Inaugurada em 19 de outubro, no Museu da República, no Catete, a exposição “Museu Nacional Vive” apresenta charges, desenhos e fotografias de Carlos Latuff. Como  se sabe, o Museu Nacional foi atingido por um incêndio devastador em setembro de 2018.

A exposição exibe desenhos que reproduzem imagens do acervo que atraía o público, especialmente, o infantil, quando o garoto Latuff frequentava o museu com seu pai.

O artista também doou as charges sob o episódio e as fotografias foram tiradas por ele na semana seguinte ao incêndio. São registros do que restou do prédio do museu e do trabalho de rescaldo dos bombeiros.

O Museu da República, que abriga a exposição, funciona de terça à sexta-feira, de 10 às 17h e sábados, domingos e feriados, de 11 às 18h. Às quartas-feiras e domingos, a entrada é franca. Nos outros dias, o ingresso custa 6 reais, sendo professores, maiores de 60 anos e crianças até 10 anos não pagantes. Já estudantes e menores de 21 anos têm 50% de desconto. O Museu da República fica na Rua do Catete, 143, no Catete.

O artista

Carlos Latuff é carioca, nascido em 1968 e, além de chargista, é conhecido pelo seu ativismo político. Publicou sua primeira charge em 1990, num boletim do Sindicato dos Estivadores e até hoje trabalha para a imprensa sindical. Tem trabalhos expostos pelo mundo e a primeira charge brasileira participante do Concurso Internacional de Caricaturas sobre o Holocausto, organizado em 2006 pelo jornal iraniano Hamshahri, foi de sua autoria. Boa parte de seu portfólio é dedicado à causa palestina, a qual aderiu em 1999, após uma viagem aos territórios ocupados da Cisjordânia.

Impressões. Latuff expõe desenhos de objetos do Museu Nacional na leitura de criança

Com bravatas típicas de redes sociais, presidente da extrema direita mantém discurso de campanha como cortina de fumaça para esconder a violência do retrocesso econômico e social 

“É melhor Jair se acostumando”. O trocadilho que virou bordão entre apoiadores de Bolsonaro ganhou novos contornos com a posse do presidente eleito. A verborragia ideológica, o tratamento truculento aos que não seguem a mesma cartilha do governo e os retrocessos revezam-se no topo da pauta das ruas e redes, criando um ambiente tóxico: desde a recepção aos jornalistas que cobriram o ato de posse, submetidos aos mais diversos níveis de constrangimento, passando pela inexplicável invasão e revista de gabinetes de deputados do PT, PSOL e PCdoB, o autoritarismo fez-se presente.

O discurso de Bolsonaro é um capítulo à parte: pela primeira vez, desde o fim da ditadura militar, um presidente nem sequer menciona o combate às desigualdades sociais. Não faltaram, no entanto, espantalhos e bravatas políticas, como o “combate à ideologia de gênero” e outras invenções useiras e vezeiras das correntes de WhatsApp.

Na sequência, uma enxurrada de medidas retrógradas, anunciadas em tempo recorde, sempre acompanhadas de discursos em tom de campanha eleitoral: a máxima “vamos limpar o país do marxismo” foi a cortina de fumaça perfeita para a garfada de 8 reais no valor do salário mínimo aprovado pelo Congresso; a transferência da demarcação de terras indígenas e quilombolas da Funai para o Ministério do Agronegócio, abrindo margem para a grilagem de terras e o assassinato dos índios; uma reforma da Previdência que pode acabar com a aposentadoria; o anúncio da privatização da Eletrobras, entre outros retrocessos.

O governo já assume também descumprindo promessas de campanha: a redução de ministérios para 17 e o combate à corrupção. Na prática, Bolsonaro extinguiu apenas os Ministérios do Trabalho e da Cultura. De um lado, acena aos patrões, acabando com o espaço de mediação entre capital e trabalho; do outro, mantém sua perseguição aos artistas e o seu menosprezo às políticas culturais. Além disso, pelo menos um terço dos novos ministros é investigado ou responde a algum processo na Justiça, e desde o final de 2018 paira sobre a família do presidente a nuvem do “Caso Queiroz” (o motorista e capanga cuja movimentação financeira milionária é incompatível com a própria renda).

Por fim, o PSL, partido de Bolsonaro, já anunciou um acordão para reeleger Rodrigo Maia, do DEM, como presidente da Câmara. Reorganiza-se, sob “novo” comando, o velho arco de ruralistas, empresários, corruptos e demais inimigos da classe trabalhadora, prontos a passar nossos direitos na faca e entregar o país aos interesses dos EUA e das empresas estrangeiras.

Se este é o rumo do novo governo, nós não vamos nos acostumar. Nem hoje e nem nunca. Em defesa da democracia, da educação pública, das conquistas históricas da classe trabalhadora, pela liberdade e contra a desigualdade social e todas as formas de preconceito, seremos resistência solidária e luta incansável.

 

Autora de livro sobre Bolsa Família, diz que o maior programa de combate à miséria feito no Brasil foi reconhecido mundialmente pelas melhorias nos indicadores de desenvolvimento humano

Por meio da Lei 10.836, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva instaurava, no dia 9 de janeiro de 2004, o programa Bolsa Família, que unificava quatro programas sociais e criava o maior programa de transferência de renda do mundo. Em 15 anos, o programa foi reconhecido internacionalmente pela contribuição no combate à pobreza, a autonomia dada à população e a melhoria de indicadores de desenvolvimento humano.

Em entrevista à TVT, a socióloga Walquiria Leão Rego, autora do livro Vozes do Bolsa Família: autonomia, dinheiro e cidadania, lembra que o Bolsa Família foi o primeiro programa efetivo de combate à miséria feito no Brasil, com grande repercussão no mundo e na vida das pessoas. “Em termos de ampliação do seu espectro, o programa chegou a atingir 50 milhões de pessoas, tornando-se referenciado mundialmente”, afirma.

Ela conta que, durante a produção de seu livro, foi discutida a importância do programa repassar dinheiro à população, dando mais autonomia e liberdade à população. “Nós discutimos o significado positivo da bolsa ser em dinheiro. É mais livre a pessoa receber em dinheiro do que em cesta básica ou algo semelhante, pois é como são tratados os pobres, geralmente”, afirma.

O relatório do Programa da ONU para o Desenvolvimento (Pnud) de 2015 apontou crescimento de 10,5% do IDH brasileiro entre 2000 e 2014, siando de 0,683 para 0,755. Além disso, de 2006 a 2014, a pobreza multidimensional caiu de 4% para 2,9%. O dado representa a porcentagem de brasileiros sem acesso a itens básicos de assistência social.

A socióloga relembra que foi possível notar melhoria também na vida material das pessoas. “Elas tinham dinheiro para investir na casa, melhorar a nutrição, diminuir a mortalidade infantil. O programa recebeu muitos prêmios internacionais, que nunca foram divulgados pela nossa mídia, mas recebeu da própria ONU, por exemplo”, relembra.

A ONU, por exemplo, reconheceu a participação do programa na melhoria desses indicadores. Já o Banco Mundial recomendou ao governo que ampliasse o orçamento previsto do Bolsa Família para conter o aumento do número de “novos pobres”.

(Redação Brasil Atual)

 

Para uma diretoria que assumiu no fim de 2017 com o desafio de recuperar a confiança da base da categoria, garantir o direito dos trabalhadores, defender a educação pública, os solavancos de 2018 exigiram do Sintufrj ações firmes, trabalho intenso e criatividade.
O ano de 2018 também marcou os 25 anos de existência do sindicato, celebrados em evento onde também prestamos duas homenagens: Marcílio Lourenço de Araújo, que foi o primeiro dirigente do Sindicato, e Regina Loureiro, a primeira técnica-administrativa a receber o título de emérita, uma conquista antiga da categoria.

 

QUINTA-FEIRA, 10 DE MAIO. O Sintufrj reivindica, e o Conselho Universitário aprova resolução que manteve os 26,05% na folha na ocasião. Foi um dos momentos em que a ação do Sindicato adiou o corte do percentual

 

Ação articulada
Todas as coordenações (Geral, Comunicação, Educação Cultura e Formação, Organização e Política, Políticas Sociais, Esporte e Lazer, Aposentados e Pensionistas, Administração e Finanças) atuaram conjuntamente, oferecer novos serviços e fazer frente à política devastadora do governo federal contra o funcionalismo e a universidade pública.
Em benefício da transparência, a prestação de contas do Sindicato passou a ser feita periodicamente.
Os dirigentes se dividiram na execução de tarefas e na participação de fóruns deliberativos nacionais e estaduais importantes para a classe trabalhadora (plenárias e encontros da Fasubra, fóruns dos servidores públicos, Conepe, Conape, FEERJ, FNPE, Fórum Social Mundial, entre outros), de reuniões e articulações que reuniram as centrais sindicais, e de todos os atos e mobilizações em defesa da democracia e de direitos.
Perto da base
O Sintufrj intensificou uma agenda voltada para o dia a dia dos servidores, como a defesa da insalubridade, a discussão sobre a jornada das 30 horas, o combate à imposição do ponto eletrônico.
Muitos profissionais da área da saúde foram privados de seus direitos, mesmo com decisões judiciais que reconhecem a licitude da acumulação de cargos garantida na Constituição. O Sintufrj realizou ações para reverter essa situação absurda.
Foram abordados diversos temas, como assédio moral e sexual na UFRJ. Em março, dentro da programação da Semana da Mulher, o sindicato promoveu rodas de conversas em todos os campi para debater este tema.

 

 

Ação em várias frentes

Em maio, mês do trabalhador, o sindicato promoveu uma exposição e um vídeo ressaltando o trabalho na UFRJ. O resultado foi o mais abrangente inventário de imagens e depoimentos das múltiplas atividades dos técnicos-administrativos na universidade.
No plano orgânico, a direção sindical consolidou o Conselho de Delegados Sindicais de Base. O departamento jurídico sofreu mudanças e uma nova assessoria passou a cuidar das ações coletivas. A comunicação, área estratégica da ação sindical, ganhou mais agilidade, com ênfase nas plataformas digitais.
Os aposentados e pensionistas conquistaram em 2018 acesso às novas mídias sociais, graças à parceria que o Sintufrj selou com o Curso de Apropriação Digital, do Laboratório de Informática para Educação (Lipe). As aulas foram ministradas em salas no Centro de Tecnologia (CT, no Fundão), e terão continuidade este ano.
O Projeto Universidade para os Trabalhadores, iniciado em 1986 e que serviu de base para o projeto Universidade Cidadã para os Trabalhadores da Fasubra, entrou em nova fase. A direção criou cursos preparatórios para mestrado e doutorado.
O Espaço Saúde Sintufrj foi o local mais frequentado pelos trabalhadores em busca de qualidade de vida. O programa Saúde na Medida Certa, realizado em parceria com o Instituto de Nutrição Josué de Castro, bateu recorde de adesões: 82,8% das vagas oferecidas foram preenchidas.
Racismo e qualquer outro tipo de preconceito exigiram a intervenção política e prática. No mês da Consciência Negra, em novembro, a direção organizou mesas de debates com especialistas no assunto no IFCS, Praia Vermelha e Fundão e inaugurou o Departamento de Raça e Gênero. O Departamento de Comunicação produziu um encarte especial sobre o tema (“Brasil Racista”).
Implementamos uma política de comunicação mais dinâmica integrando as diversas plataformas e mantendo a informação sempre atualizada. Um novo site, que estará no ar a partir da próxima semana, para melhor atender os sindicalizados. O portal da transparência fará parte do conteúdo.
Encerrando o ano, realizamos a maior festa de confraternização com os sindicalizados promovida pelo Sintufrj.

Ações judiciais
As diversas frentes de ação envolveram, por exemplo, atenção permanente às ações judiciais. Nesse item, boa notícia: a execução dos atrasados dos 26,06% do Plano Bresser, de 1987. Mas na parte desfavorável da gangorra, o sequestro dos 26,05% do Plano Verão, há mais de 20 anos nos contracheques. A direção sindical empreendeu verdadeira saga para manter o percentual. O TCU mandou cortar os 26,05% desde fevereiro de 2018. O corte veio neste janeiro de 2019.
Se perdemos a ação coletiva, agora estamos partindo para as ações individuais na justiça em busca de nossos direitos.

As primeiras medidas anunciadas neste início de ano revelam o potencial destrutivo do governo de Bolsonaro aos interesses dos trabalhadores e aos setores mais vulneráveis da sociedade.

Salário Mínimo

A redução do valor previsto para o salário mínimo, que seria de R$ 1.006 e foi fixado em R$ 998 a partir de 1º de janeiro, impacta o bolso do trabalhador brasileiro e dos aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A medida também aponta para o congelamento da política de valorização do salário mínimo adotada nos governos anteriores.

Demarcação de terras indígenas e quilombolas

O poder de “identificação, delimitação, demarcação e registros das terras tradicionalmente ocupadas por indígenas” e também por comunidades quilombolas passa da Funai (Fundação Nacional do Índio) para o Ministério da Agricultura, o que na prática beneficia os ruralistas na definição de terras no campo e aumenta os conflitos com os índios.

Exclusão de LGBTs das diretrizes de direitos humanos

Ao abordar as funções e assuntos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, A Medida Provisória (MP) 870/19 mencionou a comunidade negra, minorias étnicas, sociais e indígenas, idosos, crianças e adolescentes, mulheres, pessoas com deficiência, exceto a comunidade LGBT. A medida representa uma perda de status dessa população, em um dos países que mais mata pessoas LGBTs no mundo.

Extinção da Secretaria da Diversidade, Alfabetização e Inclusão do MEC

A Secadi (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão), criada em 2004, foi substituída pela subpasta Modalidades Especializadas. A iniciativa busca eliminar as temáticas de direitos humanos, de educação étnico-raciais e da diversidade. A nova pasta deve continuar a articular as ações de educação especial, de jovens e adultos, educação no campo, indígena e quilombola.

Extinção de importantes Ministérios

O novo governo extinguiu diversos ministérios, entre eles, os Ministérios do Trabalho e o da Cultura. Os demais foram: Cidades; Desenvolvimento Social; Esportes; Fazenda; Indústria, Comércio Exterior e Serviços; Integração Nacional; Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; Segurança Pública.

O superministério da Economia, fusão entre Fazenda, Planejamento, Trabalho e Indústria e Comércio, comandado por Paulo Guedes, ficará a cargo das políticas e diretrizes para a geração de emprego, renda e de apoio ao trabalhador, políticas e diretrizes para modernização das relações de trabalho, regulação profissional, desenvolvimento profissional, saúde e segurança no trabalho, além da política salarial. As concessões de cartas sindicais e a fiscalização das condições de trabalho, por exemplo, ficam com o Ministério da Justiça.

Ministros investigados

Dos 22 ministros do governo Bolsonaro, cinco são investigados por corrupção. Onyx Lorenzoni, chefe da Casa Civil, foi citado em deleção premiada da JBS e admitiu ter recebido 100.000 reais da empresa por meio de caixa dois em 2014. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é investigado por fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois na implementação de um sistema de prontuário eletrônico. Já o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por prática de improbidade administrativa e por intermediar processos administrativos, supostamente ilícitos, na Junta Comercial de São Paulo. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também é investigada por conceder benefícios fiscais à JBS no período em que foi secretária estadual em Mato Grosso do Sul. O ministro da Economia, Paulo Guedes, é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) para apurar irregularidades na gestão financeira de fundos de investimento.

Ação pede para suspender a extinção do Ministério do Trabalho

A Federação Nacional dos Advogados ingressou com ação contra o governo no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a extinção da Pasta. Na Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), a entidade destaca que a Medida Provisória 870/2019, que instituiu 16 ministérios e outros seis órgãos com status de ministério, “culminou por fragmentar, reduzir a importância e a eficácia das funções inspetoras e mediadoras do Estado Brasileiro sobre o conflito capital-trabalho ao transformar e reorganizar indevidamente atividades que cabiam, há 88 anos, a um ministério especializado em temas trabalhistas”.

Com apenas poucos dias de governo, essas são algumas das péssimas iniciativas de Jair Bolsonaro, o que reforça que a pauta a ser enfrentada é contra a retirada de direitos, deterioração das condições de trabalho, arrocho salarial, ataques sistemáticos a setores oprimidos, entre outros aspectos. Portanto, teremos um ano de muitas lutas para defender direitos trabalhistas, sociais, de organização e o direito à vida (Fasubra com agências).

 

Museu Nacional começa voltar à vida

Na coletiva conjunta UFRJ, Ministério da Educação (MEC) e a Google, na quinta-feira, 13, foi anunciado um pacote de medidas em prol do Museu Nacional, incluindo a doação pelo governo federal de um terreno ao lado da Quinta da Boa Vista.

O anúncio foi feito pelo secretário executivo do Ministério da Educação, Henrique Sartori. Ele informou ainda que será criada uma rubrica específica para prédios históricos no valor de R$ 45 milhões. A medida ajudará nas obras de preservação, que são de alto custo para as instituições federais de ensino superior.

Outra novidade é que mais de 1.500 peças do acervo atingidas pelo incêndio em setembro já foram recuperadas.

Recuperação

O reitor Roberto Leher disse que os R$ 25 milhões conquistados com emendas parlamentares serão aplicados no novo terreno. A nova área, que tem 49 mil metros quadrados, será utilizada para a construção de laboratórios. Segundo Leher, metade das obras emergenciais pós incêndio já foram finalizadas e em março, durante o carnaval, será concluído o telhado do museu.

Museu on line

No mesmo dia, também foi anunciada a estreia do Museu Nacional na Google Arts & Culture, uma plataforma que permite a navegação virtual por sete exposições online, através de óculos de realidade virtual. Resultado da parceria entre a UFRJ, o MEC e a Google, assinada em 2016. As imagens foram feitas em 2017 e cobrem cerca de 60% dos espaços do Museu, antes do incêndio.

RIO DE JANEIRO, RJ, 03.08.2018: MUSEU-NACIONAL – Após mais de 6 h, bombeiros controlam incêndio no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio, nesta segunda-feira (3). Mais antigo do país, museu tem 20 milhões de itens e apresentava problemas de manutenção. (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF/Folhapress)

LabOceano inaugura novo sistema de correnteza

O Laboratório de Tecnologia oceânica (LabOceano) da Coppe inaugurou, dia 19 de dezembro, no Parque Tecnológico, o novo Sistema de Correnteza. Esse sistema amplia a capacidade para reproduzir, com alta precisão, a diversidade das correntes marinhas em função da profundidade do mar. O simulador custou R$ 22 milhões, financiado pela Petrobras (18,8 milhões) e Finep (3,2 milhões).

Esse novo sistema contribuirá para os estudos necessários à exploração de petróleo em águas profundas e ultra-profundas, como as dos pré-sal. Outra aplicação é simular as operações de instalação de equipamentos no leito marinho e também permitir a simulação das correntes nas plataformas em si, que junto com os ventos e as ondas podem fazer com que elas se desloquem mais ou menos.

O simulador foi instalado em prédio anexo ao LabOceano, que possui o tanque mais profundo das Américas (15m), e o segundo do mundo. Com o simulador, o laboratório se mantém entre os quatro mais capacitados no mundo para simular as condições dos oceanos, em regiões costeiras e águas profundas.

ESCOLA SEM PARTIDO É ARQUIVADO

O presidente da comissão do Escola Sem Partido, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), encerrou hoje (11) os trabalhos do colegiado. Não haverá mais reunião e o projeto será arquivado. Vale lembrar que ocorreram 12 sessões sem resultado e seguidas tentativas de votação do relatório do deputado Flavinho (PSC-SP). Caso fosse votada, a proposta proibiria professores de manifestarem posicionamentos políticos ou ideológicos, além questões de gênero, em sala de aula.

Adeus ao trabalho?

Fim do MTE aponta risco de retrocesso nas relações trabalhistas a um padrão pré-1930

 

Depois de algumas idas e vindas, finalmente o governo eleito se decidiu: o MTE (Ministério do Trabalho e emprego) vai mesmo acabar. Sua estrutura, fatiada em três pedaços, será distribuída pelos ministérios da Economia, da Justiça e da Cidadania, ocupados, respectivamente, por Paulo Guedes, Sérgio Moro e Osmar Terra.

O anúncio – formalizado pelo futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni – dá sinais bastante concretos sobre os rumos do governo eleito. Apesar de apresentada como uma medida “simbólica”, o fim do Ministério do Trabalho indica, na prática, uma disposição de reversão histórica das garantias políticas e institucionais conquistadas pelos trabalhadores brasileiros.

Não é mera coincidência que, apenas 24 horas após o anúncio, o presidente eleito Jair Bolsonaro tenha declarado que “é muito difícil ser patrão no Brasil”. Desde 2016, com a reforma trabalhista, as discussões sobre a reforma da previdência e ataques à organização sindical, está em curso um processo de redução estrutural do custo do trabalho e de proteção dos lucros e interesses do empresariado brasileiro. Com o desmembramento do MTE, este processo ganha um impulso significativo, desequilibrando ainda mais as relações entre capital e trabalho.

Segundo Lorenzoni, o Ministério da Economia passará a gerir o FGTS e o FAT – cerca de R$ 800 bilhões em recursos, atualmente utilizados em programas sociais e obras de infraestrutura. Sobre o FGTS, o futuro ministro Paulo Guedes já defendeu abertamente a sua extinção; sobre o FAT, existe a possibilidade de uma reforma: a equipe de Temer sugeriu ao novo ministro que acabe com o abono salarial pago a quem ganha até dois salários mínimos.

Já Moro e Terra responderão pelos pedaços que sobraram do MTE: o juiz será responsável pela área sindical (concessão de registros, por exemplo); e o ex-ministro do governo Temer herdará as políticas de formação profissional, incluindo a economia solidária. É razoável supor que, de um lado, teremos autoritarismo na relação com os sindicatos e, do outro, corte das já insuficientes iniciativas de qualificação. Ainda não se sabe quem ficará com as funções de fiscalização das condições de trabalho, dor de cabeça de empresários e ruralistas interessados em aprofundar relações de semiescravidão.

O risco, desde já anunciado, é de um retorno à selvageria: extintas as mediações, desprovida de qualquer proteção, a classe trabalhadora brasileira ficará à mercê do subemprego, contando com sindicatos fragilizados e sem amparo da Justiça do Trabalho. Nas palavras de Bolsonaro, que já declarou que seu governo pode fazer uma nova reforma trabalhista, “o trabalhador tem que escolher se quer direitos ou emprego”. Está dada a senha para a barbárie do mercado aumentar a exploração econômica e a submissão política dos trabalhadores e trabalhadoras. A sede de sangue dos vampiros do capital parece não ter fim

Educação Física é a campeã da Copa Sintufrj

A equipe da Escola de Educação Física (EEFD) levantou a taça de campeã da Copa Sintufrj Futebol Society, na terça-feira, 11, ao vencer o Centro de Ciências da Saúde (CCS) por 5 X 0. Todas as partidas da competição foram disputadas no campo do Cepe/Fundão.

Oito equipes formadas por técnicos-administrativos participaram do campeonato, que começou no dia 6 de novembro. O time do CCS conquistou o segundo lugar, o Escritório Técnico da Universidade (ETU) o terceiro e o Centro de Tecnologia (os Gladiadores), o quar