A Rádio Sintufrj (sintufrj.minharadio.fm) vai se incorporar à rede de canais digitais que vão transmitir a live Tributo a Horácio Macedo III na manhã desta sexta-feira 29. Esta edição tem como tema ‘O legado das políticas públicas de um reitor que mudou a relação da UFRJ com o seu entorno”.
Nas lives anteriores a roda de conversas e depoimentos tratou da jornada que elegeu Horácio Macedo o primeiro reitor eleito pela comunidade universitária de uma universidade federal e da luta do professor pela autonomia universitária que acabou contemplada na Constituição.
Em 1985 faz 40 anos que o reitor comunista assumiu a direção máxima da UFRJ implantando procedimentos que revolucionavam os padrões adotados à época. Especialmente que nos anos anteriores a universidade viveu o impacto de uma ditadura de governo militar.
A live é coordenada e mediada por Francisco de Assis, que além de apoiador do atual mandato do Sintufrj, é coordenador da Fasubra.
Além da Rádio Sintufrj, o programa vai ser transmitido pelo canal oficial da UFRJ e pelos perfis do sindicato no Facebook, Instagram e Youtube.

 

A educação municipal está em greve por tempo indeterminado contra o Projeto de Lei Complementar (PLC) 186/2024 do prefeito Eduardo Paes que traz vários ataques aos servidores municipais. O movimento que exige o arquivamento do projeto foi deflagrado segunda-feira, 25, e já sofreu repressão com bombas de efeito moral e balas de borracha desferidos pelas forças de segurança municipal e estadual em protesto em frente à Prefeitura.
Já na terça-feira, 26, com manifestação na Câmara do Rio, os servidores conseguiram retirar de pauta essa semana a votação do projeto e arrancou reunião com os parlamentares. Nesta quinta-feira, 28, a categoria realizou vigília na Câmara Municipal pela manhã com ato na Cinelândia. Nova assembleia para discutir os rumos da greve acontece nesta sexta-feira, 29, na São Clemente.
Prejuízos
O PLC 186 estabelece novas regras para o Plano de Cargos e Salários dos profissionais da educação. Está sendo proposto a alteração da contagem das horas-aula dos professores da rede municipal prejudicando gravemente a categoria.
O PLC, que além de modificar o formato da hora-aula fazendo com que o professor trabalhe mais sem contrapartida salarial, acaba com a licença especial de todos os servidores e coloca em risco o formato atual das férias da educação, entre outros prejuízos.
Os professores e funcionários das escolas do município também exigem a revogação da Lei 8666/2024, que aumenta para até 6 anos os contratos temporários na rede.

O Sepe lançou uma petição on line em defesa da educação pública e em apoio aos profissionais da educação do Rio de Janeiro. Em menos de 24 horas, a petição passou de 17 mil assinaturas. O objetivo é alcançar 50 mil assinaturas para pressionar a Câmara Municipal.

ASSEMBLEIA lotada de professores define resistência a sequestro de direitos foto: Divulgação

 

 

Manifestação bem sucedida na manhã desta quinta-feira, 28, dos Vigilantes da Front, até então sem salários e organizados pelo sindicato da categoria (SindvigRJ}, com apoio do Sintufrj de estudantes e da Adufrj, conseguiu garantias do pagamento de salário e vale alimentação atrasados. Reitor Roberto Medronho saiu do Consuni apontando a indignidade da situação para convocar donos das empresas .

Na reunião entre Sindvig, Sintufrj, Adufrj, Fasubra, Reitoria, PR3 e empresas Front e Guarda Angel, foi firmado o acordo de pagamento de fatura de setembro pela  UFRJ às empresas, que por sua vez se comprometem a pagar amanhã. “Toda esta movimentação somente foi possível porque os vigilantes foram a luta”, avaliou o coordenador Geral do Sintufrj Esteban Crescente, destacando, no entanto, que a próxima semana será, mais uma vez de tensão, porque, apesar de garantido o pagamento atrasado,  há incerteza quando ao próximo. “Enquanto Sintufrj estamos alertas para a luta e solidários a nossos irmãos de classe”, declarou. Os representantes do Sindvig agradeceram fortemente o apoio do Sintufrj.

O pagamento atrasado ficou compromissado, mas incerteza quanto ao próximo mostra a fragilidade da situação, cuja origem, como lembrou o coordenador da Fasubra, é a enorme restrição orçamentária. Portanto, é preciso unidade e mobilização pública de toda comunidade, para a disputa por orçamento no Congresso e para enfrentar os limites do arcabouço fiscal que cerceiam a capacidade do governo de financiar a universidade. Caso contrário, situação de cortes de energia, água e outros serviços essenciais podem não só se repetir como inviabilizar a UFRJ. “Caso contrário, continuaremos enxugando gelo”, declarou.

Fotos e vídeos: Renan Silva

No final da atividade, dirigentes das entidades da UFRJ, Fasura e Sindvig comemoram o resultado, fruto  da unidade das categorias

 

Veja como foi

Trabalhadores da empresa de Vigilância Front, organizados pelo Sindicato da categoria no município do Rio (SinvigRio), com apoio do Sintufrj, vários militantes da sua base e de estudantes da UFRJ, realizaram manifestação, no início da manhã desta quinta-feira, 28, na entrada dos prédios das Pró-Reitorias, no Parque Tecnológico.

Sem salários há quase dois meses (não foi pago o de outubro, no início de novembro) e sem a certeza do pagamento deste mês, que deverá ser no quinto dia útil, somado a falta do auxílio alimentação, muitos deles não tem dinheiro sequer para o transporte, para comprar alimentos e há casos até de despejo entre 585 profissionais contratados pela empresa.

Representados pelo presidente do Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio, Humberto Rocha, pelo vice-presidente Leandro Siqueira e alguns outros diretores, junto com o coordenador do Sintufrj Esteban Crescente e da Fasubra, Francisco de Assis, foram recebidos em reunião com o Pró-Reitor de Planejamento Orçamento e Finanças, Helios Malebranche.

O pró-reitor detalhou o caos financeiro da instituição e explicou que, em detrimento de outras dívidas, priorizou mais um pagamento de todas as empresas de segurança (o de setembro, embora destacasse que o atraso ainda estivesse dentro do prazo contratual de 60 dias dentro do qual a empresa deve manter o serviço). Ele informou por fim que o pagamento deveria ser feito no dia seguinte.

Ato no Consuni

O grupo pediu também que a UFRJ realizasse reunião urgente com as empresas sobre o atraso e o pró-reitor sugeriu que pudesse ser na próxima segunda-feira, dia 2. Insatisfeito sem a certeza da data do pagamento e sem a urgência que esperavam no tratamento da demanda, o grupo seguiu para o auditório onde se realizava o Conselho Universitário, ocupando o auditório no ato também que contou com apoio do Sintufrj, Adufrj e DCE, buscando inciativa por parte do reitor para garantir o pagamento.

Durante o expediente, Esteban pediu no colegiado que, assim como a Reitoria mobilizou a comunidade para uma aula pública diante do corte de luz e água inviabilizando aulas e prejudicando estudantes e trabalhadores, houvesse mobilização ainda mais eloquente em se tratando da manutenção da subsistência de centenas de trabalhadores. O presidente do Sindicato dos Vigilantes, Humberto Rocha, expôs aos conselheiros a dramática situação, mencionando que, a falta de solução poderia levar à suspensão das atividades e que os dirigentes ficariam acampados em frente à pR-3 até que houvesse uma solução.

      

 

Reunião emergencial com empresas

O reitor Roberto Medronho reiterou o grau de comprometimento das finanças da UFRJ, as enormes restrições orçamentárias, mas indignou-se com a falta de pagamento dos trabalhadores e, retirando-se da sessão do conselho que presidia, convocou pessoalmente os representantes da empresas para reunião emergencial, de volta ao gabinete da PR-3.

Na segunda reunião da manhã, desta vez conduzida pelo reitor com os donos da Front, e também da Angel`s Vigilância e Segurança (outra empresa com grande número de vigilantes atuando na UFRJ), foi compromissado, não apenas o pagamento da UFRJ da parcela de setembro, como o pagamento por parte da empresa amanhã mesmo aos vigilantes da Front.

O reitor Roberto Medronho na reunião com Esteban, Humberto Rocha (SindvigRJ), Francisco de Assis, os donos das empresas Front e Engel’s (sentados à frente), o prefeito Marcos Maldonado, o pró-reitor Helios Malebranche, diretores do Sindicato dos Vigilantes e demais profissionais da empresa.