O médico, que é responsável pelos dados sobre a Covid-19 divulgados pela universidade, disse que a situação é crítica em vários estados brasileiros e criticou a falta de política do Ministério da Saúde

Matéria retirada do site da CUT. 

Os números de pessoas mortas por complicações provocadas pela Covid-19 ou contaminadas pelo novo coronavírus não param de aumentar no Brasil e especialistas do mundo inteiro consideram  o país como uma ameaça global.

Nesta segunda-feira (22), dia em que o país registrou mais um recorde e totalizou mais de 295 mil vidas perdidas, o epidemiologista da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, Eric Feigl-Ding, fez duras ao presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), que sabota medidas de isolamento social, espalha fake news sobre o uso de máscaras e, até agora, não criou um comando nacional de combate à pandemia. Ele também criticou a falta de política do Ministério da Saúde.

É preciso “salvar o Brasil”, afirmou o epidemiologista, PhD em saúde pública. De acordo com o médico, que é responsável pelos dados sobre a Covid-19 divulgados pela universidade, a situação é crítica em vários estados brasileiros, com destaque para São Paulo.

“É por isso que devemos resgatar o Brasil com urgência, agora. Bolsonaro que se dane”

– Eric Feigl-Ding

Se o país não tomar medidas duras para conter o avanço da doença, se transformará em uma ameaça para o mundo e para os países vizinhos. “Se o Brasil cair para #P1 (referência a variante do coronavírus de Manaus) ainda pior… o mesmo acontecerá com uma parte da América Latina e do mundo”, alertou o médico.

“O departamento de saúde do estado de São Paulo previu que os estoques de medicamentos usados para intubação em hospitais públicos durariam apenas mais uma semana – está exigindo “medidas expressas e urgentes” do Ministério da Saúde do Brasil – que não respondeu aos repetidos pedidos de comentários”, criticou.

Em outro tuíte, o epidemiologista criticou a falta de medicamentos usados para pacientes entubados. “Em todo o país, remédios para intubação acabam em 1-2 semanas – hospitais privados acabando esta semana”.

Mortes em 24 horas

Em 24 horas, o Brasil registrou 1.383 mortes por Covid-19 e total chega a 295.425 óbitos desde o início da pandemia. Nesta segunda-feira (22), o número de novos casos chegou a 49.293. Assim, segundo o Ministério da Saúde, o país contabiliza 12.047.526.

O Nordeste é a região com maior quantidade de casos novos em 24h, com 19.366 registros. No cálculo acumulado, a região chega 2.787.840 ocorrências. Em seguida vem a região Sudeste, com 11.233 casos nas últimas 24h, acumulando 4.332.284.

O Sul lidera em número de mortes, com 476 óbitos em 24h, acumulando 41.777 mortes. O Nordeste vem na sequência, com 301 mortos, em um total de 64.425 casos fatais.

Os 16 estados e o DF estão em colapso na saúde com mais de 90% da ocupação de leitos na UTI. Mato Grosso do Sul e Rondônia não existem mais vagas nas unidades de terapia intensiva. Somente o Amazonas e Roraima não estão nesse estado, 77,6% e 71% de ocupação respectivamente.

São Paulo passa de 1 mil mortes em 24h

Pela primeira vez desde o início da pandemiao estado de São Paulo registrou mais de mil mortes por Covid-19. Foram 1021 óbitos nas últimas 24 horas.

Os dados são assustadores e preocupa as autoridades de saúde do estado, que previa o estado poderia chegar a 800 mortes.

Lotação nas UTIs em São Paulo

Em todo o estado de São Paulo, há 28.738 pacientes internados se tratando da doença. Destes, 16.570 estão em enfermarias e 12.168 estão em UTIs.

O número de pacientes com Covid-19 em UTIs públicas no estado de São Paulo é 85%, maior que no período mais crítico de 2020.

Todas as regiões do estado têm lotação de leitos de terapia intensiva. É o maior já registrado em toda a pandemia.

A situação é mais crítica na região de Bauru, onde a ocupação das UTIs ultrapassa os 90% desde o dia 5 de fevereiro. Desde então, 50 leitos foram ativados, mas a demanda só aumenta. No domingo (22), a ocupação era de 96% nas UTIs.

 

 

O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) adota medidas para adequar-se à realidade da pandemia que cresce avassaladoramente no país. 

Com base nas medidas restritivas de preservação da vida anunciadas pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, e publicadas em decreto no Diário Oficial do Município, a direção-geral definiu prioridades e alterações nas rotinas, a fim de reduzir o fluxo de pessoas na unidade, que são as seguintes:

Está mantido o atendimento ambulatorial, mas a prioridade são as consultas de urgência e aquelas voltadas para pacientes que têm necessidade de acompanhamento regular. O hospital priorizará as cirurgias de urgência, oncológicas e cardiovasculares, e reduzirá as marcações para cirurgias eletivas. 

A princípio, o HUCFF manterá em vigor as novas medidas pelos 10 dias  de restrições decretados pelo município: de sexta-feira, 26 de março a 4 de abril, mas, se as autoridades avaliarem a necessidade de estendê-las, o hospital irá prosseguir com elas.

Lotação esgotada 

O HUCFF está com seus 32 leitos de CTI Covid ocupados. Segundo a assessoria de imprensa, os leitos têm permanecido cheios, com alguma rotatividade devido a altas e óbitos, mas que logo são ocupados com novas internações. 

Também os leitos de enfermaria, que são 32 no Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) e 22 na enfermaria Covid estavam ocupados na terça-feira, 23 de março.

Informações sobre os pacientes

As visitas aos pacientes confirmados com a Covid-19 estão proibidas desde o início da pandemia, conforme orientação das autoridades sanitárias.

O quadro clínico dos pacientes internados nas enfermarias é informado aos familiares às terças e quintas-feiras. Já os familiares dos pacientes internados no CTI recebem informações às terças, quintas e domingos.

O horário de visita fica restrito a 1 (um) visitante entre 15h e 16h às quartas-feiras e aos domingos.

 

 

Placar na Segunda Turma ficou em 3 a 2 pela suspeição de Moro e, com isso, processo do triplex do Guarujá que levou Lula à prisão é anulado

Matéria retirada do site da Revista Fórum. 

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia mudou de posição e votou, em julgamento da Segunda Turma da Corte nesta terça-feira (23), a favor do habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Lula que pede o reconhecimento da suspeição do ex-juiz no processo do triplex do Guarujá que levou o petista à prisão.

Com o voto de Cármen Lúcia, o placar ficou em 3×2 pelo reconhecimento da parcialidade de Moro, o que leva à anulação de todo o processo, desde a fase de coleta de provas e depoimentos. Com isso, a elegibilidade de Lula, que já havia sido retomada com a anulação do processo por incompetência de vara determinada pelo ministro Edson Fachin, é confirmada. Votaram contra o HC os ministro Edson Fachin e Nunes Marques e, a favor, além de Cármen Lúcia, os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.

Ao proferir seu voto, Cármen Lúcia disse que mudou de posição pois “outros dados que foram anexados aos autos levaram a uma combinação para mim diferente”, reforçando que “houve parcialidade” por parte de Moro na condução do processo e que todo mundo tem direito a “um julgamento justo”. “Impõe, portanto, o reconhecimento do que aqui é divulgado como suspeição”, declarou.

A ministra seguiu, basicamente, o que disse anteriormente o ministro Gilmar Mendes, que afirmou que sequer considerou, em seu voto, as mensagens entre Moro e procuradores da Lava Jato obtidas pela operação Spoofing. Ela citou fatos que já estavam nos autos antes da divulgação das mensagens, como a condução coercitiva de Lula determinada por Moro.

Cármen Lúcia frisou, ainda, que ao defender a concessão do HC a Lula, ela está tratando de um caso em específico que não deve atingir outros procedimentos da Lava Jato. “Tenho para mim que estamos julgando um habeas corpus de um paciente que comprovou haver estar numa situação específica. Não acho que o procedimento se estenda a quem quer que seja, que a imparcialidade se estenda a quem quer que seja ou atinja outros procedimentos. Porque aqui estou tomando em consideração algo que foi comprovado pelo impetrante relativo a este paciente, nesta condição. Essa peculiar e exclusiva situação do paciente neste habeas corpus faz com que eu me atenha a este julgamento, a esta singular condição demonstrada relativamente ao comportamento do juiz processante em relação a este paciente”, disse.

O julgamento da suspeição de Moro teve início em novembro de 2018.

Gilmar Mendes

Na sessão do mesmo julgamento da suspeição de Moro no dia 9 de março, Gilmar Mendes, ao votar pela parcialidade do ex-juiz, afirmou: “O magistrado [Sergio Moro] gerenciava os efeitos da exposição midiática dos acusados. A opção por provocar e não esperar ser provado garantia que o juiz estivesse na dianteira de uma narrativa que culminaria na consagração de um verdadeiro projeto de poder que passava pela deslegitimação política do Partido dos Trabalhadores, em especial o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, a fim de afastá-lo do jogo eleitoral”.

O ministro também reconheceu que o julgamento se trata do “maior escândalo judicial da nossa historia” e leu trechos das mensagens obtidas através da Operação Spoofing, que recuperou os dados acessados pelos hackers que invadiram os celulares funcionais de Moro e procuradores da Lava Jato.

Já nesta terça-feira (23), ao rebater o ministro Nunes Marques, que votou contra a suspeição de Moro, Mendes chegou a chamar o colega de “covarde”.

“Por trás da técnica de não reconhecimento de habeas corpus se esconde um covarde. Um bom ladrão salvou-se, mas não há salvação de um juiz covarde”, disparou

O ministro ainda apontou que as conversas entre Moro e procuradores da Lava Jato obtidas pela Operação Spoofing mostram que “houve um consórcio, um conluio com a mídia”. “Tanto é que hoje escondem tanto quanto possível essas divulgações, porque o constrangimento é explicável”, disse.

Mendes repetiu o que disse em seu voto em 9 de março, quando afirmou que se os diálogos não são verdadeiros, Delgatti era um ficcionista do nível de Gabriel Garcia Marques. “Não se trata de áudios nem de hackers é o que está no autos.”

“O tribunal de Curitiba é conhecido hoje como tribunal de exceção e nos envergonha. A desmoralização da justiça já ocorreu, alguém aqui compraria um carro de Moro, de Dallagnol? São pessoas de confiança? Alguém os contrataria como advogados nestas circunstâncias, tendo agido dessa forma?”, questionou.

Lewandowski

Terceiro ministro, além de Gilmar e Cármen Lúcia, que votou pela suspeição de Moro, Ricardo Lewandowski também deu grande ênfase às mensagens ao proferir seu voto na sessão do último dia 9. Relator do recurso apresentado pela defesa de Lula que pedia o acesso aos arquivos da Spoofing, o magistrado destacou a autenticidade do material, apontando o reconhecimento por perícias realizadas. Isso desmonta a tese de Moro e procuradores sobre possíveis alterações promovidas pelos hackers.

“O cuidadoso trabalho pericial infirma a versão veiculada pelo ex-juiz Sergio Moro e pelos procuradores com os quais manteve interlocuação de que a autenticidade das mensagens não poderia ser atestada”, disse.

Para o ministro, o material garante “plena credibilidade à existência das conversas para combinar estratégias processuais” e que a mensagens servem como “reforço argumentativo do que já se mostrava óbvio: o paciente foi submetido a um verdadeiro simulacro de ação penal cuja nulidade salta os olhos”.

Lewandowski e Mendes deram destaque também à condução coercitiva do ex-presidente Lula. “Nem animais para matadouro são levados como foi levado um ex-presidente da República”, disse o ministro.

O que acontece agora

No início de março, o ministro Edson Fachin havia determinado a anulação dos processos conduzidos por Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula, alegando incompetência da Vara Federal de Curitiba para julgar os casos da Lava Jato envolvendo o petista.

Com isso, Lula já tinha reconquistado seus direitos políticos. A decisão de Fachin determinou, ainda, que os processos do petista deveriam voltar à estaca zero na Justiça Federal de Brasília, que é a vara competente para julgar os casos.

Com o reconhecimento de suspeição de Moro por parte do STF, no entanto, a Justiça de Brasília, caso retome a análise dos processos, não poderá utilizar as provas, depoimentos e recebimentos de denúncias colhidos por Moro, já que esses atos foram invalidados com a concessão do habeas corpus a Lula.

A procuradoria-geral da República (PGR) recorreu da decisão de Fachin que anulou os processos de Lula e o recurso deve ser julgado pela Segunda Turma da Corte.

Por hora, Lula segue com seus processos anulados e seus direitos políticos restabelecidos.

 

 

Depois de uma semana sem ministro de fato, Bolsonaro dá posse a Queiroga na Saúde

Mais uma vez, o Brasil quebra seu próprio recorde de mortos por covid em 24 horas ao registrar, nesta terça (23) mais 3.251 vítimas do novo coronavírus – nove pessoas a cada 10 minutos. Já São 298.676 mortes provocadas pelo vírus desde o início do surto, em março de 2020.

O país deverá passar a marca de 300 mil registros oficiais de mortos na quarta-feira. Na média móvel, calculada em sete dias, morrem 2.436 brasileiros a cada dia. Os números são do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

Desde o fim do ano a covid-19 se dissemina de forma descontrolada pelo país. Nesta terça, mais de um quarto das mortes diárias em todo o mundo ocorrem no Brasil.

O país é o epicentro da pandemia no mundo desde o dia 9 de março. O segundo lugar é ocupado pelos Estados Unidos, com três vezes menos mortes contabilizadas nos últimos dois meses, com média inferior a mil por dia. Mas com o o dobro da população.

Apenas os norte-americanos superam o Brasil em números absolutos da covid-19. Entretanto, eles praticam uma política de testes abrangente. A subnotificação é admitida até pelas autoridades sanitárias do Brasil e, portanto, a nossa realidade é seguramente mais grave, de acordo com epidemiologistas.

É o pior momento do surto no país. Durante o pico a chamada “primeira onda”, registrado entre junho e agosto de 2020, a média era de 1.102 mortes diárias. Um crescimento superior a 100% em relação àquele período.

Novo ministro

A condução da covid-19 pelo governo Bolsonaro tem como exemplo da má condução a transitoriedade na chefia do Ministério da Saúde. Também hoje, depois de uma semana sem um chefe de fato, Bolsonaro deu posse do cargo ao cardiologista Marcelo Queiroga.

Em cerimônia rápida e discreta, o médico foi confirmado como o quarto ocupante da pasta durante o período da pandemia. O futuro da condução do ministério da Saúde por Queiroga segue envolta em incertezas.

Falando ainda como indicado, ele já deu sinais de seguir a cartilha negacionista do chefe do Executivo. Por sua vez, o demitido general Eduardo Pazuello é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua má gestão. Ele esteve à frente da pasta desde o dia 15 de maio.

Na ocasião, o país registrava pouco mais de 15 mil mortos. Pazuello deixa o cargo durante o pior momento da pandemia, na véspera da confirmação de 300 mil vítimas.

Colapso

Um dia após o país superar 12 milhões de casos confirmados de covid-19, ontem, foram notificados 82.493 novos infectados. O elevado número de contaminações comprovadas confirma a disseminação descontrolada do vírus. Desde março de 2020 são 12.130.019 pessoas impactadas por sintomas do vírus.

Enquanto a covid segue em uma velocidade devastadora, todas as regiões do Brasil passam por colapso em seus sistemas de saúde. Aumentam os relatos de filas para leitos de UTI, sem que a demanda possa ser atendida.

Em seis estado, faltam insumos básicos, como oxigênio: Acre, Rondônia, Amapá, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Ceará. Em outras unidades da federação, como São Paulo, o suprimento deve se esgotar em uma semana. Também já faltam medicamentos anestésicos para intubação.

Vacinação

A pressão cresce sobre o o governo federal, capitaneado pelo negacionista Jair Bolsonaro. O presidente é alvo de denúncias em órgãos internacionais, como ONU e OMS, por sua postura de minimizar a covid-19, taxá-la de “gripezinha”, relativizar as mortes, ridicularizar uso de máscaras, atrasar a vacinação e até mesmo divulgar mentiras sobre a segurança das vacinas.

A vacinação, única saída para a superação da covid no Brasil e no mundo, segue em ritmo lento, em razão da falta de ação do governo Bolsonaro. Até o momento, 12.279.559 de pessoas receberam a primeira dose de uma vacina, ou 5,8% da população.

Já receberam a segunda dose e estão totalmente imunizados 1,99%, ou 4.213.859, de acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa para acompanhamento da covid-19.

A RBA utiliza informações fornecidas pelas secretarias estaduais, através do Conass. Eventualmente, eles podem divergir dos informados pelo consórcio da imprensa comercial em função do horário em que os dados são repassados pelos estados aos veículos. As divergências para mais ou para menos são sempre ajustadas após a atualização dos dados.

Milhares de brasileiros foram às janelas, em todas as regiões do país, fazer barulho batendo em panelas e gritar FORAGENOCIDA contra Bolsonaro. Com o cinismo e a frieza que são algumas de suas marcas, Bolsonaro não teve constrangimento em rede nacional afirmar que sempre combateu a pandemia. Isso no dia em que o país registrou o maior número de mortos por Covid-19 em 24 horas – com hospitais em colapso, país sem vacina, gente pobre sem qualquer renda.

Alguns registros dos panelaços: 

Ato simbólico no Centro do Rio

Neste dia de mobilização contra o governo genocida, a maioria das ações serão virtuais. Mas, no Rio, partidos do campo popular e movimentos sociais programaram manifestações presenciais em áreas do Centro, incluindo Cinelândia e Candelária, com número limitado de pessoas. Com faixas, cartazes, tambores e cruzes, por volta das 11h 30, militantes vestidos de roupa preta irão marcar o protesto da população brasileira na luta pela preservação da vida, por vacinas, leitos, distanciamento social e recursos para atender a população mais vulnerável de trabalhadores.

 

 

No dia em que o país bateu recorde de mortes diárias por Covid-19, Bolsonaro afirmou que é “incansável na luta contra o coronavírus”; seu discurso foi desmentido, ponto a ponto, nas redes sociais. Confira

Matéria retirada do site da Revista Fórum 

O presidente Jair Bolsonaro proferiu uma série de mentiras em seu pronunciamento em rede nacional na noite desta terça-feira (23). O presidente chegou a afirmar que seu governo é “incansável na luta contra o coronavírus” e que “nunca deixou de tomar medidas” para combater a pandemia. A fala foi feita justamente no dia em que o país bateu novo recorde e registrou 3.251 novos óbitos por Covid-19 em 24 horas.

Pressionado e cada vez mais isolado, Bolsanaro mudou seu discurso e saiu em defesa das vacinas, citando contratos para aquisição dos imunizantes. “Em dezembro, liberamos mais 20 bilhões de reais, o que possibilitou a aquisição da Coronavac, através do acordo com o Instituto Butantan. Sempre afirmei que adotaríamos qualquer vacina, desde que aprovada pela Anvisa. E assim foi feito”, disse.

A informação de que compraria qualquer vacina, no entanto, é mentirosa. No ano passado, o presidente afirmou que não compraria a Coronavac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan e parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e chegou a desautorizar um contrato de compra das doses feita pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Em outro trecho do pronunciamento, Bolsonaro disse que, atualmente, o Brasil é o 5º país que mais vacina no mundo. A informação também é falsa, visto que o número citado pelo presidente é absoluto. Proporcionalmente, o país figura na  71ª posição no ranking mundial de vacinação.

“É revoltante que, no dia em que bateu recorde de mortes, o país seja obrigado a assistir a mais um pronunciamento mentiroso de seu presidente. Depois de boicotar o combate à pandemia, as vacinas e de desprezar o sofrimento das famílias, passa recibo. A culpa é sua, Bolsonaro!”, disse o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ).

Fernando Haddad (PT), que concorreu contra Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial de 2018, ironizou: “Comovente a forma como Bolsonaro tentou, mentindo muito, se passar por um ser humano”.

“O pronunciamento de Bolsonaro é uma peça asquerosa de cinismo. O Brasil tem vacinas hoje APESAR dele. Genocida!”, comentou o líder do MTST Guilherme Boulos (PSOL).

Já a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) questionou: “Alguém consegue me explicar como é que Bolsonaro mente tão descaradamente sobre absolutamente tudo sem causar uma revolta generalizada? Que apatia é essa que tomou conta de parte da nossa população?”.

Confira, abaixo, algumas reações ao pronunciamento do presidente.

O presidente Jair Bolsonaro proferiu uma série de mentiras em seu pronunciamento em rede nacional na noite desta terça-feira (23). O presidente chegou a afirmar que seu governo é “incansável na luta contra o coronavírus” e que “nunca deixou de tomar medidas” para combater a pandemia. A fala foi feita justamente no dia em que o país bateu novo recorde e registrou 3.251 novos óbitos por Covid-19 em 24 horas.

Pressionado e cada vez mais isolado, Bolsanaro mudou seu discurso e saiu em defesa das vacinas, citando contratos para aquisição dos imunizantes. “Em dezembro, liberamos mais 20 bilhões de reais, o que possibilitou a aquisição da Coronavac, através do acordo com o Instituto Butantan. Sempre afirmei que adotaríamos qualquer vacina, desde que aprovada pela Anvisa. E assim foi feito”, disse.

A informação de que compraria qualquer vacina, no entanto, é mentirosa. No ano passado, o presidente afirmou que não compraria a Coronavac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan e parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e chegou a desautorizar um contrato de compra das doses feita pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Em outro trecho do pronunciamento, Bolsonaro disse que, atualmente, o Brasil é o 5º país que mais vacina no mundo. A informação também é falsa, visto que o número citado pelo presidente é absoluto. Proporcionalmente, o país figura na  71ª posição no ranking mundial de vacinação.

“É revoltante que, no dia em que bateu recorde de mortes, o país seja obrigado a assistir a mais um pronunciamento mentiroso de seu presidente. Depois de boicotar o combate à pandemia, as vacinas e de desprezar o sofrimento das famílias, passa recibo. A culpa é sua, Bolsonaro!”, disse o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ).

Fernando Haddad (PT), que concorreu contra Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial de 2018, ironizou: “Comovente a forma como Bolsonaro tentou, mentindo muito, se passar por um ser humano”.

“O pronunciamento de Bolsonaro é uma peça asquerosa de cinismo. O Brasil tem vacinas hoje APESAR dele. Genocida!”, comentou o líder do MTST Guilherme Boulos (PSOL).

Já a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) questionou: “Alguém consegue me explicar como é que Bolsonaro mente tão descaradamente sobre absolutamente tudo sem causar uma revolta generalizada? Que apatia é essa que tomou conta de parte da nossa população?”.

Confira, abaixo, algumas reações ao pronunciamento do presidente.

Dirigente do Sintufrj, Joana de Angelis convoca para manifestação pela vida e contra o governo genocida de Bolsonaro