A aclamada romancista, contista, poeta e ativista dos movimentos de valorização da cultura negra e ex-aluna da Faculdade de Letras da UFRJ, Maria da Conceição Evaristo de Brito, foi a homenageada na Semana da Consciência Negra do Centro de Tecnologia (CT), manhã de quarta-feira, 13, no salão nobre da Decania.
Emocionada, Conceição Evaristo agradeceu a homenagem afirmando que é essencial cobrar o lugar de pertencimento dos negros e negras na universidade: “É importante questionar o nosso espaço na literatura e na academia”.
Apresentação de Roda de Jongo, grupos de Afromix, Charme e Samba, feirinha de artes africanas, entre outras atrações, constaram da programação. Os coordenadores do Sintufrj Noemi Andrade e Ruy Azevedo, e a presidenta da Adufrj, Eleonora Ziller, participaram da mesa da solenidade.
Dívida eterna
Segundo Conceição Evaristo, a dívida da sociedade brasileira com a população negra é impagável. “Uma política pública de educação pode reparar, mas a dívida é eterna, porque a defasagem é muito grande. Seria preciso mudar o resultado da história. Contudo, nem por isso a comunidade negra vai deixar de buscar e afirmar a necessidade de uma política reparativa, não só com os afrodescendentes, mas com os indígenas também, os verdadeiros donos da terra”, disse a ativista.
Para Noemi Andrade, a UFRJ é um espaço de transformação, e se antes os negros só entravam nesse espaço enquanto mão de obra, hoje em dia ocupam a academia, e isso deve ocorrer cada vez mais. “Lugar de negro não é nas prisões, nos manicômios, onde nos colocam. É na universidade pública, produzindo conhecimento.”
A Faculdade de Letras da UFRJ onde Conceição Evaristo cursou sua graduação é apontada como um dos espaços mais enegrecidos da universidade. Na concepção da escritora, “isso é um grande avanço, mas, quando falamos de enegrecer o espaço, não podemos esquecer o currículo. Quais são os autores e autoras que estão sendo estudados e sob qual perspectiva? Por exemplo, sempre estudaram Machado de Assis, mas nunca falaram que ele era negro. Então, não é só a presença física, mas o que é valorizado”.
Com a exibição do vídeo “Retratos do Trabalho na UFRJ” – uma produção do Sintufrj que reúne depoimentos de servidores sobre seu fazer na universidade – teve início nesta segunda-feira, 11, no auditório do Centro Cultural Horácio Macedo (CCMN), o VII Seminário de Integração dos Servidores Técnicos-Administrativos em Educação (VII Sintae).
Até quinta-feira, 14, último dia do seminário, estão previstas apresentação de 162 trabalhos orais e 54 pôsteres de trabalhadores da UFRJ e de outras 18 instituições federais de ensino superior. Esta é a edição do Sintae com maior número de produções inscritas, informou a coordenadora-geral do evento, Karla Simas,
“A universidade tem sido muito atacada e precisamos de seus trabalhadores para defendê-la e buscar mais aliados. Mas também é preciso que a universidade valorize seus trabalhadores. Muitas vezes os técnicos-administrativos não são respeitados pelo seu trabalho cotidiano e ainda não podem tornar pública sua produção acadêmica e intelectual”, afirmou a coordenadora-geral do Sintufrj, Neuza Luzia, que participou da mesa de abertura do VII Sintae.
Saudações
“A universidade é a casa que produz e transfere conhecimento e os técnicos-administrativos são elementos fundamentais dessa engrenagem, porque conhecem as rotinas e são a memória da instituição,” saudou a categoria o reitor em exercício Frederico Leão Rocha na instalação do VII Sintae. Mas lamentou que a estrutura da instituição ainda seja “feudal com barões e desigualdades”.
“O vídeo “Retratos do Trabalho na UFRJ” é importante porque mostra o amor que temos pela UFRJ e que todos, do pintor ao doutor, têm importância para a instituição”, destacou a pró-reitora de Pessoal, Luzia Araújo, acrescentando que a “comunidade conseguirá vencer as tormentas.”
Para a decana do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), Cácia Turci, “estudantes, técnicos-administrativos, professores e trabalhadores terceirizados são importantíssimos para que essa máquina (a UFRJ) produza os frutos que tem potencial para produzir”. Ela manifestou interesse em tornar permanente a exposição de fotos que acompanha o vídeo “Retratos do Trabalho na UFRJ” permanente no CCMN, “porque é um convite a todos para conhecerem um pouco melhor a nossa UFRJ.”
Vídeo emociona
O vídeo produzido pelo Sintufrj emocionou os presentes no auditório do Centro Cultural Horácio Macedo ao mostrar técnicos-administrativos de diferentes áreas nas suas rotinas de trabalho. “Esses trabalhadores põem em movimento essa complexa máquina de produção de saberes que é a universidade pública, com competência e muito carinho. Parabéns a nós e a vocês que ajudam a construir e fortalecer a nossa UFRJ”, disse Neuza Luzia.
O painel do trabalho na universidade se completa com a exposição de fotos está instalada no hall do salão nobre do CCMN. As imagens capturadas em todos os campi pelo fotógrafo Renan Silva e as fotos do acervo histórico do Sintufrj revelam o cotidiano da produção da categoria na UFRJ. “É o Sindicato mostrando um pouco do que somos”, legendou a coordenadora sindical.
Revista
A superintendente de Pessoal, Rita Anjos, comemorou o aumento da participação dos técnicos-administrativos na atual edição do Sintae. Segundo ela, é mais que o dobro do primeiro seminário, em 2013, quando foram inscritos apenas 106 trabalhos. Ela lembrou também que a categoria conta, desde 2017, com a Revista Práticas de Gestão Pública Universitária (PGPU) para publicação de seus trabalhos, e que a publicação está bem conceituada na Capes (agência de fomento do MEC).
Desde o dia 1º de outubro, o Instituto de Neurologia Deolindo Couto (INDC) tem um diretor pro tempore. O coordenador do Complexo Hospitalar da UFRJ, Leôncio Feitosa, foi designado para o cargo pela Reitoria com incumbência de promover mudanças na parte assistencial e acadêmica e sanear as contas e administrativamente a unidade – que já foi referência no país dentro da sua especialidade. A verba do INDC é de R$ 3 milhões, somando recursos do SUS e da própria universidade.
Uma das primeiras medidas do diretor vai ser abrir a enfermaria com 12 leitos de internação, com todos os equipamentos necessários prontos para funcionar, que encontrou fechada. “É tudo novo, ambiente climatizado, sala de médicos e sala de enfermagem, pronto para ser usado. Só faltava pessoal para cuidar dos internos”, disse Feitosa. Ele também está negociando com a Secretaria Estadual de Saúde a implantação do Projeto Atenção ao Portador de AVC Recuperável.
Eleição
Segundo Feitosa, a Reitoria não determinou tempo para sua permanência à frente do INDC, mas ele pretende convocar eleição para a direção geral da unidade tão logo conclua o trabalho para o qual foi convocado. Ele calcula que isso deverá ocorrer somente no próximo ano. “O importante é que a universidade está viva, tomando providências”, disse.
Na gestão do ex-reitor Roberto Leher, Leôncio Feitosa também assumiu pro tempore a direção do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), que passava por uma crise séria de desabastecimento, com cancelamento de cirurgias por falta de material e redução de leitos de internação. Os problemas foram resolvidos pelo interventor e a comunidade hospitalar pôde eleger um novo diretor. Nos últimos 15 anos, o INDC foi dirigido por José Luiz de Sá Cavalcanti, que se aposentou.
Metas
Com a ajuda de dois colegas do Hospital Universitário, Carlos Peixoto e Nelson Cardoso, Feitosa informou que já está praticamente concluído o estudo sobre a gestão de pessoal e do financeiro, e no momento está sendo colocado em dia a parte de contratos. “Quase todos os contratos terão que ser alterados, porque foram feitos com dispensa de licitação”, informou o diretor. No INDC, segundo ele, “não tinha nenhum especialista em nada”.
Todas as mudanças pelas quais está passando o INDC foram comunicadas aos servidores na assembleia convocada pelo diretor. “Eu expliquei a eles qual era a situação do instituto e também cobrei mais responsabilidades para o cumprimento das metas estabelecidas”, disse Feitosa. A próxima reunião será com a área médica. “Com os médicos, eu vou discutir um novo planejamento de trabalho, visando ampliar o horário de atendimento aos pacientes”, antecipou o diretor.
Paralelamente à abertura da enfermaria, disponibilizando inicialmente 10 dos 12 leitos para internação de pacientes, Feitosa e sua equipe promoverão mudanças no ambulatório: “O atendimento médico à população tem que ser a prioridade. Oferecemos fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia. Não existe, no Estado do Rio, esse tipo de atendimento para doenças neurológicas crônicas, como esclerose lateral amiotrófica, epilepsia, neuropsicologia, esclerose múltipla, demência, mal de Parkinson e distrofia muscular”.
Nos planos a médio prazo, está a abertura de mais 20 leitos na enfermaria e, se as negociações avançarem com o governo do Estado do Rio, em breve o INDC incluirá na sua grade o Projeto Atenção ao Portador de AVC Recuperável.
10 pacientes por turno
Os pacientes são encaminhados para o INDC pelo Sistema de Regulação do Sistema Único de Saúde (SUS). O ambulatório atende de segunda a sexta-feira e conta com sete neurologistas (no momento, dois estão de licença) e quatro anestesistas, que dão apoio em exames que exigem contraste. “Vamos ampliar o atendimento no ambulatório para 10 pacientes por turno (manhã e tarde)”, prometeu o diretor. A média mensal de pacientes atendidos no ambulatório tem sido de 1.000.
Outro projeto do diretor é reativar a neurocirurgia de baixa complexidade para desafogar o Hospital Universitário. “O INDC tem um centro cirúrgico com duas salas e três leitos de recuperação pós-anestésico para pôr para funcionar”, disse Feitosa. A unidade também conta com um tomógrafo – “que funciona muito bem” – e um laboratório, mas atualmente o material é colhido do paciente e enviado para o Hospital Universitário.
Parte acadêmica
Caberá também ao atual diretor recuperar o prestígio acadêmico da unidade, o que, segundo ele, é uma tarefa fácil, porque o INDC continua sendo uma referência em neurologia no país, só precisando de alguns ajustes. “Temos 20 pesquisas em andamento, e o Comitê de Ética em Pesquisa fica aqui. Recebemos estudantes de graduação em fonoaudiologia, fisioterapia e neurologia, e a residência médica em neurologia e neurociência tem hoje nove vagas”, resumiu Feitosa.
LEÔNCIO FEITOSO assumiu a direção provisória do Instituto Deolindo Couto com a missão de recuperá-lo.
Diante dos ataques do governo aos servidores públicos que culminarão com uma proposta de reforma Administrativa para acabar com a estabilidade, progressões, impor ainda mais arrocho salarial e reduzir carreiras, nenhum tema poderia chamar mais atenção para os trabalhadores da UFRJ, na Semana do Servidor Público, do que discutir seu futuro profissional.
A atividade desta quarta-feira, 30, organizada pela Decania do Centro de Tecnologia (CT) foi nesse sentido, com o debate “Carreira até quando?”, reunindo a coordenadora-geral do Sintufrj, Neuza Luzia, e a presidenta da Adufrj, Eleonora Ziller, no Salão Nobre da unidade. O superintendente do CT, Agnaldo Fernandes, atuou como mediador.
Ataques se repetem
Neuza Luzia fez o resgate das lutas e vitórias da categoria por mais de três décadas, culminando com a conquista do Plano de Carreira dos Carlos Técnicos-Administrativos em Educação (PCCTAE), em 2005. Segundo a dirigente, uma história que se confunde com a organização do movimento da categoria responsável por transformar as entidades de caráter associativas em sindicais.
“Na década de 1980, a categoria abraçou a defesa da universidade pública ao abrir mão de grandes vantagens oferecidas pelo governo em troca de uma reforma privatista, e isso se repetiu em outros momentos da história”, lembrou. Na avaliação de Neuza, o futuro sinaliza que vão se repetir os antigos ataques aos trabalhadores e às instituições, exigindo uma forte organização de resistência, unindo a luta corporativa com a luta ideológica.
Existência em jogo
Para a dirigente da Adufrj, o que está em jogo neste momento é tudo o que foi conquistado em 30 anos de lutas e as categorias não podem resistir a isso isoladamente. “É preciso erguer pontes e abrir portas com o máximo de unidade possível”, disse Eleonora, que também fez um alerta: “Enquanto o clã no governo faz seu espalhafato, o projeto neoliberal é tocado com tranquilidade pelo ministro da Economia Paulo Guedes”.
Construir a resistência
A memória das lutas, como própria constituição da mesa do debate, com a atual coordenadora-geral do Sintufrj Neuza Luzia e os ex-coordenadores da mesma entidade, Agnaldo e Eleonora, emocionaram os presentes.
O coordenador do Sintufrj Jessé Mendes, apontou a necessidade de se resgatar a participação de todos nesta nova fase de luta em defesa da universidade pública. O servidor Paulo Menezes defendeu a construção de uma unidade política que extrapole os muros da UFRJ, em defesa do serviço público.
“É luta de classes, meu rei!”
De acordo com a dirigente do Sintufrj, o projeto tocado por Paulo Guedes de privatizações e destituição de direitos, está em curso desde o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, e que os golpistas têm pressa porque sabem da capacidade de reorganização das esquerdas – principalmente atora influenciadas pela luta que se alastra na América Latina. “Não podemos perder de vista que esta é uma luta de classes e que é preciso unir as categorias. A carreira talvez seja um elemento que atue na perspectiva de construção comum, associada à luta pela universidade”, concluiu a dirigente.
Em reunião promovida pelo Sintufrj, nesta terça-feira, 29, no Instituto de Economia, para debater o Projeto VivaUFRJ, a direção do sindicato criticou a posição economicista do grupo de estudos – em detrimento de uma avaliação social -, ratificou a posição de defesa dos princípios da universidade pública e cobrou da Reitoria o compromisso de realização de audiências públicas para o debate com a comunidade.
“Não se trata apenas de terrenos ou locais com uma determinada localização geográfica. Há a possibilidade de um prejuízo social que não está sendo levado em conta. Por isso, reafirmamos a posição do sindicato e temos premissas nesta questão. Que a universidade permanecerá pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada; que a UFRJ detenha o controle e o gerenciamento desse projeto; e que não exista nada por escrito sobre demolição e remoção, com a garantia das devidas contrapartidas para a universidade”, enfatizou a coordenadora-geral, Neuza Luzia.
“No momento em que as propostas forem expostas – sem os atuais limites de confidencialidade contratual – que façamos mais reuniões e audiências públicas com a comunidade. Saberemos os detalhes e teremos condição de aprofundar debate, apontar o que decidirmos e encaminhar para o Conselho Universitário”, completou Neuza.
O vice-reitor, Carlos Frederico, pediu paciência à comunidade da UFRJ e defendeu a transparência no debate. “Peço paciência â comunidade. Estamos no processo de estudos e pode haver alterações nas propostas em curso. Portanto, precisamos dos estudos finais e assim que os tivermos iremos convocar as entidades e realizar o debate com a comunidade. Não está no horizonte desta Reitoria o uso dos frutos deste projeto. Então, interessa a nós que esse processo seja principalmente transparente”. sustentou.
Carlos Frederico colocou ainda a confiança na equipe da UFRJ. “Eu tenho confiança nos técnicos dessa universidade. Tenho confiança de que nós iremos saber fazer tecnicamente um processo de licitação, caso ele seja necessário”.
Prazos
O grupo de trabalho da UFRJ prevê que os estudos serão entregues em dezembro. Com isso, os estudos serão avaliados pela UFRJ e no início de 2020, as propostas possam ser colocadas para debate com a comunidade. Neuza propôs que isso seja feito a partir de março, quando se inicia o ano letivo da universidade e todos possam participar da discussão.
O VivaUFRJ – uma parceria da universidade com o BNDES com o objetivo de utilizar os ativos imobiliários da universidade para negociar contrapartidas em obras de infraestrutura com empresas privadas – tem inquietado a comunidade da Praia Vermelha (PV).
Parte da comunidade deste campi vê com desconfiança a utilização dos espaços dos Institutos de Psiquiatria, Neurologia, Casa da Ciência, e antigo Canecão.
A coordenadora do grupo da UFRJ, Nadine Borges, fez todo um histórico do processo, informando que mais de 50 reuniões já foram realizadas na UFRJ. Ela afirmou que o projeto foi realizado para alçar alternativas ao orçamento, com prioridade para assistência estudantil.
Nadine solicitou que a comunidade procure se inteirar do projeto e tudo o que pode ser que divulgado está no site https://www.viva.ufrj.br.
VICE-REITOR Carlos Frederico apresenta seus argumentos na Praia VermelhoNEUZA LUZIA, dirigente do Sintufrj, e Nadine Borges, da comissão da UFRJ que trata da parceria da universidade com o BNDES
“Construindo Relações Interpessoais Saudáveis no Ambiente de Trabalho” é o tema do debate que a Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) levará a todos os campi da UFRJ, para comemorar a Semana do Servidor Público. Nesta terça-feira, 29, foi realizada a abertura do evento, no salão nobre do Centro de Tecnologia, e lançada a cartilha “Como construir um ambiente saudável”.
A publicação mostra as diferentes situações de conflito e violência; o assédio moral e suas principais consequências para os trabalhadores e a instituição, e como a servidora ou o servidor deve buscar ajuda. A cartilha também agrega diversas iniciativas já em curso na UFRJ em relação ao assédio moral. A cartilha está à disposição dos interessados na página da PR-4.
Abertura
A pró-reitora de Pessoal, Luzia Araújo, abriu o evento ao lado a coordenadora de Gestão de Pessoal, Karla Sena, e da coordenadora de Políticas de Pessoal, Rejane Barros. Em seguida, foi montada uma Roda de Conversa mediada pela assistente social da PR-4, Natália Limongi, que contou com a participação da integrante da Comissão de Direitos Humanos e Combate ás Violências (CDHCV), Gabriela Bertti da Rocha Pinto, do Laboratório de Ética nas Relações de Trabalho e Ensino, e do Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Saúde Coletiva (Iesc), e a enfermeira Vânia Glória Oliveira, diretora da Seção de Atenção Psicossocial, da Coordenação de
Realidade cruel
Segundo Gabriela, a violência no trabalho é resultado do fracasso do diálogo. Vânia, informou que tem aumentado o número de casos de sofrimento psíquico que têm chegado à Seção de Atendimento Psicossocial, e nos três segmentos da comunidade universitária. Muitos dos presentes relataram suas histórias. O grupo Violões da UFRJ, da Escola de Música, encerrou a atividade.
Programação dos próximos dias
Campus UFRJ-Macaé – Quinta-feira, 31, das 11h às 13h, no auditório do Polo Universitário Professor Aloisio Teixeira.
Praia Vermelha – Terça-feira, 5/11, das 14h às 17h, no Auditório Manoel Maurício, no prédio da Decania do CFCH (Logo após a Caravana da Saúde/CPST, de 9h às 13h).
Campus UFRJ-Duque de Caxias – Quinta-feira, 7/11, das 11h às 13h, no auditório do bloco A.
Nada a comemorar, muito a defender e lutar. O dia 28 de outubro, dia do funcionalismo público, acontece este ano em meio a uma ofensiva brutal do governo para retirar direitos, ainda na ressaca da aprovação da reforma da previdência que exterminou o direito à aposentadoria.
Para um governo que serve aos interesses da banca de rentistas, classificar como privilégios os direitos que ainda conservamos é parte importante da ofensiva que busca “uberizar” todos os postos de trabalho.
Busca-se estigmatizar a regra a partir das exceções. Altos salários de juízes e membros do judiciário são noticiados como se fosse esta a realidade da massa trabalhadora do funcionalismo, a imensa maioria com salários congelados e carreiras paralisadas.
Esconde-se que somos nós, do funcionalismo público, que garantimos a execução de políticas públicas e a oferta de serviços de qualidade fundamentais para a maioria da população brasileira, muitas vezes em condições adversas.
É preciso rechaçar o discurso oficial de um governo comprometido até a medula com a privatização dos serviços, equipamentos e empresas públicas, transformando direitos sociais em mercadoria e aumentando a marginalização e a desassistência de amplas parcelas do nosso povo.
Cabe lembrar que o Chile, onde o sistema de saúde e o ensino superior são pagos e a aposentadoria por regime de capitalização gerou um quadro sinistro de idosos indigentes, é palco de um imenso levante da população por melhores condições de vida e contra o modelo defendido com unhas e dentes por Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro.
Temos obrigação de confrontar a retórica mentirosa que transforma o setor privado em sinônimo de eficiência, e reforçar a defesa do funcionalismo público que queremos: valorização do nosso trabalho e oferta de políticas públicas e serviços gratuitos e de qualidade para toda a população brasileira.
Na assembleia do Sintufrj, realizada na manhã de terça, 22 de outubro, a categoria rejeitou enfaticamente qualquer iniciativa de implantação do ponto eletrônico nos locais de trabalho da universidade.
A discussão contou com a presença de Rita Anjos, superintendente da Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4), e da assessora do gabinete Gil de Oliveira. A PR-4 foi convidada pelo Sindicato para dar explicações sobre a criação de uma comissão para encaminhar a implantação do ponto.
A PR-4 afirmou que a comissão foi criada para estudar o desenvolvimento do trabalho nas unidades, mas que entende que o ponto eletrônico não é o mecanismo mais adequado para o controle de frequência. No entendimento do Sintufrj, esta opinião da administração precisa tornar-se pública para a comunidade acadêmica.
A categoria participou ativamente do debate. Em uníssono, as falas afirmaram que a natureza do trabalho dos TAEs não é a de um operário de linha de montagem. As atividades de pesquisa e extensão possuem peculiaridades que exigem, muitas vezes, deslocamento, presença em campo e formas específicas de controle de frequência já realizadas pela UFRJ.
Após longo debate, as trabalhadoras e trabalhadores presentes decidiram por aclamação rechaçar o ponto eletrônico e iniciar uma campanha em defesa do fazer técnico-administrativo. A resolução, aprovada por unanimidade, contém quatro pontos sobre o tema:
– Contra a implantação do ponto eletrônico.
– Reafirma os mecanismos de controle interno de frequência construídos historicamente pela UFRJ.
– A Reitoria deve expressar publicamente sua posição sobre o assunto.
– Defende a realização de um seminário para discussão com a comunidade acadêmica com ampla campanha de defesa do fazer técnico-administrativo na UFRJ. A natureza complexa do nosso trabalho não pode ser medida através de ponto eletrônico.
No mês em que se comemora o Dia do Servidor Público, o Sintufrj convida as trabalhadoras e estudantes da UFRJ para um evento múltiplo que realizará na quinta-feira, 31, das 9h às 17h, no hall do bloco A do Centro A do Centro de Tecnologia (CT).
Com jogos de cada chave, na quarta-feira, 16, e na sexta-feira, 18, teve início a disputa da Copa Sintufrj. A competição reúne quatro equipes na categoria acima de 45 anos e quatro na categoria abaixo de 45 anos. Os times se enfrentarão até 4 de dezembro, quando será jogada a partida final.
Todos os jogos são disputados às 16h, no campo da Prefeitura Universitária, no Fundão.
Prefeitura vence Educação Física
O primeiro jogo da chave acima de 45 anos foi entre os times da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) e Prefeitura Universitária (PU). A equipe da PU, que joga junto a mais tempo, embora no primeiro tempo tenha sido dominada pelo adversário, ganhou a partida com um golaço de Washington Luiz Moura da Silva, da Diseg.
Jorge Pierre é o técnico da equipe da EEFD e Demarcos José da Silva, da equipe da Prefeitura Universitária
A eficiência da equipe de arbitragem da Liga de Nova Iguaçu foi elogiada. Atuaram Alexandre Samuel (árbitro principal) e os assistentes Carlos José das Neves e Marcelus Monteiro
A comissão organizadora do campeonato vai estar presente em todas as partidas: Carla Nascimento, Carlos Guimarães, Guilherme da Conceição Soares e Michele Gomes (Espaço Saúde Sintufrj) e da Coordenação de Esporte e Lazer do Sintufrj, Dulcineia Barcellos.
Torcida nota 10!
A participação da torcida foi um espetáculo à parte fora de campo. A zueira foi geral. Afinal, a Copa Sintufrj é o encontro de amigos e companheiros de trabalho. Só alegria!
ETU e CCS em jogo tumultuado
No primeiro jogo da chave abaixo de 45 anos, na sexta-feira, 18, entraram em campo os times do Escritório Técnico da Universidade (ETU) e do Centro de Ciências da Saúde (CCS), e o clima esquentou. O placar de 1 X 1, ainda no primeiro tempo, não agradou o CCS, que jogou pesado contra o adversário no segundo tempo.
Dois jogadores do CCS receberam cartão vermelho: Carlos Roberto, por uma entrada forte, e Yghor Alves, por indisciplina – agiu com desrespeito ao árbitro e já tinha dois cartões amarelos.
Marcaram os gols Rodrigo dos Santos (ETU) e Osimar Martins (CCS), de pênalti
A equipe de arbitragem teve uma substituição: No lugar de Marcelus Monteiro, atuou José Claúdio de Sousa.