A importância da atividade física para fortalecer a imunidade e diminuir o estresse e a ansiedade nesses meses de distanciamento social foi destacada pela coordenadora do Espaço Saúde do Sintufrj, Carla Nascimento, na roda de conversa virtual realizada na manhã desta terça-feira, 6 de março.

A live foi organizada pela Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador (CPST/PR4) em parceria com o Sintufrj – para marcar o Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde. 

O evento, coordenado pela nutricionista Sônia Borba (CPST), reuniu especialistas e teve como moderadora Priscila Cerqueira, também nutricionista da CPST. Temas como saúde, nutrição, terapias holísticas, educação física foram abordadas no encontro.

“Essa live foi planejada para comemorar o Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde, o Dia da Atividade Física e o Dia Mundial da Saúde, que é amanhã, dia 7 de março”, explicou Sônia.

Prevenção

A coordenadora do Espaço Saúde do Sintufrj destacou a preocupação da entidade com a prevenção da saúde tanto que, nesta pandemia, disponibilizou as atividades para todos os servidores da UFRJ, e não apenas sindicalizados. São aulas de ginástica localizada, ritmos, pilates, yoga, circuito, aula de corrida em casa, alongamento, de 2ª a 5ª, às 10h e 16h, através da plataforma Zoom.

“É só ligar para o telefone 96549-3033 e pedir para ser inserido no grupo de alunos do Espaço Saúde para receber os links pela manhã e à tarde para participar das atividades. É importante você se mexer. A atividade física é a forma mais saudável de você se sentir mais ativo e vivo”, observou.

Nutrição

Bruna Taranto, nutricionista do Sistema de Alimentação (SIA/PR6), tratou da importância da nutrição e a saúde mental. Deu uma aula sobre boa alimentação indicando vitaminas, minerais, frutas, verduras e proteínas, sucos verdes, shots matinais, com foco na diminuição da ansiedade. 

“A saúde mental e emocional é muito importante para conseguirmos lidar com esse momento que estamos vivendo”, ressaltou. Existe relação sim entre a nutrição e a saúde mental. A nutrição pode nos ajudar a ter maior controle emocional e mental, hoje fundamental”, sustentou. 

“É colocar mais comida de verdade à mesa, diminuir o açúcar e os produtos industrializados. É desembalar menos e descascar mais”, completou Bruna.

Terapias

Patrícia Feitosa, enfermeira da CPST e terapeuta em Reiki e Florais de Bach, trouxe para o universo dos leigos a Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), tais como cromoterapia, aromaterapia, Reiki, Florais de Bach e Meditação, que ela informa terem sido incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e que podem ser utilizadas em casa.

“As práticas integrativas podem nos beneficiar e impactar positivamente na nossa saúde emocional e principalmente na saúde mental, ainda mais nesses tempos de covid em que temos de ficar confinados e perdendo o contato com nossos familiares”, explicou. 

“Elas promovem equilíbrio, bem-estar físico, mental e emocional. Tem excelentes resultados nos casos de ansiedade, depressão, insônia, estresse, melhora da concentração, entre outras questões de desarmonia”, acrescenta a terapeuta.

Segundo Patrícia, tais terapias não substituem o tratamento tradicional. No entanto, dado os seus benefícios, existem 29 procedimentos incorporados ao SUS, pois são utilizadas em paralelo para promover a saúde mental principalmente, o que traz também benefícios físicos.

Confira, na íntegra, a live que pode estimular hábitos saudáveis e melhorar sua qualidade de vida: 

 

 

 

 

“Quando vamos nos dar conta do tamanho desta hecatombe?”, questionou o respeitado cientista Miguel Nicolelis ao repercutir o novo recorde macabro da pandemia no Brasil

Matéria retirada do site da Revista Fórum. 

O Brasil registrou nesta terça-feira (6) um novo recorde relacionado à pandemia do coronavírus. Segundo balanço do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), 4.195 pessoas morreram em decorrência da Covid-19 nas últimas 24 horas. Trata-se da primeira vez que o número de óbitos supera a marca de 4 mil de um dia para o outro.

Desde o início da pandemia, já foram contabilizados 336.947 óbitos causados pela doença.

O número de infectados pelo vírus também segue crescendo de maneira descontrolada. Foram, segundo o Conass, 86.979 casos confirmados de Covid-19 nas últimas 24h, o que faz o acumulado desde o início da crise sanitária saltar para 13.100.580.

Pelas redes sociais, o respeitado cientista Miguel Nicolelis, que desde o início do ano vem pregando um lockdown nacional para cessar a escalada de mortes, reagiu aos novos números. “Segundo CONASS atingimos 4195 mortos por COVID19 nas últimas 24 horas no Brasil! Quando vamos nos dar conta do tamanho desta hecatombe?”, questionou.

Bolsonaro segue pregando contra lockdown e em favor de remédios sem eficácia

Mais cedo, antes da divulgação do novo número recorde da Covid no Brasil, Jair Bolsonaro atribui a queda no número de internações anunciada pelo prefeito João Rodrigues (PSD) em Chapecó, Santa Catarina, ao uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença no propagado “tratamento precoce”, que utiliza remédios como cloroquina e ivermectina.

“Naquele município – e em mais também, em estados -, o médico tem a liberdade total de trabalhar com o paciente. Total. Esse é o dever do médico. É uma obrigação e um direito dele. Não tem um remédio específico, ele trata da melhor maneira possível, por isso os índices foram lá para baixo”, disse Bolsonaro, ignorando que, entre as medidas adotadas pelo prefeito, está o lockdown, medida tida por especialistas como a mais efetiva para conter as mortes enquanto não há vacinação em massa e que é rechaçada pelo presidente.

 

 

Entre as ações urgentes a serem tomadas, pesquisadores da UFRJ destacam necessidade de mais duas semanas de medidas restritivas

 

A proposta do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) apresentada pela reitoria será submetida à apreciação do Conselho Universitário na  sessão desta quinta-feira, 8 de abril. Durante o período no qual o documento foi aberto à consulta pública, o Sintufrj encaminhou contribuições, com destaque para a criação do Conselho Superior de Administração e Gestão de Pessoal – reivindicação antiga do movimento organizado da categoria.

Ao se debruçar sobre o documento inicial do PDI – que ganhou publicidade em outubro de 2020 – chamou atenção da direção do Sintufrj a ausência de qualquer menção ao Plano de Desenvolvimento da carreira dos TAEs. Este ponto concentrou outro item de propostas do sindicato a ser incorporado ao plano que orienta estruturalmente a vida da universidade. 

O sindicato também rejeitou a terminologia expressa no PDI que grafa “Plano Desenvolvimento de Pessoas (PDP) da UFRJ”. “Compreendemos que a Pró-reitoria é de Pessoal, não de Pessoas, porque é uma política de pessoal, entendida enquanto coletivo de trabalhadores e não como indivíduos na instituição”, diz o texto proposto pelo Sintufrj, solicitando a alteração da nomenclatura apresentada no documento da reitoria.

Entre as contribuições encaminhadas pelo Sintufrj, há, ainda, a determinação para se abra a possibilidade de atuação dos técnicos-administrativos na coordenação de ações de pesquisa e extensão.

500 páginas

O texto do PDI para o período 2020/2024 que será debatido pelos conselheiros na sessão de quinta-feira é um calhamaço de 521 páginas com 14 tópicos,  entre os quais ´perfil institucional, projeto pedagógico, cronograma de implantação de cursos, gestão e organização administrativa (estrutura e pró-reitorias), perfil do corpo técnico-administrativo, política de atendimento a docentes, serviços terceirizados, infraestrutura e instalações acadêmicas, avaliação e acompanhamento do desenvolvimento institucional, aspectos financeiros e orçamentários, processo de revisão do PDI, e plano para gestão de risco.

Aqui você encontra a íntegra das considerações e propostas apresentadas pelo Sintufrj ao PDI https://sintufrj.org.br/wp-content/uploads/2020/12/PDI-Sintufrj-2020-Revisado.pdf

 

 

 

A Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador (CPST/PR4) organiza o debate com participação da educadora física do Espaço Saúde do Sintufrj, Carla Nascimento. O encontro será nesta terça-feira, 6, às 10h, com transmissão ao vivo no YouTube e Facebook do sindicato, não perca!

 

 

 

 

 

Marca é superada após a semana mais letal da pandemia. Foram quase 20 mil mortos em sete dias. Enquanto isso, vacinação segue a passos lentos

Matéria retirada do site da Rede Brasil Atual

O Brasil ultrapassou nesta segunda (5) a marca de 13 milhões de infectados por covid-19. Com acréscimo de 28.645 novos casos registrados nas últimas 24 horas, o país chegou a 13.013.601 impactados diretos pelo coronavírus. Isso, sem levar em conta com ampla subnotificação, já que a quantidade de testes realizados sempre foi insuficiente de acordo com a demanda. Não foram contabilizados os dados do Ceará, por problemas técnicos no envio dos dados do dia.

Também nas últimas 24 horas, foram 1.319 mortos notificados ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conass. O número é elevado para uma segunda-feira, já que existe uma defasagem de dados no início da semana, devido a um menor corpo de profissionais ativos aos domingos, em especial em laboratórios. O erro tende a ser corrigido nos dias seguintes. Agora, desde o início da pandemia, em março de 2020, o Brasil soma 332.752 mortos.

Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conass

RBA utiliza informações fornecidas pelas secretarias estaduais, por meio do Conass. Eventualmente, elas podem divergir dos informados pelo consórcio da imprensa comercial. Isso em função do horário em que os dados são repassados pelos estados aos veículos. As divergências para mais ou para menos são sempre ajustadas após a atualização dos dados.

Semana letal

A última semana foi marcada por dois movimentos em relação à covid-19. Foi a com maior número de mortos; foram registrados 19.643 vítimas. Neste período, o Brasil se manteve como epicentro da pandemia no mundo, com mais de um terço de todas as mortes do planeta. Em contrapartida, houve uma redução no número de novos casos. A média se manteve elevada, mas inferior às últimas três semanas.

Foram registrados 463.235 doentes, diante de 539.903 da semana anterior. Ações de isolamento promovidas por governadores e prefeitos podem ter influência nesta conta. Uma redução no contágio tende a refletir no arrefecimento das mortes dentro de, no mínimo, 14 dias, período em que a covid-19 tende a se revelar com gravidade. Embora exista uma aparente redução nas infecções, a ordem da ciência é pela manutenção, e até endurecimento, de medidas de distanciamento. A covid-19 está fora de controle no Brasil desde o fim de 2020, e assim segue, de acordo com o Imperial College de Londres.

Tratamento perigoso

Com taxa de letalidade de 2,6% dos casos, 80% dos intubados no Brasil morrem, sendo que a média mundial é de 1% de letalidade e 50% em relação aos intubados. O quadro grave do Brasil é agravado por uma ampla disseminação de desinformação, que levou, inclusive, muitos brasileiros a se medicarem com compostos comprovadamente ineficazes contra a covid-19. A grande fonte das mentiras relacionadas com os tratamentos da covid-19 foi o governo federal, do presidente Jair Bolsonaro, que adotou uma saga messiânica em defesa de medicamentos como cloroquina e ivermectina. Além de ineficazes, tais fármacos produzem efeitos colaterais severos.

Hospitais referência, como o Hospital da Unicamp, em Campinas, interior de São Paulo, já relataram mortes ligadas ao excesso de ivermectina. Apoiadores de Bolsonaro passaram a tomar o medicamento em doses altas de forma indiscriminada, a partir da influência do político. Em levantamento do jornal O Globo, no período da pandemia, houve aumento de 558% nos casos de reações adversas relacionadas à cloroquina e à hidroxicloroquina.

Vacinas

De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram distribuídas 42.956.226 doses de vacinas em todo o país. Destas, cerca de 80% são da CoronaVac, vacina do Instituto Butantan, rejeitada e atacada por Bolsonaro desde o período de elaboração. Aplicadas, foram 21.070.128. Entre os estados que mais vacinou está São Paulo, com 6.660.492 doses aplicadas. O estado também é o mais afetado do país, com 2,5 milhões de infectados e 77 mil mortos.

Diante da comunidade internacional, o processo de vacinação no Brasil segue lento. Com 9,91% de brasileiros tendo tomado ao menos uma dose, o país está atrás proporcionalmente de países como República Dominicana, Romênia, Polônia, Eslovênia, Hungria, Uruguai e Chile. A lentidão já levou brasileiros residentes próximos da fronteira com o Uruguai e que possuem dupla cidadania a buscar imunização no país vizinho. Por lá, 22,6% já receberam ao menos uma dose, e o processo de imunização é abrangente, envolvendo inclusive os mais jovens.

 

Mais da metade dos domicílios brasileiros vivencia algum nível de insegurança alimentar

Matéria retirada do site Brasil de Fato. 

Cerca de 19 milhões de pessoas passaram fome durante a pandemia do coronavírus no Brasil. Uma pesquisa realizada entre outubro e dezembro do ano passado mostra que mais de 116 milhões de pessoas conviveram com algum grau de insegurança alimentar no período.

Isso significa que mais da metade dos domicílios brasileiros sofreu algum tipo de privação. Segundo o estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), o índice exato de famílias nessa situação chegou a 55,2%.

A conclusão é de que o aumento da fome no Brasil está mais acelerado nos últimos anos. Entre 2018 e 2020 a alta foi de 27,6% ao ano. Entre 2013 e 2018, esse ritmo não passava de 8%.

Não é de agora que o alerta sobre o problema passou a ser preocupação de organizações e movimentos sociais. Em 2018, a ActionAid já chamava atenção para as consequências do empobrecimento acelerado da população.

Aliado ao desmonte de instituições promovido pelo governo, à devastação ambiental e ao agravamento das mudanças climáticas, o cenário faz vítimas principalmente entre as populações mais vulneráveis e não é fruto apenas da crise do coronavírus.

Segundo o professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, especialista em segurança alimentar e coordenador Rede PENSSAN, Renato Maluf, não há indícios de que a situação melhorou este ano.

“A nossa pesquisa, embora tenha revelado um indicador alto, ela ainda pegou a presença do auxílio emergencial. Se tivesse sido feita sem o auxílio seria pior. Temos todas as razões para achar que nesses primeiros meses do ano a situação se agravou”, afirma ele.

O especialista afirma ainda que nenhum dos fatores que influencia na segurança alimentar das famílias melhorou nos últimos meses. Entre eles estão as garantias de emprego e renda, cada vez mais enfraquecidas.

“Outro indicador indireto é verificar como aumentaram as manifestações de preocupação em relação à fome e as ações de solidariedade. Então, seja pelo agravamento dos determinantes, seja pela maior presença do tema nos debates públicos, tudo nos leva a crer que a situação só fez piorar.”

Para conter o aumento fome no Brasil, Renato Maluf aponta que é preciso a retomada imediata do auxílio emergencial, com valor suficiente para que a ajuda ao sustento das famílias seja efetiva. “Esse auxílio que o governo está retomando essa semana não vai dar para muita coisa”, alerta ele.

Além disso, é necessário trabalhar politicamente para a retomada do emprego e preservação dos pequenos negócios. Em longo prazo, é preciso iniciativas mais fortes nas políticas de abastecimento.

“Apoio às iniciativas de aproximação de produtor e consumidor, circuitos curtos de produção, circulação e comercialização de alimentos. Existem centenas de iniciativas pelo Brasil nessa direção, é preciso agora que essas ações sejam fortalecidas e cheguem às periferias”, completa Renato Maluf.

Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil utilizou a mesma metodologia adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 2004, classificando a população brasileira conforme suas condições de segurança e insegurança alimentar.

 

 

 

Neste 31 de março de 2021 completam-se 57 anos do golpe militar de 1964, que deu início a uma longa e tenebrosa noite de 21 anos. Foram anos de graves violações de direitos humanos, mortes, torturas, desaparecimentos, execuções, exílio, censura e humilhações contra os brasileiros.

No momento atual da nossa história forças retrógradas buscam negar fatos passados por meio de um revisionismo histórico. Confira alguns filmes que escancaram a realidade do nosso truculento passado:

“O dia que durou 21 anos”
https://t.co/3nVc2kv150
Pra nunca esquecer

“Cidadão Boilesen”
https://t.co/YRbWGLxOcx

“Dossiê Jango”
https://t.co/NwYKbv0VuS

“Jango”
https://t.co/a7L8DHZQWK

“Marighella”
https://t.co/NnpHmgJelZ

“Vlado”
https://t.co/wrHUgqksja

“Hércules 56”
https://t.co/CYxrVD4WkR

 

A live com esclarecimentos sobre a regulamentação da transformação do tempo de insalubridade em tempo comum, para efeito de aposentadoria, alcançou audiência recorde nos canais do Sintufrj nas redes sociais (Youtube e Facebook). Por mais de uma hora, a coordenadora-geral da entidade, Gerly Miceli, e a advogada, Mara Vazquez, responderam perguntas de servidores potencialmente beneficiados pela conquista de direitos expressa em sentença do Supremo Tribunal Federal (STF) depois de mais de 30 anos de luta política e de 13 anos na esfera jurídica. 

Amanhã, o Sintufrj publicará nas suas redes texto mais completo sobre a live e as dúvidas que foram elucidadas por Gerly e Mara durante a live. No site do sindicato (https://sintufrj.org.br/2020/10/aposentadoria-passo-a-passo-para-contagem-de-tempo-especial-para-servidor-da-ufrj/)  os servidores encontram o passo a passo com orientações aos servidores sobre o assunto. 

CONFIRA NA ÍNTEGRA: 

 

 

Pelo segundo dia consecutivo, Brasil quebra recorde de mortes; Bolsonaro, sem máscara, esbraveja contra lockdown

Matéria retirada do site da Rede Brasil Atual. 

Pelo segundo dia consecutivo o Brasil registra recorde de mortes pela covid-19. Foram 3.869 vítimas registrada em 24 horas, de acordo com o balanço desta quarta-feira (31) do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Com isso, o país supera a marca de 320 mil mortes.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, foram 321.515 vidas perdidas para o vírus. Assim, mesmo sem contar a ampla subnotificação, o Brasil deve retomar até amanhã o posto de segundo país com mais mortes, atrás apenas dos Estados Unidos.

Na última semana, México havia passado o Brasil, em uma recontagem de vítimas no país. O governo local resolveu admitir que as mortes em excesso registradas, mesmo sem realização de testes para a covid-19, seriam relacionadas à pandemia.

Caso o Brasil fizesse o mesmo movimento, seriam mais de 410 mil mortos, de acordo com cálculos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Conass, a partir de estimativas conservadoras.

Também nas últimas 24 horas, houve o registro de um número elevado de novos infectados. Esse aspecto revela que a pandemia segue descontrolada no Brasil, como afirmam institutos de referência para a covid-19. E está assim desde o fim do ano passado.

O avanço resulta no atual padrão elevado de mortes diárias, com consecutivo colapso do Sistema de Saúde do país. Nas palavras da Fiocruz, trata-se da “maior crise sanitária e hospitalar da história”.

Foram 90.638 novos casos nesta quarta (31). Com isso, o país chega a 12.748.787 pessoas contaminadas.

Em relação à média diária de casos e mortes, os dados do Conass revalidam a sentença de que este é o pior momento, com folga, do surto no Brasil. Em média, por dia nos últimos sete dias, morreram 2.977 pessoas e se infectaram 75.616.

Sem mudança

Cientistas cravam que grande parte das mortes por covid-19 no Brasil seriam evitáveis, bem como os prejuízos econômicos poderiam ser mitigados. Isso, caso o governo federal, comandado por Jair Bolsonaro (sem partido), tivesse adotado uma postura de enfrentamento ao vírus.

Entretanto, a realidade desde o início da pandemia foi distinta. Bolsonaro age de forma sistemática para impedir o combate ao coronavírus, bem como dificultou o acesso do país às vacinas, ridicularizou o uso de máscaras, minimizou a doença, e chegou até a dizer “e daí?” para as mortes em escalada.

Após pressão de amplos setores da sociedade, o governo mudou ligeiramente sua postura ao defender a aplicação de vacinas. Bolsonaro era contra a imunização, inclusive divulgando mentiras sobre perigos inexistentes relacionados aos fármacos.

Hoje, no entanto, o presidente voltou a seguir na contramão da ciência e até mesmo de seu novo ministro da Saúde (quarto desde o início da crise), Marcelo Queiroga.

Durante a primeira reunião de um comitê de crise formado por Congresso e governo, criado na semana passada, Queiroga, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (DEM-AL), foram unânimes em defender medidas para frear a covid-19, incluindo isolamento social.

Mas, minutos depois, Bolsonaro concedeu uma coletiva, sem máscara, para atacar governadores que adotam medidas protetivas aos cidadãos, que envolvam distanciamento. “Não é ficando em casa que nós vamos solucionar este problema”, disse, contrariando mais uma vez a ciência.

Palavra da OMS

Na prática, além de tentar impedir que governadores e prefeitos adotassem medidas para proteger a população, Bolsonaro adotou um discurso único durante toda a pandemia: o da defesa de medicamentos comprovadamente ineficazes contra o vírus, como a cloroquina, a ivermectina e outros compostos do chamado “kit covid”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), que já havia descartado a cloroquina após uma série de estudos realizados em todo o mundo, reiterou hoje que não indica a ivermectina. O medicamento é um dos mais comentados em redes bolsonaristas, e de acordo com hospitais como o da Unicamp, já provocou mortes pelo seu consumo em excesso que provoca problemas hepáticos.

“Nossa recomendação é não usar ivermectina para pacientes com covid-19, independentemente do nível de gravidade ou duração dos sintomas”, disse Janet Díaz, chefe da equipe de resposta clínica à covid-19 da OMS.