Dia 10 de agosto é dia de ir as ruas por recomposição salarial, defesa do orçamento das áreas sociais e contra o teto de gastos e arcabouço fiscal. Protesto unificado as 16h na Candelária!

 

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, veio à UFRJ para apresentar a palestra “Novos Tempos para a Ciência e a Tecnologia no Brasil” nesta segunda-feira, 31 de julho. A direção do Sintufrj aproveitou a oportunidade para pedir apoio e empenho ao pleito pela valorização profissional de todos os profissionais que trabalham para o desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia, atuando na pesquisa, como os servidores das universidades federais.

O documento do Sintufrj – que trata do aperfeiçoamento da Carreira – foi entregue assim que a ministra chegou, na entrada do auditório do Quinhentão, no Centro de Ciências da Saúde, onde ela fez a palestra. “Entregamos esse documento para que a ministra – já que somos trabalhadores que atuam em prol da Ciência e Tecnologia em programas, projetos e laboratórios das universidades federais – apoie e incentive nossas reivindicações com o MEC e o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços (MGI) Públicos no sentido de valorização profissional e melhoria da nossa carreira”, explicou o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente.

No texto a direção do Sintufrj explica que a Carreira – instituída pela Lei 11091/2005, o PCCTAE – é o principal meio de valorização profissional e institucional dos trabalhadores em educação das universidades federais e no momento há tratativas de pautar o seu aperfeiçoamento com o MEC e o MGI, mas ainda não houve espaço de mediação e negociação. E que em recente processo do PPA participativo, a proposição de reestruturação da carreira e recomposição salarial, ficou na terceira colocação, conquistando assim prioridade no debate orçamentário da Lei Plurianual.

 

Ministra enaltece universidade pública

Primeira mulher a comandar o MCTI, Luciana Santos é engenheira eletricista, graduada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Foi presidente do Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (Ipem), deputada estadual, prefeita de Olinda, secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, deputada federal e vice-governadora de Pernambuco.

No Quinhentão lotado, a ministra foi ovacionada ao final de sua palestra. Reafirmando que se vive novos tempos na área da Ciência e da Tecnologia e abertura de diálogo com todos os atores envolvidos, ela falou dos projetos e investimentos do governo Lula na área de Ciência e Tecnologia, apresentou uma agenda internacional mostrando a reinserção do Brasil no mundo de “maneira altiva” e condenou o obscurantismo e o negacionismo do governo Bolsonaro.

Luciana Santos fez uma reverência especial para a universidade pública afirmando que a academia não silenciou, pelo contrário, agiu contra o desmonte e as tentativas de desqualificação da base científica brasileira. Ela defendeu a excelência da universidade pública.

“O Brasil definitivamente voltou e nós estamos aqui para gritar em alto e bom som que a Ciência também voltou. E que as universidades não são espaço de balbúrdia como se dizia no governo anterior. Pelo contrário, para nós é espaço de excelência e da inteligência brasileira. Viva a universidade pública brasileira!”.

O reitor Roberto Medronho observou que a mesa da palestra simbolizava o engajamento de toda a área de ciência, tecnologia e inovação. Além de Medronho e sua vice, Cássia Turci, compuseram a mesa o decano do Centro de Ciências da Saúde, Luiz Eurico Nasciutti, o  Secretário Executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luis Fernandes, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), a Secretária Municipal de Ciência e Tecnologia, Tatiana Roque, o Coordenador do Fórum de Reitores do Rio de Janeiro, Roberto Rodrigues, o presidente da Faperj, Jerson Lima, o presidente da Finep, Celso Pansera e a deputada estadual Dani Balbi (PCdoB).

 

A terça-feira, 25 de julho, a superterça de mobilização do Sintufrj elevou a temperatura em alguns setores da universidade:  ato contra a Ebserh e pela aplicação do piso da enfermagem na parte da manhã na rede de hospitais da UFRJ – o ponto de partida foi o Hospital Clementino Fraga Filho (HCFF).

À tarde foi a vez da live sobre a campanha salarial, com um caráter especial: celebração o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana-Caribenha e que tem como um dos dos símbolos Tereza de Benguela – marca de resistência do povo negro brasileiro.

A live do Sintufrj – que esmiuçou a campanha salarial, tratou da negociação na Mesa Nacional de Negociação Permanente -reforçandoo simbolismo desse dia 25 de julho foi conduzida por três mulheres – as dirigentes Marli Rodrigues, Ana Mina e Marta Batista.

Durante mais de uma hora as três coordenadoras fizeram uma espécie de síntese das últimas ações do sindicato com um tom de convocação para a luta e de esclarecimentos. Você pode conferir essa  imperdível live em:

Panfletagens nos hospitais da UFRJ nesta terça-feira, 25, pela manhã: luta contra implantação da Ebserh e em defesa do piso da enfermagem.

O Festival de Comunicação Sindical e Popular na Cinelândia, promovido pelo NPC, reuniu um painel de representações visuais de sindicatos e organizações do movimento social. Foi uma espécie de síntese de várias experiências que procuram aproximar trabalhadoras e trabalhadores de suas formas de expressão. Além da galeria em céu aberto , o festival reuniu especialistas em rodas de conversa para discutir os temas contemporâneos da comunicação na era do universo digital e das fakesnews. O Sintufrj esteve presente e ocupou sua barraca/estande com conteúdo que traduziu um pouco o que o seu Departamento de Comunicação produz.

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– Explicação sobre a reafirmação do STF: Servidores sem concurso devem ser aposentados pelo Regime Geral de Previdência. Entenderemos os impactos dessa decisão e as medidas necessárias para proteger nossos direitos.

– Explicação sobre a aplicação do Piso da Enfermagem: Conheceremos o posicionamento do Governo e a posição da FASUBRA frente a essa questão, buscando assegurar os direitos dos profissionais que tanto contribuem para nossa sociedade.

 

A recente decisão do STF sobre as aposentadorias dos servidores que ingressaram no RJU sem concurso está sendo analisada pela assessoria jurídica da Fasubra e, paralelamente, pela do Sintufrj.

Na próxima quinta-feira, 20 de julho, uma reunião nacional dos sindicatos e Federação definirá informe sobre as principais consequências para a categoria dos Técnicos-Administrativos em Educação das universidades

Proposta de Reestruturação da Carreira e Recomposição Salarial dos Trabalhadores e Trabalhadoras Técnicos-Administrativos em Educação fica em terceiro lugar na votação do PPA Participativo.

A sigla PPA é Plano Plurianual do governo referência na elaboração do orçamento do próximo ano.

De acordo com governo as cinco propostas mais votadas da sociedade terão prioridade de apresentação no orçamento.

Resultado de intensa campanha (aqui na UFRJ, o Sintufrj foi às bases), a proposta da categoria obteve precisamente 77066 votos.

Agora devemos apoiar a construção da proposta de Carreira no GT Carreira Sintufrj junto com a Fasubra.

Levar para as ruas em protestos e mobilizações nossa defesa da Carreira e da Campanha Salarial.

Piso da enfermagem: PR-4 informa como será pago

Depois de informar que recebeu, no dia 13 de julho, comunicado do Ministério da Gestão e da Inovação autorizando o pagamento do piso da enfermagem e que organizou uma “força-tarefa” para garantir que esse direito passe a valer já a partir do próximo pagamento, a Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) recebeu algumas dúvidas sobre a implantação do piso. Dentre elas, as que reproduzimos em forma de pergunta e resposta:

O pagamento será retroativo?

Sim, será retroativo a maio.

Como será o efeito financeiro no contracheque?

A Lei do Piso da Enfermagem determina que nenhum profissional de enfermagem receba menos que o piso. Logo, se o vencimento básico for menor que o piso da enfermagem o(a) servidor(a) receberá a diferença. Se o vencimento básico for maior, não terá o que receber.

 

 

Salários defasados, NES e extraquado

A coordenadora-geral do Sintufrj Laura Gomes aponta que, ao implantar o piso nacional, reconhecendo a defasagem dos salários deste segmento de trabalhadores tão essenciais, uma outra distorção se evidencia: a defasagem nos salários dos servidores, que já estão há muitos anos no serviço público, assim como todos na Carreira dos técnicos-administrativos em educação, sem reajuste. “Essa distorção só poderá ser contornada na luta pela reestruturação da Carreira”, disse ela.

Laura apontou outra questão que também precisa ser esclarecida: como ficarão os salários dos NES e dos extraquadro da enfermagem? “O Sintufrj se posiciona a favor de que todos tenham direito ao piso, visto que são igualitariamente profissionais da mesma categoria. Portanto, o Sintufrj buscará com a Pró-Reitoria de Pessoal da UFRJ um posicionamento a respeito”, disse Laura.