Projeto está sendo executado em parceria com a Petrobras/Cenpes e a COPPE

A Prefeitura Universitária está pavimentando determinados trechos do campus da Ilha do Fundão. A pavimentação, iniciada no fim de abril, faz parte de projeto feito em parceria com a Petrobras/Cenpes e a COPPE para promover sustentabilidade na infraestrutura viária com misturas asfálticas com práticas sustentáveis.
A pavimentação exigirá interdição parcial ao tráfego de trechos na pista de rolamento. Desta forma, a prefeitura solicita que a comunidade acadêmica tente evitar as regiões afetadas, buscando rotas alternativas, nos dias de pavimentação das vias. O prefeito Marcos Maldonado calcula que a recuperação de todos os trechos envolvidos no projeto leve cerca de 90 dias.
O trabalho foi iniciado na saída do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) e agora em maio começa a tomar a Cidade Universitária. Ela será executada em etapas, de acordo com o material disponibilizado pela parceria com a Petrobras e a COPPE e ainda contemplará os demais trechos da Avenida Horácio Macedo (até rotatória da Samira Mesquita), Avenida Pedro Calmon, Largo Wanda de Oliveira e Avenida Carlos Chagas Filho.
“A comunidade universitária tem muito a ganhar com esta parceria, já que o projeto irá recuperar trechos de asfalto degradado que podem colocar em risco a segurança de motoristas e pedestres que circulam pelo campus. A intenção é requalificar a infraestrutura urbana, aumentando a fluidez e a segurança no trânsito, assegurando a integridade do corpo social e a conservação dos veículos através da pavimentação em locais estratégicos com asfalto mais durável, de maior qualidade e com características mais sustentáveis. Apesar das restrições orçamentárias, estamos sempre buscando alternativas para fazer a UFRJ cada vez melhor”, afirma o prefeito Marcos Maldonado. (FOTOS: Renan Silva)

O projeto contará com as seguintes etapas

• Levantamento Topográfico: coleta de dados planialtimétricos para garantir uma pavimentação segura e durável.
• Estudos de Dosagem: desenvolvimento de misturas asfálticas otimizadas para resistência e durabilidade.
• Execução de asfalto: aplicação das novas misturas asfálticas por uma empresa especializada nas faixas de rolamento.
• Monitoramento e Avaliação.

Ato é mais um passo na jornada de lutas que prevê, no próximo período, jornada de assembleias na próxima semana (a da UFRJ ainda será marcada), paralisação nacional dias 21 e 22 de maio, com a organização de caravanas a Brasília.

 

No dia nacional de paralisação dos técnicos administrativos em educação, convocado pela Fasubra, esta segunda-feira, 5 de maio, coordenadores do Sintufrj, apoiadores da gestão, militantes de base realizaram um ato em frente ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) pelo cumprimento integral do acordo de greve.

Hoje acontece reunião da Federação com o ministro da Educação Camilo Santana.

A paralisação deste 5 de maio é nacional e é mais um passo na jornada de lutas para que o governo cumpra todo o acordo. O prazo final, segundo a Federação, para que o Executivo viabilize os instrumentos necessários à efetivação dos pontos pendentes do acordo é 31 de maio. Na pauta do ato, além dos pontos ainda não atendidos no acordo feito com o governo da história greve de 2024, como a regulamentação do incentivo RSC (Reconhecimento de Saberes e Competências) para todos, a aceleração da capacitação, o reposicionamento de aposentados, a jornada de 30 horas para todos, a racionalização de cargas, a escala de trabalho 12 x 60  e a inclusão dos médicos e veterinários no reajuste recebido pela categoria (embora sejam do PCCTAE, tiveram reajustes diferentes menores: 4,5%).

“Somos todos PCCTAE.”, anunciaram os coordenadores da entidade convocando os médicos do hospital para se agregarem a luta que é de todos. Pelos amplificadores do carro de som e panfletando o jornal da entidade eles explicaram à população que, além do acordo de greve, reivindicaram a recomposição orçamentária da UFRJ que hoje enfrenta problemas sérios de infraestrutura, mas também contra o assedio moral na universidade e os prejuízos que os hospitais e seus trabalhadores vêm enfrentando desde que a Empesa Brasileira de Serviços Hospitalares tomou três das maiores unidades de saúde da UFRJ.

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O que está em pauta no dia de luta

Francisco de Assis, coordenador da Fasubra, lembrou o porquê de ser hoje um dia de luta: “Entrou dinheiro na conta de todo mundo e estamos protestando? Sim, porque temos demandas ainda a serem cumpridas do termo de acordo; apenas uma parcela foi, falta ainda as 30 horas de jornada, o Reconhecimento de Saberes e Competências, a questão dos médicos e veterinários que ficaram com reajuste menor (que os demais técnicos-administrativos), e muitas outras demandas. Por isso chamamos a atenção de técnicos-administrativos, estudantes e professores para mostrar que esta não é só uma luta corporativa mas também para exigir o fim da disputa desleal que se desenrola no Congresso, de ataque a parlamentares como o deputado Glauber Braga, para silenciar a voz em defesa do serviço público e do orçamento público que o Centrão está se apossando e por isso nossa universidade está aos pedaços”, disse ele.

Francisco também apontou pautas locais, contado que na CPST há indícios de práticas de assédio moral por parte de uma gestora que, apesar disso, vem sendo apoiada pela pró-reitora de pessoal, mas que é importante seu afastamento do cargo para que os trabalhadores escolham um novo gestor. “Então é uma luta que a gente está querendo fortalecer nesse período de combate ao assédio moral. O papel da universidade é fazer valer o princípio do diálogo, a força do argumento e não o argumento da força como alguns gestores estão acostumados a fazer, tentando impor para os trabalhadores a sua política sem diálogo”.

Ganhos são resultado da luta

O coordenador-geral Esteban Crescente explicou: “Nós estamos em luta para recompor as perdas que nós tivemos ao longo dos anos, em especial os sete anos de governo Temer e de governo Bolsonaro que congelaram salários. Nós tivemos avanços importantes: nesse mês, já começou os ganhos salariais, os primeiros ganhos, e isso foi resultado da nossa luta. Porém o governo não está cumprindo tudo que foi escrito no acordo. Os companheiros, companheiras, médicos e veterinários estão com ajuste desigual, e nós estamos na luta a nível nacional, hoje tem mesa de negociação para poder pressionar sobre isso. Nós também estamos brigando pelas 30 horas (de jornada semanal) para todos, para que a gente tenha a redução da jornada de trabalho sem redução dos salários, que é uma bandeira que tem que ser extensiva a todas as trabalhadoras. Também estamos na luta pela questão do Reconhecimento de Saberes e Competências, pela questão da racionalização dos cargos contra as injustiças sofridas por trabalhadores na nossa carreira há 20 anos que cumprem funções que são de complexidade mais elevada do que o salário que estão recebendo”, disse ele, apontando também a questão do financiamento da universidade que hoje está com orçamento deficitário.

Segundo conta, a UFRJ hoje tem hoje orçamento que representa metade do que era em 2012: “E isso é fruto de uma política de cortes nas áreas sociais, principalmente ao longo dos sete anos dos governos Temer e Bolsonaro, que congelaram o orçamento da universidade e o salário dos servidores. Estamos na luta para poder ter uma universidade a serviço da população.

“Quando a gente luta, a gente conquista”. lembrou Esteban, explicando: “O nosso contracheque esse mês já teve os resultados. Mas nós não podemos aceitar que uma parte do que nós conquistamos seja escamoteada, que o governo enrole na mesa de negociação. Por isso estamos aqui nesse dia de paralisação e mobilizando para a assembleia que será semana que vem (nós vamos fechar o dia local e horário) e para nossa caravana, chamada pela federação dias 21 e 22, nos quais também teremos paralisação”.

Crise na CPST

A coordenadora de Políticas Sociais Anaí Estrela, lembrou da criação pela gestão, do Departamento que vai tratar de Assédios e Conflitos e, apontando que há companheiros hoje passando por humilhação e que merecem respeito, apresentou uma servidora da CPST que têm vivenciado situações de assédio moral. A assistente social Aline Silva, que vai atuar junto ao Departamento, reivindicou seu direito de trabalhar sendo respeitada, com acesso aos instrumentos de trabalho que estão sendo tirados. Ela relata a destinação de assistentes sociais para atividades externas fora da rotina, porque, segundo conta, a PR4 diz que não é necessário ter serviço social na atuação da CPST. “Estamos acionando nosso conselho regional de serviço social também para nos apoiar, mas, na verdade, é uma luta conjunta de todos os trabalhadores da CPST”.

Anaí, Aline e Laura

Desmonte também no HU

A coordenadora-geral Laura Gomes, relatou o desmonte que o trabalhador do HU está enfrentando: “Hoje, os funcionários do RJU que trabalham dentro do hospital, não têm o acolhimento que deveriam ter. Ficam largados aí ao léo. O Serviço de Saúde do Trabalhador do HU (Sesat) funcionou durante muitos anos dando à assistente de saúde às urgências dos trabalhadores. E hoje esses trabalhadores vão até a emergência, mas já está sobrecarregada e não tem como atender adequadamente esses funcionários”, explicou, reivindicando que seja restaurado o Serviço para que os acidentes de trabalho sejam atendidos a adequadamente dentro da nossa instituição.

Lenilva Cruz, futura diretora da entidade, contou que ao circular pelas dependências do hospital encontrou muitos trabalhadores insatisfeitos e muitas reclamações. “Mas não adianta ficar só insatisfeito, temos que chamar esse pessoal para a luta”.

   

Lenilva e Gambine

Roberto Gambine, superintendente do IDT, aponta uma série de problemas com a entrada da Ebserh na gestão dos hospitais, inclusive falta de insumos (ele relacionou mais de uma dúzia deles, itens importantes cuja ausência levam a dificuldades enfrentadas pelos profissionais para a assistência a população). Além disso, contou, pessoas estão sendo transferidas de local de trabalho sem qualquer consulta, denúncias de assédio moral e outros problemas cujos relatos são ouvidos nos corredores.

   

A servidora Marlene Novenas apontou que a entrada da Ebserh é fato mas questionou como conviver come essa nova realidade: “É preciso que a gente entenda o que é que está acontecendo nas outras unidades hospitalares, o que significa conviver com dois regimes de trabalho. Hoje nós temos o regime CLT, o regime RJU. E que conflitos são esses? Porque conflitos estão existindo! Eu já estou sabendo de colegas que existe umas perguntas muito interessantes que vêm sendo feitas, como: ‘quando é que você vai embora? quando é que você vai se aposentar?’ e que, na minha opinião, não deixa de ser uma questão humilhante, desrespeitosa, até porque os RJU que se encontram hoje ainda aqui, exercendo a sua atividade. Marisa Araújo explicou que são necessárias atitudes da gestão sobre as denúncias trazidas pelos companheiros do hospital a uma política que está dada por uma empresa que se acha no direito de controlar a vida das pessoas.

   

Defesa do mandato de Glauber Braga ganha fôlego. Sintufrj presente no ato apoia a defesa do parlamentar por decisão de assembleia

No dia em que o recurso do deputado federal do PSOL Glauber Braga contra a cassação de seu mandato foi lido na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, 24 de abril, centenas de pessoas entre políticos, estudantes, militantes e apoiadores, ocuparam a histórica Cinelândia para reafirmar que Glauber Fica!
A manifestação que atraiu caravanas de outras cidades e trouxe vereadores e deputados de estados do Brasil foi promovida pela campanha “Glauber Fica!” composta por partidos, movimentos sociais e populares, mostrou o vigor e a resistência do povo do Rio de Janeiro o qual depositou sua confiança através de 78 mil votos no deputado. O Sintufrj e sua categoria que apoia a luta do deputado mais uma vez se fez presente.
Glauber Braga chegou ao final do ato e fez um vigoroso e emocionado discurso afirmando que vai responder a tentativa de chantagem e intimidação com enfrentamento e mobilização. Braga anunciou que irá percorrer os 27 estados do país para participar de atos como o da capital carioca e falar nas praças, nas universidades e em todos os espaços públicos. A greve de fome de Braga e a pressão popular conquistou um fôlego de 60 dias antes de o processo de cassação ir à plenário.
“Comecei dizendo que o cenário é difícil, mas termino dizendo que tenho certeza e convicção e não tenho nenhuma dúvida que ao final desses dois meses vamos comemorar juntos essa vitória na luta”, anunciou do carro de som.
O recurso de Glauber Braga está para ser votado dia 29 de abril, terça-feira, na CCJ. Na sessão do dia 24, o relator do recurso deputado Alex Manente (Cidadania-SP) apresentou parecer rejeitando-o e pedido de vistas feito pelo PSOL interrompeu a votação que se pretendia naquele dia.
Braga conclamou seus eleitores e a militância a fazer o bom combate.
“Até lá (a votação final em plenário) essa energia de luta vai ser fundamental para mostrar para aqueles que que tentaram nos deixar de joelhos que eles não sabiam e não perceberam com quem estavam se metendo, e não é comigo, pois estão se metendo com a vontade que não se pode romper daqueles e daquelas que decidiram não se entregar. Cada um de vocês tem uma história de militância, de vida e de luta. E quem não desistiu durante toda a sua vida não vai desistir pelas tentativas de intimidação ou silenciamento de Lira e companhia”, ressaltou.
E encerrou:
“Acredito profundamente na luta do povo. Mandato só serve se for para se conectar de maneira cotidiana e permanente com essas lutas.”

Sintufrj reforça apoio
A recém eleita coordenadora-geral do Sintufrj, Sharon Stefani, informou que a assembleia geral da categoria aprovou apoio a Glauber Braga e a defesa de seu mandato.
“Glauber está sendo alvo dessa perseguição política, muito por conta dele ser muito combativo e a função de seu mandato que é muito voltado para os trabalhadores e para a educação. Foi aprovado em assembleia nosso apoio a esse ato. O Sintufrj está nesse ato e na campanha “Glauber Fica! Assim como estivemos em todos os outros atos, sempre muito cheios, com muitas pessoas, com muita representatividade política, sindical, social e popular.
Glauber Braga consegue unificar um pensamento de luta pelos trabalhadores, de luta pela educação e sem se calar. Não é porque um poderoso fala que não, que não vai fazer, que ele para. Ele continua e continuou lutando e com o nosso apoio a gente está aqui para fortalecer o Glauber. Estamos apoiando a manutenção de um mandato totalmente combativo. Glauber demonstra em todas as suas ações como ele fortalece todas as lutas do trabalhador, da campanha dos servidores, das estatais. Então é por isso que o Sintufrj está aqui. Nós estamos aqui para apoiar essa campanha “Glauber Fica!”.”

O que deputados e vereadores declararam

“Gerações e gerações de militantes se encontram aqui nessa praça desde o processo de redemocratização. E desde o final da ditadura civil-militar que a gente não tem a cassação de um mandato parlamentar por crime de opinião porque o que eles estão usando para tentar justificar a cassação do Glauber é a expulsão de um membro do MBL do Congresso. Um membro do MBL que provocou e atacou a mãe do Glauber. É uma desculpa esfarrapada. É uma desculpa que não encontra fundamento sequer no regimento da Câmara. Então por isso essa luta é fundamental. Querem cassar o mandato do Glauber para tentar coar a esquerda para tentar silenciar a voz que enfrenta esses esquemas e tenta enfrentar a força da extrema direita. Então esse ato de hoje é a favor do mandato do Glauber. É um ato a favor da democracia, é um ato a favor da luta dos trabalhadores e das trabalhadoras”, Flávio Serafini, deputado estadual PSOL-RJ.

“Se é verdade que lá na Câmara Federal nós somos minoria, é na rua que a gente é maioria. É na rua que a gente vence as batalhas lá dentro. Foi a mobilização popular junto com a coragem do nosso deputado Glauber que fez com que a gente conquistasse mais 60 vias para lutar e para garantir que Glauber fica. É a organização popular em cada canto do estado deste Rio de Janeiro que vai fazer com que a gente vença essa batalha. Porque é sim atacar o mandato de um deputado valioso que enfrenta com coragem o orçamento secreto, que enfrenta com coragem os coronéis que têm na força da sua palavra. É atacar suas ações e todo o poder do povo. Tentar caçar o deputado Glauber numa penalidade completamente desproporcional é atacar o Partido Socialismo e Liberdade. É atacar todo o campo político da esquerda. É atacar as liberdades democráticas. Enquanto companheiros e companheiras se ataca a liberdade democrática, se ataca o povo inteiro e nós não vamos silenciar a voz e o voto de todo o Rio de Janeiro, que elegeu o deputado Glauber Braga. Nós vamos lutar em cada cantinho do interior, passando pela região metropolitana, pela capital, para gritar que Glauber Fica”, Talíria Petrone, deputada federal PSOL-RJ

“Como muito bem dizia e afirma Rosa Luxemburgo, quem não se movimenta não sente as correntes dos que os prendem. Glauber é um movimento de quebras de correntes, de um capitalismo que se estruturou desde os tempos da ditadura. Quando Glauber ousa denunciar o orçamento secreto, quando Glauber ousa enfrentar Arthur Lira dentro da Casa Grande que historicamente coloca o nosso povo às margens da submissão, quando Glauber ousa levar o socialismo e a liberdade de um estado democrático de direito para dentro do Congresso, Glauber está honrando a memória. Glauber está resgatando a perspectiva histórica do que é a classe trabalhadora do nosso país. Glauber representa na essência da sua voz, na essência da sua coragem, na essência combativa do seu mandato o que nós mulheres, o que nós, população LGBTQIA+, defendemos de um estado democrático de direito, o que nós apresentamos como uma agenda, uma agenda socialista que possa reconfigurar essa democracia, que é uma falsa e ilusória, mas que apresenta um projeto de nação em que caiba todos os corpos”, Benny Briolly, vereadora PSOL.

“O mandato de Glauber Braga é um mandato corajoso, combativo, coletivo, popular, socialista, um mandato fundamental para a democracia brasileira e para o enfrentamento à extrema-direita e ao fascismo. Defender o mandato do Glauber é defender a esquerda, é defender a luta anticapitalista, é defender o povo brasileiro, os trabalhadores, as trabalhadoras e por isso nós não vamos recuar e não vamos abaixar a cabeça nem por um segundo. Arthur Lira pode ter dinheiro, poder e influência, mas nós temos rua, nós temos energia, nós temos fé, nós temos coragem, nós temos um projeto histórico, nós não negociamos os nossos princípios, nós não vendemos os nossos sonhos”, Pastor Henrique Vieira, deputado federal PSOL-RJ.

Entenda o caso
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, em 9 de abril, parecer em prol da cassação de Glauber, decisão inédita na história da Câmara fruto de perseguição política ao combativo deputado. O colegiado analisou uma ação apresentada pelo Partido Novo.
Glauber é acusado de empurrar e expulsar um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) do Congresso Nacional durante uma confusão em 2024. Outros episódios semelhantes já ocorreram na Câmara sem que nenhum de seus integrantes tenham tido pena tão severa.
Em protesto à decisão do Conselho, Glauber fez uma greve de fome que durou mais de uma semana. Ele pedia o arquivamento do caso. A greve teve fim após negociação com o presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Pelo acordo feito, Motta se comprometeu a dar um prazo de 60 dias, após a decisão de CCJ, antes de pautar a ação contra Glauber no plenário.

Chamada da CUT para plenária e Marcha dos Trabalhadores da CUT, em Brasília, entram na pauta da assembleia

Na tarde de quinta-feira(24), o Sintufrj realizou assembleia extraordinária, às 14h, no Espaço Cultural da entidade, para que a categoria indicasse os delegados (sete companheiros(as) da base e um dirigente) que os representarão na plenária virtual da Fasubra, nesta sexta-feira, 25, e no sábado, 26. A agenda de lutas do 1º de maio, no Rio de Janeiro e em Brasília, também estava na pauta.
O coordenador-geral do sindicato, Esteban Crescente, reafirmou a continuidade do estado de greve aprovado em assembleia, quando ainda não havia confirmação do pagamento dos ganhos econômicos conquistados com a reestrutura da carreira, mas como o governo ainda não cumpriu integralmente o acordado, uma nova greve não está descartada.
Ele também informou que o Sintufrj irá acionar a Pró-Reitoria de Pessoal (PR4) sobre os itens que deixarem de constar do contracheque no dia 2 de maio, e que deveriam estar lá, para que o problema seja resolvido.
#Glauberfica — Assim que a assembleia foi encerrada, trabalhadores e dirigentes do sindicato saíram com comitiva para o ato em defesa do mandato do deputado Glauber Braga, no centro do Rio.
Delegação aprovada
Os técnicos-administrativos acataram a proposta da direção sindical e aprovaram a mesma delegação que foi eleita para a última plenária física da federação, uma vez que a pauta é a continuidade dos debates iniciados na reunião anterior, que tratou dos pontos do acordo de greve em discussão com o governo e a Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC). Além de informes gerais e análise de conjuntura.

Ato no Rio e plenária e Marcha dos Trabalhadores em Brasília

Esteban Crescente chamou os técnicos-administrativos para o Dia do Trabalhador. “Toda a categoria está convidada a se juntar ao Sintufrj, na quinta-feira, 1º de Maio, às 14h, na Cinelândia, para manifestação organizada pelas centrais sindicais CUT, CTB, Intersindical e Conlutas, sindicatos, movimentos sociais e os partidos políticos PT, Psol, PCB, PCdoB e UP, cujas bandeiras de lutas são: fim da escala 6×1, redução da jornada de trabalho, aumento dos salários e aumento da faixa de isenção do imposto de renda”.
O dirigente, que durante o feriado participou de uma ação pelo fim da jornada 6 X 1, acrescentou: “Nós temos a chance concreta histórica de, a partir da adesão da população, ter uma vitória pelo fim da escala 6×1. Eu tive a oportunidade de estar na ocupação do shopping Nova América e foi emocionante. Os trabalhadores e trabalhadoras das lojas, inclusive gerentes, concordavam com o fim da escala 6×1”.
Sobre a luta pelo cumprimento integral do acordo, defendeu: “Nós temos que manter, fortalecer e aprofundar o debate sobre o estado de greve. E a partir dos debates que vão vir da plenária e da agenda de mobilização, nós temos que ir para a mesa de negociação, porque já teve mesa desmarcada pelo governo, e nós temos que exigir nova mesa, inclusive com a Comissão Nacional de Supervisão de Carreira, para que possamos ter o cumprimento integral do nosso acordo de greve. Por essa avaliação que a nossa delegação precisa ir e fortalecer a mobilização para fazermos um grande 1º de Maio, ocupando as ruas do centro do Rio, dialogando com a população pelo fim da escala 6 X 1 e pelos nossos direitos enquanto classe trabalhadora”.

Convocação da Fasubra

O coordenador da federação e técnico-administrativo do Instituto de Biologia, Francisco de Assis, afirmou que é a luta conjunta que garantirá o cumprimento do acordo de greve. O dirigente informou sobre a caravana da CUT a Brasília, cujas inscrições foram feitas pela internet, e lamentou que outras centrais sindicais não tenham se incorporado nessa mobilização feita, segundo ele, no momento certo:
“A gente precisa fazer o enfrentamento ao Congresso Nacional e a CUT chamou uma plenária e a Marcha dos Trabalhadores, em Brasília. É uma plenária que vai tratar da conjuntura junto com a classe trabalhadora, mas central precisa de fato incorporar a luta para derrubar a escala 6 X1, como também os companheiros precisam incorporar a luta que a central está chamando em defesa dos interesses da classe trabalhadora. Eu espero que mais centrais participem dessa jornada de lutas e mobilizações e que com ações políticas como essas a gente possa fazer um grande ato no dia 1º de Maio, colocando como eixos justamente essas questões que são importantes para a classe trabalhadora”.
Ponto de reflexão — “Nós, como servidores públicos”, prosseguiu Assis, “devemos incluir também o cumprimento do acordo e também precisamos estar nessa marcha porque, se os companheiros não sabem, o RJU está em risco de uma decisão do STF de acabar com esse regime. Se isso ocorrer, será desastre para o serviço público. Portanto, a gente precisa repor em pauta, também, essa bandeira de defesa do RJU, que coloca em risco toda prestação pública de serviços à população. É importante que a gente cobre o cumprimento do acordo e defenda o RJU”.
Fora assediadora da CPST!
Na UFRJ, segundo Francisco de Assis, a bandeira importante é derrubar a coordenadora assediadora dos trabalhadores da Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador (CPST). “A CPST só vai ter tranquilidade quando a gente derrubar a assediadora, que agora está cumprindo a função de forma escondida lá no colo da pró-reitora ou do superintendente da PR4, despachando os processos de lá como se nada tivesse acontecido. Nós não vamos nos cansar até derrubar ela, porque a gente não admite essa política de assédio contra os trabalhadores”, prometeu.

Agradecimentos pelos votos recebidos
“No dia mesmo do resultado da eleição, nós fizemos um vídeo, uma fala minha, da companheira Sharon e do companheiro Chiquinho, representando o conjunto da chapa 20, no qual destacamos a responsabilidade que recai sobre os nossos ombros pelo fato de termos ampliado uma votação que foi de 1.680 votos em 2022 para 2.013 votos nesta eleição. Isso significa que a categoria aumentou sua referência e sua confiança no conjunto das organizações e dos companheiros e companheiras também, independente de quem compõe a atual gestão”, pontuou Esteban Crescente.
Segundo ele, a transparência também foi uma marca da gestão. “Além da publicação dos balancetes, o sindicato fez uma assembleia com ampla convocação e apresentação do Conselho Fiscal, e a maioria dos presentes aprovou as contas da entidade. Foram apenas dois votos contrários e seis abstenções”, relembrou o coordenador-geral da entidade reeleito.
“O processo eleitoral é todo mundo junto na luta pelos direitos da classe trabalhadora. E acreditamos que a gente vai estar junto com os companheiros da oposição para estar fazendo os diversos enfrentamentos que teremos, tanto na UFRJ como na conjuntura”, disse Francisco de Assis ao agradecer os votos da categoria na chapa 20, que o elegeu como um dos três coordenadores-gerais do Sintufrj para o triênio 2025-2028.

Fim da escala 6 x1 sem redução salarial vai gerar mais emprego e renda

TEXTO DA CUT NACIONAL

Chamou atenção esta semana um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Femig), de que o fim da escala 6 X1 vai fazer o país perder cerca de 16% do seu Produto Interno Bruto (PIB) e o equivalente a R$ 2,9 trilhões no faturamento dos setores produtivos.

Esse estudo, no entanto, não levou em consideração que a proposta defendida pela CUT e as demais centrais, que está na pauta da classe trabalhadora, a ser levada na Marcha a Brasília no próximo dia 29, consta a manutenção dos salários mesmo com a jornada reduzida. A Marcha faz parte da jornada do 1º de Maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora.

Para a CUT a redução das jornadas de trabalho contribui sobretudo no sentido de apresentar uma saída para o problema estrutural de falta de trabalho e postos de trabalhos decentes a toda força de trabalho disponível. 

A diretora-técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Adriana Marcolino também defende a redução de jornada sem redução salarial como uma forma de gerar emprego e renda. De acordo com ela a análise da Femig não leva em consideração a não redução do salário.

“O pressuposto deles é a de que essas horas de redução não serão pagas, o que reduzirá a massa salarial com um impacto na economia, com redução de empregos, mas do nosso ponto de vista, ao pagar essas horas a massa salarial, no mínimo, vai se manter”, analisa

“Se a gente mantém os salários, o consumo também se mantém. Então, será preciso contratar mais trabalhadores e, consequentemente, os empregos serão ampliados por conta da redução da jornada de trabalho”

– Adriana Marcolino

Já em 2009 o Dieese apontava que a redução da jornada pode abrir vagas de emprego para cerca de 3 milhões de trabalhadores.

Adriana Marcolino entende ainda que uma parte dessas horas acaba sendo absorvida pelo próprio trabalhador com um aumento de produtividade. Estudos mostram que a redução de jornada leva a um aumento de produtividade, beneficiando também as empresas.

Esta não é a primeira vez, e com certeza, não será a última, que alguns setores empresários se colocam contra melhorias na vida do trabalhador. Uma nota técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de 2006, já fazia um histórico de como parte do empresariado brasileiro se comporta em relação à ampliação dos direitos.

Diz trecho da nota: “os empresários colocaram-se contra a redução da jornada, entendendo as reivindicações dos trabalhadores e as leis discutidas no Congresso como uma limitação à sua autonomia para organizar a empresa segundo suas próprias determinações. Eram contrários também aos projetos de lei que dispunham sobre a jornada dos menores e as férias anuais de 15 dias (de 1926), argumentando que os custos da produção seriam altíssimos e que era necessária uma vida moralmente regrada, disciplinada e voltada para o trabalho.

Na nota, os técnicos do Dieese ponderam ainda que:

  1. a) a realização de hora extra atinge um longo período por semana;
  2. b) o tempo de deslocamento/transporte aumenta em função de mudanças como crescimento das cidades e a migração dos trabalhadores para as periferias;
  3. c) há necessidade de atividades de qualificação e são raros os casos em que este tempo é remunerado como tempo de trabalho;
  4. d) pode haver um segundo trabalho, seja emprego por tempo parcial ou como autônomo, devido à redução da remuneração;
  5. e) aumenta a execução de tarefas fora do local de trabalho, o que é facilitado pela utilização do fax, celular, notebooks e internet, possibilitando que os empregados sejam acionados a qualquer momento do dia e da noite e em qualquer local;
  6. f) há necessidade de soluções para o processo de trabalho, principalmente a partir da ênfase dada à participação dos trabalhadores, que os leva a permanecer “plugados” no trabalho mesmo estando distantes da empresa

E conclui que com todos estes elementos, o tempo gasto com atividades relacionadas ao trabalho é bem superior à jornada legal que, no caso do Brasil, é de 44 horas/semanais.

Muitas dessas necessidades extras ocorrem em função da reestruturação do trabalho e do baixo crescimento, que passa a exigir cada vez mais tempo e qualificação dos trabalhadores. O medo do desemprego tem feito com que estes se submetam a essas novas exigências. O contexto de crescente desemprego ameaça trabalhadores e seus representantes nas relações cotidianas e no processo de negociação, pressionando a favor da implementação de diversas mudanças, tais como o aumento da flexibilização, a redução dos salários, o aumento das horas extras, da jornada, o trabalho no final de semana, a redução do número de equipes, entre outros.

Um outro impacto negativo para a vida do trabalhador e de sua família tem sido a redução da incorporação da riqueza produzida socialmente, pois a relação entre produtividade, aumento salarial e redução da jornada, como ocorrida ao longo da história, passa por um grande retrocesso.

Assim, pode-se concluir que a luta pela redução da jornada de trabalho e pela limitação da realização de hora extra, no Brasil e no mundo, é de extrema importância neste momento, tanto pela necessidade das sociedades de aumento do tempo livre e de melhoria na renda como pela possibilidade de criação de novos postos de trabalho, o que contribuiria a conquista de uma reivindicação histórica dos trabalhadores, por melhores condições.

Outras pautas da Marcha a Brasília

Além da redução do fim da escala 6 x1 e a jornada reduzida sem redução salarial, a CUT e as demais centrais defendem ainda a isenção do imposto para quem tem renda até R$ 5 mil; as pautas dos trabalhadores e trabalhadoras no Serviço Público das esferas municipal, estadual e federal com a valorização do serviço público, fim do confisco, pela manutenção do RJU (Regime Jurídico Único), pela regulamentação da negociação coletiva (Convenção 151);  a valorização da Agricultura Familiar, o cumprimento da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres, transição energética justa, combate ao racismo e à LGBTQIA+fobia, entre outras reivindicações.

Programação 

A concentração em Brasília no dia 29 de abril será às 8h da manhã, no estacionamento do Teatro Nacional/Praça da Cidadania, próximo à rodoviária. Às 9h será realizada a Plenária da Classe Trabalhadora para atualizar a pauta de interesse dos trabalhadores e trabalhadoras. Às 10h30, está prevista a saída em Marcha/caminhada por Brasília.

A Jornada de Lutas da Classe Trabalhadora tem seu ápice no Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, que completa 100 anos de celebração no Brasil. Neste 1º maio, as Estaduais da CUT farão manifestações em suas regiões.

Independentemente de decisão a ser tomada pela CCJ, processo terá pausa de 60 dias, segundo acordo feito com Motta

COM TRECHOS DA MATÉRIA DO BRASIL DE FATO

O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) apresentou recurso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na noite desta terça (22), em reação ao processo que pede sua cassação. O parlamentar questiona pontos do rito adotado pelo Conselho de Ética da Casa, que aprovou a perda de mandato no último dia 9, após apresentação de voto do relator, Paulo Magalhães (PSD-BA).

Braga observa junto à CCJ que o processo em questão teria falhas de ordem formal. Um dos argumentos apresentados pela defesa à CCJ é o de que, na sessão de aprovação do pedido de cassação, em 9 de abril, o relator “anunciou a confecção do relatório, mas não o disponibilizou ao representado ou ao público”. Os advogados alegam que a conduta fere a Constituição Federal, a Lei de Acesso à Informação (lei nº 12.527/2011) e o regulamento do Conselho de Ética da Câmara. Este último estabelece que, após a conclusão da instrução processual e a entrega do parecer do relator, a secretaria do colegiado deve dividir o documento em duas partes, “disponibilizando para divulgação apenas a primeira parte, formada pelo relatório; a segunda, que consiste no voto do relator, ficará sob sigilo até sua leitura em reunião pública”.

Em entrevista concedida nesta terça momentos antes da apresentação do recurso, o deputado disse que o caso envolvendo seu pedido de cassação cria uma referência negativa para o Poder Legislativo. A perseguição ao parlamentar tem origem na sua combatividade ao denunciar irregularidades ligadas ao orçamento secreto. “Existe um precedente que não pode ser naturalizado calando parlamentares que tenham uma posição e uma linha de orientação política que seja divergente da maioria de ocasião. É desproporcional. Essa desproporcionalidade traz um precedente que nós não podemos aceitar. Eu não posso ser cassado do mandato por conta do conjunto de pautas que o mandato representa e por ter reagido a uma provocação de um sujeito que, por sete vezes, foi ao meu encontro fazer todo tipo de ataque e, da ultima vez, dentro da Câmara, desferiu as ofensas que vocês viram em relação à minha mãe.”

Braga passou a ser alvo de representação no conselho em abril de 2024, logo após se envolver em um bate-boca que terminou em agressão física a um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo de extrema direita. Na ocasião, o militante foi expulsou da Câmara pelo deputado a chutes e empurrões. Braga foi ofendido após ataques à sua mãe, Saudade Braga, que se encontrava em estágio avançado de Alzheimer. Ela faleceu menos de um mês depois do episódio.

O parecer que pede a cassação do psolista foi aprovado no Conselho de Ética por 13 votos a cinco. Pedidos de perda de mandato, no entanto, carecem de avaliação final do plenário, composto pelos 513 deputados da Câmara. A fase de apresentação de recurso junto à CCJ se encontra entre um ponto e outro do percurso processual: se a comissão acatar o entendimento da defesa de que haveria falhas processuais, o caso pode ser reanalisado pelo conselho; já se a CCJ entender o pedido como improcedente, o relatório segue para avaliação do plenário.

Pelas regras firmadas na última semana entre os articuladores políticos pró-Glauber e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), Braga deverá ter pelo menos 60 dias para se defender. Na prática, o acordo tende a empurrar a finalização do processo para o próximo semestre.

 

Para a Central, o primeiro papa latino-americano reconheceu o papel fundamental dos sindicatos e a preservação da democracia

Escrito por: CUT Nacional

A Central Única dos Trabalhadores – CUT Brasil manifesta seu profundo pesar pelo falecimento de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, o primeiro papa latino-americano e uma importante voz em defesa da vida, das pessoas mais vulneráveis, do meio ambiente, da Amazônia, da democracia e da justiça social.

Expressamos nossos sinceros agradecimentos por suas orações e palavras de apoio aos trabalhadores e trabalhadoras ao longo de seu papado. Seu reconhecimento do papel fundamental dos sindicatos na construção e na preservação da democracia reforçou a importância da organização coletiva na luta por direitos, dignidade e igualdade quando afirmou:

“Não existe uma boa sociedade sem um bom sindicato. E não há um bom sindicato que não renasça todos os dias nas periferias, que não transforme as pedras descartadas da economia em pedras angulares. Sindicato é uma bela palavra que provém do grego syn-dike, isto é, ‘justiça juntos’.”

Nos solidarizamos com a comunidade cristã e com todas as pessoas que foram inspiradas por sua mensagem de fraternidade, esperança e compromisso com um mundo mais justo. Que seu legado continue a iluminar aqueles e aquelas que batalham por uma sociedade melhor para todas e todos.

Depois de semanas atrasado, o salário dos trabalhadores terceirizados dos restaurantes universitários finalmente caiu na conta, informou o Diretório Central do Estudantes (DCE Mário Prata). “Isso foi fruto da mobilização dos estudantes, que em solidariedade aos trabalhadores, realizaram os calotaços no bandejão e colocaram a mão na massa, para defender os direitos daqueles que estão conosco todos os dias. Sem essa pressão, com certeza o atraso seria maior”, informou a representação dos estudantes, destacando a importância da luta pelo fim da exploração dos trabalhadores.
Mesmo assim, no dia 17, o auxílio alimentação e o FGTS ainda não havia sido pago para alguns terceirizados. O DCE informou que continuaria cobrando a empresa Nutryenerge “que não paga seus trabalhadores em dia, mesmo recebendo dinheiro para isso”.
Explica-se: No dia 11, os trabalhadores terceirizados do restaurante universitário paralisaram atividades devido ao atraso no pagamento dos salários. A empresa Nutryenerge – responsável pelo funcionamento do bandejão – informou então que pagaria metade do salário naquele dia e metade na semana seguinte.
Além da solidariedade à luta dos trabalhadores, o DCE cobrou a UFRJ para que garantisse a alimentação dos estudantes e cobrasse da empresa os pagamentos atrasados dos funcionários dos bandejões de toda a universidade.
E os representantes dos estudantes se dividiram nos bandejões para garantir que não parassem. Os estudantes se organizaram e passaram eles mesmos a servir o bandejão.
O DCE organizou ainda no RU Central e na Letras, um Calotaço: “Se a Nutryenergy acha que pode promover a escravidão na UFRJ, nada mais justo que os estudantes sejam solidários aos trabalhadores e deem calote”, disse em nota. O movimento se estendeu para a Praia Vermelha e IFCS.

SOLIDARIEDADE DE ESTUDANTES DO DCE E DIRIGENTE SINDICAL DO SINTUFRJ À LUTA DOS TERCEIRIZADOS