O auditório do Centro de Tecnologia (CT) na Cidade Universitária, no Fundão, foi cenário da posse pública da diretoria do Sintufrj que estará à frente da entidade pelos próximos três anos (até 2025). As lentes do fotógrafo Renan Silva capturaram imagens deste momento histórico que marca o início de uma nova etapa na trajetória de um dos mais importantes sindicatos de trabalhadores de educação do país cuja importância se mede pelo peso nas lutas internas da universidade e como força da sociedade civil na luta contra o fascismo e pela democracia. Carmen Lúcia, Marta Batista, Laura Gomes e Esteban Crescente conduziram a solenidade.

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Nesta segunda-feira, 20, por conta de supostas ameaças à integridade física da comunidade universitária feitas pela internet, a Reitoria da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) determinou a suspensão das atividades acadêmicas e administrativas nos campi 436 e 458, que ficam próximos à Escola de Guerra Naval, na Praia Vermelha.

O suspeito é um estudante do curso de Sistemas de Informação da universidade, que auto identificado como incel (celibatário involuntário) — grupo formado por homens com discurso de ódio e misoginia em fóruns da internet. Ele teria publicado, em uma plataforma de vídeos, ameaças de massacre nesses campi, mas logo em seguida removido.

Mas, antes das ameaças serem apagadas, estudantes fizeram prints (captura de tela) dos posts e gravaram um dos vídeos postados. Esse material foi entregue à Ouvidoria da instituição e o fato registrado em boletim de ocorrência de forma coletiva. Houve também relatos de que a mesma pessoa havia feito uma live no domingo, 19, à noite, mas também apagou.

Decisão

A Unirio informou que poderá prolongar o fechamento dos campi por segurança da comunidade universitária. A decisão de adotar as medidas de precaução foi em conjunto com os decanos do Centro do Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET), do Centro de Letras e Artes (CLA), do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCH) e do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Também estão fechados a Biblioteca Central e o Restaurante Universitário.

A Associação dos Servidores Técnico-Administrativo informou que está apurando informações, e o DCE pretende divulgar uma nota.

Discurso de ódio

“Todo mundo ficou com muito medo”, disse uma estudante sobre o conteúdo da live no domingo. “Ele teve seus cinco minutos de fama, porque muitas pessoas assistiram a live. Mas, no meio disso tudo, outro problema: houve quem apoiasse o apoiasse, dizendo que tem que matar um monte de gente e que se ele prometeu vai ter que cumprir. Também houve comentários de cunho racista e homofóbico. O episódio mostrou a existência de preconceituosos e criminosos dentro da universidade. Felizmente não é a maioria”, acrescentou a jovem.

A direção da entidade reivindica participação na comissão institucional do ponto eletrônico

A reunião entre a direção do Sintufrj e os trabalhadores dos Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), nesta segunda-feira, 20, marcou o início da mobilização na unidade para a implantação do Sistema de Controle de Frequência que está sendo desenvolvido pela UFRJ. Uma comissão de base foi tirada e representará os servidores na reunião quinta-feira, 23, às 10h, com diretores e chefias do hospital, ainda sem local definido. O hospital é a próxima unidade onde está previsto a realização de teste do projeto piloto da Reitoria.

Dirigentes do Sintufrj fizeram um histórico das discussões sobre a implantação do ponto eletrônico na UFRJ e orientaram os trabalhadores a esclareceram dúvidas a respeito na reunião de quinta-feira. Desde fevereiro deste ano, a Reitoria iniciou a testagem nas pró-reitorias e em algumas unidades, do Sistema de Frequência do SisPessoal –um projeto piloto desenvolvido pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (Stic/UFRJ).

Segundo o coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente, estava marcada esta terça-feira, 21, a reunião com a direção no HUCFF, mas, a solicitação para adiamento para quinta-feira, 23, foi atendida. “Era a data do ato de posse da nova diretoria e precisávamos nos inteirar sobre a proposta da Reitoria. Avaliamos que isso demonstrou nossa força. Temos um potencial como categoria que está adormecido. Nós é que precisamos dizer o que vai ser definido para a questão do ponto eletrônico e, para isso,  precisamos ampliar a participação dos trabalhadores do HUCFF nessa discussão”, afirmou o dirigente.

“Nós, o HU e a UFRJ não precisamos disso (sistema de controle de frequência)”, disse a coordenadora-geral do Sintufrj Laura Gomes, técnica de enfermagem da Saúde do Trabalhador da unidade hospitalar. “Estou há 40 anos na instituição, passei por todo tipo de sistema de controle e posso afirmar que o desempenho de todos nós não é medido por um ponto eletrônico. Podemos responder a isso com a qualidade do serviço que realizamos. A pandemia mostrou isso!”, disse.

“Como chefe da Fisioterapia não quero ser validador de ponto eletrônico. Temos de estar preocupados em organizar melhor nosso trabalho para fazer o hospital melhorar. Na Fisioterapia são pouquíssimos servidores. Como a enfermagem vai fazer com centenas de trabalhadores circulando aqui no hospital?”, questionou Diego Torres.

Uma das grandes dúvidas sobre a sistemática do controle de frequência envolve a Divisão de Enfermagem, a maior do HUCFF, com cerca de 800 profissionais RJU, fora os extraquadros. Todos esses trabalhadores têm direito a carga horária diferenciada.

 

Histórico

O ponto eletrônico tem origem em decreto de 1996 do governo Fernando Henrique Cardoso e instruções normativas do governo Temer e Bolsonaro. O Sintufrj, por decisão da categoria, tem posição contrária a um controle de frequência padronizado e que não leva em consideração as especificidades da universidade e o fazer dos técnico-administrativos em educação. Mas, em 2021, a Reitoria decidiu criar um sistema próprio, mas sem a participação dos servidores na sua elaboração.

A direção do Sintufrj reivindica participar da comissão institucional do ponto eletrônico.

 

Alguns pontos levantados pela diretoria na reunião no HUCFF

1 – Já possuímos controle de frequência vigente em todos os setores da universidade.

2 – Nossa categoria cumpre dentro de sua jornada um trabalho de excelência medido pelos rankings oficiais no cômputo das primeiras posições entre as melhores universidades da América Latina.

3 – A natureza de nosso trabalho é diretamente ligada ao ensino, pesquisa e extensão, não sendo definido por aspectos produtivistas fabris. O grau de flexibilização do cumprimento da jornada diária de trabalho é constante, dado a complexidade de nossas atividades.

4 – A logística de transporte e infraestrutura em nossos campi tem piorado.

5 – Não há garantia técnica ou legal de que apenas a UFRJ terá controle ou acesso a esses dados, a não ser compromisso político da Administração Central. Logo, estaremos sempre nas mãos de quem ocupar as cadeiras de gestão.

6 – Caso esse modelo seja rechaçado, qualquer outro pode ser também. Temos um controle que não mede efetivamente a diferenciação e a riqueza de nossa produção, mas cumpre a legalidade. Porque trocar por outro que não mede e ainda pode nos prejudicar?

7 – O sistema da TIC/PR4 a princípio não faz registro de IP, pode ser acessado de qualquer lugar com login pela intranet. Não há também controle de quantidade de acesso pelo mesmo dispositivo. Mas é preciso lembrar que tudo isso é facilmente reprogramável. O próprio sistema operacional que abriga o sistema faz esse registro de acesso, se isso não for arbitrariamente removido.

8 – O teste é para coletar as especificidades do local de trabalho e acerto do sistema para diminuir a resistência à implantação.

9 – Conexão com o Sipec (Sistema Integrado de órgãos do governo) e pode criar problemas nas conquistas históricas, como; corte de vale transporte e vale alimentação.

10 – Risco grande de perder a vitória da jornada das 30horas.

No dia 26 de junho, com a presença da militância, a Unidade Popular (UP) lançará suas pré-candidaturas no Rio de Janeiro para as próximas eleições à Assembleia Legislativa, Câmara Federal, Senado e governo estadual. O candidato à presidência da República, Leonardo Péricles, estará presente.

Este será o primeiro pleito estadual da UP, que se legalizou em 2019, sendo, portanto, o mais novo partido político do país. O lançamento dessas candidaturas objetiva apresentar à sociedade alternativas de esquerda para as eleições que se aproximam.

Com a chapa a ser lançada, a Unidade Popular apresenta ao eleitorado do Rio de Janeiro a opção por um programa de defesa dos trabalhadores e de unidade em torno da luta pelo poder popular e por uma sociedade mais justa para o povo.

Estes são os pré-candidatos:

Para a Alerj — Chantal Campello, de Cabo Frio, Giovanna Almeida, da Zona Oeste, e Gabriel GB, de Nova Iguaçu. São três jovens lutadores que irão ampliar a representação da juventude na Assembleia Legislativa.

Para a Câmara Federal – O partido apoiará Glauber Braga (PSOL), cujo mandato é um dos aguerridos na luta pelos trabalhadores dentro do Congresso Nacional.


Para o Senado
— Raul Bittencourt, servidor do INPI e dirigente sindical do Sindisep.

Governo estadual – A primeira candidata da UP para o governo é Juliete Pantoja, coordenadora nacional do MLB – movimento que luta pelo direito à cidade e por moradia digna.

Presidência da República – Leonardo Péricles, natural de Minas Gerais e uma das lideranças nacionais na luta por moradia e por direito dos trabalhadores.

Centenas de manifestantes estão em Brasília pressionando o governo Bolsonaro. A jornada do protesto é contra os cortes nas verbas da educação, por reajuste salarial dos servidores e contra os neofacistas que ocupam o Palácio do Planalto. Servidores e estudantes da UFRJ mobilizados em caravana organizada pelo Sintufrj, DCE e Adufrj estão presentes nesta luta.

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Três entidades que atuam na comunidade universitária na UFRJ – Sintufrj, Adufrj e DCE – se juntaram na organização da caravana que está indo a Brasília participar do #ocupabrasília.

Por unanimidade, o Conselho Universitário aprovou na sessão desta quinta-feira, 9 de junho,  dia nacional de luta contra os cortes da educação, uma moção contra obloqueio feito pelo governo Bolsonaro nas universidades e institutos federais e a favor da recomposição orçamentária destas instituições.

A sessão do colegiado foi acompanhada por estudantes, representantes de diversos centros acadêmicos que bradavam: “Não vai ter corte, vai ter luta!”, convocando todos os segmentos a se unirem no ato nacional em luta pela sobrevivência das instituições federais de ensino.

Segundo o texto, apresentado em conjunto por representantes da bancada técnica-administrativa e estudantil, desde 2015 as universidades federais vêm sofrendo cortes sucessivos no orçamento discricionário, que diz respeito ao pagamento de contas de água e luz, manutenção da estrutura e do funcionamento fundamental das universidades e suas unidades de saúde. Contraditoriamente à relevância destas instituições, principalmente diante do seu desempenho no combate ao coronavírus, o seu orçamento diminui.

Impossibilidade

Exemplo disso, no ano de 2021, a UFRJ contou com menor orçamento da década, com uma queda de R$ 71 milhões em relação a 2020. A UFRJ iniciou o ano com um orçamento de R$329 milhões, já com enormes dificuldades e a impossibilidade de concluir o ano sem dívidas milionárias. Para piorar, recentemente o governo anunciou corte de R$3,2 bilhões quem depois de pressão dos segmentos do setor da educação, foi reduzido a um bloqueio de R$1,6 bilhão na Educação.

“Com mais este corte, a UFRJ não tem verba para seguir funcionando, com o pagamento das contas de luz e água, manutenção da estruturam, prevenção de incêndio a parir de agosto deste ano. Além, disso, este bloqueio impede a ampliação de políticas de assistência estudantil durante este ano”, diz o texto informando que a medida coloca em risco ainda o funcionamento da assistência estudantil no ano que vem.

Opção política

Esse bloqueio, diz o texto, é uma opção política do governo Bolsonaro, no contexto de recordes de arrecadação, em que governo escolhe a saúde a educação, a ciência e tecnologia, para, com a restrição de recursos, ajudar a manutenção do seu teto de gastos, preservando seu orçamento secreto.

Assim como a recomposição orçamentária, a revogação do teto de gastos é fundamental para que a UFRJ e demais instituições possam cumprir seu papel social, diz a moção pedindo não apenas repudia os cortes atuais, pedindo o desbloqueio, mas pede a recomposição orçamentária para garantir o fundo da UFRJ no próximo período letivo.

Somando forças

“Os técnicos administrativos em educação sempre estiveram firmes nas lutas em defesa da educação e das universidades públicas, ultimamente muitas delas contra os cortes de verbas  orçamentárias. Fizemos grandes atos, inclusive em Brasília, contra a aprovação da EC 95 e sempre denunciamos o quão danoso é o teto de gastos. Diante de mais esse corte,  não poderíamos ficar alheios. Somamos forças com estudantes e professores,  reivindicando recomposição orçamentária e por reajuste salarial nos atos nos estados e no Ocupa Brasília em 14 de junho”, comentou Vania Godinhocoordenadora de Políticas Sociais do Sintufrj e representante técnico-administrativa no Conselho.

 

Organizados pelo Sintufrj, Adufrj e DCE – as entidades políticas que atuam na comunidade universitária da UFRJ –, caravaneiros partem na manhã desta segunda-feira (13) em ônibus fretados com destino à capital federal. Vão participar do Ocupa Brasília, o grande ato do setor da educação nesta terça-feira, 14 que vai reunir estudantes e trabalhadores do setor para a denúncia do corte de verbas e em defesa do reajuste emergencial de recomposição salarial (19,99%). Antes do embarque, todos os integrantes da comitiva terão que passar pelo teste de Covid. A outra condição exigida para a viagem é que a pessoa esteja vacinada. 

A luta pela Educação Pública e por recomposição salarial chega às ruas

A energia dos estudantes que ergueram bandeiras e gritaram palavras de ordem agitou a manifestação no Centro do Rio em defesa da Educação Pública. Servidores – da UFRJ e de outras instituições federais – presentes foram às ruas lutar por recomposição salarial depois anos de congelamento. As manifestações de hoje se espalharam país afora e foi aquecimento para o grande ato na terça-feira, DIA 14, em Brasília, para pressão direta sobre o governo Bolsonaro. Vários ônibus sairão em caravana para a Capital Federal. Além de estudantes, trabalhadores participam do protesto que marchou pela Avenida Rio Branco.

O Sintufrj esteve presente na marcha desta quinta-feira, 9 de junho. Um carro de som da entidade agitou o protesto e o coordenador-geral Esteban Crescente (veja vídeo) defendeu a universidade pública, denunciou os cortes covardes na educação pública e destacou a luta pelo reajuste salarial. Vários companheiros da UFRJ se concentram na Candelária.

OS ESTUDANTES ENTOAVAM

“A nossa luta unificou/é estudante junto com trabalhador”

“Ô Bolsonaro, seu fascistinha, os estudantes vão botar você na linha”