Os casos positivos de Covid-19 voltaram a aumentar e com eles a preocupação. Qual a dimensão do problema?

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio já confirmou a transmissão local da subvariante da ômicron (a BQ.1) que vem causando aumento de casos de Covid-19. O número de pessoas internadas aumentou de 14 para 44 em 15 dias (98% dos pacientes não tomaram a vacina de reforço e 12 são crianças). Só que 1 milhão e 600 mil pessoas não tomaram nenhuma dose de reforço.

Sintomas gripais? Use máscara!

Além da forte recomendação da vacinação, tanto a Secretaria Estadual como a Secretaria Municipal de Saúde dizem que a orientação é para que pessoas com sintomas gripais usem a máscara. Além da UFRJ, que emitiu nota no dia 3, outras universidades voltaram a recomendar o uso e outras medidas preventivas devido ao aumento de casos no estado, como a UERJ e a PUC.

UFRJ recomenda

Só que a UFRJ, esta semana, com base na nota técnica do Centro de Triagem Diagnóstica (CTD UFRJ) que registrou um salto nos testes positivos (de 2,6% em setembro para 18,3% em outubro) , orientou, além de máscaras em ambientes fechados e aglomeração, e de reiterar a importância das doses de reforço da vacinação contra a covid-19, da manutenção das medidas preventivas (como distanciamento interpessoal e higienização frequente das mãos), outros procedimentos para quem tem sintoma ou teve contato com casos de Covid-19. Veja:

Tem sintomas? Afaste-se

Muito embora, devido à fase da pandemia e à cobertura vacinal estimada do corpo social, o CTD não recomende a interrupção ou suspensão automática de atividades presenciais, situações específicas serão objeto de avaliação e discussão com as direções das unidades “visando a adoção de medidas de controle pertinentes ao contexto”, segundo a nota em que a Reitoria solicita que a comunidade siga algumas orientações:

Para sintomáticos:

– Afastar-se imediatamente e comunicar à Coordenação do curso ou à Chefia Imediata a razão do afastamento.

– Programar testagem preferencialmente entre o 2º e o 5º dia.

– Se positivo: afastar-se por 10 dias (mínimo de 7 dias) a contar da data do início dos sintomas.

– Se negativo: aguardar o diagnóstico laboratorial (RT-PCR). Neste caso, se positivo: afastar-se por 10 dias (mínimo de 7 dias) a partir da data do início dos sintomas. Se negativo: retornar às atividades, se assintomático.

– O resultado da testagem deverá ser informado à coordenação ou chefia imediata.

Para assintomáticos que tiveram contato com alguém com covid-19: 

– Manter as atividades com precauções, adotando, preferencialmente, o uso contínuo de máscara N95 ou PFF2.

– Comunicar a situação à coordenação do curso ou chefia imediata.

– Entrar em contato com a equipe do CTD pelo e-mail consulta@needier.ufrj.br para avaliação da situação e necessidade de testagem. Este contato poderá ser feito pelo indivíduo (casos isolados) ou pela Coordenação/Chefia Imediata no caso de ocorrência de múltiplos casos. Caso indicada, a testagem deverá ser realizada, preferencialmente, do 5º ao 7º dia após exposição de risco utilizando RT-PCR:

Se positivo: afastar-se por 10 dias (mínimo de 7 dias) e retornar às atividades sem testagem, desde que se mantenha assintomático.

– Se negativo: retornar às atividades com precauções até completar 10 dias da exposição, mantendo, preferencialmente, o uso de máscara N95 ou PFF2. Caso surja qualquer sintoma, deverá realizar nova testagem.

Procure o CTD

A UFRJ estimula a procura do CTD para diagnóstico, a fim de permitir o monitoramento mais preciso da ocorrência de casos e identificação das variantes circulantes em nossa comunidade.

O CTD funciona no Polo de Biotecnologia (Av. Carlos Chagas Filho, 791, Cidade Universitária, Rio de Janeiro). O Centro mantém o atendimento regular de casos suspeitos de covid-19, diariamente, das 8 às 13 horas.

Nova onda

Médico Infectologista, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, diretor da Divisão Médica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Alberto Chebabo diz que de fato há uma nova onda, com bastante casos da nova variante. Esta tem capacidade maior de escape do sistema imunológico, mas o risco de complicação e gravidade é baixo para quem está com o esquema de imunização completo.

A questão é que muitas pessoas não  estão. No Brasil, há cerca de 60% a 70% das pessoas com a terceira dose e muito pouco gente com a quarta (18% das pessoas acima de 18 anos).

A alta circulação deve seguir por quatro ou seus semana. E, neste caso, o uso de máscara é importante, além de outros cuidados, como manter as salas ventiladas, evitar aglomeração. Isso é uma recomendação, nada é obrigatório, mas vale principalmente para quem tem maior risco de complicação.

Não há notícia de óbito no Rio pela variante. E uma paciente que morreu em São Paulo, era idosa, não tinha o esquema de vacinação completo e tinha comorbidade.

No caso de imunossuprimidos ou com mais idade, acima de 70, 75 anos, há risco maior de complicação. O risco é menor, portanto, para quem tem o esquema completo.

Segundo o médico, as pessoas vêm testando menos, mas a positividade do Rio de Janeiro subiu de 6%, há quatro semanas, para algo em torno de 30%, nesta onda que começou há duas ou três semanas. E talvez em mais uma ou duas possa estar no seu pico. E pode durar mais quatro ou seis semanas.

Assim, o mais importante é estar com a vacina em dia. Resguardar o uso de máscara, e, se há sintoma, fazer testagem e, em caso positivo, ficar em casa pelo menos sete dias com cuidados como beber bastante líquido e tratar sintomas que, se perdurarem por mais de três ou quatro dias, deve-se buscar uma unidade de saúde.

Teste de Covid realisando por Laura no Sintufrj.
Rio,07/11/2022
Teste de Covid realisando por Laura no Sintufrj.
Rio,07/11/2022
Teste de Covid realisando por Laura no Sintufrj.
Rio,07/11/2022
A NECESSIDADE DE TESTES retornou diante da nova onda de covid
Teste de Covid realisando por Laura no Sintufrj.
Rio,07/11/2022
Teste de Covid realisando por Laura no Sintufrj.
Rio,07/11/2022

Causa da morte não foi confirmada; agenda de shows da cantora havia sido suspensa nas últimas semanas

Redação
Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

 

Dona de uma das vozes mais marcantes da história da música no Brasil, a cantora Gal Costa morreu na manhã desta quarta-feira (9) aos 77 anos. A causa da morte não foi confirmada.

Um dos ícones da Tropicália, Gal começou a carreira na década de 1960. Sua trajetória ficou marcada por interpretações históricas de músicas como Chuva de PrataBaby, Divino Maravilhoso, Modinha para Gabriela e Um Dia de Domingo.

Na manhã desta quarta, antes da confirmação da morte, a página da cantora no Instagram postou uma apresentação dela ao lado de Caetano Veloso interpretando outro grande sucesso: Sorte.

Caetano, aliás, foi um dos grandes parceiros de Gal desde o início da carreira, quando ela também se aproximou de nomes como Maria Bethânia e Gilberto Gil.

Gal passou por cirurgia para retirada de um nódulo na fossa nasal direita em setembro, e a agenda de shows tinha sido suspensa. A assessoria de imprensa chegou a informar que ela ficaria afastada até o fim deste mês.

No último fim de semana, por exemplo, ela se apresentaria no festival Primavera Sound, na capital paulista, mas a participação havia sido cancelada.

A cantora tinha uma turnê programada, com apresentações marcadas em diversas cidades do país, com o show “As Várias Pontas de uma Estrela”.

O velório, aberto ao público, será realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo, na sexta-feira, dia 11 de novembro, das 9h às 15h. O enterro será fechado apenas para amigos próximos e familiares.

Edição: Glauco Faria

Integrante da equipe de transição, educador Daniel Cara concedeu entrevista ao Central do Brasil nesta quarta-feira

Redação
Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

 

As prioridades educacionais do novo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) logo no início do mandato, em janeiro de 2023, já estão definidas: alimentação escolar e recuperação da aprendizagem. Estes temas já estão em discussão no Grupo de Trabalho (GT) sobre Educação montado pela equipe de transição de governo, segundo o educador Daniel Cara, um dos integrantes da equipe.

Em entrevista nesta quarta-feira (9) ao Central do Brasil, programa do Brasil de Fato em parceria com a TVT, Cara, que é professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) lembrou que essas metas prioritárias já foram citadas por Lula desde antes da votação do primeiro turno das eleições.

“As crianças estão compartilhando comida, dividindo ovo, o que é uma coisa completamente absurda. Significa que elas não estão tendo acesso à necessidade nutricional diária que deve ser cumprida pelas escolas”, destacou.

Para ajudar os estudantes a retomar o ritmo da aprendizagem, interrompido com a pandemia de covid-19, o educador propôs uma parceria com prefeitos e governadores. As articulações futuras podem envolver grupos de trabalho com representantes das maiores cidades e também com equipes de municípios prioritários, onde foi registrada maior defasagem.

Além destas áreas prioritárias, os integrantes do núcleo pretendem agir de forma ampla, com dedicação a todos os níveis de ensino.

“Ficou acordado que vamos trabalhar da creche até a pós-graduação e vai tomar o Plano Nacional de Educação como referência para elaboração do nosso relatório, que é o produto final desse grupo de trabalho da equipe de transição”, destacou Cara.

Escolas cívico-militares

Uma das bandeiras do governo de Jair Bolsonaro (PL) na área de educação, as escolas cívico-militares também entram na pauta de discussão do grupo que se reúne para debater as políticas para o setor visando a nova gestão. Daniel Cara lembra que uma fatia importante da sociedade apoia esse modelo.

“A gente vai ter que enfrentar essa situação, e um debate público, inclusive por que tem governos, mesmo governos de esquerda, que promoveram escolas militarizadas, que é algo muito próximo do que o Governo Federal propôs em relação às escolas cívico-militares. Nenhum policial é melhor educador ou melhor educadora que um professor. É preciso destacar, de maneira muito clara, que a educação se faz com professoras e professores”, afirmou.

Setor privado no GT

Outro tema sensível abordado na entrevista desta quarta com Daniel Cara foi a forte presença de representantes do setor privado no GT montado pela equipe de transição de governo para a educação. O educador afirmou que esse setor ganhou espaço no debate desde o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff (PT) e levou Michel Temer (MDB) ao poder.

“Isso acabou se refletindo na composição do grupo de trabalho. Agora, é importante dizer que, durante a reunião, ninguém teve coragem de defender a reforma do ensino médio, todo mundo reconheceu que pelo menos aperfeiçoamentos devem ser realizados. É uma arena de disputa de um governo que compõe uma frente ampla. O que é importante ressaltar é que educadores e educadoras vão ter que disputar a agenda no futuro governo Lula, como acontece em qualquer composição governamental”, concluiu.

Edição: Rodrigo Durão Coelho

Educador falou sobre ações do Grupo de Trabalho da educação na equipe de transição de governo – Reprodução / YouTube

A capital do país está em alerta para ocorrências criminosas contra credo, cor, idade e deficiência. Em comparação com 2020, o ano passado registrou um aumento de 28% dos casos

FONTE: Correio Braziliense, por Edis Henrique Peres

A cada dois dias, ao menos três pessoas são vítimas de injúria racial na capital do país. Ao todo, o último ano contabilizou 562 casos, um aumento de 28% se comparado com 2020, ano da pandemia. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) e apontam, também, para um aumento no registro de ocorrências de racismo. A prática criminosa deixou a marca de três denúncias, em 2019, para 15, no ano passado. Este ano, o alerta é para a tendência de aumento dos casos. Levantamento exclusivo feito pelo Correio aponta que, se comparados os nove primeiros meses deste ano com 2021, os registros de injúria racial no Distrito Federal aumentaram em 8,8% (veja raio-x).

Doutorando em direito e relações raciais, Danilo Rabelo avalia que o cenário é agravado porque os movimentos negros não são reconhecidos. “Hoje, a nossa política nacional é mais próxima dos senhores de escravos do que dos escravizados. O racismo é estrutural e a forma como a história é contada passa a ideia de que o povo negro não lutou, como se não tivéssemos buscado nossa liberdade. O que acontece é que nossas lutas não são reconhecidas”, lamenta.

Danilo ressalta que o racismo sempre esteve presente na realidade do Brasil. “Embora as pessoas pregassem que não éramos um país racista por sermos multiculturais, sempre tivemos barreiras de cor. O nosso racismo foi calcado na eugenia, na ideia de branqueamento. No Distrito Federal, 60% da população é negra, mas não é ela que ocupa os cargos mais bem remunerados, nem os cargos de chefia, nem a maior parte de lideranças políticas. Guerreiro Ramos, importante sociólogo negro, defendia que precisamos lembrar que o povo brasileiro é essencialmente negro”, cita.

A injúria racial, no entanto, não abarca apenas a questão da cor da pele. O advogado criminalista Luiz Antônio Calháo explica que o crime engloba ofender alguém com base na cor, raça, etnia, religião, idade ou deficiência. “Os crimes de injúria racial e racismo são diferentes. A injúria é prevista no Código Penal, dentro dos capítulos do crime contra a honra, enquanto racismo está previsto em legislação própria, na lei 7.716. A maior diferença é que na injúria, a ofensa é direcionada a uma pessoa específica, enquanto o racismo engloba a sociedade, a coletividade, um grupo de pessoas específicas (daquela mesma etnia, mesma deficiência ou afins)”, detalha.

 

Fonte: Agenda do Poder

Nesta terça-feira, um dia antes da divulgação, pelas Forças Armadas, de um relatório sobre as eleições, a Ordem dos Advogados do Brasil entregou ao Tribunal Superior Eleitoral, no início da noite terça-feira, ofício em que atesta que o “Brasil presenciou eleições limpas, transparentes e seguras” e que a entidade “não encontrou indício algum de irregularidades na votação”.

O relatório foi entregue pelo presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Aimonetti, presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.

“Concluímos que não houve qualquer fato que aponte suspeita de irregularidades no processo de votação. Evidenciou-se, ao contrário, a postura transparente da Justiça Eleitoral na preservação da lisura e da segurança no processo”, diz o parecer da OAB.

“Enquanto entidade fiscalizadora, a OAB Nacional, no primeiro e no segundo turno das eleições, acompanhou a totalização dos votos, presencialmente, no Centro de Divulgação das Eleições do TSE. Atestamos a confiabilidade e a integridade das urnas eletrônicas”.

A Ordem dos Advogados do Brasil afirma ainda que “a efetividade e o respeito à soberania do voto popular foram alcançados com maestria. Desse modo, este Conselho Federal da OAB reafirma, seguramente, que o Brasil presenciou eleições limpas, transparentes e seguras”.