Corpo social decide expor gravidade da crise no IPUB para a sociedade. Primeiro ato será no sinal da Avenida Venceslau Brás, dia 22, depois de reunião do conselho deliberativo local.

Trabalhadores do Instituto de Psiquiatria da UFRJ (IPUB) convocaram a comunidade local para uma reunião na manhã de hoje no auditório Leme Lopes e a pauta girou em torno da crise orçamentária que tem levado a unidade a uma situação limite e, principalmente, estratégias para a reação.

O Sintufrj estava presente, representado pelo coordenador de Comunicação Nivaldo Holmes, que não apenas situou a atuação do Sindicato a respeito, como no último Conselho Universitário, dia 8, ou no Conselho de Coordenação do Centro de Ciências da Saúde, dia 12, em que os representantes da categoria cobram ações enérgicas para que os orçamento faça jus às necessidades da instituição e das suas unidades. Nivaldo também hipotecou apoio do Sintufrj aos presentes, nas ações que o coletivo local está organizar para evidenciar a crise.

 

Diante da crise, o corpo social se mobilizou. A reunião foi chamada pelos coordenadores da Residência Médica, Julio Vertzman, e Multidisciplinar, Andréa Damiana Elias e a responsável pela Divisão Clínica Clarissa Rinaldi, para publicizar a situação e principalmente discutir estratégias para mobilizar a comunidade à reação. Foram inúmeras as contribuições do público diante da opinião comum de que é preciso reagir.

Representantes da direção detalharam os problemas que a unidade vem enfrentando, que culminam com a falta de medicamentos e o prejuízo nos atendimentos e no ensino, situação que, acrescentaram, atingem outras três unidades da UFRJ: Hesfa, Instituto de Ginecologia e INDC, que tentam em conjunto, solução junto á Reitoria. As unidades tinham, como uma das fontes de financiamento, o programa Rehuf (que garantia 30% a 40% dos recursos), extinto e substituído, em 2023, por outro programa, o Prohsus, cujos recursos, no entanto, nunca chegaram, estrangulando seu funcionamento.

Ipub vem sobrevivendo sem grande parte do orçamento

José Calos diretor administrativo deu um panorama sobre a situação: “Estamos sem recursos com uma promessa de orçamento indefinida até hoje, não tem data para chegar. De 2023 para cá paramos de receber o Rehuf e o Ipub vem sobrevivendo, essa é a expressão dura de dizer”. O vice-diretor Marcelo Cruz falou sobre o arrocho orçamentário que a gestão encontrou ao assumir em abril de 2023: um quadro de escassez grave sem recurso sequer para medicação dos pacientes do ambulatório.

Falas contundentes do público se sucederam deixando claro que não dá mais para a o corpo social se calar diante do problema, agravado com a crise orçamentária da UFRJ. Alguns cogitaram até sobre uma possível intencionalidade de extinção do IPUB. Muitos apoiaram a ideia de ações para publicizar a crise.

O vice-diretor Marcelo Cruz, Andréa, Nivaldo, Júlio e José Carlos

Encaminhamentos

Diante disso, os presentes sugeriram estratégias para atrair a atenção da sociedade, como:

  • Manifestações públicas (como abordagens ao público com faixas e cartazes no sinal fechado em frente à UFRJ, na Avenida Venceslau Brás)
  • Produção de documentários sobre o Instituto
  • Cartazes e panfletos de alerta ao público sobre a crise
  • Postagens nas mídias sociais como o Instagram
  • manifestação nas ruas (como atos sistemáticos no sinal da Avenida Venceslau Brás com a convocação da imprensa) e ida a reitoria para denunciar a situação;
  • ações da direção dentro da UFRJ junto com outros hospitais para pleitear junto ao Complexo Hospitalar e a Reitoria soluções para a crise do financiamento
  • ações para marcar o luto social do Instituto pela saída dos trabalhadores extraquadro e pela situação orçamentária
  • formação de um grupo de trabalho GT de acompanhamento da situação de subfinanciamento  da UFRJ

Outras reuniões serão convocadas. E a direção convidou os presentes para participarem da próxima plenária institucional, na quinta-feira, dia 22, às 10h, no mesmo auditório. Logo depois desta reunião, por decisão do grupo, acontece a primeira destas manifestações.

Fotos: Regina Rocha

Mais pressão pelo cumprimento integral do acordo de greve, cujo prazo para que isso aconteça se encerra em 31 de maio

A assembleia simultânea (Fundão, IFCS e campus Macaé) nesta quinta-feira (15) reafirmou o estado de greve da categoria, em nível nacional, e o reforço na pressão ao governo pelo cumprimento integral do acordo, cujo prazo para que isso ocorra se encerra em 31 de maio.

As principais propostas de luta aprovadas foram dois dias de paralisação: na quinta-feira, 22, e na sexta-feira, 23, e caravana a Brasília na sexta-feira, 23, quando haverá uma nova mesa de negociação com o governo.

Caravana – Um ônibus fretado pelo Sintufrj conduzirá os caravaneiros a Brasília, saindo da entidade na manhã de quinta-feira, 22, e retornando no sábado, 24. Todos os participantes da caravana terão que passar por uma avaliação clínica com profissionais de saúde, que também verificarão a pressão e a glicose. Essa anamnese começou a ser feita na assembleia por enfermeiros e técnicos de enfermagem convidados pela direção sindical.

Como parte desse momento de mobilização, a categoria foi convidada para participar da posse da gestão 2025-2028, às 10h, no auditório do bloco A do CT.

Também foram eleitos os delegados à plenária nacional da Fasubra, que ocorrerá de 13 a 15 de junho, em Brasília. A delegação do Sintufrj será composta de sete companheiros de base e um representante da direção sindical.

Mais deliberações

. A assembleia também deliberou pela realização de ato conjunto com outras categorias do serviço público em luta, como os trabalhadores da Cultura, no dia 21, no centro do Rio, mas ainda depende de articulações políticas.

. Na quarta-feira, 21, os técnicos-administrativos da UFRJ participarão do Conselho Universitário da Unirio, às 14h, no CCET, em apoio à luta da categoria coirmã contra a intenção da Ebserh de fazer a fusão do Gaffreé Guinle com o Hospital dos Servidores do Estado do Rio.

. A direção do Sintufrj encaminhará à Reitoria a proposta aprovada pela categoria de audiência pública sobre o orçamento da UFRJ; e o Sintufrj deverá articular com as outras entidades do movimento na UFRJ (de trabalhadores e estudantis) a realização de uma assembleia comunitária sobre o mesmo tema.

Da base do Sintufrj em Macaé foram enviadas as seguintes propostas, que a assembleia simultânea aprovou:

. Reforçar a estrutura de comunicação do Sintufrj nos campi fora do Fundão para que a categoria nesses locais possa participar das reuniões dos GTs e assembleias sem interferências por conta de defasagem de equipamentos e/ou internet.

. Dar a devida importância para a participação das trabalhadoras de outros campi em eventos custeados pela entidade.

. Que a Fasubra não proponha a extensão do prazo para finalização do acordo de greve sem consulta às bases.

. Pela melhoria da comunicação e interação da CUT com as  universidades públicas.

. Inclusão no calendário de lutas da categoria a realização de um ato no Ipub (Leia matéria sobre os problemas que estão acontecendo no instituto no site do Sintufrj).

Exposição da tabela da Fasubra

O primeiro ponto da assembleia foi a exposição pelo  coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente da tabela elaborada pela Fasubra, em cima do vencimento básico da categoria, com o objetivo de esclarecer as dúvidas sobre a aceleração por capacitação.

Esteban destacou que, por iniciativa do Sintufrj, a UFRJ foi a primeira universidade federal do país a aplicar a aceleração por capacitação.

Informes da Fasubra

O coordenador de Comunicação da Fasubra e técnico-administrativo do Instituto de Biologias da UFRJ, Francisco de Assis, que retornou do seu plantão na federação, em Brasília, informou que a semana anterior foi de articulações no Congresso Nacional: pela revogação do Decreto 10.620, que leva os aposentandos e os aposentados para o INSS, e em relação a emenda com o objetivo de trazer de volta para o PCCTAE os médicos e médicos veterinários. (FOTO: RENAN SILVA)

A UFRJ amanheceu nesta quinta-feira, 15, sob manifestação dos vigilantes terceirizados da empresa Front que atuam na UFRJ. Eles se concentraram nas pró-reitorias de Gestão e Governança (PR-6) e de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3), no Parque Tecnológico da UFRJ, e depois fecharam por cerca de meia hora a entrada principal da UFRJ, na altura da Prefeitura Universitária.

O protesto foi convocado pelo Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio devido a salários atrasados, vale alimentação não pago e férias vencidas.

O pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças. Helios Malebranche, informou que as faturas das empresas de vigilância com limite legal para pagamento neste mês estão em processo de liquidação. Ele acredita que na segunda-feira, 19 de maio, a UFRJ deve receber os recursos financeiros para pagar essas empresas.

O Sintufrj vem acompanhando de perto a situação dos terceirizados da UFRJ que sofrem constantemente com atrasos de pagamento. E vem prestando apoio e solidariedade aos trabalhadores da Front.

COM SALÁRIOS ATRASADOS, FÉRIAS VENCIDAS E SEM VALE-REFEIÇÃO, vigilantes fecharam um dos acessos principais ao campus do Fundão por alguns minutos
NA PARTE DA MANHÃ, os trabalhadores da empresa Front foram até o prédio que reúne as pró-reitorias cobrar solução para seus problemas (FOTO: RENAN SILVA)

A PR-4 comunica, com imensa alegria, que foram lançadas 4912 (quatro mil novecentas e doze) acelerações por capacitação, em cumprimento do disposto na Medida Provisória 1286/2024, que altera a carreira dos servidores federais.

Trata-se de mais um passo para completar a implementação da medida provisória.

É importante ressaltar que nem todos os servidores foram atingidos pelo instituto da aceleração, pois podem estar enquadrados em algum dos motivos abaixo listados:

– Estão no fim da carreira (nível 19);

– Estão no início da carreira (nivel 1);

– não possuíam, em 01/01/2025, nenhuma progressão por capacitação;

– aposentado

Também foram implementadas 2321 progressões por mérito, garantindo a completude da implantação dos direitos garantidos pela MP.

Os retroativos serão calculados e pagos na próxima folha.

A Gestão da PR-4 e a Reitoria destacam o trabalho realizado pelas equipes responsáveis pela garantia da implementação nesta folha e agradecem o alto senso de responsabilidade e compromisso com o trabalho de cada um e cada uma!

DÚVIDAS

Exclusivamente pelo e-mail atendimento@pr4.ufrj.br. Colocar no assunto do e-mai: “dúvida sobre aceleração”

 

 

CONFIRA NO LINK ABAIXO A PORTARIA PUBLICADA NO SITE DA PRÓ-REITORIA DE PESSOAL

Reitoria publica portaria que promove aceleração dos TAE conforme medida provisória 1286/2024