Atenção servidora e servidor técnico-administrativo em educação: se você é uma cuidadora ou cuidador e percebe que essa função influencia nas suas relações de trabalho, em especial, no processo de avaliação de desempenho, o Grupo de Trabalho Parentalidade e Equidade de Gênero da UFRJ orienta para que você responda ao questionário.

Para isso, basta clicar no link: https://bit.ly/2TqEh9M para ter acesso ao formulário. Após responder às perguntas do questionário, clique no enviar. As respostas ficarão tabeladas na conta do google para análise. Não há campo de identificação, portanto, não se preocupe porque a sua identidade não será revelada.

Prazo – Os servidores cuidadores têm até o dia 6 de junho para responder ao questionário, que deve ser feito por quem tem filho ou guarda de menor, com idade inferior ou igual a 12 anos, e/ou seja responsável direto pelos cuidados a idosos ou pessoas com deficiência ou transtorno mental.

Qualidade de vida 

Os representantes dos servidores técnico-administrativos no GT Parentalidade e Equidade de Gênero da UFRJ tomou essa iniciativa visando a melhoria da qualidade de vida das trabalhadoras e trabalhadores que desempenham a função de cuidador, informou Nathália Machado, assistente em administração da Coordenação-Geral dos Cursos de Engenharia, do campus UFRJ-Macaé.   

Mas, para que isso ocorra, é preciso ter em mãos informações sobre como era a vida dos servidores cuidadores antes e durante a pandemia do novo coronavírus, estando eles trabalhando para a universidade pelo sistema remoto, presencial ou híbrido. 

As informações apuradas por meio dos questionários subsidiarão  ações da Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) voltadas ao bem-estar físico e emocional das servidoras e servidores cuidadores. 

 Ajude na divulgação! 

É muito importante que o formulário circule o mais rápido possível entre os servidores técnico-administrativos, via e-mail e por grupos de whatsapp da UFRJ. Com ajuda de várias pessoas, algumas unidades já estão cientes do questionário. Mas como o processo de avaliação de desempenho se iniciará em breve, em julho, pela PR-4 para preenchimento do plano de trabalho, há pouco tempo para propor novas ações visando contemplar os servidores cuidadores. 

Por isso, é necessário acelerar a divulgação do formulário e, consequentemente, o reenvio do questionário respondido.

ACESSE O FORMULÁRIO: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSey2L-kgq2RThpq5Gv60ts4oXosaHqzS-XVsTbBTbv_srJyWA/viewform

 

 

 

Abaixo-assinado com mais de cem mil adesões será entregue no dia 9 à Câmara. Assine! Ainda há tempo

De 7 a 11 de junho está programado o início da nova fase de tramitação da reforma Administrativa do governo Bolsonaro, a PEC 32/2020. Vencida a etapa na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, que aprovou a admissibilidade constitucional da proposta, agora o embate se dará na Comissão Especial. A previsão é que ela deva ser formada na próxima semana.

A Comissão Especial avaliará o conteúdo da PEC e terá o prazo de 40 sessões do plenário para proferir parecer. Depois, a PEC deverá ser votada pelo plenário em dois turnos, com intervalo de cinco sessões entre uma e outra votação. Para ser aprovada, precisa de pelo menos 308 votos (3/5 dos deputados) em cada uma das votações.

A batalha do funcionalismo segue seu curso. “Ganhamos mais um tempo com a leitura pelo presidente da Câmara do requerimento para a formação da Comissão Especial semana que vem. E tempo para nós é importante para barrar essa PEC 32”, informa um dos coordenadores da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, deputado Rogério Correia (PT-MG).

STF julga pedido de suspensão dia 9

Rogério Correia informou que está para ser julgado o pedido de suspensão da tramitação da PEC 32 no STF. “A Frente Servir Brasil [Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público] entrou faz um tempo com pedido de suspensão da tramitação, que será julgado no dia 7 de junho. Então vamos torcer para que o STF suspenda a tramitação”, adiantou.

Segundo o parlamentar petista, a alegação da Servir Brasil é a da Frente do Serviço Público, a de que não há dados. “O ministro Paulo Guedes não colocou um dado sequer para explicar economicamente o significado dessa PEC. Apenas chutes. Falou em bilhões, depois milhões, enfim ninguém sabe absolutamente nada o que eles pretendem com essa PEC”, observou.

Abaixo-assinado

Além do julgamento no STF, o abaixo-assinado pela suspensão da tramitação da PEC deve ser entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) na próxima semana. 

“Nós estamos marcando provavelmente para o dia 9 de junho, data a ser confirmada, a entrega ao presidente Artur Lira do nosso abaixo-assinado.  Está com quase 100 mil assinaturas. Entregaremos também o manifesto assinado pelas entidades e pelas frentes”, prevê Rogério Correia.

“Continuamos na luta. É muito importante que a gente agora e mais ainda depois do 29M permaneçamos na luta. E que seja pressionado cada deputado e deputada para votar contra essa PEC 32 e não permitir que ela tramite”, sustentou.

Tramitação

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o relatório da admissibilidade da reforma administrativa do governo Bolsonaro, isto é, a considerou constitucional, em sessão dia 25 de maio. Foram 39 votos a favor e 26 contra. Dois deputados do Rio de Janeiro, Carlos Jordy (PSL) e Christino Aureo (PP) votaram a favor.

Ressalvas feitas pelo relator deputado Darci de Matos (PSD-SC) foram técnicas. O fundamental está preservado, isto é, o fim do Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos, o fim da estabilidade, a criação de cinco novos modelos de contrato trazendo a precarização do trabalho no serviço público, alterações no concurso público, nas férias, entre outras covardias para a grande massa do funcionalismo.

Agora, o texto da proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera as regras para os servidores públicos municipais, estaduais e federais segue para a comissão especial, que ainda será instalada pelo presidente da Casa, Arthur Lira.

Estratégia 

O ex-diretor do Dieese e Diap, hoje assessor da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, Vladimir Nepomuceno, explica que a oposição segue buscando atrasar o máximo possível a tramitação, a fim de aproximar do período pré-eleitoral, o que pode fazer com que muitos parlamentares prefiram não votar a PEC, com o receio de que isso lhes tire votos em 2022. 

“Além disso, a oposição também busca impedir que o governo tenha os 308 votos (3/5 do total de deputados) necessários para a aprovação da PEC em plenário. Durante a tramitação na Comissão Especial, a oposição trabalhará para a rejeição da PEC 32 e, na impossibilidade disso, trabalhar para desfigurá-la ainda na Comissão Especial, o que levaria, ou à retirada do texto, ou a um relatório possível de não aprovação em plenário”, coloca Vladimir.

DIGA NÃO À PEC 32/2020 – REFORMA ADMINISTRATIVA

Precisamos impulsionar a assinatura do abaixo-assinado contra a Reforma Administrativa. A entrega está prevista para 9/6:

A Frente Parlamentar Mista do Serviço Público angaria assinaturas através de abaixo-assinado para pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a suspender a tramitação da PEC de desmantelamento do serviço público. Estamos chegando a 100 mil assinaturas. Esse abaixo-assinado está previsto para ser entregue a Arthur Lira em audiência a ser marcada pela Frente Parlamentar Mista na próxima semana.

https://www.change.org/p/deputado-arthur-lira-pp-al-suspens%C3%A3o-da-pec-32-2020-reforma-administrativa-na-pandemia?recruiter=46820843&recruited_by_id=63a8e280-82de-0130-db8e-3c764e049c4f

Manifesto do Serviço Público contra a PEC 32/2020 

“A Reforma Administrativa faz mal ao Brasil! O governo Bolsonaro já não inclui o povo no orçamento público, congelando investimentos e deixando a população com atendimento precário na saúde, educação e assistência. Agora, com a PEC 32 que tramita no Congresso Nacional, quer entregar para a iniciativa privada todos esses serviços, deixando o povo sem nada! Assista ao vídeo, entenda os perigos da PEC 32 e lute com a gente pelo Brasil!”

 

 

Curitiba, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Belo Horizonte já sentem o impacto das internações e a pressão no sistema hospitalar

Publicado: 1 Junho, 2021 – 12h03- Escrito por: Redação CUT

Sem lockdwon rígido em quase um ano e meio de pandemia de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, o Brasil mal saiu da segunda onda de infecções e número alto de mortes e especialistas já observam uma tendência de terceira onda da doença que pode ser considerado um “tsunami” se nenhuma medida drástica for tomada pelas autoridades.

O país acumula 462.966 perdas desde o início da pandemia e os dados de segunda-feira (31) apontam que a curva de vítimas seguem com tendência de alta. No total, o Brasil acumula 16.547.674 de casos de Covid-19.

Epidemiologistas torcem para que não seja um tsunami entre junho ou julho no Brasil, com a chegada de nova variante indiana. Embora as situações variem muito entre as cidades, é possível observar uma tendência de alta de casos. Enquanto algumas cidades voltaram à normalidade, alguns estados, como São Paulo, já buscam ampliar leitos e soluções que afastem os hospitais do pesadelo da falta de oxigênio e de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Ainda com a vacinação lenta, no mês de abril foram em média 2.781 mortes diárias e 83.435 mortos. Cerca de 40% mais óbitos por Covid-19 em abril do que em março. É como se tivéssemos 7,4 aviões caindo todos os dias durante um mês inteiro, dizem os especialistas em artigo intitulado “Um tsunami se aproxima”, publicado na Folha de S.Paulo.

Eles dizem que uma terceira onda se aproxima porque a flexibilização precoce aumentou o número de pessoas nas ruas, em festas clandestinas e aglomerações, ampliando as chances do vírus ser disseminado.

Sul tem piora na pandemia

Essa onda parece que já chegou na região Sul. Curitiba registrou uma explosão de casos de coronavírus. Assim como ocorreu entre o fim de março e o início de abril, a prefeitura permitirá, até o dia 9 de junho, o funcionamento apenas de serviços essenciais.

Para enfrentar o tsunami de pacientes, a prefeitura de Curitiba fechou na segunda-feira (31) suas seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para o atendimento geral.

Na segunda-feira (31), de acordo com os dados da secretária de saúde, Curitiba já acumula 215 mil infecções e conta com uma taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 de 104%. É um retrato semelhante ao visto em todo o Paraná, onde esse índice, na semana passada, chegou a 95%.

No estado do Paraná, o número de óbitos dobrou em 79 dias, em Santa Catarina, em 85 dias e no Rio Grande do Sul, em 97 dias.

O sistema de saúde desses estados terá pouco tempo para se recuperar do colapso, já que, segundo especialistas, a chegada do inverno, daqui a três semanas, provocará um novo pico da pandemia.

Mato Grosso do Sul tem piora na pandemia

Em Mato Grosso do Sul, a secretaria estadual de Saúde afirmou que o estado enfrenta o pior momento da pandemia de Covid-19. A média móvel de casos dos últimos sete dias atingiu 1.810, a maior de toda a pandemia. Já a média móvel de mortes subiu para 46,1 óbitos por dia, nos últimos sete dias. A taxa de contágio continua a crescer e atingiu 1,09.

O estado bateu novo recorde histórico pela segunda vez de casos confirmados de Covid-19 a cada sete dias. Na última semana, 11.942 pessoas testaram positivo para a doença, segundo o boletim epidemiológico deste domingo. Na semana anterior, foram 11.270 casos confirmados, uma diferença de 672 casos.

Belo Horizonte tem piora na pandemia

Em Belo Horizonte, a taxa de transmissão do coronavírus está em torno de 1, o que é considerada alta, e a ocupação de leitos se estabilizou em torno de 75%. A margem de manobra, portanto, não é grande.

 

LUCAS SILVA SECOM AM

 

 

 

Oitenta e quatro por cento (84%) dos brasileiros e brasileiras defendem maior tributação dos mais ricos para assegurar saúde, moradia e educação. Essa é uma das conclusões do levantamento sobre qual é a percepção da população do país sobre as desigualdades no Brasil, realizada pela Oxfam Brasil em parceria com o Instituto Datafolha. 

A pesquisa foi realizada com 2.079 pessoas, em 130 municípios de pequeno, médio e grande porte — incluindo metrópoles e cidades do interior. O período de aplicação das entrevistas presenciais foi de 7 a 15 de dezembro de 2020. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. 

A pesquisa “Nós e as desigualdades”, em sua terceira edição (a série histórica foi iniciada em 2017), foi lançada em maio e apurou como a sociedade entende as desigualdades de renda, de raça, gênero e regionais, especialmente em um ano tão difícil como 2020, em que a pandemia causou tantas mortes e tristeza.

A Oxfam Brasil é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos e independente, criada em 2014. Faz parte de uma rede global, a Oxfam, que tem 20 membros que atuam em cerca de 90 países no total, por meio de campanhas, programas e ajuda humanitária.

Redução de desigualdade é condição para o progresso

O documento revela o que a equipe chama de uma foto da opinião pública no fim de um ano marcado pela pandemia e pelo segundo ano do governo Bolsonaro. Os resultados apontam para a importância da redução das desigualdades como condição para o progresso, percepção presente em quase nove em cada dez brasileiros.

E, a despeito do crescimento do discurso conservador que ganhou expressão política após as eleições de 2018, a pesquisa mostra uma sociedade com opiniões mais firmes e conscientes sobre o peso do machismo e racismo sore mulheres e pessoas negras. Há compreensão de que mulheres ganham menos por serem mulheres e de que a cor influencia negativamente na renda e nas chances de contratação, embora aumentem chances de abordagem policial e as diferenças no sistema de Justiça.

Porém, reduziu-se o sentimento de otimismo individual sobre o futuro com a percepção majoritária de que o Brasil não reduzirá desigualdades em um futuro próximo.

Mas há a consolidação do apoio da população para reformas tributarias justas e solidárias, capazes de reduzir impostos sobre bens e serviços. A pesquisa apresenta a percepção da sociedade sobre a desigualdade no contexto da pandemia do coronavírus com destaque para o papel de programas de transferência de renda com o auxílio emergencial instituto no primeiro semestre de 2020.

A importância do Estado

“Para enfrentar essa desafiadora realidade, além das medidas emergenciais de resposta aos efeitos da pandemia do coronavírus no país e a implementação do Plano Nacional de Imunização (PNI) com celeridade e efetividade, é necessário pensar e implementar políticas sociais fortes e inclusivas, financiadas por um sistema tributário justo e solidário, que garanta ao Estado condições de efetivar os princípios de redução das desigualdades sociais e regionais previstos na Constituição Federal de 1988”, diz a diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Drager, na apresentação do documento.

A expectativa, segundo ela, é que a pesquisa contribua para o debate sobre a importância do Estado no enfrentamento das desigualdades, “ainda mais em um contexto de desafios adicionais graças à pandemia, a partir da percepção da sociedade, fomentar o debate sobre a urgência da construção de um Brasil mais justo, solidário e humano”. 

Resumo dos resultados

Saúde como prioridade:

 62% dos brasileiros acreditam que “ter acesso à saúde” é uma das três principais prioridades para uma vida melhor, ao lado de “estudar” e “fé religiosa”.

73% defendem universalidade para atendimento em postos de saúde e hospitais, ante 72% em 2019. 

Para 9,5, investimento público em saúde está entre as medidas prioritárias para a redução da desigualdade (nota média: 9,5 em uma escala de 0 (menos importante) a 10 (mais importante).

Apoio à tributação 

56% concordam com o aumento dos impostos em geral para financiar políticas sociais, ante 31% em 2019.

84% concordam com o aumento dos impostos de pessoas muito ricas para financiar políticas sociais, ante 77% em 2019. 

94% concordam que o imposto pago deve beneficiar os mais pobres. 

Sem redução de desigualdades não há progresso 

86% creem que o progresso do Brasil está condicionado à redução de desigualdade entre pobres e ricos. 

85% concordam que é obrigação dos governos diminuirem a diferença entre muito ricos e muito pobres, ante 84% em 2019. 

Otimismo individual em queda, ceticismo social em ascensão 

64% acreditam que estarão na “classe média” ou “classe média alta” em cinco anos; em 2019, eram 70%. 

64% não acreditam que as desigualdades diminuirão nos próximos anos; em 2019, eram 57%.

Mérito não resolve

60% duvidam que o trabalho sirva como equalizador das chances dos mais pobres, ante 58% em 2019. 

52%não creem que a educação das crianças pobres equaliza suas chances de uma vida bem-sucedida; em 2019, eram 51%.

Gênero e raça impactam renda

67% concordam que o fato de ser mulher impacta a renda, ante 64% em 2019. 

58% concordam que negros ganham menos por serem negros, ante 52% em 2019.

A cor da pele define

76% acreditam que a cor da pele influencia a contratação por empresas; em 2019, eram 72%. 

84% acreditam que a cor da pele influencia a decisão de uma abordagem policial; em 2019, eram 81%. 

78% concordam que a Justiça é mais dura com negros, ante 71% em 2019.

Transferência de renda e pós-pandemia

62% apoiam a manutenção, após a pandemia, do auxílio emergencial para as pessoas que têm direito hoje.

As principais prioridades para a redução das desigualdades

9,6 foi a nota média para “combater corrupção”; “investimento em educação”; e “garantir direitos iguais entre homens e mulheres”. 

9,5 foi a nota média para “aumento da oferta de emprego”; “investimento público em saúde”; e “combater o racismo”.