Nesta segunda-feira, 19, quarenta e três novos técnico-administrativos tomaram posse na UFRJ. A dinâmica ocorreu no auditório da Escola de Trabalho com explicações da equipe da Pró-Reitoria de Pessoal. Já na sexta, 23 de maio, será realizada a cerimônia festiva de posse no Auditório Rodolpho Paulo Rocco (Quinhentão), no Centro de Ciências da Saúde, campus Fundão.

Integrantes da nova direção do Sintufrj que tomou posse pela manhã foram dar o tradicional boas-vindas da entidade aos novos servidores técnico-administrativos. Representaram a nova gestão os companheiros Esteban Crescente, Antônia Karina, Lenilva da Cruz, Laura Gomes, Norma Santiago, Jose Carlos Xavier, Selene de Souza e Marli Rodrigues.

Esteban Crescente, o coordenador-geral do Sintufrj que se reelegeu, fez um resumo da luta da classe trabalhadora e dos servidores. Ele enalteceu o sindicato como instrumento de apoio, organização e mobilização dos trabalhadores e chamou os novos companheiros a se integrarem ao Sintufrj fortalecendo-o com sua filiação.

A nova coordenadora de Comunicação Sindical, Karina Lima, companheira do campus Macaé, enalteceu as conquistas da última greve informando que o salário atual é maior do que quando os concursados fizeram sua inscrição. E destacou que é preciso fortalecer a luta do Sintufrj.

“O salário de hoje é bem diferente do ano passado, mas ele é fruto de muita luta. Por isso é importante vocês se sindicalizarem. Não tenham medo disso. Não tenham medo de assédio de chefias ou de participarem das mobilizações. No momento estamos mobilizados pelo cumprimento integral do acordo de greve, se isso não acontecer vamos fazer outra greve. E o apoio de vocês é muito importante. A UFRJ, as instituições de ensino públicas passam por um momento complicado de desvalorização. É bom estar na UFRJ, mas precisamos de estrutura e precisamos lutar para isso”, declarou Karina.

“Defendemos a classe trabalhadora. Nós da UFRJ e os trabalhadores como um todo, como os terceirados da universidade. O cenário está difícil e digo que tudo o que conquistamos foi com muita luta e greve. O sindicato está aqui para atender vocês e em qualquer lugar na universidade que forem sejam felizes”, destacou Marli Rodrigues, reeleita, e agora ocupante da pasta de Aposentados e Pensionistas.

A nova dirigente do Sintufrj, Norma Santiago, que está na pasta de Políticas Sociais alertou para o assédio e o machismo presentes na sociedade e que se reproduzem na UFRJ informando sobre a existência do Grupo de Trabalho da Mulher. “Lidamos com tudo isso e o GT faz um trabalho de contraponto”, informou Norma.

“Nosso sindicato é de luta. Trabalhamos para conquistar melhorias para todos”, sublinhou José Carlos Xavier eleito para a pasta de Organização e Política Sindical.

“Trabalhamos em prol de toda universidade e da comunidade universitária. Nós aposentados também lutamos por melhorias para os ativos. Conheçam o sindicato”, convidou a nova coordenadora da Pasta de Aposentados e Pensionistas, Selene de Sousa.

Laura Gomes reeleita e que agora ocupa a pasta de Administração e Finanças apresentou os convênios existentes e informou sobre as atividades proporcionadas aos filiados como por exemplo as Oficinas e o Espaço Saúde lugar de terapias alternativas e práticas de esporte.

Expectativas

Os companheiros que em sua maioria são de nível superior assinaram o Termo de Posse. Alguns aguardam com ansiedade para saberem em qual unidade serão alocados. Fotos: Renan Silva

DIRIGENTES DO SINTUFRJ apresentam a entidade aos novos servidores

 

Houve renovação de 60% dos quadros dirigentes, embora a coordenação da entidade continue liderada pelas forças políticas da gestão que se encerrou

Ao som do Hino Nacional e da Internacional Socialista e com a categoria ocupando a maioria das cadeiras do auditório do Centro de Tecnologia (CT), a gestão 2025-2028 do Sintufrj, eleita em abril, assumiu a direção da entidade, na manhã/noite desta segunda-feira, 19 de maio.

O ato político foi transmitido pelas redes sociais da entidade e a solenidade teve transcrição em libras. O evento foi conduzido pelas ex-dirigentes Marta Batista e Anai Estrela – elas integraram coordenações do mandato que se encerrou.

Os três atuais coordenadores-gerais – Sharon Stèfani, Esteban Crescente e Francisco de Assis – compuseram a mesa principal. As lutas da categoria continuarão sendo conduzidas pelas forças políticas que atuaram juntas na direção anterior: Unidade, Resistência e Luta (Unir), Movimento Luta de Classes (MLC), e Unidade Classista (UC), mas houve renovação de 60% de seus quadros.

Além dos 28 coordenadores das oito coordenações e os quatro suplentes, também foram empossados os cinco efetivos e seus respectivos suplentes no Conselho Fiscal.

A novidade anunciada foi a criação de cinco departamentos:  Solidariedade aos Terceirizados, sob a responsabilidade de Victor Silva (PE2); políticas para os Hospitais, com a participação de Everlainy Cangussu (INDC), Marlene Novenas (HUCFF) e Rodrigo Martins (HUCFF); Enfrentamento ao Assédio Moral, que será coordenador por Aline Silveira (CPST) e Anai Estrela (aposentada da Odontologia); Corrida e Jogos de Mesa, com João Boro; e Anticapacitista, com Durval Santana (Museu Nacional).

A Fasubra, federação dos técnicos-administrativos em educação, DCE Mário Prata e representantes de outras entidades sindicais participaram do ato, como também dirigentes dos partidos políticos UP, PT, PCB e Psol.

A mobilização em prol do mandato do deputado Glauber Braga (Psol), que não compareceu porque está em caravana pelo país, foi lembrada. Em nome da categoria na UFRJ falou o ex-coordenador do Sintufrj e ex-pró-reitor de Pessoal Roberto Gambine.

Em discurso de abertura do evento, e de despedida das tarefas como coordenadora sindical, Marta Batista ressaltou o trabalho da gestão passada, “ainda numa conjuntura do governo Bolsonaro”, para tirar o sindicato do imobilismo.

“Nós começamos a gestão com muita luta, muita resistência. Conseguimos eleger novamente um governo democrático, organizamos caravanas a Brasília e construímos uma greve vitoriosa. Então, o que está acontecendo hoje, aqui com essa posse, é a reeleição desse projeto político sindical”, pontuou.

Na luta sempre

Anai Estrela agradeceu aos coletivos políticos, aos trabalhadores do Sintufrj, aos caravaneiros e aos familiares e amigos presentes, e “a todos que estiveram sempre na luta nessa gestão, e que continuem apoiando a direção da entidade. Nós estaremos aqui sempre para lutar pelos servidores sindicalizados”, prometeu.

Roberto Gambine agradeceu a diretoria que se despedia e a que tomava posse pelo convite e a todos que estavam no auditório do CT. “Estou feliz e emocionado de estar aqui. Pelas histórias que vivi, o Sintufrj tem um papel importantíssimo na minha vida, na minha trajetória. Temos, sim, que comemorar bastante quando a gente conclui o processo para uma nova diretoria, porque estamos reafirmando o nosso poder de organização, a nossa capacidade de estabelecer autonomamente a forma como vamos enfrentar a realidade, a luta pelos nossos direitos, a luta por aquilo que consideramos ser dignidade para o trabalhador”, afirmou.

Manifestações

O coordenador do Movimento Luta de Classes (MLC), Raul Bittencourt, afirmou: “Essa direção foi fundamental nas lutas do serviço público e mais do que isso: de toda a classe trabalhadora. Nós, do MLC, acreditamos que o movimento sindical tem um papel histórico de transformação da sociedade, de recuperar a luta pelos direitos, de lutar contra o fascismo e contra essa nefasta jornada de 6 X1 e defender a redução da jornada de trabalho igual para todos”.

Rodrigo Ribeiro, coordenador-geral da Asunirio: “O Sintufrj é uma referência na luta nacional e quando a gente tem um sindicato que se renova, inclusive com os aposentados, a gente se enche de esperança. Temos muito ainda a conquistar, como as 30 horas, e avançar nas conquistas da greve ainda em disputa na Comissão Nacional de Supervisão da Carreira, e a UFRJ e a Unirio voltarem a ter hospitais cem por cento públicos e sob o controle dos trabalhadores”.

“Parabenizo todo esse pessoal, que foi eleito com mais de 70% dos votos válidos, o que significa que a responsabilidade deles aumentou. Eu estou aqui para ajudar nas mobilizações e em todas as frentes de luta. As correntes políticas unidas para vencermos todas!”, saudou o técnico-administrativo do CT e dirigente do PT de Nova Iguaçu.

“Fico muito honrada e muito orgulhosa de poder fazer essa saudação como presidente estadual no Rio de Janeiro da UP e por ter dentro dessa categoria vários companheiros da Unidade Popular. Um partido que está hoje aqui para renovar o compromisso de que esse sindicato continuará na luta. Estamos juntos, companheiros. Viva a nova gestão do Sintufrj!”, comemorou Juliete Pantoja.

A representante do DCE Giovanna Almeida agradeceu a parceria do Sintufrj nas lutas em defesa da UFRJ. “Hoje a nossa principal batalha é manter a UFRJ viva, aberta e fazer com que a educação volte a ser prioridade no nosso país.”, disse, agradecendo a parceria: “Estamos com vocês pra enfrentar esses novos desafios que a conjuntura coloca”.

Marta Batista saudou a nova gestão, em nome do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e alertou que a extrema direita não está derrotada e é cada vez mais importante “que nós estejamos caminhando em unidade, nos movimentos, entre os partidos de esquerda e no movimento sindical. O Partido Socialismo e Liberdade está à disposição para todos os enfrentamentos e por uma universidade popular e uma educação pública gratuita e de qualidade”.

Heitor César, do Partido Comunista Brasileiro disse que o sindicato representa uma categoria que no último ano demonstrou através de uma greve histórica que somente a luta organizada pode defender direitos e fazer frente à ofensiva e ameaça fascista e golpista que ainda não está totalmente dissipada em nossa sociedade.

Maurício Marins, falou em nome da Unir (Unidade Resistência e Luta), parabenizando a nova gestão, lembrando que é preciso derrubar os muros e construir pontes.

“Espero que vocês façam um bom trabalho e façam valer estes 75% de votos que receberam. Muita sorte, muita luta. Como a Fasubra, que terá muita luta pela frente, como uma caravana que sai dia 21 e a paralisação dias 22 e 23, e o cenário da greve em junho”, manifestou a representante da Federação, coordenadora do Sintufejufe, Rosângela Frizzero.

Coordenadores reafirmam compromissos

Conheça, no link a seguir, os discursos de posse dos três coordenadores-gerais – Sharon Stèfani, Esteban Crescente e Francisco de Assis – em que agradecem a votação, apontam desafios e reafirmam compromisso com a luta em defesa da categoria e demais trabalhadores. Clique em:

https://sintufrj.org.br/wp-admin/post.php?post=47316&action=edit

 

 

 

Os últimos dias têm sido marcados por diversos momentos em que se refletiram não apenas a crise financeira que atinge de forma incisiva a UFRJ, mas também pelo sentimento crescente, vindo não apenas de técnicos administrativos e estudantes e entidades representativas, mas de toda comunidade acadêmica, de que é hora de reagir de modo mais incidente, com muita pressão e denúncia pública para trazer a sociedade para esta briga.

Como se não bastasse o decréscimo de valores, na Lei Orçamentária Anual, no orçamento já insuficiente, decreto recente do governo (nº 12.448 de 30 de abril)  reduziu a capacidade de execução de despesas discricionárias, atingindo todas as federais: “Até novembro a UFRJ sofrerá um contingenciamento caracterizado pela liberação mensal de apenas 1/18 (não 1/12) do seu orçamento. Isso representa uma restrição mensal da ordem de 1/3 até novembro. Lembrando que nosso orçamento é R$ 173 milhões inferior a nossas despesas mínimas”, explicou a Pró-Reitoria de Panejamento, Orçamento e Finanças (PR-3)..

Adiantando que outras medidas serão divulgadas, a Reitoria informa que, de imediato, ficam suspensas as despesas relacionadas a combustíveis, manutenção da frota, diárias, passagens e aquisição de material de consumo (exceto para garantia das aulas). Assistência estudantil está mantida e a UFRJ buscará manter serviços como segurança, limpeza, transporte vinculado à graduação e restaurantes universitários.

No dia 12, a PR-3 se reuniu com as empresas de segurança e de limpeza, para informar sobre o Decreto 12.448/2025, seus impactos no orçamento e prazos legais para pagamentos . Da parte da empresa, informou a PR-3, houve indicação de não paralisação dos serviços. Depois, a UFRJ buscaria reuniões com Light e Águas do Rio, com a mesma finalidade.

“Nossa necessidade orçamentária para funcionamento, apurada em novembro/2024 e considerando apenas contratos já firmados, não incluindo diversas outras despesas eventuais que ocorrem ao longo do ano, totalizaram R$ 484 milhões. Isso representa uma necessidade média mensal de R$40 milhões. O orçamento para funcionamento definido pela LOA2025 é de R$ 311 milhões, o que representa um valor médio mensal de 26 milhões, que cobririam apenas 64% de nossas necessidades mensais, representando um déficit mensal de R$14 milhões. Com o contingenciamento definido pelo Decreto 12.448, ficamos com apenas  R$17 milhões disponíveis mensalmente até novembro, o suficiente para apenas 43% das necessidades mensais e ficamos com um déficit mensal ampliado para R$23 milhões”, explicou o pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças (PR-3) Hélios Malebranche.

A PR-3 informou ainda que manutenções de um modo geral poderão ser afetadas: predial, urbana, rede de dados e equipamentos. “Procuraremos manter as despesas que afetam diretamente a graduação”, anunciou. Mas, ponderou o pró-reitor: “Nosso orçamento atual é de R$ 406 milhões, 52% inferior ao de 2012, há 13 anos atrás, que era de R$ 784 milhões (corrigidos pelo IPCA), com isso, as manutenções urbana, predial e de redes vêm acumulando problemas. Praticamente não temos manutenção preventiva, sendo a corretiva de valores muito mais elevados. Alguns espaços estão praticamente inservíveis”, explicou.

 

Categoria aprova proposta de audiência pública

Na assembleia do dia 15, a categoria aprovou, entre outras deliberações, que Sintufrj encaminhará à Reitoria a proposta de audiência pública sobre o orçamento da UFRJ. Além disso, o Sintufrj irá articular com as outras entidades do movimento na UFRJ (de trabalhadores e estudantis) a realização de uma assembleia comunitária sobre o mesmo tema.

No Consuni, pedido de ação

Na sessão do Conselho universitário no dia 8, onde o fato foi anunciado, conselheiros discentes, técnicos administrativos e docentes se revezavam a reivindicar ações contundentes por parte da UFRJ, com a realização de audiências públicas, inclusive com o convite a representantes do governo, assembleias comunitárias, entre outras iniciativas para mobilizar a comunidade acadêmica e a sociedade por recursos condizentes com a importância destas instituições federais de ensino.

Fotos: Renan Silva

 

Pró-reitor Malebranche anuncia situação e Marta Batista cobra ação incisiva. 

No CCS, problemas apontados

Em inúmeras falas no expediente do Conselho de Coordenação do Centro de Ciências da Saúde no dia 12, houve a denúncia dos problemas enfrentados em várias unidades acadêmicas e de saúde – alguns até com redução da assistência e, por consequência da capacidade de formação e pesquisa.

 

No CCS, o coordenador do Sintufrj Nivaldo Holmes lembrou da importância da greve de 113 dias da categoria para a conquista, não apenas dos reajustes que hoje todos os servidores estão recebendo, como os recursos suplementares que chegaram às universidades em 2024.

IPUB, mobilização

Na reunião do corpo social do Instituto de Psiquiatria, que sofre com uma crise sem precedentes, e que perdeu dezenas de profissionais experientes e necessários, afastados porque a unidade não poderia mais arcar com extraquadros, ficou claro: o IPUB escolheu não se calar.

Trabalhadores e estudantes  partem agora para uma jornada de ações de denúncia pública e busca de soluções para o estrangulamento que prejudica pacientes e residentes. Na próxima quinta-feira, dia 22, depois da plenária da unidade, eles vão para a rua mostrar à população – no sinal, em frente ao campus da Praia Vermelha – a realidade da Unidade.

 

Reunião no IPUB dia 15

Vigilantes – A Cidade Universitária amanheceu, dia 15, sob manifestação dos vigilantes terceirizados da empresa Front. Eles se concentraram nas pró-reitorias de Gestão e Governança (PR-6) e de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3), no Parque Tecnológico da UFRJ, e depois fecharam por cerca de meia hora a entrada principal da UFRJ, na altura da Prefeitura Universitária. O protesto foi convocado pelo Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio devido a salários atrasados, vale alimentação não pago e férias vencidas.

O pró-reitor Hélios Malebranche, informou que as faturas das empresas de vigilância com limite legal para pagamento neste mês estão em processo de liquidação. Ele acredita que na segunda-feira, 19 de maio, a UFRJ deve receber os recursos financeiros para pagar essas empresas.

 

Vigilantes se concentra na PR-3. Estudantes cobram condições de estudo.

Reitores apelam para parlamentares

O Fórum de reitores das federais do Rio (Friperj) convidou a bancada federal do estado para uma audiência na segunda-feira, dia 19, às 10h, que terá como pauta a grave situação orçamentária das instituições federais de ensino do Rio. Será no auditório da Reitoria do Instituto Federal do Rio de Janeiro, na Rua Buenos Aires, 256.

A situação das instituições não está distante do que ocorre na UFRJ.  De fato, se na maior universidade federal do país a situação se agravou desta forma, não é diferente nas demais instituições, o que moveu o Fórum a reivindicar o posicionamento dos parlamentares da bancada do Rio: 46 deputados federais e três senadores.

“O Fiperj reúne as universidades e institutos federais de todo o Rio de Janeiro e nós estamos convidando os deputados e senadores da bancada do Rio para discutir com eles a situação orçamentária dramática das nossas universidades e tentar ver uma solução que contemple o funcionamento dessas instituições tão importantes para o nosso estado e para o país”, comentou o reitor Roberto Medronho.

Sintufrj pretende levar à Brasília

“Estamos acompanhando de perto a situação da UFRJ de estrangulamento orçamentário e temos que levar isso à sociedade, num trabalho conjunto com os três segmentos, denunciando que o que a instituição vem recebendo a cada ano, é insuficiente para que possa cumprir a sua finalidade de promover ensino, pesquisa e extensão de qualidade”, disse Nivaldo Holmes, coordenador de Comunicação do Sintufrj, explicando que na jornada de lutas que a categoria fará na próxima semana, a questão do subfinanciamento também será pauta em Brasília.

DCE quer assembleia comunitária

O DCE Mário Prata também estará na audiência com parlamentares. Segundo o coordenador Henderson Ramon, a entidade está se articulando com os diretórios centrais das outras instituições para organizar uma mobilização por mais orçamento.

“Precisamos do orçamento recomposto. O apoio de parlamentares para a articulação de emendas ajuda muito mas não resolve o problema. É uma ajuda momentânea e que depende do parlamentar. A gente vai fazer mobilização para que a Lei Orçamentária Anual contemple a realidade das universidades. Orçamento aprovado (este ano) não sustenta. Em  junho não tem mais recursos”, disse ele explicando que vários setores começarão a ser afetados.

Henderson adianta que o DCE está buscando construir uma assembleia comunitária, com participação dos técnicos administrativos e do Sintufrj e de docentes, coma Adufrj e Reitoria. “Será uma audiência para toda comunidade saber o que está acontecendo e tirar uma posição de fato”, convoca o rapaz, que espera poder realizá-la ainda no final de maio.

Entenda a nova progressão por aceleração de capacitação e os impactos na tabela salarial, conforme explicado em vídeo recente pela direção do sindicato.

Esclarecimentos cruciais sobre as alterações na progressão de carreira dos servidores técnico-administrativos em educação (TAEs) da UFRJ foram apresentados por Esteban Crescente, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj). As informações foram detalhadas durante a assembleia geral da categoria, realizada no auditório do Quinhentão (Centro de Ciências da Saúde – CCS) nesta quinta-feira, 15 de maio de 2025. As mudanças, que entraram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, decorrentes de uma medida provisória de 31 de dezembro de 2024 e de acordos de greve, introduzem a “aceleração por capacitação” e uma nova estrutura para a tabela salarial.

Durante a assembleia, Crescente buscou sanar as dúvidas frequentes da categoria sobre como essas alterações impactam a trajetória profissional e a remuneração dos servidores.

Nova estrutura da carreira e tabela salarial

A principal mudança reside na reconfiguração da matriz de progressão. Anteriormente, a carreira era organizada em uma matriz com quatro colunas (representando os níveis de capacitação) e 19 linhas (progressão por mérito). Com a nova regra, a estrutura foi simplificada para uma matriz de apenas uma coluna com as mesmas 19 linhas, abrangendo os níveis de classificação de A a E.

Outra alteração significativa é a forma de representação do padrão salarial, que passou de três dígitos para dois. O vencimento básico apresentado na nova tabela não inclui adicionais como incentivo à qualificação ou auxílios.

Aceleração por capacitação: Como funciona?

A “aceleração por capacitação” é o novo mecanismo que permite aos servidores alcançarem o topo da carreira de forma mais rápida. Após cinco anos de efetivo exercício, o TAE poderá utilizar suas capacitações para acelerar sua progressão.

Um ponto importante destacado é que os servidores que já possuíam capacitações concluídas antes de 31 de dezembro de 2024 também serão beneficiados. Para cada nível de capacitação adicional que o servidor possuía antes da mudança, ele ganhará um “step” (avanço de padrão salarial) na nova estrutura. Por exemplo, quem estava no nível três de capacitação antes da alteração, ganhará dois padrões salariais na transição. O número de acelerações é proporcional ao número de capacitações realizadas.

O objetivo dessa medida, conforme explicado, é também elevar a média salarial dos servidores, o que tem impacto direto nos cálculos para a aposentadoria. A medida provisória que rege a aceleração está detalhada no Artigo 10-B.

Implementação e próximos Passos

A Pró-Reitoria de Pessoal (PR4) da UFRJ é o órgão responsável por efetivar as transições para o novo sistema de aceleração, um processo que, segundo o vídeo, tem contado com a atenção e pressão do sindicato. Alguns servidores já puderam observar as mudanças em seus contracheques a partir de maio.

O Sintufrj reforça a importância de todos os técnicos-administrativos se informarem sobre estas mudanças para compreenderem corretamente seus direitos e a nova dinâmica de progressão na carreira.

Tema: Vidas Negras Importam.

Dia: quarta-feira, 21/5.

Horário: 14h.

Local: Espaço Cultural do sindicato.

Palestrante: Carlos Alberto Medeiros – Militante e intelectual (doutor em História Comparada, mestre em Ciências Jurídicas e Sociais, e graduado em Comunicação e Editoração, escritor e tradutor).

 

Nesta segunda-feira, 19 de maio, a nova Diretoria Executiva do Sintufrj com mandato até 2028 toma posse em solenidade às 10h no auditório do bloco A do Centro de Tecnologia (CT).

São 24 companheiros divididos em oito coordenações e mais quatro suplentes. O Conselho Fiscal, responsável por acompanhar a administração das contas da entidade, que é composto por cinco titulares e cinco suplentes, também tomará posse na segunda-feira.

A maioria dos trabalhadores técnico-administrativos que foram às urnas ratificaram sua confiança na Chapa 20 – Unidade, Democracia e Luta – Sintufrj participativo  vencedora do pleito realizado em abril com 75% dos votos válidos.

São muitos os desafios a serem enfrentados pela nova gestão. Internamente frente a asfixia financeira que passa a UFRJ. E nacionalmente como fortalecer a luta pelo cumprimento integral do Acordo de Greve, engajamento à pauta unificada dos servidores, a defesa da equiparação de benefícios com os trabalhadores de outros poderes, luta pela jornada de 30 horas e data-base.

Na conjuntura a defesa intransigente da democracia e a mobilização contra a anistia dos golpistas do 8 de janeiro de 2023 dão o tom da posição da gestão 2025-2028 do Sintufrj.

O Sintufrj convida toda a categoria para a posse da nova Direção Executiva e do Conselho Fiscal.
Vamos juntos celebrar este marco democrático e renovar nosso compromisso com a luta coletiva!

Data: 19 de maio (segunda-feira)
Hora: 10h
Local: Auditório do CT – Bloco A

O sindicato se solidariza com Josi Lima, técnica-administrativa da Faculdade Nacional de Direito (FND), vítima de um ato vil de racismo praticado por um professor da instituição. O episódio aconteceu quando Josi exercia a função de coordenadora administrativa do Concurso para Professor Efetivo de Direito Civil da FND e acompanharia o julgamento dos recursos.

O Sintufrj incorporou no seu dia a dia a luta antirracista. O repúdio ao preconceito é frente essencial de atuação na defesa da dignidade humana e milita no expurgo da mentalidade escravocrata que permanece como chaga na sociedade brasileira.

Confira, aqui, a nota do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO) – órgão de representação dos estudantes da FND

 

O Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Educação do Estado do Rio de Janeiro, Friperj, convidou a bancada federal do estado para uma audiência na segunda-feira, dia 19, às 10h, que terá como pauta a grave situação orçamentária das instituições federais de ensino do Rio.

Será no auditório da Reitoria do Instituto Federal do Rio de Janeiro, na Rua Buenos Aires, 256.

O Fórum, que  reúne reitores da UFRJ, UFF, Rural, UERJ, Uni-Rio, Uenf, CEFET, os institutos federais Fluminense e do Rio de Janeiro e Pedro II, foi criado para fortalecer a interação entre as instituições públicas de ensino e lutar por melhorias na educação públical.

Na UFRJ e nas demais

A situação das instituições não está distante do que ocorre na UFRJ, hoje sem recursos para funcionar no mês de maio.

Como se não bastasse o decréscimo do orçamento que estava anteriormente previsto no projeto de Lei Orçamentária Anual para o que de fato foi aprovado na LOA 2025 – da ordem de R$ 17 milhões –, num orçamento já insuficiente para o funcionamento (o déficit entre o que está destinado a UFRJ, R$311 milhões, e o que de fato ela precisa, R$ 484 milhões, é da ordem de R$ 173 milhões), um decreto recente do governo (nº 12.448 de 30 de abril)  reduziu a capacidade de execução de despesas discricionárias, atingindo todas as federais.

“Essa é uma situação extremamente grave. O orçamento está  mantido. Mas o decreto alterou a execução orçamentária. Então, nós vamos ter que fazer uma forte adequação à nossa execução. O mês de maio está completamente comprometido, porque nós, no momento, não temos limite nenhum de orçamento para funcionar o mês de maio”, alertou o pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças (PR-3) Helios Malebranche.

Medidas de imediato

Em informe à comunidade, a PR-3 explicou: “Conforme amplamente divulgado, até novembro teremos um contingenciamento caracterizado pela liberação mensal de apenas 1/18 (não 1/12) de nosso orçamento.  Isso representa uma restrição mensal da ordem de 1/3 até novembro. Lembrando que nosso orçamento é R$ 173 milhões inferior a nossas despesas mínimas. Outras medidas ainda serão divulgadas, mas de imediato ficam suspensas as despesas relacionadas a combustíveis, manutenção da frota, diárias, passagens e aquisição de material de consumo (exceto aqueles para garantia das aulas). Manteremos a assistência estudantil e buscaremos manter serviços como segurança, limpeza, transporte vinculado à graduação e restaurantes universitários”.

Na sessão do Conselho universitário onde o fato foi anunciado, conselheiros discentes, técnicos-administrativos e docentes se revezavam a reivindicar ações contundentes por parte da UFRJ, com a realização de audiências públicas, inclusive com o convite a representantes do governo, assembleias comunitárias, entre outras iniciativas para mobilizar a comunidade acadêmica e a sociedade por recursos condizentes com a importância destas instituições federais de ensino.

De fato, se na maior universidade federal do país a situação se agravou desta forma, não é diferente nas demais instituições, o que moveu o Fórum a reivindicar o posicionamento dos parlamentares da bancada do Rio: 46 deputados federais e três senadores.

Sintufrj pretende levar à Brasília

“Estamos acompanhando de perto a situação da UFRJ de estrangulamento orçamentário e temos que levar isso à sociedade, num trabalho conjunto com os três segmentos, denunciando que o que a instituição vem recebendo a cada ano, é insuficiente para que possa cumprir a sua finalidade de promover ensino, pesquisa e extensão de qualidade”, disse Nivaldo Holmes, coordenador de Comunicação do Sintufrj.

Segundo ele, a  audiência acontece justamente no horário da posse da nova coordenação do Sintufrj (às 10h, no auditório do CT), mas a entidade, além de pretender mandar uma representação, irá a agenda que porventura venha a ser apontada pelo Fórum e levará levar a reivindicação à Brasília, nos dias de mobilização da categoria pelo cumprimento da cordo de greve e por mais verbas para a instituição. Ele lembra que a greve da categoria, em conjunto com docentes de universidades de todo país, foi um exemplo de mobilização eficaz, que conseguiu arrancar recursos suplementares para as instituições.

DCE quer assembleia comunitária

O DCE Mário Prata também estará lá. Segundo o coordenador Henderson Ramon, a entidade está se articulando com os diretórios centrais das outras instituições para organizar uma mobilização por mais orçamento.

“Precisamos do orçamento recomposto. O apoio de parlamentares para a articulação de emendas ajuda muito mas não resolve o problema. É uma ajuda momentânea e que depende do parlamentar. A gente vai fazer mobilização para que a Lei Orçamentária Anual contemple a realidade das universidades. Orçamento aprovado (este ano) não sustenta. Em  junho não tem mais recursos”, disse ele explicando que vários setores começarão a ser afetados.

Henderson adiante que o movimento está buscando construir internamente uma assembleia comunitária, com participação dos técnicos-administrativos e do Sintufrj e de docentes, coma ADUFRJH e a Reitoria. “Será uma audiência para toda comunidade saber o que está acontecendo e tirar uma posição de fato”, convoca o rapaz, que espera poder realizá-la ainda no final de maio.

 

Corpo social decide expor gravidade da crise no IPUB para a sociedade. Primeiro ato será no sinal da Avenida Venceslau Brás, dia 22, depois de reunião do conselho deliberativo local.

Trabalhadores do Instituto de Psiquiatria da UFRJ (IPUB) convocaram a comunidade local para uma reunião na manhã de hoje no auditório Leme Lopes e a pauta girou em torno da crise orçamentária que tem levado a unidade a uma situação limite e, principalmente, estratégias para a reação.

O Sintufrj estava presente, representado pelo coordenador de Comunicação Nivaldo Holmes, que não apenas situou a atuação do Sindicato a respeito, como no último Conselho Universitário, dia 8, ou no Conselho de Coordenação do Centro de Ciências da Saúde, dia 12, em que os representantes da categoria cobram ações enérgicas para que os orçamento faça jus às necessidades da instituição e das suas unidades. Nivaldo também hipotecou apoio do Sintufrj aos presentes, nas ações que o coletivo local está organizar para evidenciar a crise.

 

Diante da crise, o corpo social se mobilizou. A reunião foi chamada pelos coordenadores da Residência Médica, Julio Vertzman, e Multidisciplinar, Andréa Damiana Elias e a responsável pela Divisão Clínica Clarissa Rinaldi, para publicizar a situação e principalmente discutir estratégias para mobilizar a comunidade à reação. Foram inúmeras as contribuições do público diante da opinião comum de que é preciso reagir.

Representantes da direção detalharam os problemas que a unidade vem enfrentando, que culminam com a falta de medicamentos e o prejuízo nos atendimentos e no ensino, situação que, acrescentaram, atingem outras três unidades da UFRJ: Hesfa, Instituto de Ginecologia e INDC, que tentam em conjunto, solução junto á Reitoria. As unidades tinham, como uma das fontes de financiamento, o programa Rehuf (que garantia 30% a 40% dos recursos), extinto e substituído, em 2023, por outro programa, o Prohsus, cujos recursos, no entanto, nunca chegaram, estrangulando seu funcionamento.

Ipub vem sobrevivendo sem grande parte do orçamento

José Calos diretor administrativo deu um panorama sobre a situação: “Estamos sem recursos com uma promessa de orçamento indefinida até hoje, não tem data para chegar. De 2023 para cá paramos de receber o Rehuf e o Ipub vem sobrevivendo, essa é a expressão dura de dizer”. O vice-diretor Marcelo Cruz falou sobre o arrocho orçamentário que a gestão encontrou ao assumir em abril de 2023: um quadro de escassez grave sem recurso sequer para medicação dos pacientes do ambulatório.

Falas contundentes do público se sucederam deixando claro que não dá mais para a o corpo social se calar diante do problema, agravado com a crise orçamentária da UFRJ. Alguns cogitaram até sobre uma possível intencionalidade de extinção do IPUB. Muitos apoiaram a ideia de ações para publicizar a crise.

O vice-diretor Marcelo Cruz, Andréa, Nivaldo, Júlio e José Carlos

Encaminhamentos

Diante disso, os presentes sugeriram estratégias para atrair a atenção da sociedade, como:

  • Manifestações públicas (como abordagens ao público com faixas e cartazes no sinal fechado em frente à UFRJ, na Avenida Venceslau Brás)
  • Produção de documentários sobre o Instituto
  • Cartazes e panfletos de alerta ao público sobre a crise
  • Postagens nas mídias sociais como o Instagram
  • manifestação nas ruas (como atos sistemáticos no sinal da Avenida Venceslau Brás com a convocação da imprensa) e ida a reitoria para denunciar a situação;
  • ações da direção dentro da UFRJ junto com outros hospitais para pleitear junto ao Complexo Hospitalar e a Reitoria soluções para a crise do financiamento
  • ações para marcar o luto social do Instituto pela saída dos trabalhadores extraquadro e pela situação orçamentária
  • formação de um grupo de trabalho GT de acompanhamento da situação de subfinanciamento  da UFRJ

Outras reuniões serão convocadas. E a direção convidou os presentes para participarem da próxima plenária institucional, na quinta-feira, dia 22, às 10h, no mesmo auditório. Logo depois desta reunião, por decisão do grupo, acontece a primeira destas manifestações.

Fotos: Regina Rocha