Como deliberou a última assembleia da categoria, os trabalhadores da UFRJ participam de assembleia-ato neste 28 de abril, quinta-feira, dia de luta do calendário da campanha salarial.A Jornada de Lutas do Funcionalismo Federal em campanha pela recomposição salarial emergencial de 19,99% (referente as perdas com a inflação nestes  três anos de governo Bolsonaro) se intensifica. Também na sexta-feira, 29, os servidores prosseguirão com a mobilização nacional.

Caravanas de servidores partirão de várias partes do Brasil para engrossar as manifestações em Brasília, nos dois dias da Jornada de Lutas.

Mais pressão

O Fonasefe protocolou mais um pedido de audiência no Ministério da Economia para o dia 28 de abril. A reivindicação é de abertura de negociação concreta com as entidades dos servidores.

VEJA A RELAÇÃO DE URNAS COM VOTO EM SEPARADO:

Conheça a origem do “dia do índio” e por que integrantes do movimento indígena criticam a data comemorativa. https://www.brasildefato.com.br/2022/04/19/19-de-abril-para-que-se-comemore-o-dia-do-indio-e-preciso-demarcar-nossos-territorios

LEIA O OFÍCIO EM PDF

A direção do sindicato enviou, no dia 8 de abril, um ofício para a Decania do CFCH questionando as normas do processo de pesquisa junto à comunidade do CFCH para a escolha do(a) Decano(a) referente ao quadriênio 2022/2026.

O texto, publicado em Boletim da UFRJ, foi considerado pelo Sintufrj mais restritivo do que a última pesquisa para a Reitoria. As alterações propostas pela direção sindical visam restabelecer o pleno direito de participação dos técnicos administrativos em educação.

Um dos exemplos de restrição da norma é que servidores que são alunos de graduação e/ou pós-graduação devem votar exclusivamente como servidores, ao mesmo tempo em que a participação de servidores em licença, sem detalhamento, é vedada. Pelo texto original, o servidor TAE em licença para pós-graduação e que esteja cursando mestrado ou doutorado em algum programa do CFCH está impedido de participar.

Outro questionamento se refere ao parágrafo que cita os “servidores técnico-administrativos em educação que integram atualmente o plano efetivo dos quadros de carreira da UFRJ”. O que existe no Regime Jurídico Único (RJU) é o “quadro de pessoal da UFRJ” em que constam docentes e TAEs. Assim, ao sugerir a existência de “um plano efetivo dos quadros da UFRJ”, o “atualmente” pode significar que, a qualquer momento, os servidores poderão não mais pertencer a esse quadro.

O objetivo do documento é abrir diálogo com a Decania e o Conselho do CFCH para garantir as correções no texto. “A Decania do CFCH tem na sua história, como primeira unidade que realizou uma eleição com voto universal em 1984, um exemplo de luta da democracia universitária e não pode retroceder. Julgamos importante trazer este tema ao debate”, afirma o documento do Sintufrj, cuja íntegra pode ser encontrada no nosso site.

Na agenda, presença no Fora Bolsonaro no sábado, 9 de abril, e nova assembleia na quarta-feira, 13.

Indignação contra o governo Bolsonaro que se recusa a negociar com as entidades representativas dos servidores públicos federais em campanha pela reposição salarial emergencial de 19,99% foi o sentimento expresso pelos técnicos-administrativos que participaram da assembleia do Sintufrj na manhã desta quinta-feira, 6, nas escadarias do Centro de Ciências da Saúde (CCS).

Radicalização na mobilização rumo a construção de uma greve unificada das categorias do funcionalismo federal ou dos setores da Educação foi aprovado por unanimidade. A assembleia também deliberou por intensificar a luta nas ruas para que a população saiba que os servidores estão há cinco anos com os salários congelados e as universidades públicas sendo sucateadas pelo governo do genocida Bolsonaro.

Essa agenda começará a ser cumprida no sábado, 9, com a adesão da categoria ao ato Fora Bolsonaro no centro do Rio. Portanto, todos na rua dia 9 de abril! E no dia 13, próxima quarta-feira, uma nova assembleia será realizada para encaminhar pela greve. Ficou decidido que as chapas concorrentes à direção do Sindicato colaborarão com a convocação para dos trabalhadores para que se lote o auditório. Local e horário ainda serão confirmados.

O Sintufrj encaminhará à Fasubra as propostas aprovadas na assembleia por unanimidade.

APOIO AO MOVIMENTO DOS GARIS

Uma moção de apoio à luta dos garis da Comlurb, em greve reivindicando 35% de reajuste salarial, foi outra deliberação da assembleia desta quinta-feira.

O dirigente da CUT-Rio, Marcelo Rodrigues da Silva, esteve presente se solidarizando com a luta dos técnico-administrativos da UFRJ. “Uma categoria que sempre foi referência de combatividade neste país”, destacou o dirigente cutista. A diretora do DCE Mário Prata, Tainá, foi outra voz que ressoou nas escadarias do CCS contra o governo Bolsonaro.

 

 

O enfrentamento da pandemia mostrou a força das instituições e do Sistema Único de Saúde (SUS), mas evidenciou também as desigualdades no interior dos países e entre estes, disse a presidente da Fundação Oswaldo Cruz, a sociólogo Nísia Trindade, ao proferir a Aula Magna da UFRJ na manhã desta segunda-feira (4) no Fundão.

“A pandemia sobrecarregou o sistema de saúde em todo mundo, impôs demanda sem precedentes aos sistemas de proteção social, manteve centenas de milhões foras das escolas e prejudicou os meios de subsistência para metade da força de trabalho, agravando o desemprego”, relacionou Nísia. “O fato é que retrocedemos”.

“Inovação em saúde e pandemia: o papel da ciência e tecnologia no SUS” foi o tema da Aula Magna, a primeira presencial depois de dois anos de pandemia. A reunião atraiu muita gente ao auditório Roxinho, mas também foi transmitida pelo canal da UFRJ no YouTube.

A direção do Sintufrj esteve presente representada por diversos coordenadores.  “A Fiocruz, junto com a UFRJ, reafirma a importância da ciência durante a pandemia, enquanto o governo Bolsonaro pregava o obscurantismo, o negacionismo, a morte”,”, disse a coordenadora do Sintufrj Joana de Angelis, , feliz ao reencontrar amigos e colegas de trabalho no presencial e os estudantes. “Isso reafirma a esperança num futuro melhor, não só na superação a pandemia, como também na superação do governo Bolsonaro”, disse ela.

Diploma

Nísia Trindade recebeu presencialmente da reitora Denise Pires de Carvalho o diploma com o título de Professora Honoris Causa aprovado virtualmente em setembro de 2020, durante as comemorações dos cem anos da UFRJ, mas em cerimônia virtual.

A reitora Denise Pires saudou a presença da primeira mulher a assumir a presidência da Fiocruz em 120 anos. “Hoje é dia de celebração: a presencialidade significa uma vitória, a vitória da ciência”, disse Denise, lembrando que a Fiocruz entregou para a sociedade a vacina que pode chegar ao braço de cada brasileiro através do SUS.

Neste sábado, 2 de abril, ocorrerá a assembleia municipal do Movimento Negro Unificado (MNU) para a eleição de delegados ao 19º Congresso Nacional do Movimento Negro Unificado (19º CONMNU), que será realizado de 12 a 15 de maio, em Pernambuco.

O Movimento Negro Unificado foi fundado em 1978 tendo como um de seus objetivos articular diversas organizações locais já existentes, expandir o movimento negro pelo país e fortalecer a luta antirracista no Brasil. Haroldo Antônio da Silva, dirigente do MNU e integrante da comissão organizadora do congresso, fala de sua importância para a luta antirracista no país.

“Esse congresso vai acontecer numa conjuntura muito adversa tanto no Brasil como no mundo. No mundo o racismo crescente, a violência contra os imigrantes, todo o sistema de espoliação em relação aos países africanos e uma miséria crônica advindo da estruturação e da deterioração do sistema capitalista mundial.

Nós aqui no Brasil estamos diante de um governo que tem como tática central a desconstrução absoluta da máquina pública, das coisas mais importantes que são fundamentais para a população mais pobre desse país. Então, esse governo Bolsonaro é um governo que alimenta o racismo e fortalece a ideia do racismo buscando construir um confronto direto com a pop negra e o nosso movi organizado. É nesse contexto que estamos realizando esse nosso congresso, porque é preciso fortalecer as organizações negras e a luta negra para encarar e derrotar esse governo de extermínio e de violência contra a população negra”.

Já nas universidades a atuação do MNU foi fundamental para a efetivação de políticas afirmativas e na ampliação do acesso, começando pela UERJ a pioneira na implementação das ações afirmativas. Na UFRJ, o MNU esteve na organização e na formação da primeira comissão de heteroidentificação racial fazendo valer a Lei 12.990/14, que destina 20% das vagas para pretos e pardos. A organização participou também fundação da Câmara de Políticas Raciais em 2018.

“Tivemos uma percepção assertiva de que nossa ação pontual traria consistência a temática racial num espaço onde até então estávamos invisibilizados”, explica Haroldo.

De 2020 para cá o MNU vem atuando no acesso à graduação e em 2021 começou um trabalho em alguns programas de pós-graduação. “Desde então estamos trabalhando fortemente no controle social da política pública de democratização do acesso ao nível superior e na construção de políticas antirracistas envolvendo democraticamente os três segmentos da comunidade universitária”, acrescentou.

Para o dirigente do MNU a luta antirracista nas instituições públicas de ensino superior é central para o movimento negro unificado.

“A luta pelo fim do racismo, institucional, que se traduz fortemente na ausência de representatividade nas esferas de poder, o apagamento de nosso saber, a luta pela criação de disciplinas eletivas e obrigatórias, a luta pela permanência, são centrais na luta por uma universidade mais diversa, plural e inclusiva e não há como uma organização de peso nacional como o MNU, através de seus militantes estar fora deste processo de construção.”