Julgamento deve continuar nos próximos dias para definir se a incompetência implica na anulação da suspeição de Moro

Redação: Brasil de Fato | São Paulo (SP) |15 de Abril de 2021

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 8 votos a 3, na tarde desta quinta-feira (15), pela manutenção da decisão do ministro Edson Fachin no Habeas Corpus (HC) 193.726, que reconheceu a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) para julgar as ações penais da Lava Jato contra o ex-presidente Lula (PT).

Com isso, o petista mantém seus direitos políticos e a possibilidade de se candidatar à Presidência em 2022. As ações penais que estavam no Paraná deverão ser encaminhadas a Brasília (DF), conforme determinou Fachin no último dia 8.

Os votos divergentes foram de Kassio  Nunes Marques, Marco Aurélio Mello e Luiz Fux. Formaram a maioria, os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Tofolli, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

Suspeição

O plenário do Supremo deve decidir na próxima semana se a incompetência implica na anulação da decisão da 2ª Turma sobre a suspeição ou parcialidade do ex-juiz Sergio Moro, como propõe Fachin.

Também fica pendente a confirmação de qual foro receberá as ações que estavam em Curitiba.

O relatório de Fachin

O relator Edson Fachin começou a apresentar seu voto por volta das 14h25.

Logo ao início do pronunciamento, adiantou que considerava improcedente o recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) que alegava competência da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) para julgar as ações contra Lula.

Fachin citou o ex-ministro Teori Zavascki e disse que segue o entendimento consolidado pelo plenário ao reafirmar a incompetência da Vara de Curitiba.

“A homologação de acordos de colaboração premiada não constitui critério para definição de competência”, disse. 

Ao citar outro colega, Dias Toffoli, Fachin reforçou: “Os fatos que geraram a Lava Jato são relacionados à Petrobras. Independentemente de algumas pessoas serem acusadas aqui e ali, isso não pode transformar a 13ª Vara Federal de Curitiba em um juízo universal.”

O voto durou cerca de 1h30. Em seguida, a sessão entrou em intervalo regimental de 30 minutos.

Nunes Marques não quer anulação

O segundo a votar foi Kassio Nunes Marques. O ministro, nomeado por Jair Bolsonaro, citou informações já desmentidas pela Justiça sobre os casos “triplex do Guarujá” e “sítio de Atibaia”.

Depois de mencionar que o STF já havia reconhecido a competência da 13ª Vara Federal anteriormente, Nunes Marques também citou denúncias envolvendo “empresas na região metropolitana de Curitiba”, ressaltando a proximidade com o juízo.

Até o procurador Deltan Dallagnol, segundo mensagens vazadas da Lava Jato, considera esse elo “capenga”.

Por fim, o ministro do Supremo disse ainda que “a gravidade da incompetência territorial, que não reconheço, é mínima.”

“A eventual incompetência territorial, apontada pelo relator, não resultou em prejuízo à defesa”, afirmou Nunes Marques, ignorando que Lula ficou preso por 580 dias. Para ele, os atos não podem ser todos anulados em razão da eventual incompetência.

Para Moraes, competência garante neutralidade

Com o placar empatado em 1 a 1, era a vez do ministro Alexandre de Moraes.

Antes desse voto, Cristiano Zanin, advogado de Lula, pediu a palavra e lembrou:

“Segundo o próprio Sergio Moro, já declarado parcial pela 2ª Turma, este juízo jamais afirmou que valores obtidos pela OAS nos contratos com a Petrobras foram usados para pagar vantagem indevida ao ex-presidente.”

Alexandre de Moraes iniciou seu voto ressaltando a importância do princípio do juiz natural.

“O que está sendo julgado aqui é o princípio do juiz natural, uma proteção garantida pela Constituição Federal que é minha, nossa, de toda a sociedade”, afirmou.

“O juiz não pode escolher o que vai julgar, nem as partes podem escolher quem vai julgar. Isso garante neutralidade do Judiciário e segurança da sociedade contra o arbítrio estatal”, completou o ministro.

Feitas essas considerações, Moraes desempatou o placar para 2 a 1 pela incompetência da Vara de Curitiba:

“Uma alegação genérica de que há uma organização criminosa que atua em várias frentes, sem identificar uma relação específica caso a caso, não serve para fixar competência”, argumentou.

A única discordância de Moraes em relação ao relator Fachin é sobre o envio das ações para a Justiça Federal em Brasília. O ministro também não vê competência naquele juízo para assumir as ações contra Lula.

Weber se baseia na colegialidade

A ministra Rosa Weber ampliou o placar para 3 a 1, concordando com o relatório de Fachin.

“Não identifico elementos que debilitem a decisão monocrática do relator. Há uma relação muito distante entre as condutas imputadas e sua repercussão sobre o patrimônio da Petrobras”, disse.

Para Weber, devem ser anulados apenas os atos decisórios, e não a totalidade dos processos, ao serem transferidos a Brasília.

Votos em tempo recorde

Na sequência, o ministro Dias Toffoli fez um voto ágil. Em menos de dois minutos, disse concordar com o relator Fachin e ampliou o placar para 4 a 1.

Após proposta de adiamento da sessão, os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Carmen Lúcia e Luís Barroso também adiantaram seus votos, em concordância com o relator.

Quando a maioria já estava formada, o presidente da corte, Luiz Fux, decidiu votar também, integrando a minoria e fechando o placar em 8 a 3 pela incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar Lula.

Edição: Vinícius Segalla

Com a decisão do plenário, Lula pode se candidatar em 2022 – Miguel SCHINCARIOL / AFP

 

 

 

Redução da proteção ao trabalhador não resolveu problema do desemprego e fez regredir a qualidade de vida no país

Daniel Giovanaz. Brasil de Fato | São Paulo (SP) |15/4/2021

Terceirização irrestrita. Reformas trabalhista e da Previdência. Fim do Ministério do Trabalho. O impeachment de 2016, da então presidenta Dilma Rousseff (PT), abriu caminho para uma destruição em série dos direitos trabalhistas no Brasil.

Passados cinco anos, a promessa de geração de vagas de trabalho não se cumpriu, e as condições de vida dos trabalhadores brasileiros só pioram. Nesta semana, o Brasil de Fato publica uma série de reportagens acerca do impeachment, abordando o contexto da época e seus desdobramentos até os dias de hoje. Veja, na coluna à direita, as reportagens já publicadas.

A situação já era dramática antes da pandemia, que agregou contornos de crueldade. Os trabalhadores sem carteira assinada e “por conta própria”, que se tornaram maioria em 2017, foram os mais atingidos, e hoje dependem de um auxílio emergencial que não banca nem metade da cesta básica.

Histórico

A substituição de Dilma Rousseff pelo vice Michel Temer (PMDB) – “com o Supremo, com tudo” – deu condições para aplicação de uma agenda econômica que ficou latente por 20 anos.

“As questões que aparecem na reforma trabalhista [de 2017] começaram a ser introduzidas nos anos 1990, no governo Fernando Henrique [PSDB]”, recorda José Dari Krein, doutor em Economia Social e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

 “Na época, não foi alterada a legislação pré-existente, mas houve mudanças em elementos centrais da relação de emprego, sobre as formas de remuneração, contratações atípicas, precárias, e também sobre flexibilização da jornada de trabalho”, completa.

No final daquela década, o setor empresarial já pressionava, por exemplo, pela prevalência do “negociado sobre o legislado”.

A ideia era que os patrões pudessem estabelecer condições diretamente com o empregado, sem a obrigatoriedade da participação ou mediação de entidades sindicais. O argumento – que nunca foi comprovado na prática – era que essas condições encareciam a mão de obra, impediam a geração de empregos e limitavam a produtividade.

O início dos governos PT, com um ciclo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e dos níveis de emprego e renda, esfriou essa demanda empresarial por quase uma década.

Da mesma forma, quando a economia brasileira começou a sentir os primeiros efeitos da crise mundial, as pressões recomeçaram. Já no governo Dilma, ocorreram retrocessos trabalhistas, como cortes no valor do abono do PIS e do seguro-desemprego.

Além da desoneração das folhas salariais, a agenda empresarial forçou a desvalorização da moeda e a diminuição da taxa de juros com o pretexto de estimular investimentos no país.

A adoção de parte dessa cartilha por Dilma não surtiu efeitos positivos, e o PIB brasileiro encolheu 7,5% em dois anos. O mau desempenho econômico caiu como uma luva para setores da oposição, derrotados na eleição de 2014, que buscavam a todo custo um pretexto para substituir o governo.

Ponte para o futuro abismo

Segundo os entrevistados, o impeachment de 2016 foi resultado de insatisfações de parte da elite política – insatisfeita com o diálogo de Dilma com o Congresso – e econômica, que exigia cortes mais drásticos no gasto público e redução nos custos com mão de obra.

O documento “Ponte para o Futuro”, do PMDB, materializava já em outubro de 2015 o pacto de Temer com esses interesses. A primeira medida, em dezembro de 2016, foi a aprovação da Emenda Constitucional (EC) 95, que congelou os investimentos em áreas como saúde e educação por 20 anos.

“Essa aprovação marca uma mudança concreta de projeto de país, que abre caminho para todas as reformas que vêm a seguir”, afirma Patrícia Pelatieri, coordenadora de pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

“Boa parte da tragédia que a gente vive hoje tem a ver com as escolhas políticas feitas a partir de 2014, e muito aprofundadas a partir do impeachment de 2016”, acrescenta a pesquisadora.

Para Pelatieri, os retrocessos na legislação trabalhista devem ser lidos como parte de uma agenda que envolveu, além do “Teto de Gastos”, privatizações, mudanças na política de preços da Petrobras e desfinanciamento da agricultura familiar, elevando o preço dos alimentos e propiciando a volta da fome.

Rasgando a CLT

Se 2016 foi difícil para os trabalhadores brasileiros, as mudanças introduzidas no ano seguinte se mostraram ainda mais devastadoras.

Em março, o Congresso aprovou a “terceirização irrestrita”, mesmo quando se trata da atividade-fim das empresas em questão. Todos os entrevistados ouvidos pela reportagem enfatizaram o agravamento da precarização a partir dessa medida.

Era o prenúncio da reforma trabalhista, aprovada em julho.

“Ela tramitou em tempo recorde. Em seis meses, foram introduzidas mais de 200 modificações na legislação”, ressalta a economista Marilane Teixeira, assessora sindical na área de trabalho e gênero e integrante do Fórum Permanente em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização.

Só na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), foram 130 alterações. Nenhuma delas ampliou direitos dos empregados, frente aos empregadores.

“A legislação deveria dar conta de proteger o elo mais frágil da relação capital-trabalho, que é o trabalhador. A reforma trabalhista faz uma inversão dessa lógica. Ela tem objetivo de cortar custos relacionados à contratação, remuneração, intervalos entre jornadas, deslocamento, saúde e segurança”, enfatiza Pelatieri.

Tic-tac

Para o professor José Dari Krein, um dos elementos mais importantes dessa reforma é a gestão do tempo. “O aspecto central da reforma é viabilizar o mercado de trabalho flexível, ampliar a liberdade do empregador de gerir a força de trabalho de acordo com o que é mais conveniente com o seu negócio, no tempo e no espaço”, analisa.

“Aumentar a liberdade da empresa significa diminuir a possibilidade de o trabalhador organizar sua vida pessoal. Porque ele passa a estar muito mais tempo em função do trabalho do que antes da reforma”, acrescenta o especialista.

O chamado “trabalho intermitente”, previsto na reforma, radicalizou essa situação. “Nessa modalidade, o trabalhador deve estar à disposição da empresa para o que ela precisar, do jeito que ela quiser. Chegando ao cúmulo de o trabalhador ter que pagar multa quando não atende essa solicitação”, explica a pesquisadora do Dieese.

Os contratos intermitentes, uma das principais apostas da equipe econômica de Temer para geração de empregos, representaram 19% das novas contratações com carteira assinada no Brasil em 2019, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Já do total de brasileiros com carteira assinada, apenas 1% possuem contratos intermitentes.

Entre os contratos existentes, cerca de 1/4 nunca se concretizaram. Ou seja, o trabalhar nunca foi chamado pela empresa. “Em 2019, 25% dos contratos intermitentes não tiveram uma hora de trabalho, nem rendimento. Não saiu da gaveta”, afirma Pelatieri.

O fracasso dessa modalidade não significa que a reforma não produziu efeitos negativos. Em paralelo à liberação dos contratos intermitentes, foi aberto um leque de outras opções flexibilizadoras.

Trabalhadores terceirizados têm mais risco de acidente em frigoríficos, diz sindicalista / MPT-RS/Divulgação

Vínculos que antes feriam a CLT, como a contratação de empregados via Pessoa Jurídica (PJ) ou Microempreendedor Individual (MEI), foram legalizados imediatamente, empurrando milhões de pessoas para a situação de informalidade ou de “trabalhador por conta própria”.

Dos 6 milhões de empregos prometidos pela equipe de Temer, foram gerados menos de 1 milhão, até o início da pandemia.

Sindicatos e Justiça do Trabalho no alvo

Em outras palavras, Temer ofereceu opções “mais vantajosas” para os empregadores do que a carteira assinada, deixando milhões de trabalhadores vulneráveis.

“O que ele fez foi substituir o trabalho formal, o assalariamento, com direitos e proteção social, pelo trabalho por conta própria, informal, favorecido por outras duas grandes medidas adotadas na reforma trabalhista: o enfraquecimento dos sindicatos e da Justiça do Trabalho”, interpreta a economista Marilane Teixeira.

O fim do Ministério do Trabalho, o desinvestimento nos órgãos de fiscalização, e a extinção da contribuição sindical obrigatória mostraram que “a ideia era, de fato, desmontar e desestruturar a organização dos trabalhadores” – nas palavras de Pelatieri, do Dieese.

:: Leia também: “Lista suja” é divulgada, mas desmonte freia combate à escravidão na pandemia ::

O “negociado sobre o legislado” também passou a vigorar, como queria parte do setor empresarial desde os anos 1990. Ou seja, o resultado da negociação entre patrão e empregado, em condições evidentemente desiguais, pode se sobrepor ao texto da lei.

Para completar, a partir da reforma, o empregado que entrar com ação trabalhista e perder, no tribunal, fica obrigado a pagar os custos processuais da empresa. O objetivo, segundo Krein, era “inibir as pessoas a reclamarem seus direitos”.

Dois anos após a reforma, o número de ações trabalhistas caiu 32%.

Reforma da Previdência

A cereja desse bolo, com gosto amargo para os trabalhadores, era a reforma da Previdência. Para Teixeira, o governo Temer só não conseguiu aprová-la porque 2018 era ano eleitoral.

“Parte dos parlamentares não quiseram se indispor com a sociedade diante de uma reforma absolutamente contrária aos interesses da classe trabalhadora, e cujos prejuízos eram ainda mais evidentes do que na trabalhista”, avalia.

A pesquisadora lembra que o argumento mais usado pelos setores favoráveis à reforma era falso. “A gente demonstrou, em vários estudos e publicações, que o sistema de Seguridade Social nunca foi deficitário. E, mesmo a Previdência em si, só registrou déficit no momento da crise, em que houve queda na capacidade de arrecadação do Estado”.

Coube a Jair Bolsonaro (sem partido), apoiador do impeachment, sancionar a reforma da Previdência em 2019 – com regras mais favoráveis para militares, que conformam sua base de apoio.

A idade mínima para aposentadoria de mulheres passou de 60 para 62 anos, com regras específicas para trabalhadores rurais, policiais e professores.

No setor privado, mesmo com a idade mínima, antes era possível escolher entre aposentar-se por idade ou por tempo de contribuição. Aposentando-se por idade, era necessária uma contribuição mínima de 15 anos. Quem quisesse se aposentar abaixo da idade mínima poderia fazê-lo, desde que somasse 30 anos de contribuição, no caso de mulheres, e 35 anos, no caso de homens.

Com a reforma, essa opção tornou-se impossível. Mesmo quem já contribuiu pelo tempo mínimo não pode aposentar-se antes da idade mínima.

Na prática

Para ilustrar como esse conjunto de mudanças é perceptível no chão de fábrica, o Brasil de Fato selecionou um setor específico, com alto índice de acidentes e adoecimentos: os frigoríficos.

Antes das reformas, os parâmetros de bancos de horas eram definidos em assembleias, com a participação dos sindicatos. Hoje, a negociação se dá diretamente entre patrão e empregado.

“O banco de horas é gerado quando a produção está em alta. Nesse período, com jornadas mais longas, a atividade é mais penosa e há mais adoecimentos”, explica José Modelski Júnior, secretário-geral da Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Contac).

“Não adianta nada, depois, o trabalhador ter folgas acumuladas no banco de horas, porque os problemas já foram causados. Principalmente, lesões por atividade repetitiva, que é a maior causa de adoecimentos no setor de frigoríficos”, acrescenta.

Modelski cita ainda os impactos da terceirização da atividade-fim no setor.

“Tem empresas que fornecem trabalhadores para os frigoríficos, para a indústria metalúrgica ou têxtil, sem distinção. Eles recebem menos e não têm treinamento, portanto, têm maior índice de acidentes”, relata o sindicalista.

As pressões constantes da classe empresarial, pela redução do tempo de intervalo e pela flexibilização de normas de segurança, coincidem com o afastamento do sindicato das negociações.

“São todos itens que ajudam, para as empresas, a reduzir custos e aumentar o lucro, mas que impactam diretamente na saúde e nos salários”, lamenta Modelski. “Tem empresas que passaram, simplesmente, a se negar a dialogar com os sindicatos. E isso tudo é consequência desse processo que vem desde o impeachment, que a gente percebe que continua e se aprofunda.”

Pandemia e perspectivas

A explosão do trabalho informal e por conta própria não significa maior liberdade para os empregados, segundo Krein.

“É estratégia de sobrevivência. As pessoas precisam se virar, ter alguma renda. Por isso, vemos cada vez mais pessoas no semáforo vendendo pano de prato, vendendo bala. Não tem emprego, e a reforma só agravou esse problema”, analisa o professor da Unicamp.

Para Marilane Teixeira, a pandemia joga luz sobre uma realidade que os governos Temer e Bolsonaro tentavam invisibilizar. “O governo percebeu, de repente, que um número enorme de trabalhadores, diante da necessidade de isolamento, perdeu a renda imediatamente, porque não tinha nenhum tipo de proteção social”, lembra.

“Então, 100 milhões de pessoas tiveram que buscar o auxílio emergencial, que só foi concedido pelo governo após muita pressão, e ainda em valor inferior ao que pretendia a oposição”, enfatiza a pesquisadora.

Patrícia Pelatieri, do Dieese, acrescenta que a pandemia teria efeitos econômicos menos devastadores se o mercado de trabalho brasileiro não estivesse tão desestruturado.

“Com empregos mais protegidos, a crise pandêmica seria menos grave”, diz. “Os mais impactados são jovens, mulheres, negros, trabalhadores sem carteira e idosos acima de 60 anos, que foram empurrados de volta ao mercado de trabalho pela reforma da Previdência”.

Para José Dari Krein, o atropelo da legislação trabalhista não acabou. Propostas como a Carteira Verde e Amarela, em que o trabalhador abre mão de parte dos direitos em nome da preservação do emprego, segue no horizonte do ministro Paulo Guedes, da Economia.

“A lógica da reforma continua na agenda do governo Bolsonaro. Ele tem declarado com insistência que o mercado de trabalho ideal, em sua visão, é aquele próximo à informalidade, sem direito nenhum, em que o trabalhador individualmente negocia seu contrato com o empregador, em condições evidentemente desiguais”, finaliza.

Edição: Poliana Dallabrida

 

 

 

Dirigente do MST destaca a relevância da campanha “vacina no braço, comida no prato” por massificar ideias que unificam os trabalhadores como a bandeira do fora Bolsonaro.

 

 

O Conselho de Ensino de Graduação da UFRJ (CEG) aprovou, por unanimidade, na quarta-feira, 14, moção de apoio ao Sintufrj que está sendo ameaçado por bolsonaristas, após a repercussão positiva nas redes sociais da campanha “Vacina no braço, comida no prato”, lançada pela entidade no dia 9 de abril, por meio de projeção de vídeo na Praia Vermelha e no Centro do Rio.  (Veja o texto na íntegra no final da matéria).

A ação do Sintufrj aponta os crimes do governo federal na pandemia que, inclusive, motivaram a criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, no Senado, por decisão do STF, como também o envio de ofício pela Ordem dos Advogados do Brasil à Procuradoria Geral da República, e denúncias feitas pelos movimentos sociais. 

Diariamente, a própria imprensa comercial tem mostrado o agravamento da pandemia no país, em consequência das ações, omissões e possíveis crimes praticados por Jair Bolsonaro contra a população brasileira (o que a CPI da Covid irá apurar). Mas, alheios à realidade de mais de três mil mortes diárias pela Covid e 40 milhões de pessoas na mais profunda miséria (sem emprego, moradia e comida na mesa) seguidores do presidente da República acusam o movimento sindical de atrapalhar o Brasil e prometem depredar a sede do Sintufrj. 

Liberdade de expressão

O documento aprovado no CEG evoca o direito da livre manifestação das entidades representativas dos segmentos discente, docente e técnico-administrativo que existem na UFRJ e lembra que o Supremo Tribunal Federal (STF) ratificou, em 2018, “o direito constitucional à livre manifestação nas Universidades e Institutos Federais e entidades representativas”.

A representante técnico-administrativa no CEG e coordenadora do Sintufrj, Damires França, foi quem pediu a inclusão das ameaças ao Sindicato na pauta da sessão do colegiado, quando também fez um relato dos telefonemas anônimos dos apoiadores bolsonaristas dizendo que vão depredar a sede da entidade. Os conselheiros concluíram que era importante se posicionarem para fortalecer a luta do Sintufrj, porque ela é de todos nós. 

Segundo Damires, o texto apresentado pela bancada técnico-administrativa obteve não apenas o apoio unânime daquele colegiado, mas também a indicação para que o mesmo fosse  levado ao Conselho Universitário (Consuni) e com o pedido de  inclusão dos termos da campanha do Sintufrj: “Vacina no braço, comida no prato”. A última sugestão foi da professora do Instituo de Química, Mônica Cardoso.  

Vacina e comida

De acordo com a docente, a aprovação do texto não expressou somente a defesa da liberdade de expressão, mas, sim, a necessidade legítima da reivindicação do Sindicato, que é a vacina no braço e a comida no prato. “Considerei importante o apoio do CEG (à campanha do Sintufrj), pela ampla divulgação  do apelo do Sindicado “Comida no prato, Vacina no braço”. É isso que a gente precisa levar para frente em todo país”, disse Mônica Cardoso. 

Ela acrescentou que falava “de cadeira”, já que teve a Covid-19, foi internada e ficou muito mal, e afirmou: “Temos que brigar pela vacina e ser contundentes pelo kit de intubação e não nos perdermos na retórica. Acho que foram (os técnicos-administrativos) muito felizes na escolha do slogan “vacina no braço e comida no prato””.

Apoio dos estudantes 

“Achei a campanha muito maneira e foi uma sacada muito legal terem construído esta atividade (Sintufrj) a partir da aprovação de uma assembleia, ou seja, com o envolvimento do corpo técnico-administrativo nesta luta. A atividade foi de extrema importância”, avaliou a integrante da bancada estudantil no CEG e diretora do DCE Mário Prata, Antônia Velloso.

Segundo a conselheira, a retaliação é um absurdo e representa a fascistização da sociedade: “Acho que o Conselho de Ensino de Graduação e todos os outros conselhos da UFRJ, além das próprias entidades se posicionando e declarado apoio a ação do Sintufrj é determinante para reforçar nosso papel no debate político dentro da universidade em defesa da ciência contra o negacionismo, que está no centro do debate hoje, com Bolsonaro contra a vacina”.  

 “O Sindicato e os trabalhadores técnico-administrativos de maneira geral estão de parabéns pela atividade, e acho que cada vez mais precisamos declarar apoio e expandir a campanha Vacina no braço, Comida no prato”, acrescentou Antônia, propondo a realização de mais atividades na mesma linha envolvendo todas as entidades representativas dos segmentos da universidade. 

A moção do CEG na íntegra

O Conselho de Ensino de Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, reunido virtualmente em 14 de abril de 2021, presta apoio ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (SINTUFRJ) vítima de ataques infundados por manifestar posição da categoria, deliberada por ampla maioria em assembleia.

A UFRJ e suas entidades são múltiplas, diversas e nunca abriram mão de se posicionarem diante das grandes questões nacionais e não pode ser diferente diante da atual pandemia.

A Universidade conta com entidades representativas de discentes, docentes e técnico-administrativos e estas devem ter seu direito à livre manifestação garantido e suportado por todo o corpo social da UFRJ!

Ademais, cumpre lembrar que o Supremo Tribunal Federal, em outubro de 2018, ratificou o direito constitucional à livre manifestação às Universidades e Institutos Federais, bem como das respectivas entidades representativas.

Todo apoio ao SINTUFRJ, à ATTUFRJ, ao DCE Mário Prata, à APG e à ADUFRJ, na defesa e na expressão de seus representados!

Vacina no braço e comida no prato!

 

 

O Fórum de Mobilização e Ação Solidária (Formas) — que reúne a Adufrj, Attufrj, APG, DCE Mário Prata e o Sintufrj –, manifestou seu apoio à campanha “Vacina no braço, Comida no prato”, lançada pelo Sindicato no dia 9 de abril e que por denunciar os crimes cometidos pelo governo federal contra a população brasileira durante a pandemia, atraiu a ira de apoiadores de Jair Bolsonaro que ameaçam depredar a sede da entidade. Confira:

 

 

Moções de apoio continuam chegando ao Sintufrj após as ameaças de criminalização e depredação da entidade por apoiadores do governo Bolsonaro indignados com a campanha “Vacina no braço, Comida no prato: Fora Bolsonaro”, lançada pelo Sindicato na sexta-feira. 

A CUT do Rio Grande do Sul reproduziu em seu site a campanha na íntegra e denunciou a perseguição fascista ao Sintufrj

O Sintesi-RJ divulgou nota de repúdio às ameaças ao Sintufrj e a seus trabalhadores. Leia aqui

 

 

Comparação internacional aponta que os países que retomaram o crescimento foram aqueles que tiveram sucesso no enfrentamento da covid-19

Publicado: 14/4/2021. Escrito por: Redação RBA/ Site CUT Nacional

O Brasil é a única grande economia do mundo que está em desaceleração em 2021, de acordo com estudo divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Além disso, o relatório Focus, do Banco Central (BC), que levanta semanalmente as projeções do mercado, aponta para aumento de inflação e redução das expectativas de crescimento.

Sem políticas de contenção da pandemia do novo coronavírus, os brasileiros continuam entre as principais vítimas da Covid-19doença que está em expansão país, que deve alcançar hoje a marca de 360 mil mortes, aumentando as incertezas dos agentes econômicos.

Os dados da OCDE apontam que os países com melhores perspectivas de crescimento da economia foram aqueles que adotaram políticas bem-sucedidas no enfrentamento da pandemia, afirma o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior. O que, mais uma vez, faz cair por terra a falsa dicotomia entre preservar vidas e manter a economia funcionando, completa.

“O Brasil está nesse grupo de países que não conseguem nem repor as perdas do ano passado. Estamos terminando o primeiro quadrimestre, e o país continua como se estivesse em 2020”, disse Fausto, em entrevista a Glauco Faria no Jornal Brasil Atual desta quarta-feira (14).

O cenário atual é ainda mais grave, segundo ele, pois o governo Bolsonaro abriu mão de ferramentas de manutenção do emprego que foram utilizadas no ano passado. Houve apenas a reedição do auxílio emergencial. Ainda assim, com valores reduzidos e atendendo a um público muito menor.

Dependência

Por outro lado, além dos impactos na economia, a pandemia também desnudou a fragilidade do setor industrial do país. No ano passado, com a eclosão da doença, houve até mesmo a escassez de máscaras. Atualmente, a produção de oxigênio – outro insumo básico – também encontra dificuldades para suprir o aumento da demanda. Ao mesmo tempo, o redução dos investimentos em inovação e pesquisa acentuou a dependência do Brasil em relação à importação de insumos farmacêuticos voltados para a produção de vacinas e medicamentos.

“Com relação à química fina, China e Índia são referências, em especial na produção de fármacos. Por outro lado, no Brasil, temos basicamente duas fábricas para a produção de vacinas. Ambas estatais. O Brasil, de certo modo, abandonou os investimentos na indústria de fármacos. Predomina claramente a prioridade em relação ao setor agroexportador. A gente tem mais fábricas de vacinas de bovinos do que de humanos”, criticou Fausto.

ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)

 

 

Comissão Parlamentar de Inquérito vai investigar como o governo Bolsonaro vem conduzindo – ou deveria conduzir – o combate à pandemia do novo coronavírus

Publicado: 14/4/2021. Escrito por: Redação CUT

Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou na quarta-feira (14) a determinação de instalação no Senado Federal da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar como o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) vem conduzindo – ou deveria conduzir – o combate à pandemia do novo coronavírus, que já matou quase 360 mil pessoas no país.

Nove ministros acompanharam o voto do relator da ação, Luís Roberto Barroso, que reafirmou no plenário da Corte os argumentos que já havia apresentado em caráter liminar, quando entendeu que o requerimento da CPI está de acordo com as regras constitucionais.

“Instalação de CPI não se submete a juízo discricionário do presidente da casa legislativa ou do Plenário. Atendidas as exigências constitucionais, impõe-se a criação da CPI”, fundamentou o relator.

O único voto contrário foi do ministro Marco Aurélio Mello. Ele entendeu que não cabia ao plenário “referendar ou não referendar” a liminar de um colega em mandado de segurança.

De acordo com a decisão, preenchidos os três requisitos para a abertura da comissão – assinatura de um terço dos integrantes da Casa; indicação de fato determinado a ser apurado; e definição de prazo certo para duração – não cabe a possibilidade de omissão ou análise de conveniência política por parte da Presidência da Casa Legislativa.

Para o colegiado, negar o direito à instalação da comissão em caso de cumpridas as exigências fere o direito da minoria parlamentar. A decisão está amparada em diversos precedentes da Suprema Corte nesse sentido.

Por que caso foi para o STF

O presidente do Senado,  Rodrigo Pacheco (DEM-MG), aliado de Bolsonaro, não tirou a CPI da Covid da gaveta e os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (sem partido-GO) recorreram ao Supremo.

O presidente do STF, Luiz Fux pautou o julgamento da CPI da Covid no sábado (10), um dia após Bolsonaro, principal alvo do inquérito, criticar o ministro Luís Roberto Barroso.

 

 

O Brasil totalizou ontem (13) 358.718 óbitos desde o início da pandemia, segundo o consórcio de veículos de imprensa. O país registrou 26,7% do total global de mortes por covid-19 na semana encerrada no dia 11, embora os óbitos no Brasil devido à doença tenham diminuído 3% em relação à semana anterior

Por Valor, G1 e Agência Brasil- 14/4/2021 

O país registrou 3.687 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas e totalizou ontem (13) 358.718 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias chegou a 3.051. É o quarto dia seguido em que a média móvel fica acima da marca de 3 mil. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +3%, indicando tendência de estabilidade nos óbitos decorrentes da doença.

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h de ontem. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Já são 83 dias seguidos no Brasil com a média móvel de mortes acima da marca de mil; o país completa agora 28 dias com essa média acima dos 2 mil mortos por dia; e já são 18 dias com a média acima da marca de 2,5 mil. Incluindo o recorde da véspera, é a primeira vez que a média permanece acima da marca de 3 mil por 4 dias seguidos.

Veja a sequência da última semana na média móvel:

  • Quarta (7): 2.744
  • Quinta (8): 2.818
  • Sexta (9): 2.938
  • Sábado (10): 3.025
  • Domingo (11): 3.109
  • Segunda (12): 3.125 (recorde)
  • Terça (13): 3.051

Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 13.601.566 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 80.157 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 70.787 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de -6% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade também nos diagnósticos.

Dez estados estão com alta nas mortes: AC, AP, MA, MG, PE, PI, PR, RJ, RR, e SE.

OMS diz que Brasil lidera ranking de mortes na semana até 11 de abril

O Brasil continuou a registrar o maior número de mortes por covid-19 no mundo, com 26,7% do total global, na semana encerrada no dia 11, embora os óbitos no país devido à doença tenham diminuído 3% em relação à semana anterior.

Novo balanço feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que a pandemia matou mais 76.773 pessoas no mundo na última semana. O maior número de novos óbitos foi no Brasil com 20.512, ou 9,7 novas mortes por 100 mil habitantes (a relação era de 3,5/100 mil habitantes na metade de fevereiro).

Governo de SP afirma que ainda não há solução para repor estoque de kit intubação

Ainda não há definição de como será reposto o estoque de kit intubação em São Paulo para os próximos dias. Segundo Jean Gorintcheyn, secretário estadual de Saúde, o Estado está há semanas equilibrando ações para que os medicamentos não faltem nos hospitais. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

O Ministério da Saúde não tem enviado kits em número necessários aos Estados e municípios. Também passou a fazer requisições administrativas que obrigam as fábricas a destinar o excedente de sua produção para a pasta, o que na prática impede a compra direta por prefeitos e governadores.

No Rio de Janeiro, Paes libera atividades coletivas em áreas públicas

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, decidiu liberar, nesta quarta-feira, a prática de atividades coletivas em praças, áreas públicas, praias e ruas desde que não gerem aglomerações. A medida foi publicada no Diário Oficial. As informações são do jornal O Globo.

A regra vale, inclusive, para atividades com professores. No entanto continua proibida a presença de pessoas na areia para o banho de sol. Já clubes passam a poder abrir a partir das 6h até 21h. Antes, as atividades só podiam começar às 11h. As demais regras para comércio, serviços e indústrias estão mantidas.

Niterói monta barreiras sanitárias

A prefeitura de Niterói, no Grande Rio, instalou hoje barreiras sanitárias nos principais acessos ao município. Agentes municipais estão aferindo a temperatura dos ocupantes do carro e poderão negar acesso a quem apresentar febre, como uma forma de reduzir a disseminação da covid-19 na cidade.

 

 

A presidenta da Aduff – Seção Sindical do Andes na Universidade Federal Fluminense –, Kate Lane Costa de Paiva, em nome de toda a direção da entidade manifestou em nota repudio “a qualquer tentativa de censura ao Sintufrj” e de “solidariedade àqueles que lutam!” 

A manifestação da Aduff e de várias outras entidades e militantes do movimento sindical e parlamentares do campo da esquerda ocorrem em consequência de o Sintufrj estar sendo alvo de ameaças de bolsonaristas. 

Os partidários e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro passaram a atacar o Sindicato após o lançamento da campanha “Vacina no braço, Comida no prato”, na sexta-feira, 9 de abril, por meio de projeção de vídeo. Veja a íntegra da nota da Aduff:  

“Nós, da ADUFF repudiamos qualquer tentativa de censura e criminalização dos movimentos sociais, do movimento sindical, de juventudes ou daqueles que lutam contra toda e qualquer forma de opressão. Defendemos as liberdades democráticas pela construção de um mundo justo em defesa dos interesses da classe trabalhadora. 

Assim, é um absurdo a tentativa de censurar o SINTUFRJ! Bem como é um absurdo a intervenção que o governo federal vem fazendo na escolha dos reitores das Universidades. A defesa da democracia é um dos princípios da nossa diretoria.  Não vamos admitir que nos calem! Toda solidariedade àqueles que lutam! Não adianta nos amedrontar que nós vamos continuar lutando como sempre fizemos!”