Esclarecimentos sobre os adicionais de insalubridade, processos e ações coletivas, e convênios médicos fizeram parte das demandas da categoria técnico-administrativa do Instituto de Ginecologia da UFRJ atendidas pelo Sintufrj Itinerante, nesta quarta-feira, 21.  

Vários servidores que ainda não eram filiados também aproveitaram a oportunidade para fazer parte do quadro de sindicalizados da entidade e, assim, passar a desfrutar dos serviços prestados aos trabalhadores e seus dependentes. 

As coordenadoras-gerais Neuza Luzia e Gerly Miceli se reuniram com os profissionais da enfermagem do IG, conforme estava agendado. 

IPPMG

Nesta quinta-feira, 23, o Sintufrj Itinerante estará no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), das 10h às 16h. 

 

As adequações no calendário de fases graduais para o retorno de atividades presenciais solicitadas pelo Sintufrj já constam do documento elaborado pelo GT Pós-Pandemia. As datas indicativas para as fases foram retiradas e o reconhecimento de que continuamos em trabalho remoto (fase 3) foi afirmado.

Agora, o Plano de Atividades da UFRJ durante e após a Pandemia com as modificações será enviado às direções de unidades com pedido de divulgação para todo corpo social segundo outra solicitação da representante do Sintufrj no GT Pós-Pandemia Joana de Angelis.

ACESSE AQUI o plano de atividades da UFRJ durante e após a pandemia COM AS MODIFICAÇÕES SOLICITADAS PELO SINTUFRJ

De acordo com Joana de Angelis, desde o início das discussões no GT sobre critérios para o retorno de atividades presenciais na universidade, que a preocupação do Sintufrj com as condições sanitárias desejáveis para que isso viesse ocorrer foi enfaticamente manifestada.

Agora, o documento, além de retirar datas de previsão para cada fase e reconhecer que estamos na Fase 3, abre com alguns alertas, entre as quais o alerta de “o trânsito entre as fases depende de variáveis epidemiológicas e institucionais” e que “Não há qualquer definição cronológica para as fases”.

 

 

O HU precisa de sangue. Volta e meia esse apelo é publicado no site do Hospital Clementino Fraga Filho (HUCFF). Mas esta semana uma ação voluntária foi deflagrada pela comunidade universitária da UFRJ em socorro ao Banco de Sangue da unidade hospitalar, cujo estoque, por conta da diminuição de doadores em consequência da pandemia viral, está abaixo das expectativas mais otimistas.  

Para um hospital especializado em procedimentos de alta complexidade, incluindo transplantes, como é o caso do HU da UFRJ, a quantidade ideal diária de candidatos a doadores é de 80 pessoas. Mas, embora a demanda tenha sido alterada um pouco em função da pandemia, a média chegou a 10 doadores/dia. Subiu para 15 e 20 alguns meses e voltou a cair nas últimas semanas.

Esse quadro dramático foi exposto pelo hematologista Tiago Barros, responsável técnico substituto pelo Serviço de Hemoterapia. Segundo ele, é preciso aumentar os estoques para atender pacientes internados ou que vão se submeter a processos que podem precisar de sangue, como cirurgia de transplante de medula.

Solidariedade  

“A comunidade da UFRJ sempre foi crucial para a manutenção de nossos estoques. Com a pandemia, alunos e muitos dos docentes estão em casa, o que colaborou para a queda nas doações”, constata Tiago Barros. Como neste momento fica difícil para o hematologista contou que os Serviços de Hemoterapia e Hematologia do HU procuraram a ajuda de familiares dos pacientes para uma grande mobilização em busca de doadores de sangue. 

A iniciativa ganhou fôlego quando Thiago Augusto Passos Bezerra, aluno de doutorado da universidade e paciente do HU abraçou a causa. Ele gravou um vídeo propondo a formação de uma rede solidariedade que viralizou nas mídias sociais no dia 20 de outubro e agitou a comunidade universitária. 

Nas duas semanas anteriores, a média de sangue nos estoques havia voltado a cair. “A gente ficou apreensivo, mas mesmo com o feriado a mobilização com o vídeo nos ajudou. Hoje (quarta-feira) o número de doadores foi expressivo: 30 pessoas, sendo que 18 compareceram em nome do autor do vídeo”, contabiliza o responsável técnico pelo Serviço de Hemoterapia. 

Mesmo durante a pandemia, apesar de toda dificuldade, o hospital realizou uma média de quatro transplantes de medula por mês. Um feito louvável, segundo o médico, considerado as dificuldades impostas pela pandemia. E ele espera que os doadores continuem comparecendo, porque 10 pessoas por dia apenas pode comprometer alguns procedimentos. 

Doação com segurança  

Tiago Barros garante que a equipe do Serviço de Hemoterapia garante toda segurança necessária aos doadores de sangue. Como  distanciamento, uso de álcool em gel, mínimo de tempo de espera para os procedimentos, inclusive há a possibilidade de agendar  horário de doação.

O Serviço de Hemoterapia funciona no 3º andar do HU. Para doar, é preciso documento com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou de habilitação) e estar bem de saúde.

Pessoas a partir de 16 (com autorização dos pais) até 69 anos e pesando mais de 50 Kg podem ser doadoras. Não é necessário estar em jejum, mas deve-se evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação. A coleta é feita das 7h30 às 13h30.

Em função da pandemia do novo coronavírus as pessoas que fazem parte dos grupos de riscos precisam ter atenção às recomendações de isolamento.  Outras informações e agendamento pode ser feitos pelo email hemoter@hucff.ufrj.br. (Todos os candidatos têm que passar pela triagem clínica).

 

 

Avaliação mede a qualidade dos cursos de educação superior no país

Matéria retirada do site da revista Carta Capital

Estudantes de universidades públicas federais e de cursos presenciais têm os melhores desempenhos em avaliações que medem a qualidade dos cursos de educação superior no país, de acordo com os resultados divulgados hoje 20 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Entre os cursos que entraram na avaliação, estão medicina, enfermagem e engenharias.

Os resultados são do chamado Conceito Enade, calculado com base no desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2019. A cada ano, um conjunto diferente de cursos é avaliado. No ano passado, foram os cursos das áreas de ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins; engenharias e arquitetura e urbanismo; e os cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança.

Levando em consideração o desempenho dos estudantes nas provas, os cursos são classificados seguindo uma escala de 1 a 5. O conceito 3 é uma espécie de média. Aqueles que tiveram um desempenho menor que a maioria recebem conceitos 1 ou 2. Já os que obtiveram desempenho superior, recebem os conceitos 4 ou 5.

Conceitos

Entre as federais, 46% dos cursos ofertados conseguiram conceito 4 e 24,1%, conceito 5, que é o mais alto. Já entre as instituições privadas com fins lucrativos, aquelas que concentram o maior número de estudantes matriculados que fizeram a avaliação, 11% dos cursos obtiveram conceito 4 e 1,4%, conceito 5. A maior porcentagem dos cursos em instituições privadas com fins lucrativos obteve conceito 2, ou seja, “abaixo da média”, 40,9%.
Em números, de acordo com o Inep, considerando todas as instituições de ensino avaliadas, públicas e privadas, foram quase 144 mil estudantes se formando em cursos com desempenhos 1 ou 2 no país em 2019.

Os cursos presenciais também obtiveram melhores desempenhos que os cursos a distância. Entre os presenciais, no total, considerando todas as instituições de ensino, 20,7% obtiveram conceito 4 e 6,3%, conceito 5. No ensino a distância, 10,7% alcançaram conceito 4 e 6%, conceito 5. Cerca da metade desses cursos ficou “abaixo da média”, 46% com conceito 2 e 5,3%, com conceito 1.

Os cursos a distância são, no entanto, minoria entre os avaliados em 2019. De acordo com o Inep, a educação a distância representa apenas 2% dos cursos participantes.

Evolução

O Inep divulgou também os resultados do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD). Esse indicador considera, além do Enade, o desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A meta é avaliar o quanto os estudantes progrediram no curso de ensino superior, verificando como entraram e como deixaram a faculdade.

Por esse indicador, as universidades federais seguem com as maiores porcentagens entre os cursos com os maiores conceitos, concentrando, no conceito 4, 21% dos cursos que oferecem e no 5, 6,2%. Mas, a diferença cai em relação às privadas com fins lucrativos – 14,1% ficaram com conceito 4 e 4,5%, conceito 5.

Na educação presencial, 16,7% alcançaram conceito 4 e 4,8%, conceito 5. Já na modalidade a distância, 14,3%, conseguiram conceito 4 e 3,1%, conceito 5.

O Enade é um exame feito por estudantes – ao final dos cursos de graduação – para avaliar conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas ao longo do curso.

A prova é composta de 40 questões, divididas em formação geral, que avalia aspectos da formação profissional relativas a atuação ética, competente e comprometida com a sociedade em que vive, e componente específico, voltada para as competências, habilidades e objeto de conhecimento de cada uma das áreas de conhecimento avaliadas.

 

 

Os preços dos produtos nos supermercados de São Paulo registraram alta de 2,24% no mês passado – um salto de 1,14% em relação a agosto. É o maior índice para setembro desde a criação do Real, em 1994

Matéria retirada do site da CUT

Os preços dos produtos vendidos nos supermercados de São Paulo registraram a maior alta para o mês de setembro, desde a criação do Plano Real, em 1994, levando paulistanos de classe média e pobres a mudar hábitos, trocar marcas caras pelas mais baratas e até deixar de comprar alguns itens por falta de dinheiro.

O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas)  e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe ), registrou alta de 2,24% em setembro – um aumento de 1,34% em relação a agosto que havia registrado  alta de 0,90% nos preços.

Este é mais um dado que comprova a disparada nos preços de alimentos e de outros produtos essenciais utilizados no dia a dia das famílias brasileiras. A última pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) registrou alta de 4,33% nos preços dos alimentos que compõem a cesta básica, em São Paulo.

A alta generalizada nos supermercados está obrigando o consumidor a mudar os hábitos alimentares e de consumo, caso contrário não conseguem fechar o orçamento doméstico no final do mês.

Este é o caso da bancária aposentada Maria Eugênia Francisco,  praticamente uma expert no acompanhamento de preços dos supermercados. Apesar dos seus rendimentos, somados aos dos outros dois membros adultos da sua família, atingirem o que os economistas chamam de classe média, ela percorre semanalmente de cinco a seis supermercados instalados perto da sua casa na zona oeste de São Paulo, para buscar os melhores preços. Se fossem distantes, segundo ela, não valeria o preço da gasolina. Ainda assim, a percepção não é nada boa.

“Cada supermercado tem algum produto mais em conta. Em um compro óleo, azeite e leite, em outro sei que os produtos de limpeza são mais baratos; no terceiro compro carnes e aves, no quarto compro café, arroz e feijão e ainda passo em outros dois vendo se há alguma oferta, que aliás estão cada vez mais escassas”, diz Maria Eugênia.

Mesmo com tanta pesquisa, a aposentada conta que em janeiro deste ano a compra básica de supermercado da família ficava em torno de R$ 1.800,00. Hoje está em R$ 2.300,00, apesar das mudanças nos hábitos alimentares – deixa de comprar itens da alimentação que subiram demais -, e de consumo, ou seja, troca de produtos de marca conhecida e mais caros por outros mais baratos de marcas que ela nem conhece.

“Nós diminuímos muito o consumo da carne vermelha substituindo por frango, porco e aumentando a quantidade de legumes e grãos  como grão de bico e couve nos pratos. O peixe você não encontra por menos de R$ 30,00 o quilo e como não rende para uma família grande, fica proibitivo”, afirma.

Maria Eugênia chega a listar os preços de produtos que mais aumentaram nos supermercados da região em que mora. De acordo com ela, não foram apenas o arroz e o óleo que subiram de preço assustadoramente.

O molho de tomate custava em junho R$ 1,29, hoje está em R$ 1,89. O quilo do açúcar orgânico de R$ 4,29 subiu para R$ 5,49. O espaguete de R$ 2,35 foi para R$ 3,39. No pacote de pão de forma de sua preferência ela pagava R$ 5,99  e hoje quase R$ 9,00; o sabão de coco em pedra, de  R$ 2,39 a unidade subiu para R$ 3,69. Na feira, a dúzia das laranjas lima e pera de R$ 5,00 passou a custar R$ 8,00.

“Até mesmo o preço da ração da nossa cachorra aumentou absurdamente. O pacote de 15 quilos da orgânica custava R$ 189,00, agora está em R$ 226,00. A desculpa é que a ração é feita de arroz. Mas, se nós mudamos nossos hábitos alimentares, a cachorra também pode e agora ela come ração transgênica”, conta rindo, apesar da preocupação com os preços e com a saúde do seu animal de estimação.

Este “luxo” de comer produtos orgânicos não tem e nunca teve a faxineira Clécia de Oliveira Santos, de 46 anos. Para não sair do  seu orçamento de R$ 2.000,00 mensais pagando todas as contas, sem estourar, ela simplesmente deixa de comprar.

Em seu dia a dia, Clécia não tem tempo de percorrer diversos supermercados em busca de preços melhores. Do lado oposto da cidade, em São Miguel Paulista, na zona leste, a faxineira conta que vai a apenas dois supermercados com a lista de compras que faz quinzenalmente.

“Eu levo a lista, mas o custo tem de caber nos R$ 600,00 que tenho para gastar. Quando eu vejo que não vai dar  porque os preços estão altos, simplesmente não compro e vou a outro supermercado, mas nem sempre dá para fazer isso. Na feira é a mesma coisa. Levo R$ 30,00 para comprar legumes e frutas. Gasto o que tenho, mas não compro a mesma quantidade de antes. No mínimo são 10% a menos do que comprava”, diz Clécia.

Divorciada e tendo de custear as despesas da filha caçula de 15 anos, pois o ex-marido não paga pensão, a faxineira tem substituído a carne vermelha por frango e cortado pequenos prazeres como guloseimas: biscoitos, sucrilhos e iogurtes.

“Eu não aguento mais ver frango na minha frente, mas é o que dá pra pagar. E se eu quiser um requeijão ou tomar um iogurte, vou ao centro da cidade onde tem uma loja que vende produtos prestes a vencer a validade. Um litro do que eu gosto custa em torno de R$ 10,00. Lá, eu pago a metade, R$ 5,00 porque vai vencer em 15 dias. Nesse tempo eu consigo consumir e não desperdiçar”, conta a faxineira.

A preocupação de Clécia com os preços dos supermercados pode se tornar uma dor de cabeça ainda maior. O governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) cortou a quantidade de pessoas que receberia do auxílio emergencial e ela não vai receber os R$ 300,00, que diz ter direito.

“Eu recebi os R$ 600,00 e agora o governo corta, sem dizer o motivo. Eu não tenho carteira assinada, não tenho comprovação de renda, não recebo pensão, não entendo os critérios do corte no auxílio emergencial”, diz Clécia que viu seus rendimentos caírem com a perda de clientes de faxina, e que sem o auxílio emergencial vão ficar ainda menores.

Variação de preços nos supermercados paulistas

O Índice de Preços dos Supermercados (IPS) acumula alta de 8,30% entre janeiro e setembro e de 12,01% em 12 meses, bem acima da inflação oficial do país, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de Preços ao Consumidor Aplicado (IPCA) registrou alta de 1,34 no ano e 3,14% nos últimos 12 meses.

Nos supermercados o maiores responsáveis pela alta de preços são o óleo de soja que acumula alta de 61,75% e de 72,31% em 12 meses e o arroz, que subiu respectivamente 47,04% e 51,26%, nos mesmos períodos.

Em setembro, também ficaram mais caros o leite (7,26%) e derivados como a muçarela (7,73%), queijo prato (5,8%) e leite condensado (3,19%). Além das carnes bovina (4,77%), suína (6,96%) e de frango (1,67%), com avanço em cortes populares como contrafilé (7,81%), acém (6,68%) e coxão duro (9,7%).

Os produtos que baixaram de preço foram o chuchu (-20,25%), mamão (-18,3%) e batata (-11,89%). O feijão também registrou queda de 1,78%.