sobre outros países, sem que, com isso, a URSS se envolvesse no conflito.
No entanto, esse acordo mais cedo ou mais tarde seria rompido, e a ruptura ocorreu em 1941 com a OperaçãoBarbarossa – um ataque coordenado das Forças Armadas alemãs contra a URSS. Os ataques da Operação Barbarossa tinham o objetivo de dominar completamente o território soviético, assim como havia ocorrido com a Polônia, mas Hitler e seus oficiais não conseguiram
Então, nos dois anos subsequentes, 1942 e 1943, as batalhas travadas no Leste Europeu entre alemães e soviéticos foram desdobramentos da tentativa inicial de domínio por parte dos
A cidade de Stalingrado estava situada na região do Cáucaso, às margens do rio Volga, sendo estrategicamente importante, já que ela estava no centro das rotas fluvial e ferroviária das matérias-primas de petróleo e minério de ferro caucasianos. Dominar Stalingrado significava para os nazistas controlar parte significativa da indústria de base da URSS, além de estrangular o país, deixando Moscou isolada. Sendo assim, grande parte do efetivo alemão foi direcionado a Stalingrado. O ataque ficou a encargo do General Paulus, comandante do VI Exército alemão.
As manobras começaram em 17 de julho de 1942, mas os ataques maciços efetivaram-se a partir do dia 21 de agosto, quando a infantaria e a divisão de tanques conseguiram cruzar o rio Don e rumar em direção a Volga e a Stalingrado, como narra o historiador Antony Beevor:
Surpresa
No amanhecer do dia 21 de agosto, a infantaria do 51º Corpo cruzou o Don em botes de assalto. Uma cabeça de ponte foi conquistada, pontes flutuantes foram construídas através do rio e, na tarde seguinte, a 16ª Divisão Panzer do tenente-coronel Hans Hube começou a avançar. Pouco antes das primeiras luzes de 23 de agosto, o batalhão da vanguarda panzer do Hube, comandado pelo coronel Hyazinth Graf Strachwitz, avançou em direção ao sol nascente e a Stalingrado, situada a apenas 65 quilômetros a leste. A estepe do Don, uma extensão de capim esturricado, estava dura como pedra.
Quando os pelotões chegaram a Stalingrado, os comandantes ainda contaram com o apoio aéreo de 1.200 aviões. O ataque de 23 de agosto foi um dos mais pesados da Segunda Guerra, certamente o mais concentrado do front oriental. Mil toneladas de bombas incendiárias foram lançadas sobre Stalingrado. 40 mil civis morreram apenas nos dois primeiros dias de ataque, civis esses que não sabiam do plano da invasão, como destaca Beevor:
Os habitantes da cidade nunca esqueceriam aquele domingo, 23 de agosto de 1942. Alheios à aproximação das forças alemãs, civis faziam convescote ao sol no centro de uma cidade que se estendia por mais de 30 quilômetros ao longo da curva da margem oeste do Volga. Nas ruas, alto-falantes transmitiram alertas de ataques aéreos, mas só quando as baterias antiaéreas começaram a disparar as pessoas correram para se abrigar. [2]
A resistência ao ataque alemão ficou inicialmente sob o comando do general Chuikov, comandante do 62º Exército soviético. Evitar a queda de Stalingrado era uma das prioridades máximas de Josef Stalin, e sua defesa deveria ser intransigente, mesmo com combatentes famintos e desequipados. Uma das medidas mais cruéis de Stalin para com o Exército Vermelho ocorreu nesse contexto. Tratava-se da Ordem n.º 227, que autorizava o fuzilamento sumário de qualquer combatente que “demonstrasse medo ou hesitação”.
Vitória soviética
Os embates arrastaram-se ao longo dos três meses seguintes, com sucessivas investidas alemãs, mas os rumos mudaram a partir de novembro com a chegada do inverno. Nos dois meses finais de 1942, as tropas alemãs já não tinham o mesmo poder de fogo e a tenacidade de agosto. Ademais, o inverno do Leste já havia posto a perder as investidas da Operação Barbarossa no ano anterior. A solução era redefinir a estratégia e recuar, mas Hitler obrigou o general Paulus e seus comandados a permanecerem em seus postos.
Ao mesmo tempo, as tropas de Chuikov começavam a receber reforços do general Zukov, que tinha sob seu controle os exércitos de Vatuin, Rokossovsky e Yeremenko. Entre os dias 19 e 23 de novembro, teve início a contraofensiva soviética, que, com a “ajuda” do inverno, pôs fim ao ataque alemão. A batalha terminou oficialmente em 2 de fevereiro do ano seguinte.
NOTAS: [1] BEEVOR, Antony. A Segunda Guerra Mundial. Trad. Cristina
Representantes do DCE Mário Prata e a coordenadora do Sintufrj Fátima Rosane, se reuniram no Largo de São Francisco, em frente ao IFCS, na quarta-feira, 1 de fevereiro, para denunciar o estupro seguido de morte da estudante da UFPI, e exigir rápida apuração deste crime hediondo.
A estudante de Jornalismo da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) e poetisa, Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, foi vítima de estupro e feminicídio durante calourada na instituição, ocorrida na sexta-feira, 27 de janeiro. Thiago Mayson da Silva Barbosa, de 28 anos, foi preso no sábado (28) por suspeita de ter cometido os crimes. O inquérito policial será concluído em até dez dias.
Em nota publicada no domingo (29), o Instituto de Medicina Legal (IML) do Piauí, informou que a causa da morte seria uma contusão na coluna vertebral a nível cervical, o que causou lesão da medula espinhal e e levou à morte da estudante. Segundo o IML, a ação contundente pode ter sido causada por pancada, asfixia, queda, luta, dentre outras possibilidades que estão sendo analisadas junto às investigações do caso.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufpi publicou uma manifestação de pesar em suas redes sociais, convocando a comunidade acadêmica para uma vigília em homenagem à estudante, que foi a primeira pessoa da sua família a ingressar em curso superior. O ponto de encontro será em uma praça em frente à Reitoria (UFPI), às 16h, onde cobrarão mais segurança no campus. De lá, seguirão em caminhada em direção ao Carretel – onde fica o Centro Acadêmico de Comunicação Social (Cacos). É ainda o espaço de convívio das e dos estudantes de jornalismo, e o local de receber as calouras e os calouros. Neste espaço serão feitas homenagens até 21h. “Será um momento de reflexão, coletividade e celebração à sua memória! Celebraremos Janaína, e seguiremos lutando pelo fim da violência de gênero, que nos rouba nossas meninas e mulheres. Janaína, Presente!”, diz a nota do DCE.
Já a universidade decretou luto oficial por três dias e suspensão das atividades acadêmicas e administrativas no Campus de Teresina, nesta segunda (30), em memória da estudante. “A Universidade Federal do Piauí (UFPI) externa, com profunda indignação, repúdio acerca da violência cometida contra a aluna Janaina da Silva Bezerra, que também agride cada uma das mulheres que integram a comunidade ufpiana, bem como todos que hoje se colocam no lugar de fala de uma delas”.
Para o DCE da Ufpi, a suspensão das atividades na universidade é uma tentativa de desmobilizar as homenagens e reivindicações estudantis. Uma assembleia conjunta está marcada para terça-feira (31) para deliberar sobre um calendário de mobilizações contra assédios, feminicídios, violência de gênero e diversos problemas de segurança denunciados pelas estudantes e pelos estudantes e entidades representativas.
O ANDES-SN e a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi- Seção Sindical) também se manifestaram sobre a morte da estudante de jornalismo. “A diretoria do ANDES-SN se solidariza com os familiares e amigos e, neste momento de dor, exige apuração rigorosa para o caso. Nem uma a menos”, diz a nota Sindicato Nacional. “A ausência de uma política efetiva de segurança no interior da UFPI tem potencializado o medo, a insegurança e o senso de impunidade, o que acaba por reverberar em ações criminosas como a que, infelizmente, aconteceu com a jovem estudante, mulher negra, Janaína Bezerra da Silva”, reforça o texto da AdufpiSSind., que convoca a comunidade acadêmica se unir na luta pelo fim da violência contra as mulheres e a contra a falta de segurança dentro da Ufpi, e também por memória e justiça para Janaína.
Protesto adiou leilão momentaneamente, mas após saída de estudantes e funcionários, foi retomado
A coordenadora-geral do Sintufrj, Marta Batista, classificou como vergonhosa a manobra da UFRJ em leilão realizado nesta quinta-feira, 2, no Edifício Ventura, para aprovar a cessão de área pública da universidade para a iniciativa privada. Ela fez parte da comissão que acompanhou o processo no local onde haveria a licitação no interior do prédio, pois não foi autorizado a participação dos manifestantes durante o leilão.
“É uma vergonha. Só poderia vir de uma Reitoria que conduziu esse processo sempre de forma antidemocrática e açodada”, desabafou.
No início do leilão, depois de mais de uma hora de interrupção por causa do protesto do movimento “A UFRJ não está à venda” que envolve Sintufrj, DCE Mário Prata, Andes e Fasubra, a UFRJ e o BNDES chegaram a informar o adiamento do leilão, mas ele foi retomado às 17h28 após a saída de estudantes e funcionários da frente do prédio.
O leilão
Dois grupos se candidataram à concessão. A W Torre Entretenimento e Participações e segundo o consórcio Bonus-Kleffer, formado pelas empresas Bonus Track Entretenimento e Klefer Entretenimento e Participações, que saiu vencedor. A Bonus Track pertence aos produtores Luiz Oscar Niemeyer e Luiz Guilherme Niemeyer. A Kleffer pertence ao empresário e ex-presidente do Flamengo Kleber Leite.
Não aceitaremos, afirma Marta Batista
“Deixamos muito claro a todos os setores empresariais ali presentes no leilão de que não vai ser tranquilo, não vamos aceitar a entrega do Campinho, a entrega de patrimônio da nossa universidade pública ao setor privado. Também é fundamental desmentir qualquer fake news que alguns setores levantam de que somos contra a reabertura do Canecão, muito pelo contrário, queremos um Canecão reaberto, popularizado e conectado com a UFRJ. E por isso esse projeto não nos serve. Essa luta não se encerra neste dia”, declarou a coordenadora-geral do Sintufrj, Marta Batista.
Vamos continuar questionando politicamente e institucionalmente a forma como foi aprovado o projeto “Viva UFRJ” sem consultar a comunidade acadêmica e vamos continuar protestando e alertando a população sobre o que isso significa. Não devemos ancorar nossas expectativas de melhoria no orçamento da universidade, das condições para aula, trabalho e de atendimento à população nesse viés de captação de recursos. Devemos lutar para que haja recomposição de orçamento”, disse o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente.
“O Fred não sabe da capacidade do movimento estudantil e de trabalhadores”, alerta Alex diretor do DCE Mário Prata
“O reitor da UFRJ (Frederico Leão Rocha) não teve coragem de olhar para os estudantes, os funcionários e professores ali presentes na sala. E ficou assistindo os segurança falarem que iam nos remover a força e chamar a polícia militar. O Fred esqueceu que o movimento estudantil e o movimento dos trabalhadores fazem cotidianamente que é não arredar pé contra uma gestão antidemocrática. Mas se o Fred quer ser o reitor da continuidade, do atropelo e da privatização, e acha que não tem movimento estudantil e de trabalhador potente na universidade está muito enganado”, anunciou o diretor do DCE Mária Prata, Alex
Entenda
A UFRJ republicou o edital de licitação para a concessão de 15mil m2 do campus da Praia Vermelha (entre as imediações do Rio Sul (onde ficava o antigo Canecão e o novo espaço multiuso (próximo ao campo de futebol e onde fica o Campinho) à iniciativa privada. Neste dia 2 de fevereiro houvea abertura dos envelopes para licitação das obras, e parte da Praia Vermelha será leiloada para a construção de uma casa de shows com capacidade para 7 mil pessoas no lugar do antigo Canecão.
Em troca da cessão de ao menos 30 anos (sem limite de prorrogação), a empresa vencedora estaria comprometida com algumas contrapartidas à universidade, como a conclusão de obras inacabadas e novas instalações.
Não houve interessados na primeira tentativa, que ocorreu em dezembro e, para atrair potenciais licitantes, o novo edital reduziu exigências, como o valor para comprovação do patrimônio líquido e o capital social mínimo da concessionária.
Com esse leilão, a Reitora da UFRJ cede o espaço para lucro do capital, com destruição da área em uso, que hoje dá lugar a importantes projetos de extensão, atividades das unidades de saúde mental do campus e a natureza, para alocar uma casa de shows que não representaria nenhum retorno à universidade e nenhum dos pilares entre ensino, pesquisa e extensão.
A primeira reunião do GT Mulher do Sintufrj de 2023, realizada dia 1º de fevereiro, no Espaço Saúde começou instigante. Sob a inspiração da história de mulheres como a da artista Frida Kahlo e a da socialista Alexandra Kollontai e os avanços obtidos ao longo dos séculos, o grupo realizou uma roda de conversa trocando experiências e avaliações.
O tema “A luta das mulheres e o movimento sindical” movimentou o debate o qual apontou para os desafios a serem enfrentados, como por exemplo, o feminicídio em geral e a luta por creche na UFRJ. Três coordenadoras do sindicato, Helena Vicente (Educação, Cultura e Formação Sindical), Maria Inês (Aposentados e Pensionistas), Ana Beatriz (Organização e Política Sindical) comandaram a mesa.
O GT se pretende um espaço de acolhimento e ferramenta para construção de propostas e políticas para as mulheres na UFRJ e no meio social. Pretende ser um polo de luta por igualdade de direitos e condições e para contribuir para uma sociedade mais justa, não voltado apenas para as questões de gênero. Com esse propósito, a primeira tarefa do GT será a participação no Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora da Fasubra, em março.
A próxima reunião foi marcada para 21 de fevereiro. Às 14h.