Senadores e deputados pedem que presidente seja investigado por crimes como atentar contra o Estado Democrático de Direito, propaganda eleitoral antecipada e abuso do poder político e econômico

Após a reunião de Jair Bolsonaro (PL) com embaixadores estrangeiros para espalhar mentiras sobre o sistema eleitoral brasileiro, a oposição ao seu governo no Senado e na Câmara dos Deputados protocolou, nesta terça-feira (19), no Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido para que o presidente seja investigado por uma série de crimes, dentre eles atentar contra o Estado Democrático de Direito.

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O anúncio foi feito pelos líderes, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) do Senado, e o da minoria na Câmara, Alencar Santana Braga (PT-SP).

Em seu perfil no Twitter, Randolfe fez várias postagens explicando o que vai ser feito, o chamado fio. A primeira diz: “Chegou a hora definitiva de colocar fim à palhaçada fascista e autoritária de Jair Bolsonaro”.

Em resumo, Randolfe planeja ainda acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por crime eleitoral, propaganda eleitoral antecipada e abuso do poder político e econômico.

As declarações de Bolsonaro foram transmitidas pela televisão pública. Randolfe disse que a ação deverá incluir o desconto do tempo utilizado no tempo de TV do partido. “Chegou a hora definitiva de colocar fim à palhaçada fascista e autoritária de Jair Bolsonaro”, declarou.

Ele quer também que seja apurada a incitação das Forças Armadas por parte de Bolsonaro contra o TSE, e que a Corte Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral (MPE) investiguem o chefe do Executivo.

Alencar Santana, que trabalha em ação conjunta com as demais lideranças disse que “os demais líderes dos partidos da oposição” vão “denunciar Bolsonaro pelo crime que cometeu ao chamar embaixadores de outras nações para atacar e desacreditar o sistema eleitoral brasileiro, que o elegeu, aliás, por 30 anos. E ainda cometeu esse crime usando uma TV pública”, declarou.

Wolney Queiroz (PDT-PE), líder da oposição na Câmara, também chama a atenção para o momento em que Bolsonaro demonstrou estranhar o sistema eleitoral. “Desde a criação das urnas eletrônicas, Bolsonaro foi eleito cinco vezes como deputado e uma vez para presidente. No entanto, apenas agora ele não confia nas urnas. Bolsonaro está com medo de perder e apela para as mentiras cada vez mais”, publicou.

Com apoio do Congresso em Foco e da CUT

A Coordenação de Organização e Política Sindical se reuniu com  as companheiras e companheiros caravaneiros do Sintufrj no Espaço Cultural da entidade. O encontro foi uma troca de experiências e sugestões para melhorar a participação da categoria em viagens futuras de mobilizações e lutas.

“Nosso objetivo é retomar a organização dos caravaneiros, entendendo que as caravanas são um importante instrumento de luta da UFRJ e em nível nacional”, disse o coordenador Fábio Marinho. “A atuação das caravanas e de seus integrantes faz parte de um processo de politização permanente da categoria”, acrescentou o dirigente.

Como exemplo da importância das caravanas em nível nacional,  ele citou a mobilização contra os cortes de verbas da Educação pelo governo Bolsonaro. “Podemos não ter conquistado o reajuste salarial, mas conseguimos barrar metade dos cortes para a Educação com a ocupação de Brasília”, afirmou Marinho.

Além de Fábio Marinho, integram a Coordenação de Organização e Política Sindical Ana Beatriz Pinheiro e Luciano Nascimento.

Regras — A coordenadora de Educação, Cultura e Formação Sindical Helena Vicente, leu as regras de conduta dos caravaneiros aprovadas em assembleia da categoria em 2013, e informou que “elas serão aprimoradas”.

Memória — Ficou definido a realização de um encontro para reunir fotos, vídeos e informações sobre a atuação das caravanas ao longo dos anos. A intenção é recuperar a memória desse instrumento de luta da categoria, sob a liderança do Sintufrj.

“Sempre fui caravaneiro”

Uma justa homenagem foi feita ao caravaneiro mais antigo do Sintufrj, José Gama da Silva Sobrinho, o Seu Gama, aos 74 anos, que faleceu no dia 11 de julho. Ele também se destacava como sendo um dos aposentados mais presente nas assembleias da categoria. Foi um minuto de silêncio acompanhado da mais sincera tristeza.

“Sempre fui caravaneiro”, orgulhava-se em repetir Seu Gama. Ele morava há quase 40 anos na Vila Residencial e seu último posto de trabalho na UFRJ foi na recepção da Reitoria. “Tenho muitas fotos dos movimentos de rua e das caravanas que participei”, contou o companheiro — um dos homenageados do Sintufrj em evento no Dia Nacional de Luta dos Aposentados, em 24 de janeiro de 2013.

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