Nos últimos 25 anos, o Sintufrj sempre esteve à frente das lutas em defesa da universidade pública, por melhores condições de trabalho e salário, e para manter e conquistar cada vez mais direitos para os técnicos-administrativos em educação da UFRJ. Além dos ganhos no campo sindical, os trabalhadores sindicalizados, assim como seus dependentes, dispõem de atendimento jurídico nas áreas trabalhista e civil, oferecido na sede e nas subsedes da entidade, e com o Espaço Saúde, que funciona de segunda a sexta-feira, das 6h30 às 18h30h, contam com uma completa academia de ginástica e terapias alternativas, como musculação, jump, gap, tae bo, zumba, step, ginástica localizada, circuito funcional, circuito saúde, atividades físicas para grupos especiais, pilates, RPG, auriculoterapia, drenagem linfática, refl exologia podal, terapia de gancho e terapia de relaxamento com pedras quentes e yoga. Mais informações pelo telefone (21) 3194-7123.

Convênios
Para proporcionar mais benefícios aos sindicalizados e a seus dependentes, o Sintufrj está sempre ampliando parcerias com empresas e prestadores de serviços em várias áreas, com destaque para a oferta de planos de saúde a custo mais em conta para toda a família. Confira a relação dos parceiros:

Amil Dental – Informações e valores na sede do Sintufrj.
Cedom (plano odontológico) – Informações e valores na sede do Sintufrj.
Amil Saúde – Tabela diferenciada para sindicalizados e dependentes, valores e informações no setor de convênios do Sintufrj. Telefone: (21) 3194-7102/3194-7103/3194-7105.
Cemeru (plano de saúde) – Informações e valores na sede do Sintufrj.
Golden Cross – Sem adesões, exceto para os casos de nascimento e matrimônio, que a inclusão deverá ocorrer até 30 dias do evento.
Unimed – Tabela diferenciada para sindicalizados e dependentes, valores e informações na sede do Sintufrj.
Facha: Faculdades Hélio Alonso – Desconto de 10% em todos os campi. Desconto especial para os beneficiários do convênio Sintufrj: para ingresso por vestibular ou Enem no primeiro semestre de 2019 (as inscrições serão realizadas até o dia 8 de fevereiro), a Facha oferece 40% de desconto durante todo o curso.
Colégio Hélio Alonso – 10% de desconto. Rua Lucídio Lago, 427 – Méier. Informações: (21) 2102-3300.
Liceu de Artes e Ofícios – Ensino médio e profissionalizante, com descontos de 40% a 50%. Rua Frederico Silva, 86 – Praça Onze. Informações: (21) 2277-7600.
Santa Mônica Centro Educacional – Ensino fundamental e médio nas unidades Barra da Tijuca, Bento Ribeiro, Campo Grande, Cascadura, Freguesia, Ilha do Governador, Madureira, Mangueira, Maricá, Recreio, Santa Cruz e Seropédica. Desconto de 5% para o turno da manhã e 10% para o turno da tarde.
Academia dos Concursos – 20% de desconto. Avenida Presidente Vargas, 277 – 2º andar – Centro. Informações: (21) 2108-0300.
Universidade Estácio de Sá – Graduação tradicional: descontos de 10% a 20%, exceto para os cursos de Medicina e Gastronomia; Graduação tecnológica: desconto de 10%, exceto para o curso de gastronomia; Pós-graduação lato sensu: desconto de 20%, exceto para os cursos de endocrinologia, hemoterapia, medicina do exercício e do esporte, medicina do trabalho, medicina intensiva, RPG, odontologia, internacional e cursos em parceria com a Emerj, Acadepol, OAB, Femerj e MBA; Cursos de ensino a distância: desconto de 20%.

Acesse todos os convênioshttps://sintufrj.org.br/servicos/convenios/

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, nomeou o segundo colocado na consulta à comunidade para a direção-geral do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) e abriu uma crise na instituição.

A chapa 1, liderada por Solange Rocha, alcançou 40% dos votos, vencendo a consulta eleitoral. Contudo, através da portaria n° 106, de 16 de janeiro de 2019, o ministro indicou Paulo André Bulhões, da chapa 4, para dirigir o instituto.

A decisão contraria os mais de 900 votos depositados em urnas por docentes, técnicos e estudantes do Ines no pleito realizado ainda em novembro de 2018.

Em nota, a Associação dos Servidores do Instituto Nacional de Educação de Surdos (ASSINES) afirma que a medida do ministro “fere os princípios democráticos que vinham norteando o nosso Instituto até a presente data”.

Como nas universidades federais, o processo de escolha do dirigente máximo do Ines envolve a apresentação de uma lista tríplice (como manda a lei) que é antecedida de uma consulta à comunidade.

Também como tem ocorrido nas universidades federais, um acordo político entre os concorrentes resulta na indicação do mais votado na consulta.

A nota da Assines informa que a associação – que sempre foi contra a existência da Lista Tríplice, “por se tratar de um mecanismo autoritário criado no período da Ditadura Civil Militar” e “que limita a fundamental autonomia das instituições federais de ensino” – entregou uma carta aos candidatos para que se comprometessem em não assumir a direção do Ines, caso o nomeado não fosse o primeiro colocado.

As chapas 1, 2 e 4, esta última sendo a nomeada pelo ministro, firmaram o compromisso publicamente.

A chapa vencedora também divulgou nota condenando a decisão do Ministério da Educação.

Como se sabe, a UFRJ já se movimenta para a escolha de sue próximo reitor com início de mandato previsto para julho deste ano.

 

EXPOSIÇÃO atraiu muita gente à Casa da Moeda. No alto, imagens reproduzem a fauna da antiga Antártica

O Museu Nacional inaugurou na quarta 16 a primeira exposição após o incêndio que destruiu sua estrutura e acervo, no Museu da Casa da Moeda do Brasil. A mostra possui 160 peças do projeto Paleoantar, que coleta e estuda rochas da Antártica e, entre elas, oito itens que foram encontrados nos escombros, além de ossos e réplicas feitas por impressão tridimensional de animais pré-históricos.

Com o nome de “Quando Nem Tudo Era Gelo – Novas Descobertas no Continente Antártico”, a exposição mostra uma Antártica diferente dos dias atuais, quando possuía florestas de cones, fauna, flores e um clima mais ameno. Há réplicas de um mosassauro e de um plesiossauro, além de fósseis de répteis, baleias, lagostas, pinha e samambaias. O fragmento de osso de pterossauro, o achado mais valioso da equipe de pesquisadores do Museu, também está exposto.

Durante o percurso na exposição, é possível ver as ferramentas que os paleontólogos utilizaram durante a expedição, além do quadricíclo que os locomoveu e as barracas que os abrigaram.

A curadoria é de Juliana Sayão, paleontóloga da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), cedida ao Museu Nacional. Ela se emocionou ao discursar sobre os meses de pesquisa e agradeceu aos colegas pelo trabalho em equipe: “Nada disso seria possível sem o empenho de vocês”, disse, se dirigindo aos pesquisadores.

O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, e o reitor da UFRJ, Roberto Leher, prestigiaram a abertura da exposição.

 SERVIÇO

“Quando Nem Tudo Era Gelo – Novas Descobertas no Continente Antártico” – de terça-feira à sábado, das 10h às 16h, e no domingo, das 10h às 15h, até maio. O Museu da Casa da Moeda fica na Praça da República, nº 26 – Centro, em frente ao Campo de Santana.

BARRACA utilizada na expedição para abrigar pesquisadores – Até 4 visitantes poderiam entrar

 

UMA DAS PEÇAS mais raras da exposição: osso de pterossauro

 

RÉPLICA DO Pterossauro

 Com base em relatório da Ong inglesa, matéria do G1 traz dados sobre a concentração de riquezas

 

 Organização internacional Oxfam aproveita a presença de líderes no Fórum Econômico Mundial para divulgar dados sobre a diferença entre ricos e pobres no mundo.

 

A organização internacional Oxfam aproveitou as atenções mundiais voltadas para Davos e divulgou dados novos sobre o abismo que separa pobres e ricos.

Já é tradição. No dia em que a elite mundial começa a chegar a Davos, a ONG Oxfam divulga o relatório sobre desigualdade.

E a riqueza está ainda mais concentrada: 43 pessoas tinham juntas a mesma renda que toda a metade mais pobre da população do planeta em 2017. Em 2018, esse abismo aumentou: bastaram 26 ricos para ganhar o mesmo que 3,8 bilhões de pessoas.

E o número de bilionários no planeta quase dobrou desde a crise financeira de 2008.

Segundo o relatório, no Brasil, os 10% mais pobres pagam proporcionalmente mais impostos do que os 10% mais ricos.

“Um dos países mais desiguais do mundo”, lembrou Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam.

Se a expectativa de vida nas áreas mais ricas de São Paulo é de 79 anos, nas mais pobres da cidade ela é de apenas 54 anos.

Winnie faz um alerta para o mundo: “A desigualdade está fora do controle. Está enfraquecendo democracias”.

A Oxfam diz que a crescente desigualdade está gerando frustração e raiva – sentimentos que se refletem em revolta nas ruas e nas urnas.

A organização aproveita a semana do Fórum Econômico Mundial para chamar a atenção dos principais líderes do mundo. Mas, cheios de problemas internos para resolver, três deles – o americano Donald Trump, o francês Emmanuel Macron, e a britânica Theresa May – desistiram de ir a Davos.

 

Representantes de entidades da educação federal reuniram-se, nesta quarta-feira (9), na sede do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), em Brasília, para definir as ações conjuntas que serão realizadas nos próximos meses em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade.

As entidades fizeram os informes específicos das categoriais e encaminharam previamente algumas medidas que serão adotadas, entre elas, a elaboração de uma nota conjunta em defesa da educação pública, o plano de lutas unificado e a jornada de lutas. Três datas foram destacadas: 8 de março, Dia Internacional da Mulher; 14 de março, um ano da morte de Marielle Franco e 28 de março, Dia de Luta em Defesa da Educação. As medidas ainda serão aprovadas pelas categorias.

Ainda foram discutidos na reunião os ataques à educação, o desmembramento dos institutos federais, o andamento de projetos no Congresso Nacional, o Escola sem Mordaça, a realização de uma plenária do funcionalismo e a reforma da Previdência, entre outros assuntos. “A gente precisa unificar não só o diálogo, acredito que as medidas do novo governo serão piores do que a gente imagina”, afirmou o coordenador da Fasubra Fernando Maranhão chamando as entidades para a unidade.

Participantes

Representando a Fasubra Sindical também participou a coordenadora Mariana Lopes; do Andes, Eblin Farage, Sônia Meire de Jesus e Benedito Carlos Araújo; do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), Carlos Magno; da Fenet (Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico), Pedro Paulo de Oliveira, da Fenet (Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico); e Bruno Zaidan do Juntos.

Na quinta-feira, 10, a direção sindical reuniu-se com as trabalhadoras e os trabalhadores do Ladetec para explicar as ações que a entidade está implementando para garantir o adicional de insalubridade a quem tem direito ao benefício.

Eleição de reitor e vice já tem data 

Técnicos-administrativos, professores e estudantes irão às urnas escolher o novo reitor e seu vice, em primeiro turno, de 2 a 4 abril de 2019, de acordo com o calendário eleitoral aprovado pela sessão do Conselho Universitário (Consuni) na quinta-feira, 13. O próximo passo será a convocação do Colégio Eleitoral para discutir as regras e o regimento eleitoral.

Essa decisão adotada pelo colegiado máximo da UFRJ preocupado com eventuais mudanças de critério do governo Bolsonaro na escolha dos futuros dirigentes da universidade. Uma das medidas nesse sentido foi desvincular a votação do Colégio Eleitoral da eleição (ou pesquisa) realizada pelos três segmentos da comunidade universitária.

“A gente tem uma Reitoria e um Conselho Universitário preocupados com o futuro da universidade, e a preocupação chega a ser tanta que leva a certo excesso de cuidado que, de certa forma, abre mão do exercício da autonomia universitária”, avalia a coordenadora-geral do Sintufrj e integrante eleita da bancada técnico-administrativa no Consuni.

 

Calendário aprovado

Pelo calendário acadêmico, em 2019 é realizada a pesquisa para sucessão na Reitoria, com novos reitor e vice-reitor sendo escolhidos pela comunidade universitária para cumprirem mandato de quatro anos (2019-2023).

No parecer aprovado pela Comissão de Legislação e Normas do Consuni apresentada pelo relator Flávio Martins, já com modificações, a eleição (ou pesquisa) realizada pela comunidade universitária será de 2 a 4 de abril. A data, proposta pela conselheira Claudia Morgado, objetivou garantir mais tempo para que a comunidade universitária se preparasse para uma escolha consciente, já que somente em 11 de março se inicia o próximo semestre acadêmico.

Entre as modificações propostas também foi aprovado que haverá inscrição prévia obrigatória de candidaturas ao Colégio Eleitoral – os que comporão as listas tríplices de candidatos a reitor e vice-reitor a serem encaminhadas ao Ministério da Educação. Data: dias 24 e 25 de abril, das 9h às 17h, com suas respectivas Cartas Programas.

No dia 30 de abril, o Colégio Eleitoral, que é formado pelos maiores colegiados da universidade: Conselho Universitário (Consuni), Conselho de Ensino de Graduação (CEG), Conselho de Ensino de Graduados (Cepeg), Conselho de Curadores e Conselho Superior de Coordenação Executiva, se reunirá no dia 30 de abril.

Raimunda Veras Magalhães, mãe do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, neste momento foragido da Operação “Os Intocáveis” e suspeito de envolvimento com o assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (Psol), foi funcionária do gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL) e aparece em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras como uma das remetentes de depósitos para Fabrício Queiroz, ex-assessor do parlamentar. O filho dela, o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, homenageado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) por Flávio Bolsonaro, já foi preso duas vezes, suspeito de ligações com a máfia de caça-níqueis.

Segundo o Coaf, Raimunda depositou R$ 4,6 mil na conta de Fabrício Queiroz. Ela aparece na folha da Assembleia Legislativa do Rio com salário líquido de R$ 5.124,62. O curioso é que o filho presidente Jair Bolsonaro também homenageou o filho dela, Adriano Magalhães da Nóbrega, que está foragido. Em 2003, o então deputado estadual propôs moção de louvor e congratulações a Adriano por prestar “serviços à sociedade com absoluta presteza e excepcional comportamento nas suas atividades”.

Adriano foi preso duas vezes, suspeito de ligações com a máfia de caça-níqueis. Em 2011 ele foi capturado na Operação Tempestade no Deserto, que mirou o jogo do bicho.Ele também era tido pelo Ministério Público do Rio como o homem-forte do Escritório do Crime, uma organização suspeita do assassinato de Marielle Franco e que nasceu da exploração imobiliária ilegal nas mãos de milicianos. Era formada pistoleiros da cidade e foi alvo da Operação Os Intocáveis, nesta terça-feira (22), no Rio. Suspeitos de matarem a ex-parlamentar e homenageados por Flávio Bolsonaro foram presos.

O policial é acusado há mais de uma década por envolvimento em homicídios. Adriano e outro integrante da quadrilha foram homenageados por Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). (Fontes: sites da Folha de S.Paulo e Brasil 247)

 

Entidades da sociedade civil e especialistas preparam campanha nacional contra as medidas de Bolsonaro para flexibilizar o acesso às armas. 60% da população são contrários à posse de armas e defendem proibição

Com a assinatura de Jair Bolsonaro (PSL), nesta terça-feira (15), do decreto que flexibiliza a posse de armas no Brasil, entidades da sociedade civil e especialistas em segurança pública preparam a resistência contra o acesso facilitado às armas no País. A ideia é reunir diversos setores, inclusive as igrejas, para chamar a atenção da sociedade sobre as possíveis consequências de armar a população.

O Instituto Sou da Paz é uma das entidades que faz parte da iniciativa e iniciará uma campanha nacional para reforçar o entendimento de que o combate à violência e ao crime se dá por meio de investimento em segurança, e não armando a população. A campanha vai afirmar, por exemplo, que a política de Bolsonaro pode ser fatal nos casos de violência doméstica.

“Será um retrocesso e deve acelerar as mortes violentas com armas de fogo”, disse Ivan Marques, diretor-executivo do instituto, ao jornal Folha de São Paulo.

O diretor do instituto lembrou, ainda, que, mesmo com o Estatuto do Desarmamento, a comercialização de armas continuou no país. De acordo com dados da Polícia Federal (PF), seis armas são vendidas por hora no Brasil.

“O Estatuto é um código com 35 artigos e não é uma legislação unitária, tem regulamentos, decretos, portarias e normas. É um complexo de normas que determina a política de controle de armas, não há porque retrocedermos nessa conquista”, explicou.

A lei 10.826 de 2003, sancionada pelo ex-presidente Lula, foi responsável por salvar mais de 160 mil vidas entre 2003 e 2012, apontam dados do Instituto Sou da Paz com base no relatório do Mapa da Violência. Atualmente, a taxa de homicídio no Brasil é de 29,9%, o que indica que o desarmamento ajudou a estancar o crescimento do número de homicídios no país.

Antes da lei que estabeleceu regras e restringiu o acesso a armas e munições, em 2003, o índice de homicídios por arma de fogo crescia a 8% ao ano.

Maioria é contra a posse de armas 
Pesquisa do Intituto Datafolha revela que seis em cada dez brasileiros são contrários a posse de armas e defendem a sua proibição. O percentual, que atingiu 55% em outubro, passou para 61% na pesquisa realizada entre os dias 18 e 19 de dezembro de 2018 e divulgada nesta segunda-feira (14). O total de pessoas favoráveis ao porte de armas caiu para 37% – em outubro era 41% – e 2% não opinaram.

Escrito por: Redação CUT

Qual a marca das duas primeiras semanas do governo Bolsonaro? Evidenciam-se, face aos acontecimentos, duas características muito bem definidas: a combinação explosiva de ímpeto destrutivo dos pilares fragilizados do Estado brasileiro e a confusão digna de um time de várzea, sem esquema tático, a correr pelo campo distribuindo caneladas, com pequenos lances dignos de figuração nas “videocassetadas” das tardes de domingo na TV.

Em poucos dias, o governo Bolsonaro, através do MEC, alterou um edital permitindo publicidade, erros de português e ausência de bibliografia em livros didáticos, para voltar atrás no dia seguinte e anular a aberração; por meio do chefe da Casa Civil, na ânsia de produzir símbolos ideológicos e falsos de “desaparelhamento da máquina pública”, exonerou até os responsáveis pelas exonerações e travou o governo, impedindo novas demissões; e, por intermédio da equipe econômica, desmentiu o próprio presidente eleito, que anunciou medidas ainda não combinadas entre o mercado e seus subordinados.

Em paralelo, um show de pequenas chinelagens explicitou a inépcia e a desfaçatez: o filho do vice-presidente foi alçado a um posto na carreira de um banco público com remuneração exorbitante, em um claro indício do que conhecemos por nepotismo; a titular do Ministério da Família condenou a teoria da evolução das espécies, de Darwin, em grotesca manifestação contra a ciência; o “Caso Queiroz” continua sem explicações, com nova falta ao depoimento marcado e a mudança de parentes para São Paulo.

Assusta, no entanto, que este combo espantoso de incompetência e a fome de dez leões para impulsionar uma agenda recessiva mantenha-se bailando livre pelo campo. A anestesia das forças democráticas parece ser de efeito prolongado, aumentando a confusão provocada pela avalanche de declarações destrambelhadas e atos grotescos. Persiste, no entanto, a disposição anunciada de destruir o patrimônio nacional, entregar os bancos públicos ao comando do rentismo, dilapidar a aposentadoria dos trabalhadores, incinerar os serviços públicos, atacar a ciência e a cultura e enterrar as relações internacionais.

Já dizia o ditado: “quem tem que torcer é quem apostou no cavalo”. O nosso papel é outro: é preciso, mais do que nunca, reacender o debate sobre o direito ao trabalho digno, recolocar a questão distributiva e o combate às desigualdades sociais no centro da agenda, proteger o emprego, defender os serviços públicos, a educação crítica e emancipadora e enfrentar os ataques aos direitos do povo trabalhador e à soberania nacional.