Representantes de bancos, empresas de comunicação e do agronegócio estiveram com o presidente, todos sem máscaras

Matéria retirada do site Brasil de Fato. 

 

Em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) jantou com empresários de diversos setores, na noite da última quarta-feira (7).

Após discursar, o ex-militar foi ovacionado pelo grupo. Horas antes, o Brasil registrou 3.733 mortes por covid-19 e chegou a 341 mil óbitos, em decorrência da doença. Já são 13,1 milhões de contaminados.

O presidente foi ao jantar acompanhado dos ministros Paulo Guedes (Economia), Fábio Faria (Comunicação), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Marcelo Queiroga (Saúde).

Também estavam na comitiva o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Durante o encontro, o presidente falou sobre a campanha de vacinação no país, que começou a ser incentivada recentemente por ele, após um ano de pandemia. Na reunião, nenhum dos convidados, ou o anfitrião, utilizaram máscara.

O anfitrião da noite foi Washington Cinel, dono da Gocil Serviços de Vigilância e Segurança Ltda, que também organizou, no dia 22 de março, outro encontro de empresários com políticos. Na época, um jantar com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

O jornal Valor Econômico noticiou que outros empresários ficaram incomodados com o encontro. De acordo com a publicação, esse grupo acredita que Cinel reuniu em sua casa uma parcela minoritária do setor e que isso não significa um apoio do setor ao presidente.

Na reunião de quarta-feira (7) à noite, estariam apenas os bolsonaristas convictos, que já seguem o ex-militar em suas decisões.

Brasil de Fato organizou a lista com alguns dos nomes que estiveram presentes no jantar de apoio a Bolsonaro. Veja a lista:

Wasington Umberto Cinel, da Gocil Serviços de Vigilância e Segurança Ltda
Alberto Saraiva, do Habib’s
Rubens Ometto, da Cosan S.A.
André Esteves, do BTG Pactual
Claudio Lottenberg, da Confederação Israelita do Brasil e Hospital Albert Einstein
João Camargo, do Grupo Alpha de Comunicação
Tutinha Carvalho, da Jovem Pan
Ricardo Faria, da Granja Faria
Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco
Flávio Rocha, da Riachuelo
Rubens Menin, da MRV, CNN e do Banco Inter
Candido Pinheiro, da Hapvida
Carlos Sanchez, da EMS
David Safra, Banco Safra
José Roberto Maciel, do SBT
José Isaac Peres, da Multiplan
Alberto Leite, da FS Security

 

 

 

Segundo a Fiocruz, 20 das 27 unidades federativas estão com taxas de ocupação de UTIs superiores a 90%. Os altos números vistos já no início de abril assustam especialistas e pesquisadores

Matéria retirada do site da CUT. 

O Brasil ultrapassou na quarta-feira (7) 341 mil vidas perdidas pela Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, desde o início da pandemia. 

Após registrar mais de 4 mil mortes, nas últimas 24 horas foram registradas outras 3.733 mil vítimas da doença. A curva de casos e mortes ainda é alta e há risco de desabastecimento de oxigênio em 1068 municípios brasileiros.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, os gestores de saúde de mais de mil municípios relataram, em um levantamento, preocupação com o estoque de cilindros de oxigênio no Brasil. O total de cidades com dificuldades pode ser ainda maior, já que apenas uma parte respondeu ao questionário.

No balanço de quarta-feira (7), foram confirmadas mais 92.625 infecções, totalizando mais de 13,1 milhões de pessoas que já foram infectadas pelo novo coronavírus no Brasil.

Com os novos números diários, a média móvel de casos e mortes do país continua crescendo e chegou a 63.396 infecções e 2.744 mortes por dia, nos últimos sete dias, segundo o consórcio de imprensa

Os altos números vistos já no início de abril assustam especialistas e pesquisadores. Eles alertam que a pandemia pode permanecer em níveis críticos ao longo deste mês. Essa é a conclusão do último boletim Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na terça-feira (6).

Segundo o documento, 20 das 27 unidades federativas estão com taxas de ocupação de UTIs superiores a 90%. O nível crítico das UTIs, somado às filas por um leito, contribui para a previsão de abril acabar como o pior mês da história da pandemia.

Previsão assustadora

De acordo com estimativa da Universidade de Washington, nos EUA, a previsão é de que o Brasil encerre o mês com quase 420 mil mortos. O estudo, que leva em consideração as atualizações do Ministério da Saúde, esperava pico de óbito de 4 mil apenas para o dia 24, marca que foi superada agora no início do mês. Um dos fatores que eleva ainda mais os números é a volta do feriado de Páscoa, com a inserção de casos represados.

Taxa de ocupação de UTIs sofre leve queda no estado e na Grande SP

Apesar de o estado de São Paulo ter 10 regiões com mais de 90% de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a taxa de leitos de UTI para tratar pacientes com Covid-19 sofreu uma leve queda no estado, de acordo com dados do governo paulista.

Outras sete cidades ainda têm mais de 85% desses leitos ocupados. O número total de pacientes internados no estado caiu de 31.175, no dia 31 de março, para 29.085 nesta quarta. No entanto, a queda foi bem menor entre pacientes em UTI do que nos de enfermaria.

Na terça-feira (6), 88,6% dos leitos do estado estavam ocupados, enquanto na terça passada a ocupação era de 89,9%. Já a Grande São Paulo tinha lotação de 88%, contra 88,5% registrado na semana passada. Há 15 dias esse número era ainda maior, com 92,3% no estado e 92,2% na região metropolitana da capital.

No domingo (4) a taxa de ocupação no estado não ultrapassou a casa dos 90%, e quarta-feira (31) foi o último dia que SP marcou mais que 92% na taxa de ocupação das UTIs. 

A ocupação dos leitos de UTI segue uma tendência de queda, sugerindo que começaram a surgir algum efeito as medidas mais restritivas da fase emergencial.

 

 

 

No Brasil, a fome diminuiu em 82% de 2002 e 2013, mas voltou a subir nos últimos cinco anos. E a situação para milhões de brasileiros fica cada dia pior durante a pandemia. Por isso, ações de solidariedade se multiplicam país afora. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) dá exemplo desde o ano passado, quando a covid-19 aprofundou o desemprego no Brasil sob o comando do governo genocida de Jair Bolsonaro. Os trabalhadores rurais passaram a dividir o que plantavam com os mais pobres da cidade e do campo.  

Quer somar com a iniciativa? Esta é a pergunta que as companheiras e companheiros à frente da Jornada Nacional de Solidariedade faz a todos nós. A ação é nacional e ocorre no sábado, 10 de abril, no Armazém do Campo RJ, e a sua ajuda aos que tem fome sai por menos de R$ 10,00. Confira:

Marmita solidária

O custo de cada Marmita Solidária é R$ 9,60. É possível apoiar a iniciativa com qualquer quantia depositada nesta conta no Banco do Brasil: Agência: 3086-4. Conta corrente: 27970-6. Ou: Chave PIX CNPJ: 08.087.241/0001-21. Escola Estadual de Formação e Capacitação à Reforma Agrária (Esesf).

Deste endereço sairão 200 marmitas com alimentos da Reforma Agrária Popular, Feijão Campo Vivo, Arroz Terra Livre, carne moída com legumes produzidos pelo Coletivo Alaíde Reis e farinha de mandioca do Assentamento Zumbi dos Palmares. 

A entrega das refeições será na Ocupação Moisés e Ocupação Livramento 209 (uma ocupação urbana que passou por um terrível incêndio). As marmitas serão produzidas no Armazém do Campo RJ e no Centro de Ação Comunitária (Cedac). 

Acompanhe nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram.

Número de pessoas com fome aumenta durante a pandemia, alerta ONU 

Matéria publicada em 26 de setembro de 2020, na CNN Brasil, já indicava que a triste realidade brasileira ficaria ainda pior. Veja:

A palavra fome voltou a assombrar os brasileiros mais pobres. Além do recrudescimento da pandemia e do impacto com as quase 4 mil mortes diárias pela Covid-19, há uma tempestade perfeita nesse caos que coloca em risco também sua segurança alimentar: inflação alta, desemprego e ausência do auxílio emergencial – ao menos num nível que permita a compra de uma cesta básica.

O Brasil deixou o chamado Mapa da Fome em 2014 com o amplo alcance do programa Bolsa Família – estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) baseado em dados de 2001 a 2017 mostrou que, no decorrer de 15 anos, o programa reduziu a pobreza em 15% e a extrema pobreza em 25%. No entanto, o país deve voltar a figurar na geopolítica da miséria no balanço referente a 2020. 

O Mapa da Fome é um levantamento feito e publicado pela ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a situação global de carência alimentar. Um país entra nesse levantamento quando a subalimentação afeta 5% ou mais de sua população. Venezuela, México, Índia, Afeganistão e praticamente todas as nações africanas apareceram no mapa referente a 2019. 

O Brasil tem ficado fora, embora dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrassem que, já em 2018, após anos de turbulências políticas e crescimento econômico pífio, a fome voltava a se alastrar. Agora, com a eclosão da pandemia e suas consequências econômicas e sanitárias, vai ser difícil escapar.

De acordo com Daniel Balaban, representante no Brasil do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP) e diretor do Centro de Excelência contra a Fome, a situação brasileira é muito preocupante. Ele projeta que o Brasil esteja próximo dos 9,5% de sua população com subalimentação. 

“A condição do Brasil vinha se deteriorando antes da pandemia, por conta dos cortes orçamentários de políticas sociais, crises políticas e econômicas. A pandemia só apressou e piorou essa situação”, disse Balaban à CNN.

Medidas para arrecadar alimentos se espalham pelo país entre poder público, empresas, igrejas e organizações da sociedade civil. 

Vergonha nacional 

Este ano, apesar do agravamento da pandemia do novo coronavírus e de centenas de cidades terem adotado um isolamento mais rigoroso para conter a transmissão do vírus, o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) pagará um valor bem menor do que o que foi aprovado pelo Congresso Nacional em 2020. Além disso, um número bem menor de pessoas terá direito ao benefício.

A previsão é de que 45,6 milhões de pessoas recebam o benefício este ano. No ano passado, quase 68 milhões receberam o auxílio. O valor do benefício caiu de R$ 600, pagos em 2020, para, em média, R$ 250 e apenas uma pessoa por família poderá receber o auxílio – no ano passado, até duas pessoas da mesma casa podiam receber. As mulheres chefes de família, que no ano passado receberam R$ 1.200, receberão apenas R$ 375 este ano. E os desempregados e informais que viverem sozinhos receberão menos ainda, apenas R$ 150.

Redação CUT

 

 

 

Fonte: Poder 360

“Tem gente com fome”. Esse é o mote de campanha do movimento negro que já arrecadou mais de R$ 5 milhões em doações para combater a insegurança alimentar no Brasil. A ação é coordenada pela Coalizão Negra por Direitos, articulação que reúne mais de 200 organizações sociais ligadas à temática racial.

O grupo mapeou 222.895 famílias em situação de vulnerabilidade e, desde 17 de março, distribui alimentos em pontos físicos nas 5 regiões brasileiras. De acordo com os coordenadores da campanha, até a manhã deste domingo (4.abr.2021), 22 mil famílias já foram atendidas. Cada uma recebe alimentos que somam valor de R$ 200.

O valor arrecadado na plataforma on-line já chegou a R$ 5.106.523,00, vindo de 15.901 doadores. De acordo com os organizadores, para todas as famílias mapeadas serem beneficiadas, é preciso levantar R$ 133,7 milhões.

Para apoiar a divulgação, a coalizão convocou artistas a fazer parte da campanha. Em um dos vídeos divulgados, uma série de personalidades de projeção nacional pede doações. Entre elas, estão os sambistas Zeca Pagodinho e Mart’Nália, os rappers Emicida e MV Bill e as atrizes Zezé Motta e Camila Pitanga.

Líderes do movimento negro, como as filósofas Sueli Carneiro e Djamila Ribeiro e o ativista Douglas Belchior, também aparecem na peça. O filósofo indígena Aílton Krenak é outro que aparece no vídeo. Assista:

 

 

Entre 2020 e 2021, patrimônio dos super-ricos aumentou 71% – pulou de US$ 121 bilhões (R$ 710 bilhões) no ano passado para US$ 219,1 bilhões (R$ 1,225 trilhão) este ano

Matéria retirada do site da CUT. 

Em 2020, enquanto a fome atingia 19 milhões de pessoas no país, o novo coronavírus agravava a crise econômica e a necessidade de isolamento social para conter o vírus deixava milhões de trabalhadores sem emprego e sem renda, mais 20 brasileiros engrossaram o ranking de Bilionários do Mundo de 2021 da revista Forbes.

O total de super-ricos no país pulou de 45, em 2020, para 65, em 2021, segundo dados divulgados pela revista nesta terça-feira (6). Juntos, eles somam um patrimônio total de US$ 219,1 bilhões (R$ 1,225 trilhão), contra US$ 121 bilhões (R$ 710 bilhões) no ano passado – aumento de 71%.

O  brasileiro mais rico é Jorge Paulo Lemann e família (AB InBev), com patrimônio de US$ 16,9 bilhões. (Confira abaixo a lista dos 15 brasileiros mais ricos do país).

E pessoa mais rica do mundo, Jeff Bezos, da Amazon, que tem uma fortuna estimada em US$ 177 bilhões (R$ 990 bilhões), enfrenta atualmente a revolta dos trabalhadores e trabalhadoras do seu grupo que querem criar um sindicato para lutar contra metas abusivas, pausas que sequer dão tempo de almoçar e ir ao banheiro., entre outras barbaridades.

Leia mais: Trabalhadores da Amazon querem criar sindicato para lutar por direitos

Super-ricos aumentam patrimônio

Este ano, a lista de super-ricos tem 2.755 pessoas – 660 deles são novos bilionários. No total, o grupo concentra 13,1 trilhões de dólares – cerca de R$ 73,46 trilhões -, da riqueza global. Apesar da crise sanitária e econômica que abalou o mundo, o montante acumulado cresceu 5 trilhões de dólares em um ano.

De acordo com o jornal Folha de S Paulo, este ano a Forbes  considerou o país de domicílio dos bilionários, em vez da nacionalidade. Por isso, nomes como Lemann, que mora no exterior, foi excluído pela publicação do rol de brasileiros.

Entre os 20 novos bilionários que entraram na lista da Forbes este ano estão novos nomes e velhas fortunas, como a dos filhos do banqueiro Joseph Safra , morto no ano passado, Jacob, David, Alberto e Esther Safra, e da viúva , Vicky Safra.

Estão também novos-ricos como David Vélez, cofundador do Nubank, com US$ 5,2 bilhões (R$ 29 bilhões), Guilherme Benchimol, fundador da XP, com patrimônio estimado em US$ 2,6 bilhões (R$ 14,5 bilhões), e André Street e Eduardo de Pontes, cofundadores da processadora de pagamentos Stone, com US$ 2,5 bilhões (R$ 13,9 bilhões) e US$ 2,4 bilhões (R$ 13,4 bilhões), respectivamente.

Já no mundo, o segundo mais rico é Elon Musk, da Tesla,  com uma fortuna de US$ 151 bilhões (R$ 844,5).

Veja a lista dos 15 maiores bilionários do Brasil

1 – Jorge Paulo Lemann e família (AB InBev) – US$ 16,9 bilhões

2 – Eduardo Saverin (Facebook) –  US$ 14,6 bilhões

3 – Marcel Herrmann Telles (AB InBev) – US$ 11,5 bilhões

4 – Jorge Moll Filho e família (Rede D’Or) – US$ 11,3 bilhões

5 – Carlos Alberto Sicupira e família (AB InBev) – US$ 8,7 bilhões

6 – Vicky Safra (Banco Safra) – US$ 7,4 bilhões

7 – Família Safra (Banco Safra) – US$ 7,1 bilhões

8 – Alexandre Behring (3G Capital) – US$ 7 bilhões

9 – Dulce Pugliese de Godoy Bueno (Amil) – US$ 6 bilhões

10 – Alceu Elias Feldmann (Fertipar) – US$ 5,4 bilhões

11 – Luiza Trajano (Magazine Luiza) – US$ 5,3 bilhões

12 – David Vélez (NuBank) – US$ 5,2 bilhões

13 – Luis Frias (PagSeguro Digital) – US$ 4,6 bilhões

14 – André Esteves (Pactual) – US$ 4,5 bilhões

15 – Cândido Pinheiro Koren de Lima (Grupo Hapvida) – US$ 3,7 bilhões

 

 

Hoje, Brasil é o foco da doença e concentra 40% dos óbitos e 44% dos contágios por novo coronavírus na região

Matéria retirada do site Brasil de Fato. 

Neste 7 de abril, quando o mundo celebra o Dia Mundial da Saúde, a América Latina e o Caribe atingem a marca de 802.918 falecidos pela covid-19. A região foi uma das últimas a registrar casos da doença e hoje é uma das mais afetadas pela pandemia. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Brasil concentra 40% dos óbitos, superando a marca dos 332 mil, seguido pelo México, com quase 205 mil mortos, depois a Colômbia com 64 mil óbitos.

Analisando de maneira proporcional, o líder do ranking é o Peru, com 1.611 falecidos a cada milhão de habitantes, seguido do México com 1.589 mil, e do Brasil, com 1.585 mil. 

Apesar do início de campanhas de vacinação em feveireiro, desde março, os contágios e mortod só aumentam. O surgimento de novas variantes do vírus, como a P1 e P2, identificadas no Brasil, é um fator que colabora para o agravamento da situação. 

Até o momento, foram aplicadas 153,6 milhões de vacinas na América Latina e Caribe, segundo levantamento do site Nosso Mundo em Dados. No entanto, Brasil, México, Argentina, e Chile concentram 90% dos imunizados.

Desse total, 2,8 milhões de doses foram oferecidas a 26 países pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) através do mecanismo Covax. 

Segundo especialistas, as escassas medidas de isolamento social, o ritmo lento da imunização e os escândalos de desvios de vacinas em países como Peru, Equador, Argentina, Paraguai e Chile também contribuem para o cenário crítico.

“É impossível lutar contra a covid-19 sem enfrentar as desigualdades e apoiar os mais vulneráveis a se proteger. No dia mundial da saúde convocamos os países a ter equidade nas suas respostas”, declarou a diretora geral da Opas, Carissa Etienne, em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (7).

O avanço desenfreado dos contágios no território brasileiro representa 44% dos casos em toda a região. Nas últimas 24h, houve um novo recorde com 4195 mortos e 86.979 infectados. 

Há duas semanas, a Organização Pan-Americana da Saúde alertou para o risco que o Brasil representa para os países vizinhos, desatando uma segunda onde contágios em toda a América Latina. 

O Chile voltou a decretar lockdown nas regiões centrais do país, que concentram 74% da população e adiou as eleições da Convenção Constitucional, de governadores e prefeitos, prevista para o próximo domingo (11). 

Equador decretou estado de exceção em oito das suas 24 regiões, depois de ter duplicado o número de hospitalizados no primeiro trimestre do ano. 

A Venezuela já leva três semanas seguidas de quarentena radical em todo território, tentando frear os contágios, que batem recordes diariamente. Nas últimas 24h, foram computados 1526 doentes. O governo reconhece que esse é o pior momento da pandemia no país. 

O Uruguai, que iniciou 2021 como um exemplo bem sucedido de controle sanitário, agora é o líder mundial de novos casos, com uma média de 847 novos doentes a cada milhão de pessoas. Uma cifra preocupante para um país de apenas 3,5 milhões de habitantes.

“Não podemos afrouxar as medidas sanitárias sem dados com base científica. Nossa ação deve se basear na realidade e requer uma atenção contínua de todos nós”, afirmou a diretora geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) Carissa Etienne.

 

 

 

 

 

A comunidade universitária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) marcou para quinta-feira, 15 de abril, a manifestação da campanha #ReitorEleitoÉReitorEmpossado. A mobilização é para fazer valer o resultado da consulta realizada em dezembro de 2020 que elegeu o professor Ricardo Berbara para o mandato de reitor da instituição para um mandato até 2021.

Segundo a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da instituição (Sintur), Ivanilda Reis, o ato virtual pretende reunir instituições que já enfrentaram ou enfrentam situações como a da Rural (com indicações, por parte do governo, de nomes que não estavam entre os mais votados). 

Em 31 de março, estudantes, técnicos e docentes da Rural foram surpreendidos com   com a nomeação do terceiro nome da listra tríplice encaminhada a Brasília. O governo Bolsonaro decidiu afrontar a escolha da comunidade universitária e impor o nome de Roberto de Souza Rodrigues. 

A comunidade reagiu e uma plenária virtual divulgou nota de repúdio ao ato do governo, anunciando os passos seguintes da luta “pelo respeito ao princípio da autonomia universitária e pela revogação do entulho autoritário”.

Convite a entidades

Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rural (Sintur), Ivanilda Reis, o ato virtual do dia 15 pretende reunir instituições que já enfrentaram ou enfrentam situações como a da Rural (com indicações, por parte do governo, de nomes que não estavam entre os mais votados). 

A dirigente do Sintur destacou, inclusive, a participação de representantes do Sintufrj para relatar os momentos de luta e resistência contra a nomeação de José Henrique Vilhena pelo governo FHC, em 1998, , contra a vontade da comunidade.

O vice-presidente da Associação de Docentes, Claudio Porto, explicou que o ato é fruto da continuidade das ações do comitê formado pela comunidade na luta pela nomeação do reitor eleito. 

Ele afirmou que o objetivo é dar à campanha caráter nacional para que o que aconteceu na Rural não se repita em outras instituições. Porto disse que Andes, Fasubra e UNE serão convidadas para a manifestação do dia 15. Também serão convidados parlamentares sensíveis à reivindicação de respeito à autonomia universitária. 

 

 

“Teremos um abril mais trágico da história da saúde no Brasil nos últimos 100 anos. O número de casos está se elevando no Rio de Janeiro e no país como um todo e, consequentemente, o número de óbitos. Daí optarmos por fazer um alerta à população e especialmente a autoridades governamentais para que parem de negar a ciência, para que parem de omitir-se frente às medidas necessárias que precisam ser tomadas para que possamos reduzir o número de mortes”. O tom dramático da declaração do epidemiologista Roberto Medronho, coordenador do GT Covid-19 da UFRJ, revela a gravidade do momento que o país atravessa.

Para o médico, haveria possibilidade de reversão desse quadro. “Mas como estamos vendo em vários lugares do país a não adoção das políticas necessárias, como o lockdown total em algumas localidades, elevará de forma assustadora o número de óbitos. Enquanto cientista, fico indignado ao ver a atitude negacionista e anticiência de algumas autoridades. Esta irresponsabilidade é a diferença entre salvar ou não uma vida”, diz ele. 

O epidemiologista pondera que grande parte dos óbitos em nosso país tem um perfil demarcado, atingindo a população negra e pobre. “Talvez isso explique a falta de empatia de alguns governantes que diuturnamente, nas mídias sociais ou na tradicional, mostram desprezo pela vida, inclusive fazendo pouco caso das ações para o combate à pandemia: Só controlaremos a Covid-19 quando tivermos distanciamento social de forma adequada e a vacinação em massa. São essas medidas que esperamos dos governantes que foram eleitos para fazer o melhor para a população”. 

Roberto Medronho acusa o governo de estar ferindo um preceito constitucional (o artigo 196) que diz: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos…”. Ou seja, é um dever constitucional dos governos federal, estadual e municipal adotarem as medidas adequadas para o combate ao coronavírus.

500 mil mortos

E não basta decretar lockdown, mas adotar medidas econômicas para mitigar o efeito dramático no bolso das pessoas desempregadas, subempregadas, ou no mercado informal, ele observa.

O médico lembra que algumas projeções de instituições sérias de pesquisa estimam a ocorrência de 400 a 500 mil óbitos até junho. “Se nós continuarmos com esta política que os estados estão adotando na maior parte do país, realmente poderemos atingir algo muito próximo”. 

Além disso, ele lembra que os óbitos que compõem as estatísticas são aqueles que registram na declaração a causa básica. Entretanto, há muitos casos de comorbidades que não levariam a óbito se a pessoas não contraísse Covid, e podem não constar nestas estatísticas, fazendo com que os números reais sejam ainda maiores do que apresentado.

 

 

 

A importância da atividade física para fortalecer a imunidade e diminuir o estresse e a ansiedade nesses meses de distanciamento social foi destacada pela coordenadora do Espaço Saúde do Sintufrj, Carla Nascimento, na roda de conversa virtual realizada na manhã desta terça-feira, 6 de março.

A live foi organizada pela Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador (CPST/PR4) em parceria com o Sintufrj – para marcar o Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde. 

O evento, coordenado pela nutricionista Sônia Borba (CPST), reuniu especialistas e teve como moderadora Priscila Cerqueira, também nutricionista da CPST. Temas como saúde, nutrição, terapias holísticas, educação física foram abordadas no encontro.

“Essa live foi planejada para comemorar o Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde, o Dia da Atividade Física e o Dia Mundial da Saúde, que é amanhã, dia 7 de março”, explicou Sônia.

Prevenção

A coordenadora do Espaço Saúde do Sintufrj destacou a preocupação da entidade com a prevenção da saúde tanto que, nesta pandemia, disponibilizou as atividades para todos os servidores da UFRJ, e não apenas sindicalizados. São aulas de ginástica localizada, ritmos, pilates, yoga, circuito, aula de corrida em casa, alongamento, de 2ª a 5ª, às 10h e 16h, através da plataforma Zoom.

“É só ligar para o telefone 96549-3033 e pedir para ser inserido no grupo de alunos do Espaço Saúde para receber os links pela manhã e à tarde para participar das atividades. É importante você se mexer. A atividade física é a forma mais saudável de você se sentir mais ativo e vivo”, observou.

Nutrição

Bruna Taranto, nutricionista do Sistema de Alimentação (SIA/PR6), tratou da importância da nutrição e a saúde mental. Deu uma aula sobre boa alimentação indicando vitaminas, minerais, frutas, verduras e proteínas, sucos verdes, shots matinais, com foco na diminuição da ansiedade. 

“A saúde mental e emocional é muito importante para conseguirmos lidar com esse momento que estamos vivendo”, ressaltou. Existe relação sim entre a nutrição e a saúde mental. A nutrição pode nos ajudar a ter maior controle emocional e mental, hoje fundamental”, sustentou. 

“É colocar mais comida de verdade à mesa, diminuir o açúcar e os produtos industrializados. É desembalar menos e descascar mais”, completou Bruna.

Terapias

Patrícia Feitosa, enfermeira da CPST e terapeuta em Reiki e Florais de Bach, trouxe para o universo dos leigos a Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), tais como cromoterapia, aromaterapia, Reiki, Florais de Bach e Meditação, que ela informa terem sido incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e que podem ser utilizadas em casa.

“As práticas integrativas podem nos beneficiar e impactar positivamente na nossa saúde emocional e principalmente na saúde mental, ainda mais nesses tempos de covid em que temos de ficar confinados e perdendo o contato com nossos familiares”, explicou. 

“Elas promovem equilíbrio, bem-estar físico, mental e emocional. Tem excelentes resultados nos casos de ansiedade, depressão, insônia, estresse, melhora da concentração, entre outras questões de desarmonia”, acrescenta a terapeuta.

Segundo Patrícia, tais terapias não substituem o tratamento tradicional. No entanto, dado os seus benefícios, existem 29 procedimentos incorporados ao SUS, pois são utilizadas em paralelo para promover a saúde mental principalmente, o que traz também benefícios físicos.

Confira, na íntegra, a live que pode estimular hábitos saudáveis e melhorar sua qualidade de vida: 

 

 

 

 

“Quando vamos nos dar conta do tamanho desta hecatombe?”, questionou o respeitado cientista Miguel Nicolelis ao repercutir o novo recorde macabro da pandemia no Brasil

Matéria retirada do site da Revista Fórum. 

O Brasil registrou nesta terça-feira (6) um novo recorde relacionado à pandemia do coronavírus. Segundo balanço do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), 4.195 pessoas morreram em decorrência da Covid-19 nas últimas 24 horas. Trata-se da primeira vez que o número de óbitos supera a marca de 4 mil de um dia para o outro.

Desde o início da pandemia, já foram contabilizados 336.947 óbitos causados pela doença.

O número de infectados pelo vírus também segue crescendo de maneira descontrolada. Foram, segundo o Conass, 86.979 casos confirmados de Covid-19 nas últimas 24h, o que faz o acumulado desde o início da crise sanitária saltar para 13.100.580.

Pelas redes sociais, o respeitado cientista Miguel Nicolelis, que desde o início do ano vem pregando um lockdown nacional para cessar a escalada de mortes, reagiu aos novos números. “Segundo CONASS atingimos 4195 mortos por COVID19 nas últimas 24 horas no Brasil! Quando vamos nos dar conta do tamanho desta hecatombe?”, questionou.

Bolsonaro segue pregando contra lockdown e em favor de remédios sem eficácia

Mais cedo, antes da divulgação do novo número recorde da Covid no Brasil, Jair Bolsonaro atribui a queda no número de internações anunciada pelo prefeito João Rodrigues (PSD) em Chapecó, Santa Catarina, ao uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença no propagado “tratamento precoce”, que utiliza remédios como cloroquina e ivermectina.

“Naquele município – e em mais também, em estados -, o médico tem a liberdade total de trabalhar com o paciente. Total. Esse é o dever do médico. É uma obrigação e um direito dele. Não tem um remédio específico, ele trata da melhor maneira possível, por isso os índices foram lá para baixo”, disse Bolsonaro, ignorando que, entre as medidas adotadas pelo prefeito, está o lockdown, medida tida por especialistas como a mais efetiva para conter as mortes enquanto não há vacinação em massa e que é rechaçada pelo presidente.