O Brasil desgovernado voltou ao mapa da fome. Então,” #fora Bolsonaro!”, afirma artista.
O ator e escritor diz que o Sintufrj criou o slogan que melhor retrata o momento que o país enfrenta.
As lentes do fotógrafo Renan Silva retratam flagrantes da projeção de vídeo na Praia Vermelha e na fachada da Escola de Música da UFRJ. As imagens soam como um grito em defesa da vida e da democracia nesses dias de turbulência severa que fere de morte o cotidiano do país.
Quem não conseguiu — apesar das orientações e o passo a passo disponíveis no site da entidade — realizar os procedimentos necessário (via a internet) para a ação dos 28,86% que a Justiça reconheceu o direito ao pagamento dos atrasados, não pode deixar de agendar o atendimento presencial, pelos telefones (21) 3194-7121/3194-7141 ou acessando no site do Sintufrj (www.sintufrj.org.br) o link https://sintufrj.org.br/atrasados-dos-2886/
Nesse link https://sintufrj.org.br/atrasados-dos-2886/ a direção sindical disponibilizou um tutorial para acesso ao Portal referente à ação dos 28,86% para dar inicio à fase de execução individual, que necessita de autorização (procuração/contrato) e outros documentos.
Segundo a coordenadora de Administração e Finanças do Sintufrj, Maria Angélica da Silva, embora a maioria dos servidores tenha conseguido realizar o procedimento on line para os atrasados dos 28,86%, houve quem não conseguiu, por exemplo, digitalizar e anexar a documentação, além daqueles que não têm acesso a computador.
Agora, quem está com dificuldades tem a oportunidade de realizar presencialmente, na sede do Sintufrj, o procedimento dos atrasados dos 28,86%. Bastando para isso agendar o atendimento para que tudo se dê de maneira a garantir a saúde de todos.
“A pessoa somente será atendida se estiver usando máscara e no horário combinado. Para a segurança da sindicalizada e/ou sindicalizado e do funcionário do Sintufrj (que também estará usando máscara), o atendimento se dará em ambiente totalmente higienizado (conforme orienta a OMS) e equipado com álcool em gel. O atendimento é individual”, acrescenta a dirigente sindical.
O atendimento às servidoras e servidores sindicalizados por telefone segue normalmente. Portanto, o deslocamento até à sede do Sintufrj deve ocorrer somente se houver necessidade de ajuda presencial para obter a prestação de serviço. Ficar em casa e não correr riscos continua sendo a palavra de ordem do momento. Pela nossa saúde e pela da coletividade.
“É importante frisar que a pessoa deve solicitar atendimento presencial apenas quando não houver alternativa, principalmente se ela ou ele tiver que utilizar transporte coletivo. Procure sempre solucionar sua demanda por telefone”, reitera Maria Angélica.
As dúvidas da categoria sobre a contagem de tempo especial para aposentadoria foram esclarecidas durante a live realizada pelo Sintufrj, na quarta-feira, 31. Perguntas foram feitas em tempo real e a audiência alcançou cerca 200 servidores que se manifestaram pelo chat.
Os esclarecimentos foram feitos pela coordenadora-geral do Sintufrj, Gerly Miceli, e a advogada trabalhista da entidade, Mara Vazquez. Quem perdeu pode acessar a transmissão no canal do Sintufrj no YouTube ou na página do sindicato no Facebook.
Desde 2020, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) proferiu sentença favorável, o Sintufrj tem explicado e orientado a categoria a respeito da contagem de tempo especial para a aposentadoria.
Na sexta-feira, 26 de março, finalmente, saiu a regulamentação do Ministério da Fazenda sobre a questão – um direito legítimo dos servidores da UFRJ, portanto, uma vitória política e jurídica do nosso Sindicato.
A regulamentação permite então que a UFRJ prossiga com os processos administrativos já em andamento sobre a conversão do tempo especial em comum.
Ao acessar o site do Sintufrj, a categoria encontrará os modelos de requerimentos administrativos para pleitear o direito à conversão de tempo especial em comum (inclui as atividades insalubres, periculosas e de radiação ionizante). Com a Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) ficou combinado que os modelos de requerimentos estarão disponibilizados também no SEI.
O link do passo a passo é: https://sintufrj.org.br/2020/10/aposentadoria-passo-a-passo-para-contagem-de-tempo-especial-para-servidor-da-ufrj/
Entre no site do Sintufrj e clique na aba Aposentadoria: Passo a Passo para Contagem de Tempo Especial para Servidor da UFRJ, que fica logo em cima na página on-line, e ali estão contidas todas as informações detalhadas sobre como proceder para garantir seus direitos.
Lá estão respondidas pergunta como:
Quem pode pleitear o direito à conversão em tempo especial em comum? Qual o período que pode ser convertido? O que é a conversão desse tempo e quem pode utilizá-lo? Quais são os percentuais? Como fazer para dar entrada no pedido? Como cadastrar no SEI. E encontrará os modelos de requerimentos para Conversão, Revisão de Aposentadoria e Revisão de Abono de Permanência.
O Departamento Jurídico do Sintufrj atende pelos e-mails: (dejur@sintufrj.org.br) e (dejurtrabsintufrj@gmail.com), e pelo telefone WhatsApp (21) 96549-0243. O servidor também pode agendar atendimento para tratar de suas especificidades.
“Estamos à disposição para sanar outras dúvidas e complementar as informações passadas na live. Se necessário façam consultas virtuais. Nós permanecemos na pandemia no atendimento virtual com agendamento”, disse a advogada Mara Vazquez, reafirmando que o Jurídico do Sintufrj não parou de atua e atender a categoria durante todo esse período de pandemia.
A coordenadora Gerly Miceli informou na live que o Sintufrj atua para avançar mais ainda na questão da insalubridade na UFRJ, embora já tenha obtido vitórias importantes nessa área.
“Espero que a gente avance nas concessões de insalubridade também, porque temos muitos problemas na universidade em relação às concessões e cortes do percentual. O bom é que temos tido vitórias significativas na Justiça pelas ações empreendidas pelo nosso jurídico e pela nossa assessoria de saúde do trabalhador”, antecipou a dirigente.
“Nós ainda não perdemos nenhum processo de insalubridade, seja para conceder, repor cortes ou para conceder aumento de percentual quando comprovado o direito do servidor pelo nosso assessor em saúde do trabalhador”, acrescentou ela.
Gerly reafirmou, ainda, que “uma das prioridades da nossa gestão e uma de nossas lutas prioritárias é a garantia da saúde no ambiente de trabalho e a garantia de quem tem direito aos adicionais ocupacionais receba”.
Gerly orienta aos trabalhadores que tiveram o adicional de insalubridade cortado, mas têm certeza de que está num setor insalubre ou exercendo atividade insalubre, que no fim da pandemia procure o Sintufrj para entrar com processo requerendo esse direito e agendar com o engenheiro do trabalho para revisão de toda a situação.
O mesmo caminho deve ser seguido pelos recém ingressos servidores na universidade, “porque é importante não renunciar a direito algum”, frisou Gerly.
“A gente vem ganhando todas (na Justiça) e isso é importante porque nos dá esperanças. Acreditamos que, se estamos ganhando na Justiça é porque o nosso trabalho está sendo bem-feito. Tanto em relação às petições do Jurídico da entidade como em relação aos argumentos técnicos em saúde do trabalhador da nossa assessoria”, afirmou a coordenadora do Sintufrj.
Foi muito gratificante registrar, ao longo de mais de cerca de uma hora de live que a iniciativa deste tipo de prestação de serviço do Sintufrj à categoria estava contemplando as expectativas. Vários companheiros elogiaram publicamente:
Marcia Carvalho: “Parabéns Sintufrj pela iniciativa de orientação e esclarecimentos”.
Roberto Pitombo: “Obrigado pelas informações…. Parabéns…!”
UNIR-UFRJ TRIBO: “Parabéns Dra. Mara pela elucidação das dúvidas”.
José Caetano Ribeiro: Parabéns aos técnicos, à direção e ao jurídico.
Wander de Oliveira Siqueira: “Gerly, parabéns”.
Depois de mais de 30 anos de luta política e de 13 anos na esfera jurídica, os trabalhadores da UFRJ conquistaram o direito de transformar o tempo de insalubridade em tempo comum para contagem de aposentadoria.
No final de setembro foi publicada a decisão do STF reconhecendo esse direito dos servidores da universidade, ou seja, um tempo menor pode, assim, se transformar num tempo maior.
No caso das mulheres, em média 20% a mais e, no caso de homens, em média 40% a mais. Portanto, se o servidor (que se enquadra neste caso) tem, por exemplo, 10 anos de trabalho insalubre poderá passar a ter 14 anos.
Com o aumento do tempo, pode haver casos em que a pessoa já pode se aposentar, outras, poderão ter direito ao abono de permanência e aposentadoria e/ou à revisão dos mesmos. Quem já é aposentado e se encaixa no direito reconhecido pelo STF pode pedir a revisão da aposentadoria.
Em outubro, depois de reunião com a direção do Sintufrj – que se mobilizou para buscar entendimento com a PR-4 para a implantação de procedimentos e garantir o direito conquistado pela categoria –, a Reitoria da UFRJ determinou providências para os encaminhamentos relacionados à contagem de tempo especial para servidores que recebem adicionais de insalubridade e periculosidade.
E de lá para cá, a direção do Sintufrj tem cobrado sistematicamente celeridade da universidade para o cumprimento da decisão do STF.
Setenta por cento dos profissionais que atuam na linha de frente no combate ao novo coronavírus são mulheres. De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem, 84,6% compõem as equipes de enfermagem país afora – enfermeiras, auxiliares e técnicos de enfermagem. Neste grupo, as mulheres negras têm sido as mais afetadas.
A pandemia afeta de diferentes formas os trabalhadores da saúde que estão na linha de frente, mas, neste contexto pandêmico, as disparidades de gênero e raça ficam mais evidentes. Isso é o que revela a pesquisa “A pandemia de covid-19 (os)as profissionais de saúde pública: uma perspectiva de gênero e raça sobre a linha de frente”, realizada pelo Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo e da Fundação Getúlio Vargas e divulgada pela Agência Bori. Veja:
Elas sentiram medo (84%), desconfiança (28%) e tristeza (53%), e também declararam mais sensação de despreparo (59%) em relação a mulheres brancas, homens brancos e negros.
“As mulheres constituem cerca de dois terços da força de trabalho em saúde em todo o mundo e, embora estejam globalmente sub-representadas entre médicos, dentistas, farmacêuticos, representam cerca de 85% das enfermeiras e parteiras”, informa o relatório “Mulheres no centro da luta contra a crise covid-19”, da ONU Mulheres.
A ONU calcula que, dentre a população feminina mundial, as trabalhadoras do setor de saúde, as domésticas e as trabalhadoras do setor informal serão as mais afetadas pelos efeitos da pandemia do coronavírus.
Jornada sobre-humana
O isolamento social como medida de contenção à propagação do novo coronavírus também escancarou a desigualdade de gênero no país. As mulheres tiveram sua jornada de trabalho triplicada para dar conta de todas as atribuições. Cabe a elas os cuidados redobrados com os filhos, a administração e a higiene especial com a casa e, para as que estão home office, mostrar, em meio a essa rotina excepcional, eficiência, agilidade e equilíbrio emocional e mental.
Infelizmente são poucas as mulheres que dispõem de uma realidade privilegiada, no Brasil, e também são poucas as que contam com o parceiros mais colaborativos, que realmente ajudam na educação dos filhos e nas tarefas domésticas.
Cuidadora e o desemprego
Outra tarefa que sobrou para as mulheres nesta pandemia é o cuidado com os familiares mais idosos. Além da tripla jornada, são elas as responsáveis por todas as rotinas com seus ascendentes de mais de 80 anos, alguns bem debilitados (até sem capacidade cognitiva para cuidar deles mesmos).
São as mulheres também as que convivem mais de perto com os dramas do aprofundamento das taxas de desemprego e do trabalho informal. Quando não estão sem meios de sobrevivência (a taxa de desemprego das mulheres é 39,4% superior a dos homens), abrigam e dão suporte emocional e socioeconômico para filhos e netos. E não podemos esquecer que mais de 45% dos lares atualmente são chefiados por mulheres, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que neste um ano de pandemia, as mulheres seguiram ganhando menos que os homens, mesmo ocupando os mesmos cargos. Além disso, parcela expressiva delas perdeu o emprego: Em 2019, elas representavam 41,2 milhões da força de trabalho. Em 2020, caíram para 35,5 milhões de postos de trabalho.
Violência doméstica
No primeiro semestre de 2020, o país registrou 648 casos de feminicídio, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Com aglomeração familiar imposta pelo confinamento, explodiu a violência doméstica, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde os números de casos cresceram de 30 a 50%. E ficou constatado que em todas as classes sociais as mulheres sofrem com agressões físicas e verbais.
“O trabalho remoto tem sido uma experiência muito ruim, muito angustiante. O trabalho se misturou com minha vida privada. Quando acordo de manha não sei se respondo os 30 e-mails que trazem demandas administrativas ou se faço o almoço. Para nós, mulheres, que vivemos nesta sociedade patriarcal, onde a maioria dos homens sequer aprendeu a fazer um arroz ou a limpar a casa, nós ficamos sobrecarregadas com o acúmulo destas tarefas sobre mulheres que, como eu, cuidam de filhos e filhas, idosos e idosas. Nós estamos muito cansadas. Diria até esgotadas. Não dá para a gente aceitar esta realidade como um novo normal. Não somos máquinas. Não conseguimos trabalhar e viver desta forma. E nosso luta, a luta das mulheres vai continuar eternamente!”.
Damires França, técnica em assuntos educacionais do IFCS e coordenadora do Sintufr.
“Sou filha e mãe de um casal maravilhoso de idosos – Jovita e José Luiz. Queria dar os parabéns e agradecer essa rede incrível de mulheres que a gente tem na UFRJ, que dividem esta realidade de conciliar jornadas duplas, triplas, tendo que trabalhar, administrar a rotina doméstica e estudar. E a gente sabe como está sendo foi mais desafiador no contexto da pandemia. Não foi fácil participar de maratonas de videoconferências, convidar estranhos para a nossa casa. Mas quando a gente olha para o lado e vê outras mulheres, entendemos que somos muito mais forte juntas. A gente consegue lutar por condições muito melhores e mais humanas de trabalho”.
Marize Figueira, produtora cultural, coordenadora de Integração e Articulação na Pró-Reitoria de Extensão e Coordenadora do Naprocult/ UFR.
“Se antes da pandemia e gente falava em jornada dupla – e que já não dava conta porque a gente sabe que toda mulher tem jornada tripla, quadrupla –, com a pandemia todos os nossos papeis de vida ficaram completamente expostos e juntos ao mesmo tempo. Principalmente quem está em home office. Comigo não é diferente. Meu papel de técnica em assuntos educacionais, de doutoranda, de cuidadora de gato, de filha e de esposa se confundem o tempo inteiro. Mas ao mesmo tempo dá um orgulho danado da gente olhar para traz e ver o tanto que a gente deu conta. E ter orgulho é tudo de bom. Ser mulher é tudo de bom!.”
Bárbara Tavela da Costa, superintendente de Integração e Articulação da Extensão da PR-5
“Estou aqui para mostrar o trabalho da mulheres nesta loucura que está sendo esse momento, que está sendo trabalhar dentro de casa em lugares improvisados, onde você tem que dar conta dos afazeres doméstico e da gama de trabalho que não deixa de acontecer. A gente continua trabalhando muito e a sensação que a gente tem é que não existe mais limite entre o que é horário de trabalho público e privado. Eu quero parabenizar todas a mulheres CIS ou trans neste momento de luta, mais um momento de luta que a gente estabelece no lar de divisão de tarefas e reorganização da vida e do trabalho”.
Denise Sá, coreógrafa da EEFD, coordenadora do Projeto Comunidança e da Companhia Comunidança
“Até hoje enfrento várias jornadas como trabalhadora, mãe, dona de casa, filha e mulher. Nesta pandemia questões comuns a todos nós se intensificaram ainda mais. O distanciamento social, a perda das pessoas queridas, o medo de adoecer, as dificuldades do home office, os ataques do governo ao funcionalismo e o descaso com a população. Devemos manter acesa a chama de nossas luta constante por igualdade de direitos”.
Roseni Lima de Oliveira, vigilante da UFRJ e coordenadora do Sintufrj
“Somos mães, filhas mulheres, aquelas que dão apoio à família, principalmente aos idosos. Temos uma grande jornada, não só trabalhando fora, mas cuidando da família. Guerreiras sempre e precisamos de respeito!”.
Laura Santos, técnica em enfermagem do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG),
“Nós somos superpoderosas: gerenciamos a vida de muitas pessoas que dependem da gente, no trabalho, na rua, em nossas casas. E precisamos gerenciar as nossas vidas para não sucumbirmos.”
Eleonora Baptista, técnica em enfermagem do Centro Cirúrgico do HUCFF”
“Apesar da pandemia, apesar do isolamento social, apesar do genocida Bolsonaro, as mulheres vão mais uma vez protagonizar uma demonstração de força e luta para construir uma saída para a crise sanitária e política nesse Brasil. Neste sentido, é necessário que todas nós, trabalhadoras das instituições públicas de ensino, da saúde e todos os setores estejamos participando das atividades unificadas chamadas pela vida das mulheres, por um Brasil democrático e, sobretudo, pelo Fora Bolsonaro e Mourão.”
Rosângela Gomes Soares da Costa, coordenadora da Mulher Trabalhadora da Fasubra
“Parabenizo a todas as mulheres, em especial as servidoras da UFRJ da área da saúde, cientistas, técnicas, docentes, terceirizadas. Todas as mulheres que nesta pandemia estão enfrentando um ritmo de trabalho com muito mais sacrifício. Mas são todas filhas da Minerva, deusa das mulheres e da sabedoria para que todas continuem nesta luta. E parabenizo nossa reitora, também mulher”.
Regina Célia Alves Soares Loureiro, Regininha, primeira técnica-administrativa emérita da UFRJ
“Uma breve saudação a toda as mulheres lutadoras, profissionais, medicas, mães que se doam diariamente em várias frentes para melhorar o ambiente de trabalho, a vida da família, em duplas e triplas jornadas que exigem tanto equilíbrio, tanto bom senso, tanto amor e tanta doação”.
Hermengarda Patrícia de Mello Santoro, técnica-administrativa emérita da UFRJ
*Estes e outros depoimentos estão na TV Sintufrj no youtube
A Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) realizou na segunda-feira, 29, uma live sobre o tema A força da mulher na pandemia. A reitora Denise Pires de Carvalho abriu a atividade destacando que a Minerva, símbolo da UFRJ, é uma deusa romana que se compara à deusa grega Atena, que representa sabedoria, inteligência e estratégia de luta. “Mas não a luta violenta e, sim, a que passa pelo diálogo, uma característica do nosso gênero”, disse.
Segundo a coordenadora do Centro de Referência da Mulher Suely Souza de Almeida (CRM-UFRJ), Adriana Santos, desde o início da pandemia, o desafio da equipe tem sido o atendimento remoto às vítimas de violência doméstica, mas a cada dia aperfeiçoam os mecanismos e as técnicas para isso. Os contatos devem ser feitos pelos telefones (21) 3938-0600 e 3938-0603 (também watsapp), ou pelo e-mail: crmssa.ufrj@gmail.com.
A múltipla jornada, como trabalhar de casa e ao mesmo tempo cuidar dos filhos e desempenhar papel de professora, realizar as tarefas domésticas e ainda se preocupar com a renda familiar (quando o marido está desempregado ou teve o salário reduzido) estão adoecendo as mulheres. Sofrer de insônia, depressão e estresse são relatos rotineiros que a assistente social da Coordenação de Políticas de Saúde dos Trabalhadores da UFRJ, Aline Silveira, ouve diariamente. O atendimento aos servidores é feito por telefone e, segundo a profissional, em virtude da grande demanda, o acolhimento ocorre até nos fins de semana, porque os homens também estão procurando o serviço.
“Fomos pego de surpresa com a vida on-line, mas quando a pandemia se estabeleceu já fomos criando alternativas. Abrimos uma conta no zoo para apoio a eventos acadêmicos. Não imaginávamos que essa situação fosse demorar tanto tempo, com esse governo negacionista”, contou a presidenta da Adufrj, Leonora Ziller.
A enfermeira da Emergência do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Nathália Grativol, fez um depoimento pessoal sobre como enfrentou o início da pandemia atuando no setor de entrada dos pacientes vítimas da covid-19. “Vivi com muito medo e insegurança, porque essa é uma doença desconhecida e que a cada dia apresenta uma novidade. Fiquei três meses afastada da minha filha e um mês do meu marido. Temia contaminá-los”, afirmou.
Dirigente do Sintufrj, Joana de Angelis convoca para manifestação pela vida e contra o governo genocida de Bolsonaro