Desafios em várias frentes alcançam nossa categoria: recomposição de salários, reestruturação da Carreira, luta contra a Ebserh (uma espécie de terceirização da saúde nos hospitais universitários) etc. Só juntos podemos enfrentar esse tsumani simultâneo. Na mobilização está a nossa força.
A UFRJ participará do XXIX Seminário Nacional de Segurança das Instituições Públicas de Ensino Superior (Ipes) e da Educação Básica, Técnica e Tecnológica (EBTTs) da Fasubra com 20 delegados e 4 observadores, eleitos em reuniões realizadas no Espaço Cultural do Sintufrj, em dias alternados. O evento ocorrerá de 25 a 29 de setembro, na Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis.
Nesta segunda-feira, 28, foram eleitos os 4 observadores. “Estavam presentes cerca de 30 trabalhadores da universidade, entre porteiros, recepcionistas, administradores, enfim, pessoas que, além dos vigilantes, também integram a segurança de uma unidade”, explicou o coordenador nacional de segurança das universidades federais Antônio Gutemberg Alves do Traco.
Programação
Dia 25/9
. Credenciamento, das 8h às 12h.
. Abertura, às 14h.
. Leitura e aprovação do regimento, às 15h.
Dia 26/9
. Conjuntura nacional, às 8h30.
. Universidade, 10h30.
. Atividades culturais – Visita técnica às fortalezas, às 14h.
Dia 27/9
. Carreira (Fasubra) – Pontuar situação da SUF, às 8h30.
. Segurança pública, cidadania, questões de gênero, crimes de racismo e intolerância (MJSP, PROAFE, DRRI), às 14h.
Dia 28/9
. Terceirização (Lima, UNB), às 8h30.
. Tecnologias aplicadas à segurança (SMI, DRONES, SMA,
Controles de acesso) – Simões, UFSM + Intelbras, às 10h.
. Trabalhos em grupos, às 14h.
Dia 29/9
. Plenária final, às 8h30.
. Eleição da sede do encontro em 2024, eleição da coordenação e entrega de certificados, às 14h.
Vestido com a camisa da campanha “UFRJ adverte: Ebserh faz mal à saúde!”, o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, cobrou, na sessão do Conselho Universitário (Consuni) da quinta-feira, 24, a democratização do debate com relação à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) antes da tomada de qualquer decisão em prejuízo da UFRJ e de seus hospitais universitários. Estavam também presentes na reunião do colegiado, outros dirigentes do sindicato e integrantes do movimento contra a Ebserh.
A ida ao Consumi foi mais uma etapa da Semana de Mobilização que o Sintufrj está promovendo para chamar a atenção da comunidade universitária sobre a intenção da Reitoria em aderir à Ebserh. E coincide com a visita de analistas da empresa às unidades de saúde da instituição como mais um passo na negociação em curso, aprovada de maneira açodada no colegiado, em 2021, sem escutar os milhares de trabalhadores das unidades hospitalares e institutos que compõem o Complexo Hospitalar da UFRJ.
Debate amplo, já!
Esteban levou ao colegiado a posição do Sintufrj e de setores relevantes da comunidade universitária contra a entrada da Ebserh na UFRJ. O dirigente cobrou o compromisso de campanha do reitor Roberto Medronho de realizar amplo debate e, inclusive, criar uma comissão paritária para tratar do assunto.
Mobilização
A Semana de Mobilização conta de intensa agitação envolvendo a direção do Sintufrj, apoiadores da gestão e trabalhadores da base, que estão percorrendo as unidades de saúde e entregando um panfleto esclarecedor sobre as razões pelas quais o sindicato e parte da comunidade universitária não quer a terceirização do comando dos hospitais da universidade.
Segundo Esteban, o movimento contra a Ebserh foi surpreendido, em julho, pela notícia de que fora constituído um grupo de trabalho, liderado por alguém com notório entusiasmo pela adesão à empresa. A reivindicação é que esse GT seja ampliado, com a participação das entidades representativas dos três segmentos da universidade, para que realmente ocorra o debate sobre o tema. “Queremos fazer parte do debate”, afirmou o coordenador do Sintufrj. Ele apontou a necessidade de análise dos impactos da empresa nas instituições que já a adotaram como gestora de seus hospitais. “Tem que haver contraponto entre as visões divergentes”, ponderou.
Em assembleias e congressos do sindicato e da Fasubra, já manifestou rejeição à Ebserh, mas, disse Esteban, a entidade está disposta a fazer o debate. Mesmo a Reitoria tendo iniciado negociações com a empresa sem levar em consideração a reivindicação de debate.
Resposta do reitor
Segundo Roberto Medronho, a decisão de abertura de negociação com a Ebserh foi aprovada pelo Consumi em dezembro de 2021, e que ele se comprometeu a respeitar as deliberações dos colegiados. Disse que não há contrato assinado com a empresa e que não irá assinar sem antes colocar o fato em discussão no conselho. “Ou seja, meu compromisso está mantido”.
Para que haja negociação, disse o reitor, tem que haver reuniões, diálogo. “É exatamente isso que está ocorrendo”, frisou. Medronho informou que o GT tem o propósito de subsidiar a elaboração de diagnostico no que se refere a ações de atendimento à saúde e de propostas de atuação das unidades hospitalares. “O que está em curso são as tratativas para negociação, visando a elaboração de uma proposta de contrato que, tão logo fique pronta, será trazida para este conselho para que possamos discutir”, explicou.
O coordenador-geral do Sintufrj informou que a entidade formalizará junto à Reitoria, a reivindicação para O reitor Roberto Medronho lembrou que a decisão de abertura de negociação foi tomada pelo Consumi (em dezembro de 2021) e que se comprometeu a respeitar as deliberações do Conselho. Disse que a universidade iniciou o processo de negociação com a Ebserh, esclarecendo que não há contrato assinado com a empresa e que não irá assinar sem antes colocar em discussão no conselho. “Ou seja, meu compromisso está mantido”.
Segundo ele, para que haja negociação, tem que haver reuniões, diálogo, “e é exatamente isso que está ocorrendo”, disse, informando que o GT temático tem o propósito de subsidiar a elaboração de diagnostico no que se refere a ações de atendimento à saúde e na elaboração de propostas de atuação das unidades hospitalares. “Então o que está em curso são as tratativas para negociação, visando a elaboração de uma proposta de contrato que, tão logo fique pronta, será trazida para este conselho para que possamos discutir”, explicou.
O coordenador-geral do Sintufrj informou que o Sintufrj formalizará junto à Reitoria, a reivindicação para que todas as entidades que compõem o movimento na comunidade universitária, façam parte do grupo de trabalho
Semana de luta por salário
Na manifestação no Consuni, Esteban também deu informes sobre a luta da categoria pela reposição salarial e por recomposição do orçamento das universidades. “Infelizmente, seguimos com uma política fiscal que é lastreada no regime de teto de gastos. Nós somos contra essa política, porque pode resultar em congelamento dos salários e de investimentos por anos na educação e na saúde, e em outras áreas cruyciais para a população”. Ele acrescentou que a luta dos trabalhadores das Ifes continua na próxima semana, quando o orçamento é fechado.
Muito se diz sobre os “supersalários” do funcionalismo público, mas o dia para acabar com essa farsa chegou
📊 levantamento publicado pela Folha aponta que 70% ganham até R$5.000,00, ainda bem longe de ser um supersalário.
E qual o percentual dos servidores que se encaixam nesse perfil de supersalários, ou seja, aqueles que ganham um salário acima de R$41.650,00? Apenas 0,06%! 😲
👉 Mesmo diminuindo o valor e mantendo um salário considerado alto, o percentual de servidores públicos contemplados ainda é pequeno. Os que ganham acima de R$27.000,00 resultam num percentual de 1%.
‼️ O setor público tem, em média, salários mais altos do que o privado. Mas a lógica precisa ser corrigida! Não é o setor público que paga bem, e sim, é o setor privado que explora o trabalhador ao máximo, pagando mal seus empregados.
🇧🇷📚 Estudar, passar em concursos e servir ao Brasil sendo mão de obra qualificada é uma jornada que merece nosso respeito e ter uma remuneração justa faz parte disso.
Ao som da percussão que associava a manifestação a ancestralidade negra, o pátio atrás da Candelária reuniu o protesto puxado pelo movimento negro contra a violência policial que mata pretos e pobres nas comunidades. Presentes sindicatos, representantes de organizações do movimento social e de partidos de esquerda. O carro de som do Sintufrj propagou os discursos de denúncia de histórias trągicas e resistência e que teve como um dos alvos o governador Cláudio Castro – classificado de genocida por ter sob o seu comando as polícias militar e civil responsáveis pela que invade casas e submete o povo à barbárie e assassinatos.
Manifestações semelhantes aconteceram em várias cidades brasileiras. No Rio, depois da concentração na Candelária, a marcha do protesto desceu a Rio Branco e chegou até o Buraco do Lume, em frente a Assembleia Legislativa. No curso da passeata, manifestantes procuraram dialogar com a população chamando atenção para o cenário de injustiça e abuso em que as comunidades do estado – em particular do Grande Rio e Região Metropolitana – são transformadas pelas operações policiais. Esse imenso volume de moradores que habitam favelas e outros locais de trabalhadores é alvo de violação de direitos.
Jornada dos Movimentos Negros Contra a Violência Policial pede fim da violência de estado e justiça por Mãe Bernardete
Redação
Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ)
Representantes de diversas entidades ligadas ao movimento negro realizam atos nesta quinta-feira (24), nas cinco regiões do país, contra a violência policial. A mobilização acontece em dezenas de estados, nas cinco regiões do país (confira a lista com horários e locais ao fim deste texto).
A mobilização nacional foi convocada depois de uma série de chacinas, entre julho e agosto, com pelo menos 32 mortes na Bahia, outras 20 em São Paulo e 10 no Rio de Janeiro. Os protestos lembram ainda a liderança do Quilombo Pitanga dos Palmares, Maria Bernadete Pacífico, que foi executada a tiros na última semana, dentro do terreiro Ilê Axé Kalé Bokum, onde era ebomi, na região metropolitana de Salvador (BA).
“Nos insurgimos nas ruas de diversas cidades brasileiras contra as chacinas, mortes e execuções que ocorrem sob a anuência do Estado e têm vitimado até mesmo crianças. O sentimento de vingança e o pretexto da guerra às drogas não podem ser usados como desculpas para matar. Não existe amparo na constituição e na Lei para pena de morte no Brasil”, diz nota assinada por dezenas de entidades do movimento negro e outros representantes da sociedade civil.
“Os últimos anos de condução do país aprofundaram a presença do neofascismo na sociedade brasileira e uma das principais marcas talvez seja a fascistização das polícias. Sua herança segue disputando a sociedade. No Brasil, o fascismo e o racismo andam de mãos dadas. Precisamos seguir combatendo”, apontam as entidades.
As entidades ligadas ao movimento negro lançaram também uma carta com onze reivindicações ao Estado e às instituições brasileiras. São elas:
1 – Que o Superior Tribunal Federal proíba operações policiais reativas (com caráter de vingança) a assassinato de policiais e operações invasivas e em comunidades sob pretexto do combate ao tráfico de drogas, com base no precedente da ADPF 635 das Favelas e nas proposições da ADPF 973 das Vidas Negras;
2 – Ao Congresso Nacional, Lei Federal que torne obrigatório e regulamente câmeras em uniformes de agentes de segurança pública, em todos os níveis (guardas municipais, polícias estaduais e federais), além de agentes de segurança privada em todo país;
3 – Plano Nacional de reparação para familiares e vítimas do estado, bem como para seus territórios, pelo Governo Federal;
4 – Ao Governo Federal, a federalização de todos os casos em que o resultado da incursão policial caracterize assassinatos, execuções e/ou chacinas e massacres;
5 – Ao Congresso Nacional e ao STF, a construção de uma política de drogas que seja fundamentada em evidências científicas, na garantia dos direitos humanos e individuais, na redução de danos, na promoção da educação e da saúde pública, sua descriminalização, colocando definitivamente um fim a guerra às drogas, que segue justificando chacinas contra vidas negras e pobres em todo país;
6 – Ao Congresso Nacional e ao STF que coloquem limites às abordagens policiais para que não sejam racistas e discriminatórias a partir da criação de critérios objetivos para a “fundada suspeita” (instituição de um Sistema Nacional de Abordagem Policial);
7 – Ao STF, ao Congresso e ao Governo Federal, o fortalecimento dos mecanismos de prevenção combate e rigorosa punição à tortura, como as audiências de custódia presencial e o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, resgatando inclusive as 29 recomendações da Comissão Nacional da Verdade de 2014.
8 – Ao Congresso Nacional, a revogação da Lei de Drogas 11.343/2006, o fim dos homicídios decorrentes de oposição à ação policial e a desmilitarização das polícias;
9 – Ao Congresso Nacional e ao STF, que imponham métodos de controle externo à atuação policial e a responsabilização e cobrança ao papel constitucional dos Ministérios Públicos no que diz respeito à limitação da atuação violenta das polícias.
10. Suspensão de qualquer investimento em construção de novas unidades prisionais, e proibição absoluta da privatização do sistema prisional, sem prejuízo de uma solução imediata às superlotações dos presídios brasileiros, dado o gravíssimo aviltamento à dignidade humana.
11. Pelo reconhecimento dos terreiros como espaços do sagrado e pela Titulação dos territórios quilombolas no Brasil; Proteção e garantia da vida aos defensores de direitos humanos quilombolas e de matrizes africanas! Basta de racismo religioso! Titulação, já!
Conversas interrompidas por longos abraços de ex-colegas que há muito tempo não se viam e gostosas risadas se repetindo. Isso é o que ocorre todo mês na reunião do Sintufrj com os aposentados e pensionistas, e não foi diferente nesta quarta-feira, 23. Os aniversariantes de julho e agosto foram festejados com suco e o famoso bolo de glacê de noiva que somente a coordenadora Ana Célia tem a receita.
Na pauta, o X Encontro Nacional da Fasubra de Aposentados(as), Aposentados(as) e Pensionistas, dias 15, 16 e 17 de setembro, em Brasília, cujo tema escolhido para este ano foi “Viver é ter respeito, liberdade e amorosidade!” A representação do Sintufrj no evento será de oito delegados(as), entre efetivos e suplentes, e coordenadores sindicais.
Entre os assuntos que serão discutidos no encontro estão a reestruturação da carreira — assunto que tem dominado os debates em toda a base da federação –, plano de cargos e salários, planos de saúde privados, decretos e projetos de leis que podem prejudicar os aposentados e pensionistas.
Negociação com
o governo e Ebserh
“Sejam muito bem-vindos!”, saudou os cerca de 40 presentes no Espaço Cultural do Sintufrj a coordenadora de Aposentados e Pensionistas da entidade, Ana Célia. Em seguida, ela propôs uma dinâmica diferente para as próximas reuniões. “Nosso grupo no WhatsApp está aberto para sugestões de temas para discutirmos aqui”.
A convite da coordenadora, a aposentada Vânia Guedes, que participa do GT Carreira-Sintufrj e foi delegada ao XXIV Confasubra e à última plenária da federação, informou sobre as negociações com o governo e sobre a mobilização contra a adesão da UFRJ à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
“Não temos bons informes desta vez”, iniciou ela. “O governo não tinha proposta para apresentar na reunião dia 10 de agosto com o Fonasefe – Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Federais, do qual a Fasubra faz parte. “Porque condicionou o valor que será destinado à Educação e que entrará na LOA (Lei Orçamentária Anual), à aprovação do Arcabouço Fiscal, que substituirá o Teto de Gastos. Nessa data, o Sintufrj realizou um bonito ato e caminhada no centro do Rio como forma de pressão. A mobilização foi nacional,” acrescentou.
O arcabouço fiscal, explicou Vânia, tira dinheiro da saúde e da educação para os banqueiros. “A LOA”, disse, “terá que ser aprovada pelo Congresso Nacional até o dia 31 de agosto e o governo chamou uma mesa de negociação com o Fonasefe para três dias antes dessa data”.
“Queremos o reajuste da tabela, com piso de três salários-mínimos e step de 5% (step é a diferença percentual entre um padrão de vencimento e outro)”, detalhou a aposentada. Ela lembrou que os cargos de nível A, como de faxineiro, foram extintos pelo golpista Temer e genocida Bolsonaro, impondo à UFRJ a terceirização desses trabalhadores.
Segundo Vânia, os terceirizados ganham um salário-mínimo, mas saem mais caro para o governo, porque o dinheiro maior vai para as empresas, cujos donos muitas vezes são deputados, senadores ou empresários amigos do poder.
“A UFRJ é a única universidade federal que não aderiu à Ebserh”
Os informes sobre a luta do Sintufrj e parte da comunidade universitária contra a adesão da universidade à Ebserh rendeu muita discussão. A maioria dos servidores do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) se manifestou. Vários disseram que está faltando informações a respeito do que ocorrerá com os trabalhadores se a gestão da unidade passar para a empresa.
Houve proposta de o Sintufrj elaborar um documento à população expondo o que significará a privatização das três maiores unidades de saúde da UFRJ – HUCFF, Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) e a Maternidade Escola –. “Precisamos chamar a atenção da mídia e convocar as associações de moradores do Complexo da Maré para nos ajudar na mobilização contra a Ebserh. As pessoas precisam saber que o número de atendimento irá diminuir”, defendeu Vânia.
“Os servidores do HU precisam ser esclarecidos sobre a Ebserh. Eles acreditam que com a empresa terão melhorias salariais e no plano de cargos”, reivindicou a aposentada Diná. “Existe a gratificação por chefia, mas a Ebserh pode contratar até profissionais pela CLT para ocupar esses cargos. É a empresa que escolherá seu pessoal de confiança. Vai ter cartão de ponto, inclusive,” alertou Vânia.