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Novos equipamentos e mão de obra foram doados pelo Sintufrj 

Finalmente os servidores, prestadores de serviços e usuários do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) já dispõem dos banheiros (feminino e masculino) no 1º andar da unidade (próximos aos elevadores), que se encontravam interditados há muito tempo por falta de condições mínimas de uso.  

A obra de reforma, os novos equipamentos e a mão de obra foram doados pelo Sintufrj, numa iniciativa visando o bem-estar e a comodidade principalmente dos trabalhadores da unidade, que não mediram esforços para salvar vidas e amenizar sofrimentos nos momentos mais cruéis da pandemia.

Os banheiros, tanto os masculinos como os femininos, foram totalmente recuperados e reequipados: ganharam novos vasos sanitários, mictórios, pias, chuveiros, boxes e armários com chaves para os trabalhadores guardarem seus pertences. 

 

 

 

Com 55,8% dos votos, Boric é o presidente eleito mais jovem da história chilena; posse ocorre em março

Michele de Mello | Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 
Gabriel Boric foi eleito com a maior votação da história do Chile e se tornará presidente mais jovem do país – Martin Bernetti /AFP

Gabriel Boric foi eleito com a maior votação da história do Chile, 4.620.671 votos, e aos 35 anos torna-se o presidente mais jovem da história do país. O resultado contundente não pode ser ocultado sequer pela imprensa tradicional chilena, que amanheceu nesta segunda (20) com manchetes que falam na consolidação de uma “revolução” nas urnas, fazendo referência à relação de Boric com o processo constituinte em curso.

A votação do último domingo também surpreendeu ao superar em participação o plebiscito popular pela constituinte, com um total de 8.364.534 votos, cerca de 55% do eleitorado. 

A presidenta da Convenção Constitucional do Chile, a líder mapuche Elisa Loncon, celebrou a vitória dizendo “em conjunto, o caminho para a Nova Constitituição se abre com dignidade, justiça, ternura, plurinacionalidade e respeito às nossas diferenças”.

No seu primeiro discurso após a confirmação da vitória, o ex-deputado pela região de Magallanes iniciou sua saudação em língua mapuche e agradeceu os apoios de ex-candidatos, assim como o gesto de reconhecimento da derrota de seu oponente, José Antonio Kast, afirmando que irá criar “pontes de trabalho” para tornar-se um presidente de “todas e todos chilenos”.

“Sou herdeiro de uma longa trajetória histórica. No nosso governo o povo entrará a La Moneda [sede do governo]. Vai ser um governo com os pés na rua, no qual as decisões não se tomarão em quatro paredes, mas em conjunto com as pessoas”, declarou o mandatário recém eleito.

Principais ruas da capital Santiago de Chile foram tomadas por uma festa popular após vitória de Gabriel Boric / Javier Torres /AFP

Ainda no domingo, o candidato de extrema direita, José Antonio Kast, também reconheceu o resultado e afirmou que buscará uma colaboração construtiva. A Frente Social Cristã, União Democrática Independente e o partido Renovação Nacional já anunciaram que irão iniciar diálogo para formar uma plataforma opositora no Congresso. A direita obteve 84 do total de 155 deputados e metade das 50 cadeiras do Senado.

Nesta segunda-feira (20), às 14h (hora local) Boric irá reunir-se com o atual chefe de Estado, Sebastián Piñera, para instalar mesas de transição de gestão. A posse do novo presidente acontecerá no dia 11 de março de 2022. “Todos esperamos que faça um ótimo governo”, declarou Piñera ao felicitar seu sucessor.

Em 2017, Sebastián Piñera havia batido o recorde de votação com 3.790.397 votos no segundo turno. Agora deixa o governo com 68% de desaprovação popular, segundo levantamento do Centro de Estudos Públicos (CEP).

Nos próximos dois meses, Gabriel Boric deverá anunciar sua equipe de governo. Durante as eleições o candidato progressista havia se comprometido a manter a paridade de gênero em seu gabinete, seguindo os passos da ex-presidenta Michelle Bachelet.

Povo chileno celebrou nas ruas vitória sobre candidato considerado “Bolsonaro chileno” com cartazes “não mais ditadura” / Mauro Pimentel / AFP

Repercussão internacional 

Além do reconhecimento nacional, também houve felicitações de líderes políticos da América Latina e do mundo. Uma das expectativas para o novo governo é uma política exterior que fortaleça o multilateralismo e priorize melhores relações com os vizinhos latino-americanos.

O ex-presidente Lula da Silva celebrou “Fico feliz por mais uma vitória de um candidato democrata e progressista na nossa América Latina, para a construção de um futuro melhor para todos.”

O argentino Alberto Fernández também comentou: “devemos assumir o compromisso de fortalecer os laços de irmandade que unem nossos países, trabalhar unidos para a região e acabar com a desigualdade na América Latina”.

O uruguaio Luis Lacalle Pou desejou êxitos ao povo chileno e ao presidente eleito. O panamenho Nito Cortizo disse “esperamos seguir trabalhando juntos pelo desenvolvimento das nossas nações”.

Já o presidente da Venezuela Nicolás Maduro publicou: “saúdo o povo de Salvador Allende e de Victor Jara por sua contundente vitória sobre o fascismo”. Enquanto o cubano Miguel Díaz Canel reiterou sua “vontade de ampliar as relações bilaterais e de cooperação com o governo e povo do Chile”.

O peruano Pedro Castillo disse “a sua vitória é do povo chileno e a compartilhamos entre todos os povos latino-americanos que queremos viver com liberdade, paz, justiça e dignidade. Sigamos lutando pela unidade das nossas nações”, afirmou.

Há expectativa de que o governo de Boric retome a diplomacia com a Bolívia, após 43 anos de relações rompidas. O presidente boliviano Luis Arce celebrou o resultado do país vizinho.

“A democracia latino-americana se fortalece com base na unidade, respeito e principalmente vontade de nossos povos”, declarou. O ex-presidente Evo Morales também felicitou Boric em suas redes sociais.

O presidente Jair Bolsonaro, apoiador de Kast, foi o único mandatário a não se pronunciar sobre o resultado do segundo turno no Chile.

O representante de Política Exterior da União Europeia, Josep Borrell felicitou Boric em nome do bloco e assegurou “esperamos fortalecer ainda mais nossas relçaões como futuro governo do Chile”.

O ex-prefeito de Londres e líder do partido trabalhista britânica, Jeremy Corbyn riterou que é uma vitória de “esperança e mudança”.

Edição: Arturo Hartmann

 

Informação é do UOL e confirma que Bolsonaro quer fazer uma reforma Trabalhista mais profunda do que a de Temer, como prometeu durante a eleição de 2018

Publicado: 17 Dezembro, 2021 – Escrito por: Redação CUT

REPRODUÇÃO/ARTE: VITOR TEIXEIRA

O governo de Jair Bolsonaro (PL) quer acabar com o pagamento da multa de 40% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e com o seguro-desemprego pagos aos aos trabalhadores demitidos sem justa causa.

Pela proposta, as empresa continuarão fazendo o depósito do FGTS, mas não pagarão mais o valor ao trabalhador, mas sim ao governo

As mudanças na legislação trabalhista foram prometidas por Bolsonaro a empresários durante as eleições de 2018, quando ele disse que ia aprofundar a reforma Trabalhista promovida pelo ilegítimo Michel Temer (MDB), que acabou com 100 itens da Consolidação das Leis do Trabalho CLT). 

De acordo com o UOL, o governo encomendou um estudo para essa nova reforma Trabalhista ao Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet ), formado por economistas, juristas e acadêmicos, em 2019, por iniciativa do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes.

O grupo propôs uma série de mudanças nas regras de pagamento de verbas ao trabalhador demitido sem justa causa, ignorando que o país vem registrando altas taxas de desemprego e de trabalho precário, o que tende a piorar e muito com a recessão.

Além do fim do pagamento da multa de 40% do FGTS, os técnicos sugeriram unificar o Fundo e o seguro-desemprego.

Como funciona hoje o FGTS

As empresas depositam 8% por mês em uma conta do FGTS em nome do trabalhador.

O dinheiro só pode ser sacado em casos de demissão sem justa causa, para a compra da casa própria, ao se aposentar ou se tiver uma doença grave.

Quando é demitido sem justa causa, a empresa tem de pagar também 40% sobre o saldo no FGTS.

O que muda se a proposta for aprovada, segundo apuração do repórter Fabrício de Castro, do UOL.

Seguro-desemprego

O benefício deixaria de ser pago após a demissão. Os recursos do programa passariam a ser depositados pelo governo no fundo individual do trabalhador (FGTS) ao longo dos primeiros 30 meses de trabalho. Depois disso, não haveria mais depósitos.

Recursos

O dinheiro a  ser depositado pelo governo no fundo do trabalhador seria o equivalente a 16% do salário para quem ganha até um salário mínimo (hoje, R$ 1.100). Porém, quanto maior o salário, menor o porcentual a ser depositado.

FGTS

As empresas continuariam depositando todo mês o equivalente a 8% do salário do trabalhador no fundo. Só que o fundo receberá o reforço dos depósitos do governo vindos do antigo seguro-desemprego (16% para quem recebe um salário mínimo).

Multa de 40% do FGTS

Em caso de demissão sem justa causa, a empresa não pagará mais o valor ao trabalhador, mas sim ao governo. Esses recursos ajudariam a bancar as despesas do governo com o depósito de até 16% nos primeiros 30 meses do vínculo empregatício.

Saques do FGTS

Pela proposta, seria estabelecida uma referência para retirada dos recursos. O Gaet cita o parâmetro de 12 salários mínimos. Os valores acima disso poderiam ser sacados pelo trabalhador a qualquer momento.

Demissão

No desligamento sem justa causa, o trabalhador poderia retirar a parte do FGTS que havia ficado presa (até 12 salários mínimos). No entanto, isso seria feito gradativamente, por meio de saques mensais limitados. Para quem recebia um salário mínimo, o saque mensal seria neste valor.

 

 

Mesmo com aval da Anvisa, de que o imunizante da Pfizer é previne estágios graves da Covid, Bolsonaro e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criam polêmicas sobre o uso, deixando em risco a vida de crianças

Publicado: 20 Dezembro, 2021 – 11h21 | Última modificação: 20 Dezembro, 2021 – 17h27 | Escrito por: Redação CUT

BRENO ESAKI/AGÊNCIA SAÚDE DF

Enquanto lá fora, em países como Estados Unidos, Austrália e os países da Europa já deram um passo importante para a imunização de crianças a partir de cinco aos de idade, autorizando a vacina da Pfizer, o governo negacionista de Jair Bolsonaro (PL) continua tumultuando o combate ao coronavirus no Brasil e permitindo que as vidas de brasileiros e brasileiras continuem em risco. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou no sábado (18) que a decisão do governo sobre a vacinação em crianças de 5 a 11 anos será feita, apenas, em 5 de janeiro

De acordo com um levantamento do UOL feito com informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), desde o início da pandemia já morreram 1.148 crianças de até 9 anos pela Covid-19. O número é maior do que o total de mortes por doenças que podem ser prevenidas com vacinas no período de 2006 a 2020.

A Anvisa garante a segurança do uso da vacina da Pfizer em crianças e afirma que há evidências científicas de que o imunizante pode ser eficaz na prevenção de doenças graves causadas pelo coronavírus, mas mesmo assim, Queiroga, seguindo a mesma conduta de do presidente, questiona e trava o processo de liberação.

O ministro disse, no sábado (18), que a autorização concedida pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última quinta-feira (16) não é suficiente para viabilizar a vacinação desse grupo e que é necessário fazer um debate com a sociedade.

“Quantos dias faltam em 2021? Vocês acham que têm? Quanto tempo a Anvisa demorou para dar um posicionamento sobre as doses? É preciso ser feita uma análise. A avaliação da Anvisa é uma avaliação, a avaliação feita pela Câmara Técnica do Ministério é outra avaliação. O Ministério vai discutir amplamente esse assunto com a sociedade”, disse o ministro.

Enquanto isso, Bolsonaro continua inflamando os ânimos de seus apoiadores e criando polêmicas acerca da vacinação. Em uma clara ameaça de retaliação, em suas redes sociais, na quinta-feira (16), o presidente disse ter pedido o nome dos integrantes da Anvisa responsáveis pela aprovação da vacina para crianças.

“Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas. A responsabilidade é de cada um. Mas agora mexe com as crianças, então quem é responsável por olhar as crianças é você, pai”, afirmou. Bolsonaro disse ainda, neste domingo (19) que “não se sabe os efeitos adversos e é inacreditável o que a Anvisa fez.

Vacina salva vidas

Em entrevista ao Uol, o ex-presidente da Anvisa, Gonzalo Vecina, rechaçou as declarações de Bolsonaro. “O que ele falou é inacreditável. Os Estados Unidos, a União Europeia, a Inglaterra, Austrália, esses países todos e muitos outros já aprovaram a vacina da Pfizer para crianças. O país vai ser de novo o único a não aprovar a vacina da Pfizer? É inexplicável”, disse Vecina

Vecina ainda afirmou que, por causa da atuação do governo, os brasileiros estão sendo cerceados no interesse de proteger a saúde das crianças e da comunidade.

“Esse sujeito, o presidente da República, junto com seu ministro da Saúde, que é um médico, está patrocinando essa mortandade. Uma criança morta é inaceitável”, disse Vecina.

Com apoio de agências e do Brasil de Fato 

 

 

 

Já começaram as aulas do curso Pré-Encceja do Sintufrj, uma iniciativa da direção Ressignificar e que faz parte do Projeto Universidade para os Trabalhadores. Os 40 inscritos terão seis meses para se prepararem para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). Quem marca a prova é o governo federal, e o aluno que alcançar a média (que deve ser 5 ou 6) obterá o certificado de conclusão do ensino fundamental ou médio emitido pela Secretaria Estadual de Educação.  

Neste primeiro momento, o Pré-Encceja Sintufrj visou, principalmente, atender os servidores da UFRJ ludibriados pela direção anterior da entidade liderada pelo coletivo Tribo/Unir. Esses ex-diretores fizeram uma parceria com uma instituição obscura, cujo registro havia sido cassado pelo Conselho Estadual de Educação, e ofereceram à categoria o projeto PBase, que concedia diplomas sem validade e sem que a pessoa precisasse assistir às aulas. 

Com toda a certeza os servidores que caíram nesse conto do vigário almejavam recuperar o tempo perdido e concluir sua formação escolar básica: o ensino fundamental ou o médio. Porém, muitos foram “aconselhados” a não aproveitar essa chance e deixaram de se inscrever nessa primeira turma do Pré-Encceja do Sintufrj. Tremenda maldade com os companheiros, que amargam a decepção do PBase das gestões Tribo/Unir.

A dinâmica do curso

O Pré-Encceja Sintufrj tem duração prevista de seis meses, podendo ser prorrogado, dependendo da data da prova – o curso começou na segunda-feira, 13 de dezembro, e deverá terminar em junho/2022. As aulas são on-line pela plataforma Zoom, das 14h às 15h30, de segunda a sexta-feira, ministradas por extensionistas da UFRJ das áreas de conhecimento do curso. Mas a assistência ao aluno continua das 15h30 às 17h, explicou a coordenadora pedagógica do projeto, professora Daniele São Bento.

“O curso tem quatro áreas de conhecimento: matemática, linguagens, ciências humanas e ciências da natureza e, além das aulas, oferece aos alunos a Tutoria. O que é isso? É um suporte personalizado oferecido aos alunos, com o acompanhamento de um monitor. Para rever exercícios, tirar dúvidas. O objetivo é melhorar a qualidade do aprendizado”, disse a coordenadora. 

Segundo a professora, inicialmente o Pré-Encceja Sintufrj era voltado somente para o público interno, servidores, prestadores de serviços, terceirizados, mas foi aberto aos interessados em geral. “Da comunidade da UFRJ, incluindo servidores, são apenas um terço dos 40 inscritos. A maioria é de outras categorias e de desempregados”, disse Daniele.  

FOTO: Divulgação/MEC

 

 

Governo Bolsonaro reafirma seu desprezo à educação pública, à ciência, à pesquisa, à cultura 

A conta não fecha entre o que a UFRJ precisa e o que está previsto na proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Isso ficou óbvio na exposição sobre a proposta de orçamento da  universidade para 2022 feita pelo pró-reitor de Planejamento Orçamento e Finanças, Eduardo Raupp, na sessão extraordinária do Conselho Universitário (Consuni) desta quinta-feira, 16. 

Ele apresentou uma estimativa de receitas e despesas da UFRJ com base na proposta Ploa. Mas, como o Orçamento da União de 2022 ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional, pode haver alteração dos valores. Inclusive em função da promessa da Comissão Mista de Orçamento do Senado de recomposição em 80% da dotação das universidades em 2019 no orçamento de 2022. 

A Andifes (Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) pleiteia uma recomposição de 100% dos valores de 2019.

Encontro de déficits

Mesmo com um aumento de 7,5% no orçamento para as despesas discricionárias (que têm a ver com o funcionamento da universidade) vai faltar dinheiro. A demanda de gastos é da ordem de R$ 413 milhões, mas a Lei Orçamentária Anual prevê pouco mais de R$ 320 milhões. Há despesas que não podem mais sofrer cortes, como segurança e limpeza, e que ocupam boa parte das contas. 

Portanto, a proposta orçamentária para a UFRJ foi apresentada ao Consuni com déficit em torno de R$ 93 milhões, “que vai se tentar administrar no dia a dia se não seria inviável manter as atividades (acadêmicas)”, segundo o pró-reitor.

Além disso, ele falou que o déficit deste ano deverá ficar em torno de mais de R$48 milhões. “O corte foi brutal nos anos anteriores e o reajuste não faz jus ao pleito das instituições”, disse Raupp.

Os números  

A PLoa/2022 prevê um valor total de R$ 3.935.968.523,00, uma redução de R$ 44.697.929,00 (menos 1,14%) em relação ao valor de 2021 (R$ 3.980.666.452,00,). 

Na parcela destinada à Pessoal, pela primeira vez (e sem explicação), houve redução de R$ 73.912.973,00 (-2,02%). De R$ 3.664.062.465,00 em 2021 caiu para R$ 3.590.149.492,00 em 2022. 

Nas Despesas Discricionárias houve um aumento de R$ 21.625.859,00 (7,23%). Passou de R$ 299.193.172,00 em 2021 para R$ 320.819.031,00 em 2022. 

No PLOA/2022 foram incluídos dois valores destinados ao Complexo Hospitalar: o Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais/Rehuf e Enfrentamento da Covid-19 pelas Unidades Hospitalares. Só que menores do que nas transferências anteriores e aquém das necessidades dos hospitais, informou o pró-reitor de Finanças. 

Aumento para capacitação

Entre as novidades está o aumento dos valores para Ação de Capacitação dos Servidores de 69% em relação ao valor de 2021 (de R$ 1.185.978,00 para R$ 2.000.000,00 em 2022, o maior da história); e o aumento do Orçamento Participativo de 136% em relação ao valor de 2020 (de R$ 7.620.671,00 para R$ 18.004.167,00).

“Isso é fruto da política de desmonte das universidades pelo  governo”, disse a representante discente no Consuni, Júlia Vilhena. Segundo Raupp, “a luta agora é para a volta aos moldes (do orçamento) de 2019 (R$ 377 milhões) e corrigidos”.

 

A tragédia brasileira só terminará quando Bolsonaro deixar o governo e a reconstrução começará quando Lula assumir a Presidência. Por isso, 2022 será o ano das nossas vidas

Publicado: 16 Dezembro, 2021 – Escrito por: Vanilda Oliveira

ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)

A CUT foi fundamental para o Brasil em 2021. Dirigentes, bases e militantes, em todos os Estados, se superaram e fizeram esse ano entrar para a história do movimento sindical e do país tamanhas foram nossa resistência e luta no momento mais tenebroso da classe trabalhadora e do movimento sindical brasileiro.

Nossa luta impediu que o país fechasse 2021 ainda mais pobre, doente, desigual, injusto, isolado e menos democrático. Fomos exigidos à exaustão, como nunca, e correspondemos à altura. Enfrentamos os ataques e os desafios ocupando todos os espaços: ruas, internet, redes sociais e Congresso Nacional, mesmo sob a perseguição de um governo criminoso e apesar das restrições impostas pela pandemia de Covid-19.

Roberto Parizotti
ROBERTO PARIZOTTI

ROBERTO PARIZOTTISe em 2021 a CUT e todo o movimento sindical foram fundamentais, em 2022, teremos de ser ainda mais combativos e decisivos. Será o ano das nossas vidas. As eleições definirão como será o futuro da classe trabalhadora nas próximas décadas. A luta está posta, será difícil e tensa, mas venceremos.

A análise é do presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, e não se baseia em um balanço com lista protocolar de vitórias versus derrotas, porque, sim, as perdas foram profundas e inegáveis, mas as conquistas fizeram a diferença.

“Em 2021, a CUT, a unidade do Fórum das Centrais Sindicais e a ação conjunta e solidária com os movimentos sociais foram decisivas para empurrar esse presidente miliciano ao limbo da sua pior avaliação, mostrar ao mundo que Bolsonaro é um pária e que somente a eleição de Lula à Presidência da República recolocará o Brasil no rumo da democracia e do crescimento, com emprego de qualidade, igualdade e justiça social”, afirma Sérgio Nobre.

Ele resume o desafio da CUT, e do Brasil, para o 2022 que se aproxima: “A tragédia brasileira só terminará quando esse governo genocida acabar e a reconstrução começará quando Lula assumir a Presidência da República”. Porque, complementa, “se perdemos o pleito do ano que vem, o retrocesso e ataques aos trabalhadores e trabalhadoras seguirão por décadas. “Vamos lutar e vencer”, convoca.

Seguem alguns destaques da luta em 2021 e perspectivas para 2022, na visão do presidente nacional da CUT.

SUS salva

O Brasil encerrará 2021 triste e derrotado pelas mais de 617 mil vidas perdidas em consequência da pandemia de Covid-19. Um número que poderia ser ainda maior, não fosse a intensa luta por prevenção e vacina feita pelos movimentos sindical e sociais, a comunidade científica e a mídia. Combatemos o negacionismo criminoso de Bolsonaro, o responsável pela maior parte das mortes e dos milhões de casos e suas sequelas.

Na outra face dessa tragédia sanitária e social, que impactou a economia e os empregos no Brasil e no mundo, Sérgio Nobre destaca a ação vitoriosa do Sistema Único de Saúde (SUS) e o trabalho dos servidores e servidoras públicos em todo o país, que conseguiram imunizar mais de 65% da população brasileira com duas doses da vacina, apesar das decisões desastrosas do governo e da pregação eleitoreira de Bolsonaro.

Os crimes cometidos pelo presidente e seus cúmplices no governo (boicote à vacina, ao isolamento, denúncias de corrupção na compra do imunizante entre outros) foram revelados ao mundo pela CPI da Covid e cunharam ainda mais o título de pária nas costas de Bolsonaro.

A CUT foi protagonista nessa luta contra o negacionismo, em defesa da vida, da vacina, pelo respeito aos protocolos sanitários, na conquista de proteção aos trabalhadores em seus locais de trabalho, nas ações solidárias de suas bases, institucional junto aos governos estaduais e no Congresso Nacional. Exalto o SUS, o serviço público e lamento a perda de valorosos companheiros e companheiras de luta, dirigentes e militantes. A eles, todo o nosso respeito, reconhecimento e admiração. Farão falta”, afirma Sérgio Nobre.

Freio no desmonte

A CUT enfrentou todo tipo de ataques e ações desferidas diretamente contra a classe trabalhadora, via tentativa de desmonte das estatais, dos serviços públicos, da organização sindical, de instituições democráticas. Resistimos. A MP 1.045 foi rejeitada e arquivada, os Correios não foram privatizados nem a Petrobras, a Caixa ou o Banco do Brasil, como quer o ministro da Economia, Paulo Guedes. A PEC 32, da reforma Administrativa, não foi votada nem deverá ser. São vitórias da resistência, pressão e luta. É pouco provável que o Congresso Nacional queira mexer nesses temas em pleno ano eleitoral.

Roberto Parizotti
ROBERTO PARIZOTTI

“A rejeição e arquivamento da MP 1.045, que criava a famigerada carteira verde amarela, a da escravidão, é resultado e vitória do trabalho institucional muito bem feito e bem organizado pelo movimento sindical dentro do Parlamento”, afirma Sérgio Nobre.

Seguiremos resistindo, afirma Sérgio Nobre, porque “a iniciativa privada não tem, historicamente, condições de exercer o papel de indutor da economia e, nunca na história, o Brasil cresceu sem a ação do Estado e das empresas estatais”.

O presidente nacional da CUT destaca que “em dois anos e meio de governo, Bolsonaro não apresentou uma única proposta efetiva para geração de emprego e renda”. “Ao contrário, ele desmontou instrumentos de crescimento e desenvolvimento do país, em todos os setores e esferas, criou uma crise profunda e generalizada que levou o Brasil a cair de sexta economia do mundo, durante os governos de Lula e Dilma, para a 12ª posição, hoje”, compara o presidente nacional da CUT.

Solidariedade contra a fome

2021 foi marcado pela maior tragédia que pode acontecer a uma nação: a fome. O Brasil voltou ao Mapa da Fome seis anos após ter vencido esse pesadelo graças aos investimentos e políticas criadas nos governos petistas de Lula e Dilma, que elevaram a renda dos mais pobres.

Sérgio Nobre destaca que as bases responderam ao chamado da CUT e arrecadaram toneladas de alimentos, produtos de limpeza, máscaras e outros itens, que foram doados aos desempregados e à população vulnerável nas periferias das cidades, em todos os Estados. A CUT fez parcerias, com o MST, por exemplo, e campanhas para conseguir alimentos e doações, inclusive fora do Brasil.

“Está na eleição de Lula a nossa certeza de que os brasileiros voltarão a fazer três refeições por dia”, afirma o presidente nacional da CUT.

Dentro do Congresso, sim

“A agenda institucional foi decisiva em 2021 na defesa da classe trabalhadora. A ação da CUT e das centrais sindicais nas três esferas de poder foi fundamental. Fomos ao Supremo Tribunal Federal (MPF), ao Ministério Público, buscamos as lideranças e presidentes do Senado, da Câmara para levar a pauta da classe trabalhadora, denunciar, dialogar e pressionar”, resume Sérgio Nobre.

A CUT, o Fórum das Centrais Sindicais foram para dentro do Congresso Nacional enfrentar na raiz as medidas e propostas que atacam os direitos da classe trabalhadora.

“Como não existe governo federal, tivemos de ir para dentro do Parlamento, pressionar e atuar diretamente junto a deputados federais e senadores para debater e lutar contra as matérias que afetam diretamente o mundo do trabalho e atacam os direitos da classe trabalhadora”.

Para o presidente da CUT, em 2022, “cada vez mais esse trabalho institucional feito dentro do Parlamento terá de estar aliado às mobilizações de rua e lutas nos locais de trabalho, porque temos muitas medidas e propostas prejudiciais à classe trabalhadora e ao país tramitando no Congresso Nacional e precisamos derrotá-las no ano que se aproxima”.

PEC 32 – se votar não volta

“Nunca vi tamanha organização de uma categoria, um setor como no movimento dos servidores e servidoras públicos contra a PEC 32. Dirigentes e militância da CUT e de todas as centrais, em todos os estados, fizeram um calendário ousado e exitoso para pressionar os parlamentares, em Brasília e em suas bases eleitorais, e conseguiram. Foi de extraordinária importância”, afirma Sérgio Nobre.

Reprodução
REPRODUÇÃO

Organizamos grupos de trabalho em todas as regiões do País e, por meio da realização de encontros, tendo como referência a Agenda Legislativa das Centrais Sindicais 2021, conseguimos desenvolver um trabalho de acompanhamento sistemático dessa agenda no Congresso.

“Seguiremos em 2022 com a pressão: se votar, não volta”, avisa o presidente nacional da CUT.

Emprego

O Brasil enfrenta desemprego recorde e uma precarização sem precedentes, desde 2017, cenário que foi agravado pelo governo Bolsonaro. Segundo o IBGE (Pnad, novembro de 2021), há no país 177 milhões de pessoas em idade de trabalhar (com 14 anos ou mais), dos quais 93 milhões estavam ocupadas e 13,5 milhões desempregadas. Se considerada toda a mão de obra ainda subutilizada, está faltando trabalho para 30,743 milhões de brasileiros.

São dezenas de milhões de brasileiros e brasileiras fora da força de trabalho. Os empregos gerados neste ano são em sua maioria informais, de baixa remuneração e precários. Essa realidade da empobrecida classe trabalhadora brasileira não impede, porém, de ter a certeza que a situação estaria ainda pior não fosse a nossa luta.

Unidade fez a diferença

A ação unitária das Centrais Sindicais foi decisiva à luta em defesa da classe trabalhadora, da democracia e soberania do país. Construímos propostas, no espaço do Fórum das Centrais, desenvolvemos ações para enfrentar a crise sanitária, garantir proteção aos trabalhadores e trabalhadoras. Articulamos com entidades, organizações e coalizões da sociedade civil para proteger a vida, por vacinas, por empregos, contra a carestia e em defesa do Estado Democrático de Direito, contra o ódio e a perseguição, que chegou ao extremo no governo Bolsonaro, contra mulheres, negros, indígenas, população LGBTQIA+.

Após um 1º de Maio histórico, voltamos às ruas com todos os cuidados exigidos para não contrair nem disseminar Covid-19, e juntamente com  os movimentos populares, partidos progressistas e atores da sociedade passamos a realizar mobilizações e a ocupar as ruas, em defesa da vida, da vacina, conta a fome, pelo retorno  do Auxílio Emergencial de R$ 600,00, pela proteção dos empregos e salários, contra a carestia, contra as privatizações, contra a PEC 32 e, principalmente pelo  Fora Bolsonaro, como parte da campanha  puxada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Orientamos os nossos sindicatos e entes para realizar campanhas de solidariedade, distribuir alimentos e colocar à instalações dos sindicatos à disposição do SUS para que fossem usadas no combate à pandemia. Integramos a “Campanha Renda Básica que queremos”, movimento que reúne centenas de entidades, movimento sociais e coalizões que defendem a implementação de um programa permanente de renda básica que garanta condições de vida digna para as famílias mais pobres, fortaleça a economia e reduza as desigualdades. Propusemos a governadores e prefeitos medidas para complementar a renda de proteção, o que foi efetivado por muitos governos locais e estaduais. Falamos com movimento sindical internacional, demos e recebemos ajuda.

1º de Maio 2022

“Em 2021 fizemos um 1º de Maio Unitário virtual, e mesmo assim histórico, com o mote contra a fome, pela vacina e Fora Bolsonaro. 2022 exigirá do movimento sindical, se houver condições sanitárias, que façamos o maior ato dos últimos tempos, dessa vez, presencial”, convoca Sérgio Nobre.

Roberto Parizotti
ROBERTO PARIZOTTI

Organização

A 16ª Plenária da CUT avaliou os desafios e apontou rumos da Central e do movimento sindical frente à chamada “nova realidade” do mundo do trabalho, que mesmo antes da pandemia já apresentava transformações importante, aceleradas pela crise sanitária. “A plenária reforçou que um dos nossos principais desafios é estruturar a representação do conjunto de trabalhadores, independentemente das formas de contratação, e que tenham identidade com projeto de classe idealizado pela Central”.

“O novo mundo do trabalho pode ser considerado bom ou ruim e o que vai decidir isso será a nossa capacidade de organização para fazer esta disputa de sociedade por um país inclusivo, representativo e combativo na luta cotidiana na vida e no trabalho. O futuro do movimento sindical começa agora e este dia será histórico”, disse o presidente da CUT.

Roberto Parizotti
ROBERTO PARIZOTTI

Brigadas digitais

A necessidade de isolamento por conta da pandemia não paralisou as atividades da CUT. Ao contrário: dirigentes, funcionários, militantes multiplicaram seus olhos e tarefas para debater, propor, elaborar durante inúmeras reuniões, debates, seminários, lives, com maioria das atividades em formato virtual.

“Pudemos nos valer da tecnologia para seguir em contato com os sindicatos, as bases, o povo, ouvi-los e ser ouvidos. Temos de nos apropriar cada vez mais desse espaço”.

Por isso, a CUT se desafiou e lançou um projeto inédito na forma do Mutirão de Comunicação – Brigadas Digitais, porque, segundo Sérgio Nobre, “é prioridade e fundamental que a Central dialogue com milhões de pessoas, que amplie a voz da classe trabalhadora nas redes sociais e, assim, impacte nas decisões no Congresso Nacional e dos patrões.”

“Estamos nos preparando, formando a militância para a batalha nas redes sociais em 2022, que vai ajudar a construir um país mais justo para todos. Não podemos deixar que aconteça nas eleições de 2022 o mesmo que ocorreu em 2018, quando fomos derrotados pela fábrica de fake news de Bolsonaro”, afirma o presidente nacional da CUT Brasil.

Diplomacia sindical x pária mundial

O presidente nacional da CUT, em 2021, esteve na Venezuela e na Argentina onde se reuniu com as centrais sindicais e  lideranças políticas dos dois países. Mas a ação internacional começou no final de 2020, com visita ao movimento sindical e ao presidente boliviano, Luis Arce, que retribuiu, em novembro passado, quando esteve na CUT e fez importante fala política.

ROBERTO PARIZOTTIRoberto Parizotti
Luis Arce, na sede da CUT, em novembro

 

O principal objetivo das visitas de Sérgio Nobre aos países vizinhos foi pavimentar, junto às centrais sindicais daqueles países ações de cooperação, intercâmbio e solidariedade. Como resultado, já está sendo construído seminário sindical dos países da América Latina e Caribe, que deverá ser realizado no início de 2022, na Venezuela.

Em novembro passado, Sérgio Nobre se reuniu, em Caracas, com lideranças sindicais venezuelanas, onde nasceu a ideia do seminário regional. Foi ao país de Nicolás Maduro, com quem também se encontrou, para retribuir a solidariedade do povo venezuelano, que doou oxigênio hospitalar ao Brasil. As centrais brasileiras fizeram campanha de arrecadação e conseguiram doar uma tonelada de equipamentos a uma das usinas da Venezuela que produz oxigênio.

REPRODUÇÃOReprodução
Sérgio Nobre com Maduro, na Venezuela

 

“A luta sindical e popular, cada vez mais globalizada, exige ainda mais unidade e solidariedade, porque temos pautas e desafios que exigem luta conjunta”, afirma o presidente nacional da CUT ao destacara que a vitória de Arce na Bolívia, após o golpe da direita sofrido por Evo Morales, é um exemplo mundial de retomada da democracia.

Livro desmente Moro e Lava Jato

2021 marcou suspeição de Sérgio Moro, ex-juiz que comandou a parcial e suspeita Operação Lava Jato de Curitiba, que perseguiu, mentiu, condenou e prendeu, sem crimes nem provas, o ex-presidente Lula. O STF considerou Moro parcial e suspeito, como a CUT sempre denunciou. Os processos estão sendo anulados, um a um.

Visionária, a CUT se antecipou ao Supremo e, em parceria com o Dieese, lançou estudo inédito profundo para revelar como a Lava Jato destruiu empregos e afundou a economia do Brasil, com suas práticas parciais e ilegais. Foram 4,3 milhões de postos de trabalho não gerados e R$ 172 bilhões que deixaram de ser investidos no Brasil por conta da Operação que tentou destruir a Petrobras para beneficiar o capital estrangeiro.

O estudo virou livro: “Operação Lava Jato: Crime, devastação econômica e perseguição política “ e já roda o Brasil e o mundo, desmascarando Sérgio Moro, que agiu ao arrepio da lei e da Constituição Federal, para depois virar ministro de Bolsonaro. Não podemos esquecer, jamais, que Lula liderava todas as pesquisas eleitorais em 2018 e, por isso, foi preso. Moro foi determinante para a vitória de Jair, tanto que virou seu ministro. Hoje, posa de candidato sob a bandeira do combate à corrupção.

Quem é Moro, senão ele mesmo um corrupto, como analisam e denunciam seus próprios companheiros de magistratura.

“A Lava Jato se apropriou do discurso do combate à corrupção, para criar um projeto de poder, perseguição política e destruição da maior empresa brasileira, beneficiando economias estrangeiras, que estariam incomodadas com a presença crescente do país”, explica o presidente nacional da CUT.

A corrupção, diz Sérgio Nobre, tem “efeito devastador” sobre os trabalhadores e trabalhadora e o combate à prática é bandeira do movimento sindical. “Mas a Lava Jato, além de não combater a corrupção, contribuiu de forma decisiva para a crise brasileira e o desemprego”, afirma Sérgio Nobre.

“Ninguém melhor que a CUT pode fazer esse debate contra a pré-candidatura de Sérgio Moro e os efeitos perversos da Lava Jato de Curitiba na economia e na vida da classe trabalhadora. O estudo é profundo, robusto e ajudará nossas bases e militância a disputar narrativa e a desmascarar esse ex-juiz”.

Lula, presidente

Lula provou sua inocência. Na Justiça, o ex-presidente conquistou 22 vitórias até agora. Lula é inocente. Lula voltou a ser elegível, poderá disputar a presidência em 2022. Lula, como em 2018, lidera todas as pesquisas de intenção de voto. Vence todos os demais pré-candidatos no primeiro e segundo turnos. Enquanto seu principal adversário em 2022 é visto como pária mundial e renegado pelas principais lideranças mundo afora, Lula é recebido como estadista.

Que venha 2022, estaremos atentos e fortes.

 

 

Ela mostrou que o feminismo é para todos, que educação é transgressão, que o amor não é privilégio só de alguns. Uma parte dessa senhora negra de letras miúdas findou hoje. Mas a grandeza de bell hooks não cabe no tempo.

Fonte: Por Ynaê Lopes dos Santos, do DW/ 16/12/2021/Site Geledés

Foto: Public Domain

Lembro perfeitamente a primeira vez que ouvi falar em bell hooks. Eu já era uma mulher adulta, mestre, versada nos estudos da escravidão no Brasil, querendo dialogar com o restante das Américas. Lembro também, que antes de tudo, antes de toda a mudança que ela trazia, pensei: por que as letras miúdas?

Vinha de um universo no qual o feminismo que me era apresentado não fazia sentido algum. As mulheres da minha família, todas elas, nunca tiveram a opção de não trabalhar. Nunca precisaram reivindicar por um direito, que na verdade era um dever que garantia a existência delas mesmas e de sua prole. Uma condição que não era exclusiva da minha família, e que era, e ainda é, a realidade de grande parte das mulheres deste país, sobretudo as mulheres negras. O feminismo que se dizia universal, mas que na verdade era branco, não me comportava. E, por isso, eu fechei as portas para ele.

Nessa mesma vida adulta, muitas amigas e colegas negras já tinham me dado a real, anunciado que eu precisava ler e estudar o feminismo negro e as feministas negras. Posterguei por um tempo, confesso. Mas aquele nome e sobrenome em letras minúsculas me intrigaram. Por que uma das maiores referências do feminismo negro mundial apresentava a si mesma daquela forma.

E foi numa espécie de puxão de orelha afetuoso, desses que as irmãs mais velhas dão, que bell hooks me ensinou que o feminismo, aquele que realmente importa, é para todo mundo. E ao redimensionar a própria ideia de feminismo, ela também lembrou, com a força dos que sabem e aprendem, o que Paulo Freire dizia há tanto, para tantos: ensinar também pode ser transgredir. Se a educação foi uma ferramenta amplamente utilizada na manutenção do sistema racista e de suas práticas excludentes, essa mesma educação pode transformar tudo o que está ao seu redor, contanto que a liberdade seja o norte dessa relação de ensinar-e-aprender.

No diálogo transnacional, que atravessou rios e oceanos, a senhora negra das letras miúdas conseguiu fazer quase o impossível: ver, falar e escrever sobre amor. Ao fazer isso, bell hooks subverteu a lógica do mundo que insiste em dizer que o amor é para alguns, os mesmos de sempre. Ela revelou possibilidades, acarinhou tristezas, limitou a solidão. Uma mulher que é teoria e prática, algo tão difícil nos dias de hoje.

E tudo isso, todos esses chamamentos e anunciações foram tecidos por essa mulher que sabia o tamanho que temos no mundo. Ao insistir em ser letra minúscula, bell hooks ampliou suas palavras (escritas e faladas), bem como as palavras que vieram antes dela, ajudando a pavimentar esse caminho que estamos percorrendo – e sobre o qual ainda há muito o que dizer.

Ao se fazer pequena, bell hooks deu a justa medida dos seres e das coisas. Do indivíduo, do coletivo, da comunhão, do mundo a ser mudado. E mais. Lembrou que a justa medida pode e deve ser múltipla, complexa, diversa, heterogênea.

Uma parte de bell hooks findou hoje. Mas permanece o olhar atento para as coisas miúdas – aquelas que doem, aquelas que alegram, aquelas que educam, aquelas que amam, aquelas que revolucionam.

A miudeza e a grandeza de bell hooks não cabem no tempo. Ainda bem.