Corte britânica julga se jornalista será extraditado para os EUA
Com informações da Agência Brasil
Na terça-feira (20) e nesta quarta-feira (21), manifestantes se reuniram no Rio de Janeiro e em algumas capitais brasileiras para pedir pela sua liberdade para exigir a liberdade do jornalista Juian Assange cujo destino está sendo decidido por uma corte judicial no Reino Unido. Aqui no Rio o grupo se concentrou a partir de 17h na terça em frente ao Consulado Geral Britânico, na Praia do Flamengo, na zona sul da capital fluminense. Outros atos também foram convocados em São Paulo, Porto Alegre e Curitiba.
Julian Assange é fundador da plataforma WikiLeaks, que se tornou conhecida mundialmente em 2010 quando publicou diversos documentos sigilosos do governo dos Estado Unidos. Entre eles estavam registros secretos do exército do país, inclusive sobre violações de direitos humanos nas guerras do Afeganistão, iniciada em 2001, e do Iraque, em 2003. O conteúdo atraiu o interesse de veículos da mídia tradicional de diversas nações e gerou grande repercussão mundial. Desde então, Assange se tornou alvo de investigações criminais nos Estados Unidos.
Nos anos seguintes, a divulgação de outros documentos manteve o WikiLeaks em evidência. Em 2015, por exemplo, novas publicações revelaram que a então presidenta brasileira Dilma Rousseff e outros componentes de seu governo foram alvos de espionagem pelos Estados Unidos.
Assange passou um período na Suécia, onde chegou a ser alvo de uma acusação por estupro, posteriormente arquivada. Mas em decorrência desse processo, ele foi preso em Londres. No entanto, conseguiu obter liberdade condicional e buscou abrigo na embaixada do Equador, situada na capital inglesa. Lá ficou por quase sete anos. Ele recebeu asilo diplomático do governo equatoriano, mas a condição foi revogada após mudanças no comando do país latino-americano. O então presidente Lenin Moreno chegou a classifica-lo como “terrorista cibernético”. Sua decisão, tomada em 2018, abriu a brecha para sua prisão pela polícia inglesa em 2019. Desde então, ele encontra-se sob custódia em uma unidade de segurança máxima.
Em 2022, o Reino Unido aprovou a extradição de Assange para os Estados Unidos, onde ele foi acusado com base na Lei de Espionagem, que foi promulgada há mais de cem anos para condenar espiões e traidores da pátria durante a Primeira Guerra Mundial. A pena pode chegar a 175 anos de prisão. Organizações internacionais de direitos humanos, críticas do processo, alegam que seria o primeiro caso de um jornalista denunciado com base nesse dispositivo.
Desde que foi aprovada a extradição, Assange vem recorrendo. Nesta terça-feira (20), a Suprema Corte do Reino Unido analisa novo pedido da defesa. O julgamento se estende até esta quarta-feira (21). Uma decisão desfavorável pode esgotar no país as suas chances para impedir a extradição. Ele ainda pode obter sucesso no Tribunal Europeu de Direitos Humanos.
Atos em apoio ao jornalista foram marcados em diversos países. No Brasil, as manifestações foram convocadas por diferentes entidades e movimentos sociais, através de suas redes sociais e de seus sites. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que integra a mobilização, considera que a prisão do jornalista configura um ataque à liberdade de imprensa.
“Se Assange for extraditado, se abrirá perigoso precedente legal. Qualquer pessoa poderá ser extraditada: jornalista, editor, denunciante, qualquer um, pois, nem mesmo a defesa do interesse público estará assegurada em um julgamento de espionagem. Na prática, o que está em julgamento é o direito de imprensa, de informação e de dissenso em nível internacional”, registra nota divulgada no site da entidade.
Manifesto fala em defender presidente contra ‘vozes mais reacionárias do planeta e de nosso país, cúmplices do genocídio comandado pelo governo Netanyahu’
O Comitê Popular do Centro de São Paulo lançou nesta segunda-feira (19/02) o abaixo-assinado “Lula tem razão”, que tem como objetivo apoiar a declaração feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia anterior.
A iniciativa se refere às palavras do presidente qualificando a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza como um “genocídio” e comparando a situação dos palestinos residentes no território com a dos judeus que enfrentaram a política de extermínio nazista na Alemanha dos Anos 30 e 40.
A campanha criou o seu próprio site (www.lulatemrazão.com) para reunir as assinaturas a favor do que descreve como “histórica declaração do presidente Lula em Adis Abeba, na Etiópia, deixou ainda mais claro e evidente o genocídio praticado pelo governo Netanyahu contra o povo palestino”.
A declaração mencionada foi realizada neste domingo (18/02), durante coletiva de imprensa após a participação do presidente na 37ª Cúpula da União Africana. Lula afirmou que “o que está acontecendo hoje com o povo palestino não tem precedentes na história do mundo. Na verdade, houve um momento em que Hitler decidiu matar os judeus”.
A declaração mencionada foi realizada neste domingo (18/02), durante coletiva de imprensa após a participação do presidente na 37ª Cúpula da União Africana. Lula afirmou que “o que está acontecendo hoje com o povo palestino não tem precedentes na história do mundo. Na verdade, houve um momento em que Hitler decidiu matar os judeus”.
“Ao comparar as práticas criminosas do regime sionista com os métodos nazistas do Holocausto, apontou para o mundo, de forma muito clara, a dimensão da tragédia humanitária em curso”, afirma o texto do abaixo-assinado a favor do presidente.
A ofensiva militar israelense à Faixa de Gaza, iniciada em 7 de outubro de 2023, já produziu mais de 29 mil mortes civis, entre as quais se incluem 13 mil crianças, segundo estatísticas oficiais de entidades de apoio aos refugiados palestinos. Estima-se também que há cerca de 8 mil corpos desaparecidos sob escombros, o que elevaria o total de vítimas a mais de 37 mil. Esse número representa cerca de 1,68% da população do território palestino, que é de aproximadamente 2,3 milhões de pessoas.
Em outro trecho, o manifesto alega que “o Estado de Israel não pode usurpar e desrespeitar a memória judaica do sofrimento nos campos de extermínio para agredir, de forma semelhante, a um outro povo”.
Ao concluir, o texto ressalta que “contra as palavras do presidente Lula, erguem-se as vozes mais reacionárias do planeta e de nosso país, cúmplices do genocídio comandado pelo governo Netanyahu”.
“Em solidariedade ao líder do povo brasileiro, subscrevemos esse manifesto. Presidente Lula, ao seu lado estão os povos do mundo, as forças democráticas e o que a humanidade tem de melhor”, diz o abaixo assinado, em seu parágrafo final.
. Com tristeza a direção do Sintufrj registra o falecimento da técnica-administrativa Leonice Bezerra Coelho, aos 68 anos, ocorrido no dia 8 de fevereiro. Na UFRJ desde 1976, segundo seus colegas de trabalho, ela era referência de profissionalismo no Laboratório 628, que pertence ao Departamento de Química Inorgânica do IQ, onde exercia a função de química.
Para que ninguém esqueça da importância de Leonice no Instituto de Química (IQ), principalmente da sua dedicação integral às pesquisas que desenvolvia, a equipe que a acompanhava propõe que o Laboratório 628 passe a se chamar Leonice Bezerra Coelho. Gratidão, companheira.
. Outra perda lamentável foi a do professor emérito Edwaldo Machado Cafezeiro, no dia 16 de fevereiro. Em 1986, ele assumiu o cago de diretor da Faculdade de Letras e se destacou pela forma gentil e acolhedora com a qual tratava a todos. Era um defensor da universidade pública, gratuita e de qualidade, e preocupava-se com as questões sociais.
Conforme listou a Reitoria, Cafezeiro “estimulou a inclusão de grupos afro-brasileiros na Faculdade de Letras e acolheu na unidade um dos nomes de referência sobre o estudo da cultura africana no país, o professor Joel Rufino dos Santos. O diretor teatral e apresentador de televisão brasileiro Aderbal Freire Filho, perseguido nos anos difíceis da ditadura, também foi outro nome que ganhou abrigo na UFRJ graças a Cafezeiro”.
Além de professor de Língua Portuguesa, ele tinha pós-doutorado em Teatro Medieval Português pela Universidade de Lisboa, tendo lecionado História do Teatro no Conservatório Nacional de Teatro (antiga Uni-Rio). Cafezeiro era baiano e casado com a professora Carmem Gadelha, da Escola de Comunicação da UFRJ.
Reunião desta sexta-feira 16 no Rio de Janeiro mostrou força e representatividade para as ações da próxima semana. Objetivo: pressão no governo dentro da campanha salarial
Esta sexta feira diversos sindicatos de categorias de servidores públicos federais se reuniram para tratar as orientações do Fonasefe (o Fórum nacional de servidores federais) para a organização dos atos unificados na quinta-feira (22) e na quarta-feira (28) quando vão se desenrolar em Brasília negociações com o governo.
A reunião de agora há pouco ganhou fôlego pela representatividade. Veja algumas das entidades presentes: Sintufrj, Sindisep-RJ, Andes-RJ, Sintifrj, Sintur-RJ, Sintuff-Rj, Aduff-RJ, Assibge-SN, Sepe-RJ, Sinasefe Iff, Sindscope, Assines Ssind, Sindiserf, Asfoc-SN e outros.
O Sintufrj teve papel protagonista na convocação da reunião, a partir da compreensão da necessidade de unidade na luta para conquistar ganhos salariais. Esteban Crescente e Nivaldo Holmes, coordenadores do sindicato, estavam presentes.
Protestos unificados vão acontecer nos dias 22 e 28 às 16h no Buraco do Lume, Centro do Rio, ao lado do novo prédio da Alerj.
O dia 22 é dia de mesa nacional de negociação da Carreira dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação em Brasília. Neste dia, as entidades sindicais da educação federal convocaram um Dia Nacional de Lutas. Também neste dia haverá paralisação da categoria na UFRJ, como decidiu assembleia da categoria.
Coordenadora-geral do Sintufrj e representante técnico-administrativa no colegiado, Marta Batista alerta observou: para construir uma gestão participativa, horizontalizada, democrática, é preciso ter dados de maneira mais clara”, alertou ao colegiado.
O Conselho Universitário, reunido nesta quinta-feira, 8, escutou a explanação do professor João Carlos Ferraz, integrante do Grupo de Trabalho para acompanhar o Projeto para Utilização e Valorização dos Ativos Imobiliários da UFRJ (autodenominado) sobre o andamento e metodologia para a negociação do edifício Ventura Corporate Towers, imóvel enormemente valorizado na Avenida Chile, Centro.
A exposição não acarretaria, segundo a Reitoria, naquele momento, nenhuma deliberação. Mas é a largada desta etapa do projeto no Consuni e deve retornas nas próximas sessões.
Críticas
“Não pode ser a solução da universidade alienar patrimônio. Quais tem sido as movimentações da Reitoria (para lutar por recursos)?”, questionou a estudante Camile Paiva, criticando a lógica imposta ao serviço público de sempre viver no gargalo. E lembrando que no IFCS e em outros lugares, no verão os estudantes estão dentro de “saunas de aula”. A ampliação do debate, segundo ela, vai além das reuniões nas decanias, fundamentais mais insuficientes para que de fato se ouça a comunidade acadêmica.
A estudante Isadora Camargo completou lembrando a importância da UFRJ como ponta de lança na luta pela recomposição orçamentária. Momento antes, ela havia citado como exemplo, a conquista pelo DCE Mário Prata – com mobilização, denúncia e até ocupação da unidade pelos estudantes – da emenda parlamentar do deputado Glauber Braga de R$1,5 milhão para recuperação do prédio do IFCS-IH, no Largo de São Francisco, apesar de alertar que o valor é inferior às necessidades de recuperação urgente.
Ponta de lança
A representantes dos técnicos-administrativos foi taxativa Marta Batista, coordenadora-geral do Sintufrj: “A Educação precisa ser de fato um projeto de Estado, o que nunca aconteceu. Sempre estivermos imersos num Estado colonizado, depois, um Estado capitalista e é até hoje um Estado com políticas profundamente neoliberais, inclusive na educação. E se é verdade que a gente lutou muito, inclusive para tirar o governo fascista, que odiava a ciência da institucionalidade, é verdade também que a gente tem uma grande luta ainda contra o centrão e a extrema-direita. Por isso a gente nunca tem prioridade no orçamento, que tudo é com muita luta, e é por isso que a gente, enquanto o movimento cobra, e vai continuar cobrando, que a Reitoria tenha uma postura de ponta de lança na luta e na cobrança pública, por mais orçamento público para as nossas universidades e para as nossas instituições”, disse, colocando que a categoria espera o aprofundamento do debate e que não seja como no caso do Equipamento Cultural de Multiuso e o da Ebserh.
“A gente não pode esquecer como foi a aprovação do Equipamento Cultural de Multiuso, que nem sequer os contrários puderam se manifestar, foi em meio ao protesto no Consuni, foi em meio a um debate completamente atropelado. E a Ebserh também, no voto secreto, atropelando. O processo de diálogo fica facilitado quando a gente não está adiante de um trator passando o tempo inteiro por cima da gente e impondo prazos e fazendo manobras, não fazendo debate de maneira pública. Então, acho que essa metodologia de conduzir as coisas, a falta de transparência, a falta de democracia, ela também determina bastante das relações e de como que se dão os debates” criticou explicando que a categoria vai aprofundar o debate nos seus fóruns (o sindicato vai promover os debates) e que é preciso esclarecer aspectos como , a ordem dos valores envolvidos e o montante do investimento.
Por dados claros
“A gente precisa entender qual que é o plano de investimento da reitoria para não ficar trabalhando com expectativas. Todo mundo fica atraído por essa expectativa de um dinheiro, mas que, na verdade, a gente acaba sempre nessa lógica de um cheque branco e a gente, para construir uma gestão participativa, horizontalizada, democrática, precisa ter os dados de maneira mais clara”, ponderou a conselheira.
Debate
“Todas as outras contrapartidas, elas serão também discutidas entre nós. Nós vamos definir quais os lugares que temos para investir caso a alienação seja exitosa. Agora, para finalizar, realmente espero que os movimentos oposicionistas, naturais e democráticos, se manifestem, venham ao Consuni, batam bumbo, mas eu não posso aceitar, em nome da institucionalidade, em nome da democracia, que os conselheiros sejam impedidos de falar. Quando se impede que o outro fale, há, sim, a violência verbal. O debate vai se ampliar cada vez mais agora. Precisamos tomar esta decisão. Mas, no momento da decisão, este reitor assegurará a fala de todos os conselheiros. E, no limite, convocarei uma sessão remota”, anunciou.
Pedido emergencial a Lula
O decano do CCS Luiz Eurico, apresentou proposta de moção (já aprovada no Conselho do CCS) que aponta graves problemas estruturais no centro e em toda universidade. Agravados pelas últimas chuvas.
Na moção, aprovada pelo colegiado, reivindicam que o reitor, junto com os demais dirigentes da Ifes, se reúna com o presidente Lula para levar os graves problemas vividos pelas Instituições Federais de Ensino, solicitando recursos emergenciais
UFRJ recorre a parlamentares
O reitor Roberto Medronho reforçou o convite para a reunião com os parlamentares no dia 26 de fevereiro (sexta-feira) às 9h (o local ainda será anunciado). Segundo ele, já confirmaram a presença dois dos três senadores, e 25 dos 49 deputados federais da bancada do Rio, de todo espectro político e que a ideia é apresentar a dimensão da UFRJ e sua produção: “Vai ser um momento importante porque a bancada, pode nos ajudar muito na luta em defesa de um orçamento mais adequado para a universidade”.
Gil doutor da UFRJ
O Conselho Universitário aprovou, também na sessão do dia 8 de fevereiro, a concessão, por aclamação, do título de Doutor Honoris Causa ao compositor, cantor e poeta e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil.
A proposta foi apresentada pela Escola de Música e aprovada por unanimidade no Conselho de Coordenação do Centro de Letras e Artes em outubro.
O parecer indicando a aprovação relaciona diversos momentos importantes da trajetória de Gil para confirmar a notoriedade “artística multifacetada nos cenários nacional e internacional” e sua grande influência na música popular brasileira.
O texto lembra que “Gilberto Gil é conhecido não apenas pelo seu talento musical, mas também por seu ativismo político e engajamento em questões sociais” e que a sua discografia é “uma crônica musical da sociedade, fornecendo uma análise crítica dos problemas e desafios enfrentados pelo Brasil e pelo mundo”.
Gil nasceu em 26 de junho de 1942 em Salvador. Foi ministro da Cultura entre 2003 e 2008 e foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2021. Foi um dos ícones da Tropicália, movimento artístico surgido na década de 1960.
A UERJ também aprovou a concessão do mesmo título a Gil no dia 2 de fevereiro. O título da UFRJ deve ser entregue em abril.
Trajetória
Alguns dos momentos destacados o parecer apresentado por Clynton Lourenço Correa:
– No início dos anos 1960 mudou-se para São Paulo e vivenciou o movimento de bossa nova e participou ativamente do núcleo fundante da Tropicália (movimento brasileiro de ruptura cultural que, na música, tem como marco o lançamento do disco Tropicália ou Panis et Circensis).
– A participação de Gilberto Gil no festival de música promovido pela Rede Record, em 1967, foi fundamental para a consolidação do Tropicalismo. Com Os Mutantes cantou “Domingo no parque”, de sua autoria, que obteve o 2º lugar.
– Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, mostrou-se um músico versátil, sempre experimentando e se reinventando.
– Através de sua música, transmite mensagens sociais e políticas relevantes, tornando-o um verdadeiro ícone da música brasileira e um artista atemporal.
– Com mais de 50 álbuns lançados, sua obra abrange uma vasta gama de estilos, desde a bossa nova até o reggae, passando pelo samba, o rock e a música nordestina.
– Suas letras poéticas e engajadas dialogam com questões sociais, políticas e culturais, tornando sua discografia não apenas musicalmente rica, mas também reflexiva e relevante para seu tempo;
– Ao longo de sua carreira, Gilberto Gil abordou temas como desigualdade social, racismo, questões ambientais, política e identidade cultural.
– Durante a ditadura, foi um defensor dos direitos humanos e da liberdade de expressão, enfrentando censura e perseguição.
– Foi responsável pela implementação do Plano Nacional de Cultura, que estabeleceu diretrizes para o desenvolvimento cultural do país.
Prêmios nacionais e internacionais
– Título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa e Instituto Federal da Bahia (2023) e pela Universidade de Aveiro (2006);
– Membro da Academia Brasileira de Letras (2022);
– Dois prêmios no Grammy Latino por ‘Melhor Álbum de Música Popular Brasile0ira’ com ‘BandaDois’ e ‘Melhor Álbum de Músicas de Raízes Brasileiras’, por ‘Fé na festa’ (2010);
Livros
“O poético e o político. E outros escritos” (1988) com Antonio Riserio; “Gilberto Bem perto” (2013) com Regina Zappa; “Cultura pela palavra” (2013) com Juca Ferreira e “Disposições amoráveis” (2016) com Ana de Oliveira.
RESULTADO DO SORTEIO PELA LOTERIA FEDERAL QUE PREMIOU SERVIDOR COM UMA TV 43” COM SUPORTE FIXO. CARLA BRANDAO WOYAMES FOI A SORTEADA COM O NÚMERO 11632
Trajetória de servidora é exemplo de dedicação e da ocupação de espaços institucionais por técnicos-administrativos na UFRJ
Os técnicos-administrativos da universidade viveram um momento especial pelo simbolismo da homenagem à servidora Benedita Aglai da Silva na solenidade de colação de grau de turmas de Ciências Biológicas do Instituto de Biologia (IB).
Aglai, uma pernambucana que serviu vários anos ao IB, foi a primeira técnica-administrativa a chegar à posição de Diretora de Ensino do instituto – unidade na qual também chegou a presidir a congregação.
Nas palavras de Francisco de Assis, dirigente da Fasubra e servidor do Instituto de Biologia, a trajetória de Aglaia é expressão da “ocupação de espaços institucionais” por técnicos-administrativos na UFRJ, anteriormente monopólio de docentes.
A servidora – aposentada pela imposição do limite de idade – foi homenageada por trabalhadores da Seção de Ensino do IB, gesto que envolveu as centenas de pessoas (jovens, seus familiares e professores) presentes na solenidade no Quinhentão.
Universidade pública
No seu discurso, no qual agradeceu a homenagem, Aglai fez um rápido histórico desde quando chegou ao Rio de Janeiro vindo de Recife. Ela descreveu parte de sua trajetória acadêmica e momentos importantes dos 42 anos de UFRJ, num roteiro de lutas e vitórias.
A palavra da homenageada foi antecedida por saudações, entre as quais a de Miriam Silva dos Santos e de Elaine Soares, da Seção de Ensino do Instituto de Biologia.
A manifestação de Francisco de Assis dos Santos ganhou tons de emoção, especialmente pelo fato de ele associar o histórico da homenageada à realidade da UFRJ e à luta em defesa da universidade pública, de sua democratização (citando a criação dos cursos noturnos), da necessidade de ocupação de espaços institucionais pelos técnicos-administrativo (postura da qual Aglai é um exemplo).