“Não existe espaço para o ator negro”, afirma José Firmino, o Zé Pequeno do filme Cidade de Deus, no debate “O negro na TV”, organizado pelo Sindicato

 

Um vídeo e um debate marcaram a abertura do Mês da Consciência Negra, na Praia Vermelha, organizado pelo Sintufrj. LEIA+

Clique aqui e baixe a minuta do recurso administrativo

 

A Reitoria está notificando as pessoas, por meio de telegrama, de que, por ordem do TCU, vai cortar os 26,05% no pagamento de novembro que sai em dezembro.

O telegrama informa que o servidor tem 10 dias para apresentar o contraditório.

O advogado Rudi Cassel, assessor jurídico do Sindicato, fez uma minuta de recurso administrativo para que, cada um de nós que recebeu essa notificação, possa recorrer. É uma tentativa de evitar o corte imediato.

Preencha e envie a minuta para o email que está no telegrama (CIENCIA2605@PR4.UFRJ.BR).

NOTA DO SINTUFRJ

Os episódios de violência dos últimos dias que têm marcado a disputa no segundo turno põem a democracia em xeque. O ódio destilado nas redes sociais agora alcança as ruas, expresso em atos de intolerância selvagem. Insulto, agressão física e até assassinato ingressam no cotidiano da política.

 

Os marcos civilizatórios estão sendo deixado de lado. Turbas de eleitores ensandecidos, identificados com o candidato Jair Bolsonaro, surgem sedentos à caça de adversários. Fakes news, intimidações, mentiras têm substituído a apresentação de propostas.

 

Na sua história recente, o Brasil foi marcado por 20 anos de ditadura civil-militar. As cicatrizes desse período obscuro e de arbítrio não se apagaram. Os mais velhos recordam o silêncio imposto pela censura, as perseguições, as prisões ilegais, as torturas e os assassinatos.

 

À época, as universidades públicas foram alvos preferenciais da repressão.

 

A comunidade universitária da UFRJ vai lutar e votar pela democracia. O exercício da autonomia nos espaços da instituição pressupõe o debate aberto, plural e democrático sobre a sociedade. A liberdade de expressão e manifestação das ideias numa universidade pública é imperativo para que ela cumpra o seu papel de produção de conhecimento com autonomia.

 

A comunidade universitária da UFRJ repudia o fascismo.

Por José Carlos Ruy é jornalista e escritor

 

• Cenário em que se opõe a busca pela democracia, contra tendências conservadoras que se afirmam e ameaçam a consolidação democrática. Historicamente eleições para presidente da República tem sido, no Brasil, momentos de crise política aberta. A ênfase, nestes confrontos, tem sido ora política, com a defesa da democracia e sua ampliação, ora econômica, com a busca do desenvolvimento nacional. Conflito dúplice que se acentuou nas últimas sete décadas quando a busca do fortalecimento e avanço da economia brasileira andou de mãos dadas com a necessidade de ampliação do protagonismo popular.

Este talvez seja um dos traços pelos quais a eleição deste ano venha a ser lembrada no futuro: aquela em que as dimensões democrática e econômica tiveram igual ênfase e peso. De um lado está o programa da retomada do desenvolvimento com valorização do trabalho e da renda, programa defendido por Fernando Haddad e Manuela d´Ávila, que preconiza o protagonismo do povo e dos trabalhadores.

Programa progressista e democrático que se opõe ao antidemocrático e de feição fascista dos direitistas Jair Bolsonaro e Hamiltom Mourão, que anuncia atentados aos direitos sociais, ao emprego e à renda, que só poderão ser implantados pela força e repressão – esta é a ameaça à democracia implícita na dupla fascista que disputa a presidência da República.

Ameaça que se apresenta já na campanha eleitoral, vista no acúmulo de notícias de violências cometidas por partidários do inefável Jair Bolsonaro em todos os cantos do Brasil: em Teresina, no sábado (6) um rapaz foi espancado por vestir uma camiseta vermelha; seus agressores o acusavam de “comunista”; em Curitiba, no domingo (7), um homem com a imagem do Lula na camiseta foi atropelado; em Salvador (BA), o mestre de capoeira Moa do Katendê (63 anos), foi morto a facadas por um direitista; no Recife, uma jornalista do Jornal do Commercio foi agredida e ameaçada de estupro por dois apoiadores do candidato da direita; no Rio de Janeiro, a irmã da vereadora Marielle Franco, Anielle, com sua filha de dois anos, foi agredida na rua.

Repetindo as experiências anteriores, do nazismo alemão e do fascismo de Mussolini, os direitistas brasileiros manifestam já na campanha eleitoral sua agressiva belicosidade contra os oponentes e mesmo aqueles que consideram “do outro lado”, e que não compactuam com seus métodos agressivos.

A eleição presidencial deste ano é também inusitada, entre as disputas eleitorais brasileiras, por um fato notório – a rejeição da política por uma parcela imensa de brasileiros. Que resulta da intensa campanha feita, há anos – e acentuada desde as manifestações de 2013 – pela mídia e setores conservadores, contra instituições representativas – partidos políticos, congresso nacional, direito de voto, e a criminalização de organizações do movimento popular.

Um dos instrumentos usados nessa campanha eleitoral, de maneira indiscriminada, e na maior parte das vezes, manipulatória, foram as redes sociais – com destaque para o WhatsApp, que escapa ao controle da lei, e sobre o qual existem fundadas suspeitas de difusão de notícias falsas e alarmistas por grupos de extrema direita.

Estes são fatores – o desencanto com a política, a “crise de representatividade” que adoece a democracia em nosso tempo, e o uso de ferramentas eletrônicas que acentuam o individualismo ante as ações coletivas.

Isso tudo talvez ajude a entender o fenômeno ocorrido no dia 7 de outubro, quando o candidato de um partido pequeno e praticamente desconhecido (o PSL) amealhou 49,2 milhões de votos.

Repetiu, de certa forma e em outro contexto histórico, o mesmo feito de outro aventureiro direitista, que – em 1989 – se apresentou como um outsider da política, Fernando Collor de Mello, e seu pequeno e até então desconhecido PRN – ele alcançou 20,6 milhões de votos no primeiro turno daquela eleição.

O filme de aventura funesta da eleição deste ano já foi visto pelos brasileiros, e terminou mal – o clima ameno em relação àquele presidente durou somente até o dia de sua posse (15 de março de 1990), quando o anúncio do confisco da poupança dos brasileiros derrubou a máscara do “caçador de marajás”.

Jair Bolsonaro anuncia confisco ainda mais grave, atrás de seu discurso moralista, por Deus e pela família – o mesmo que foi repetido à exaustão na fatídica e vergonhosa sessão de 17 de abril de 2016 da Câmara dos Deputados, que acatou o pedido de impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff.

Jair Bolsonaro acena com o confisco dos direitos do povo e dos trabalhadores; quer acabar com o 13º Salário, eliminar direitos do povo e dos trabalhadores; das mulheres, dos povos indígenas, dos negros, da comunidade LGBT; quer manietar os sindicatos. Enfim, anuncia o confisco da democracia tão duramente conquistada pelos brasileiros.

Um filme como este, que termina em confisco e acentua a divisão e a instabilidade política no Brasil, já foi visto e rejeitado pelos brasileiros. Que vão, com certeza, rejeitá-lo outra vez na votação do próximo dia 28 de outubro, quando escolherão Fernando Haddad e Manuela d´Ávila para protagonizar, com o conjunto das forças democráticas, outra história, mais feliz, encenada em nosso país – a história do crescimento com valorização do trabalho e da renda e o respeito altaneiro à soberania nacional. (Portal Vermelho em 10/10/2018)

“Enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, o crime de extermínio, no meu entender, será muito bem-vindo”, discursou Bolsonaro em 2003

VER MATÉRIA

“O papel dos técnicos-administrativos em educação na cena universitária: dos anos 1980 aos anos 2000” é o tema da mesa após a abertura às 9h30, pelo reitor Roberto Leher, e terá como palestrantes Valéria Soares Batista, da Editora da UFRJ, e Pedro e Sá, superintendente de Pessoal da UFRJ. Local: CCMN, Fundão.

O VI Seminário de Integração dos Técnicos-Administrativos da UFRJ (Sintae) e um evento que se destaca no calendário da universidade, e tem o objetivo de difundir e compartilhar o conhecimento técnico-científico e as experiências profissionais e sociais dos técnicos-administrativos em educação. O Sintae deste ano será ampliado, com a participação de outras instituições públicas de ensino superior de todo o país.

Esta edição se estenderá até 26 de outubro, das 9h às 17h, no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), com a apresentações de dezenas de pôsteres, comunicações orais, rodas de conversa nos corredores, em salas e no auditório do centro.

O seminário tem sido realizado desde 2013, sob a coordenação da Pró-Reitoria de Pessoal e abrange eixos temáticos como Gestão Pública e Universidade, Ensino, Pesquisa e Extensão e Saúde e Meio Ambiente.

A direção do Sintufrj reivindicou à Pró-Reitoria de Pessoal providências para resgatar direitos e regularizar a vida funcional dos profissionais de saúde que acumulam cargos. Para tanto, protocolou documento dia 18 de outubro, na Reitoria. A ação foi feita em conjunto com a Comissão de Representantes das Unidades Hospitalares e o Departamento Jurídico do Sindicato.

“Estamos agindo em todas as frentes para resgatar o direito desses companheiros”, declarou a coordenadora de Esporte, Cultura e Lazer do Sintufrj, Noemi de Andrade. “Queremos solução, que a legislação seja respeitada, e são casos e casos, por isso solicitamos reunião com o reitor”, reforçou Ivaldo dos Santos Pereira, representante do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) na comissão.

No documento, o Sintufrj relata que recebeu inúmeros profissionais de saúde com acumulação de dois cargos que estão com todo seu enquadramento funcional congelado, solicita prazo para o levantamento de todos os profissionais que estão nessa situação, e reivindica as providências necessárias para alteração no sistema de pessoal e consequente regularização funcional desses servidores.

Ações

O Sintufrj vem organizando os trabalhadores e realizando ações, jurídicas e políticas, para reverter a situação absurda a qual a maioria é submetida há vários anos, como privação do direito de férias, progressão e adicional noturno. E pior ainda: ficam impedidos de se aposentarem.

Além dessa ação o sindicato enviou as direções das unidades hospitalares ofício relatando a situação e solicitando reunião em conjunto com a comissão de funcionários. E requisitou também aos setores de Recursos Humanos dessas unidades informações sobre os casos para ajudar a mapear o problema.

PROTOCOLO. Coordenador do Sintufrj Huascar Costa e o técnico em segurança do trabalho Rafael protocolam os contralaudos na Pró-Reitoria de Pessoal da UFRJ

REUNIÃO. Gerly Miceli e o técnico Rafael apresentam contralaudos
aos trabalhadores da Maternidade Escola e do Hesfa

Na quarta-feira, 10, a direção do Sintufrj protocolou na Pró-Reitoria de Pessoal os primeiros contralaudos de ambientes de trabalho produzidos pela equipe de especialistas em segurança e saúde do trabalhador contratada pela direção sindical.

Os cortes do adicional que estão ocorrendo na categoria são injustos. Porque estão sendo feitos sem a avaliação dos contralaudos do Sintufrj. O trabalhador que tiver a insalubridade cortada deve procurar imediatamente a entidade. Consulte a prévia do contracheque.

Três frentes de atuação

Atuar para garantir condições dignas de trabalho, saúde e direitos da categoria é, segundo a coordenadora-geral do Sintufrj Gerly Miceli, “a grande política da entidade”.

Para atingir esses objetivos, a ação sindical se desdobra em três frentes: “primeira, garantir o adicional de insalubridade a quem tem direito; segunda, garantir a saúde do trabalhador no ambiente de trabalho, com iniciativas que vão desde a eleição das Comissões Internas de Saúde do Servidor Público (Cissp) à cobrança, das direções das unidades, por melhoria nos ambientes de trabalho; e terceira, aprofundar a discussão sobre projetos de lei para garantir a aposentadoria especial do servidor e a atualização da Norma Regulamentadora nº 15 (sobre atividades em condições insalubres), que é de 1978, às mudanças ocorridas no mundo do trabalho”.

 

Hesfa

No dia 28 de setembro, a direção sindical apresentou aos técnicos-administrativos do Instituto de Atenção à Saúde São Francisco de Assis (Hesfa) o relatório das condições dos ambientes de atividades na unidade (contralaudos) preparado pela equipe de especialistas em segurança e saúde do trabalhador da entidade. O documento conclui que a maioria dos profissionais que mantêm contato com pacientes (muitos dos quais portadores de doenças contagiosas) tem direito ao adicional.

De acordo com o perito em segurança do trabalho Rafael Borher, a equipe levou 30 dias para concluir a tarefa no Hesfa. Foram realizadas 10 visitas técnicas à unidade para avaliações qualitativas (que verifica casos específicos) e quantitativas (sobre exposição a agentes físicos, químicos e biológicos) dos ambientes de trabalho.

 

Alerta às unidades

Com base nas informações dos formulários preenchidos pela categoria, os profissionais foram divididos em grupos de exposição para nortear o trabalho dos técnicos. Um dos itens verificados pela equipe foi as condições de saúde no ambiente de trabalho. A situação mais delicada, segundo Rafael, foi constatar a vulnerabilidade dos mecanismos existentes de prevenção e de combate a incêndio.

O trabalho que está sendo realizado pela equipe técnica do Sintufrj também aponta, para as direções das unidades, a necessidade de melhorias dos locais de trabalho, como realização de obras e instalação de novos equipamentos.

Maternidade Escola

No dia 2, o Sintufrj expôs aos trabalhadores da Maternidade Escola a conclusão do levantamento sobre os ambientes de trabalho na unidade. O relatório levou 30 dias para ser concluído e aponta que cerca de 90% dos profissionais fazem jus ao adicional de insalubridade.

 

O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, seguido pelo câncer de colo do útero – que constitui a quarta maior causa de morte de mulheres por câncer no país. Por isso, desde 2008, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) realiza anualmente a campanha Outubro Rosa, cujo objetivo é promover a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce dos tumores e compartilhar informações a respeito. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), só em 2013 foram 14.388 mortes causadas pelo tumor na mama, sendo 14.207 mulheres e 181 homens – que, apesar de ser raro, representa 1% do total dos casos. Já pela doença no colo do útero, foram registrados 5.430 óbitos na população feminina no mesmo ano.

DIAGNÓSTICO – O principal sintoma do câncer de mama é a presença de um nódulo fi xo, geralmente indolor, nos seios, axila ou pescoço. Ele está presente em 90% dos casos, quando o câncer é descoberto pela própria mulher. Além deste sintoma, pele da mama avermelhada, retraída ou com aparência de uma casca de laranja, qualquer saída de líquido anormal das mamas e alterações no mamilo também são indícios. No caso do colo do útero, o principal fator de risco é o papilomavírus (HPV), sexualmente transmissível. O uso prolongado de pílulas anticoncepcionais e o tabagismo também podem ocasionar o aparecimento do câncer.

 

PREVENÇÃO – Não é completamente possível preveni-lo, por conta da quantidade de fatores relacionados ao surgimento da doença e pelo fato de vários deles não serem modifi cáveis.

 

Entretanto, há a possibilidade de controlar os riscos de desenvolvimento nas mamas e estimular a proteção. Alimentação saudável, controle do peso, prática de atividades físicas e não consumir álcool e tabaco podem reduzir em até 28% sua incidência. É fundamental que o público feminino a partir dos 40 anos realize anualmente a mamografi a. Mulheres, sobretudo a partir dos 50 anos, são propensas a desenvolver a doença. Porém, na última década, a incidência entre jovens com menos de 35 anos passou a ser entre 4% e 5% de todos os casos. Para o colo do útero, o uso de preservativos é imprescindível. Quanto ao HPV, é possível preveni-lo através de vacinas que combatem o vírus e da realização do exame preventivo (Papanicolau) anual. O Ministério da Saúde promove duas fases de campanhas de vacinação destinadas a meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 para prevenir o vírus.

AUTOEXAME – Deve ser feito mensalmente, entre o 7º e o 10º dia, contados a partir do 1º dia da menstruação. Para as mulheres que não menstruam, é necessário que escolham um dia do mês para realizá-lo. Para examinar a mama esquerda, coloque a mão esquerda atrás da cabeça e apalpe com a mão direita. Com a mama direita, ponha mão direita atrás da cabeça e apalpe com a mão esquerda. Após esse processo, tateie toda a área debaixo dos braços. Com os mamilos, os pressione suavemente e verifi que se há alguma secreção.

 

TRATAMENTO – O câncer de mama possui, em média, quatro tipos mais comuns e outros raros. Com isso, o tratamento não é padrão, afi nal cada tipo de tumor tem uma intervenção específi ca – que deve ser prescrito pelo médico oncologista. Já para o câncer de colo de útero, os tratamentos mais comuns são a cirurgia e a radioterapia. Isso se defi ne a partir do estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter fi lhos. (fonte: Ministério da Saúde/Inca)

AÇÃO sindical. Medidas aprovadas para fazer valer o direito dos trabalhadores contaram com orientação jurídica

Reunião para discutir a acumulação de cargos dos trabalhadores da enfermagem decidiu criar uma comissão para exigir que a Reitoria da UFRJ se envolva na solução do problema. Isso será feito em encontro com o reitor Roberto Leher no qual será entregue requerimento formalizando a reivindicação.

 

Outra deliberação da reunião de quinta-feira 11 no HUCFF aponta para reuniões com os diretores das unidades hospitalares com o mesmo objetivo.

 

Apesar de ser um direito assegurado na Constituição, por conta da acumulação de cargos, os trabalhadores da enfermagem estão há vários anos sendo privados de direitos trabalhistas – férias, 13º, progressões, adicionais e aposentadoria, por exemplo.

 

À reunião no HU, organizada pelo Sintufrj, compareceram profissionais de enfermagem de unidades de saúde, como o Hospital Universitário (HU), o Instituto São Francisco de Assis (Hesfa), i Instituto de Doenças do Tórax (IDT) e o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) – cujo diretor, Bruno Leite, também estava presente.

 

“Não há respaldo legal para retirarem direitos de quem acumula cargos. Então por que a vida dessas pessoas é prejudicada desse jeito? Não podemos ficar parados”, disse a coordenadora-geral do Sintufrj Neuza Luzia.

 

Os profissionais de enfermagem só podem acumular dois cargos.

 

A comissão foi constituída com trabalhadores representantes das unidades hospitalares. O Sintufrj produzirá formulários, que ficarão à disposição nos postos de enfermagem, para que os servidores com acumulação de cargos sejam identificados e assistidos pelo Departamento Jurídico do Sintufrj.

 

O Sindicato também requisitará aos setores de Recursos Humanos da universidade informações sobre os casos de acumulação de cargos para ajudar no mapeamento do problema.

 

O que eles dizem

“É uma falta de respeito com o servidor. Tudo é bloqueado porque alguém manipula o sistema para atrapalhar a minha vida. A lei permite que o profissional de saúde tenha outros vínculos”, desabafou Ivaldo dos Santos Pereira, do Centro de Materiais do HU.

 

O diretor do IPPMG, Bruno Leite, disse que portaria emitida na gestão do reitor Carlos Levi ampara a enfermagem a cumprir 30 horas. Mas o problema é que há hospitais que adotam modelos diferentes. Na opinião dele, é preciso unificar procedimentos para unificar ações.

 

A coordenadora de Esporte, Cultura e Lazer do Sintufrj, Noemi Andrade, reiterou a importância da regulamentação desse direito.

 

Conheça o caso

Muitos profissionais da área de saúde da UFRJ estão privados de seus direitos, mesmo com decisões judiciais que reconhecem a licitude da acumulação de cargos. A Constituição do país exige a compatibilidade de horário e não fala em limitação da carga horária.

 

O principal responsável pelo problema é o Ministério do Planejamento, que controla o sistema de administração de pessoal. Mas a Reitoria também precisa adotar medidas para que o ministério altere o sistema. “Não são situações isoladas. Não tem fundamento nenhum glosar direitos”, informou a assessora jurídica do Sintufrj Aracéli Rodrigues.

 

Orientação

A advogada do Departamento Jurídico da entidade Mara Vazquez orienta os trabalhadores para que formalizem processo administrativo reivindicando os direitos não respeitados, pois com isso eles caracterizam a situação, interrompem uma possível prescrição e possibilitam a reivindicação dos atrasados.