O país, sob a égide do governo genocida de Jair Bolsonaro, impôs a milhares de famílias durante a pandemia da Covid-19, uma sobrevivência no limite do desespero. Desde 2020, a fome voltou a aterrorizar os brasileiros mais vulneráveis, sem emprego, qualquer tipo de renda e dependente de auxílio emergencial digno e para todos. 

Diante deste cenário devastador – agravado por mais de 500 mil  mortos em consequência da doença –, ações solidárias de forças que atuam na sociedade, como os sindicatos, são necessárias para amenizar tanto sofrimento. A direção do Sintufrj, gestão Ressignificar, tem feito a sua parte, em nome da categoria.

Ações solidárias

O Sindicato passou a fornecer para famílias de baixa renda e sem trabalho remunerado, cestas básicas, bem como quentinhas para a população de rua. 

Trabalhadores terceirizados da UFRJ, cujos salários estavam atrasados ou foram demitidos, também receberam doações de cestas básicas pela entidade. 

Moradores da Vila Residencial em situação de calamidade pública, em consequência de temporal, foram socorridos pelo Sintufrj. Estudantes residentes na comunidade sem ter como se alimentar constaram da lista de beneficiados pelas doações do Sintufrj.

Com o corte absurdo do orçamento da universidade pelo governo federal, inúmeras solicitações de ajuda chegaram à entidade – e continuam chegando – para que setores vitais da instituição de combate à pandemia continuassem funcionando. 

O Sintufrj adquiriu e doou para os trabalhadores da UFRJ,  Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), principalmente para aqueles que atuam presencialmente nas unidades de saúde, bem como máscaras para servidores, terceirizados, estudantes e voluntários. 

O Sindicato também apoiou, e continua à disposição para colaborar, com o Centro de Ciências da Saúde e o Centro de Tecnologia custeando despesas de transportes para os alunos e outros voluntários das atividades de combate à Covid-19. 

Obras no HUCFF

Para que o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) continuasse atendendo à população com a Covid-19, o Sintufrj contribuiu com recursos financeiros para que obras fossem realizadas em setores da unidade em situação muito precária. A iniciativa da diretoria do Sindicato visou, ainda, garantir condições dignas de trabalho aos servidores e extraquadro.

Processos trabalhistas

Até junho deste ano, já foram pagos mais de R$ 5 milhões de processos trabalhistas herdados de gestões sindicais anteriores. Os últimos pagamentos ocorrerão em julho no valor de R$ 1.887 milhão. 

A intenção da atual direção é unir esforços para quitar essas dívidas até o término do seu mandato, em respeito aos sindicalizados.      

Eventos políticos  

A partir de maio deste ano, a direção sindical não tem poupado esforços e recursos para a confecção de materiais, contratação de equipamentos, enfim, a infraestrutura necessária para garantir reforço às passeatas e manifestações do Fora Bolsonaro e à campanha Vacina no braço, comida no prato.

Eficiência e Transparência 

A prestação de contas sobre como o dinheiro das contribuições dos sindicalizados é gasto, tem sido uma prática da gestão Ressignificar desde a sua posse na direção do Sintufrj. Porque essa é a forma correta de se dirigir uma entidade de classe. 

Confira, abaixo, o relatório detalhado das despesas citadas nesta matéria. 

 

 

A partir de agora, na UFRJ, servidores técnico-administrativos e docentes, e estudantes, cuidadores, serão beneficiados com a flexibilização do trabalho e do ensino remotos, em caráter excepcional e temporário. Essa resolução foi aprovada no Conselho Universitário, dia 8. Uma vitória do Grupo de Trabalho Parentalidade e Equidade da UFRJ. 

A condição de cuidador será expressa por autodeclaração, que deverá ser encaminhada à chefia imediata. Esta, por sua vez, assumirá a responsabilidade de encaminhá-la ao Departamento de Pessoal da unidade. A resolução estabelece procedimentos e protocolos para a flexibilização, alguns específicos para cada segmento. 

Regras 

A resolução se aplica especialmente às mulheres que possuam filho ou guarda de menor com idade inferior ou igual a 12 anos, ou que sejam responsáveis direto pelos cuidados de idosos ou de pessoas com deficiência ou transtorno mental, e que estejam sem rede de apoio, tais como: escolas ou creches, e prestadores de serviços, por motivos de força maior relacionados à pandemia.

No caso dos técnicos- administrativos, a flexibilização deve ser pactuada com a chefia imediata (veja mais no box). 

Já os docentes, flexibilização da carga horária para os que estiverem exercendo papel de cuidador terá que ser decidida pelas  instâncias acadêmicas referentes ao ensino básico, à graduação e à pós-graduação. 

Com relação aos estudantes, as instâncias acadêmicas para deliberação são as da graduação e pós-graduação, mas só poderão flexibilizar a realização de atividades síncronas (com transmissão ao vivo) avaliativas. 

O horário pactuado deverá ser respeitado por ambas às partes – essa regra serve para os servidores e estudantes –, mas, em caso de divergências, a resolução prevê recurso à instância administrativa imediatamente superior.

Histórico 

O GT Parentalidade e Equidade foi criado em 2020 com a finalidade de discutir e propor políticas de apoio à parentalidade, especialmente à maternidade, voltadas para as técnicas-administrativas, docentes e estudantes da UFRJ, e debatendo com a comunidade universitária termas como, por exemplo, a construção de estereótipos de gênero que representem barreiras à participação feminina nas diversas áreas do conhecimento e espaços de decisão. E propondo ações de incentivo à participação feminina, à pluralidade e diversidade no âmbito acadêmico. 

Compõe o GT técnicos-administrativos, estudantes e professores, que contam com a assessoria da professora da UFF, Letícia de Oliveira, do GT Mulheres na Ciência da universidade e membro do Parent in Science. 

Colaboraram para a formação do GT a técnica-administrativa Valéria Pereira da Silva, da Comissão de Direitos Humanos e Combate às Violências (CDHCV) da UFRJ e a docente Fernanda Maria da Costa Vieira, do NEPP-DH.

A resolução aprovada baseia-se, entre outros inúmeros elementos e legislações, no “Guia de boas práticas de apoio à parentalidade e às pessoas cuidadoras em atividade na UFRJ”, que recomenda uma série de ações efetivas para diminuir o efeito da sobrecarga de trabalho sobre as mulheres e demais pessoas responsáveis pelo cuidado direto de seus familiares, e o agravamento na disparidade de gênero durante e após o cenário pandêmico.

Justificativa 

De acordo com a resolução, com a implantação do trabalho e do estudo remotos, na UFRJ, visando a garantia da vida e do respeito às normas sanitárias de distanciamento social, houve um impacto considerável na sobrecarga para as pessoas que estão exercendo a função de cuidador, com a necessidade de reorganizar horários e o ambiente domiciliar para torná-lo também ambiente de trabalho e estudo.

Foi constatado que a função de pessoa cuidadora prejudicava sobremaneira o desempenho e a produtividade, bem como a saúde das pessoas envolvidas. Sendo necessária a tomada de medidas práticas que efetivassem ações de mitigação da desigualdade de gênero, o que motivou o GT a elaborar a resolução. Embora houvesse em muitos casos empatia e reconhecimento das condições desiguais, ficou evidente a lacuna normativa. 

“Diante da grande relevância das medidas propostas na resolução, diante de sua adequação às normas da universidade e diante da forma de construção desta proposta, com ampla participação de representantes de todas as categorias envolvidas, e levando em conta o trabalho excelente que levou a uma importante convergência, somos favoráveis à aprovação da proposta”, concluiu o relator da proposta”, Nelson Braga 

Box

Parte referente aos técnico-administrativo 

Art. 9º A flexibilização prevista no art. 1º deve observar a atuação do(a) Servidor(a) Técnico-Administrativo(a) em Educação no seu setor de trabalho e deverá ser pactuada com a chefia imediata. 

Parágrafo único: Na impossibilidade de flexibilização por parte do(a) Servidor(a) Técnico-Administrativo (a) em Educação, que seja observado e aplicado o disposto no art. 4º da Resolução Consuni nº 07/2020. 

Art. 10. Aos (Às) Servidores(as) Técnico-Administrativos(as) em Educação, que estejam com matrícula ativa em cursos de capacitação ou qualificação profissional, fica facultado flexibilizar a carga horária de trabalho, sendo considerado o horário especial ao(à) servidor(a) estudante, desde que não estejam afastados(as) para estudo ou em licença capacitação. 

Art. 11. Fica recomendada a colaboração de servidores(as) que atuam no mesmo setor de trabalho dos(as) Servidores(as) Técnico-Administrativos(as) em Educação que desempenham a função de cuidadores(as). 

Parágrafo único: Para o cumprimento das atividades laborais de caráter de urgência e, excepcionalmente, havendo acordo entre as Chefias imediatas, ficará facultada a colaboração de servidor(a) de outro setor da mesma unidade ou outra unidade da UFRJ.

Nota da Redação: O artigo 4º da Resolução 07/2020 diz o seguinte: “Em caráter excepcional, ficam autorizadas as atividades não presenciais, as atividades intermitentes e as atividades em horário flexível, respeitados os limites estabelecidos pela legislação vigente, abrangendo a totalidade ou parte das atividades desenvolvidas pelos(as) servidores(as)”.

 

 

 

 

Nesta segunda-feira, 12 de julho, começa o Festival do Conhecimento da UFRJ. É a segunda edição virtual do evento devido a pandemia de Covid-19 e o tema deste ano é “Futuros Possíveis”. O Sintufrj organizou sua participação no evento com dois temas essenciais: o futuro do trabalho e a proteção de dados.

Em 2020 a UFRJ promoveu um grande encontro de sua comunidade com o público para marcar o centenário da instituição. Agora em 2021 o objetivo é “descortinar e apontar novos caminhos para questões urgentes dando as mãos no luto e na luta”. 

Serão cinco dias, a data final é 16 de julho, debatendo os futuros possíveis em todos os campos do conhecimento, com a participação de cientistas, pesquisadores, artistas, parlamentares, professores, técnico-administrativos e estudantes. 

“Com o próprio futuro das Instituições Públicas de Ensino Superior ameaçado por cortes orçamentários crescentes, o Festival do Conhecimento é também um ato de resistência e defesa da UFRJ”, anuncia a universidade em seu portal de eventos.

O Festival do Conhecimento da UFRJ pode ser assistido no canal do Youtube da Pró-Reitoria de Extensão da UFRJ e pelo Facebook no endereço @PortalUFRJ.

Sintufrj participa com duas mesas de debate

O Sintufrj organizou duas mesas de debate. Uma que trata da proteção de dados, no dia 14 de julho, e a outra que discute o trabalho, no dia 15 de julho. Veja os participantes e os horários:

Proteção de dados em debate   

No dia 14 de julho, quarta-feira, às 14h30, teremos a transmissão do debate “Por que é importante proteger os seus dados?”, com Débora Sirotheau, Léo Santuchi e Sérgio Amadeu. A mediação caberá a técnica em assuntos educacionais e ex-coordenadora geral do Sintufrj, Ana Maria Ribeiro.

Debora Sirotheau é analista de TI no Serpro, advogada, presidente do SINDPD-PA, diretora jurídica do Fenadados, integrante da Comissão Especial de Proteção de Dados da OAB Nacional e da OAB/PA.

Léo Santuchi é especialista em Análise, Projeto e Gerência de Sistemas da PUC Rio, analista de TI na Dataprev e presidente da ANED – Associação Nacional dos Empregados da Dataprev.

Sérgio Amadeu é professor da Universidade Federal do ABC e ex-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia e Informação (ITI).

Futuro do trabalho

No dia 15 de julho, quinta-feira, às 17h, o tema em debate é “Futuro do Trabalho: Fragmentação, Super Exploração e a Luta pelo Trabalho Digno”. Os debatedores são: Adriana Marcolino, Beatriz Santos e Rafael Grohmann. A mediação será feita pela dirigente do Sintufrj e da CUT/RJ, Noemi de Andrade.

Adriana Marcolino é doutoranda em Sociologia na Universidade de São Paulo (USP). Socióloga no Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com experiência em temas relacionados ao mundo do trabalho.

Beatriz Santos é advogada, mestre em Direito do Trabalho pelo Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD) da UERJ e doutoranda em Teoria e Filosofia do Direito pela UERJ.

Rafael Grohmann é professor de mestrado e doutorado em Comunicação na Universidade do Vale do Rio dos Sinos e coordenador no Brasil do projeto Fairwork vinculado à Universidade de Oxford.

 

Na França, diretor diz que “temos que levantar a voz” contra “o cara do Brasil”, Donald Trump e Vladimir Putin

O cineasta norte-americano Spike Lee, presidente do júri do Festival de Cannes (França) em 2021, disse, nesta terça-feira (6), que o presidente brasilero, Jair Bolsonaro (sem partido), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, são “gângsters”. Depois, convocou: “Temos que levantar a voz contra eles”.

Lee estava com a palavra na cerimônia de abertura do festival de cinema francês, um dos mais prestigiados do mundo. Ele também afirmou que os três líderes nacionais referidos “não têm moral ou escrúpulos”.

O cineasta, de 64 anos, diretor de filmes como “Faça a Coisa Certa” e “Infiltrado na Klan”, é o primeiro negro estadounidense a ocupar a posição de fiscal do júri do Festival de Cannes. Ele é reconhecido internacionalmente por abordar em seus filmes questões relacionadas ao racismo nos EUA  e no mundo.

“O mundo está sendo governado por gângsteres. O Agente Laranja [Donald Trump, assim chamado em referência à cor de seus cabelos e à arma química utilizada pelos EUA na guerra contra o Vietnã], o cara do Brasil [Jair Bolsonaro] e Putin. São gângsteres, e vão fazer o que quiserem. Não têm moral ou escrúpulos, esse é o mundo em que vivemos, e precisamos levantar a voz contra gângsters como esses”, conclamou o cineasta.

O Festival de Cannes teve início nesta terça e se encerra no dia 17 de julho. A declaração de Spike Lee, durante a abertura do evento, imediatamente repercutiu na imprensa internacional e no Brasil, como a postagem da ex-deputada federal Manuela d´Ávila (PCdoB-RS).

Ainda no Brasil, quem não gostou do que disse o o diretor norte-americano foi o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, conhecido por suas posições contrárias aos movimentos e pautas contrários ao racismo no país. Para ele, Spike Lee “é um hipócrita”, e qualquer crítica do cineasta a Bolsonaro “soa como elogio”.

 

Edição: Vinícius Segalla

Para o cineasta Spike Lee, é preciso levantar a voz contra “gângsters” como Jair Bolsonaro – Valery Hache/AFP

CONFIRA O QUARTO VÍDEO DA SÉRIE: 

📌 Para assistir os outros vídeos de “OS ESSENCIAIS” CLIQUE AQUI