Mulheres das cinco regiões do país promoveram atos, ocupações e inauguraram centros de acolhimento

Redação/Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 8 de Março de 2022 

Em Feira de Santana (BA), marcha reuniu movimentos populares que seguiram para ocupar a Câmara de Vereadores – @levantepopular

Mulheres de mais 40 cidades, em todas as regiões do Brasil, marcharam nesta terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher. O lema “Pela Vida das Mulheres, Bolsonaro nunca mais! Por um Brasil sem machismo, sem racismo e sem fome!” deu o tom dos protestos, que não ficaram apenas no discurso. 

Além de ocuparem ruas dos centros urbanos, mulheres integrantes de organizações populares articularam a pauta feminista com ações políticas concretas no campo, fortalecendo a luta em favor da terra, da agricultura familiar e contra a violência de gênero.

Casas de acolhimento são inauguradas

Pela manhã, em Recife (PE), o Movimento de Mulheres Olga Benário (MMOB) ocupou um imóvel abandonado para a criação de uma Casa de Referência para mulheres vítimas de violência. Batizado de Centro de Referência Soledad Barrett, o local já está de portas abertas para receber mulheres que rompem com o ciclo da violência e precisam de abrigo.

O MMOB inaugurou, também, a Casa de Referência da Mulher Almerinda Gama no centro do Rio de Janeiro (RJ). A iniciativa surge da primeira ocupação organizada pelo Movimento de Mulheres Olga Benário no estado. O imóvel estava vazio havia mais de oito anos, sem cumprir função social, segundo o movimento. 

“Com esta ação, o Movimento Olga Benário chama atenção para os números alarmantes de violência de gênero, que apesar de subnotificados já se mostram muito superiores à capacidade de atendimento das ferramentas oferecidas pelo Estado”, disse o movimento em nota.

Câmara e Secretaria estadual ocupadas 

Em Porto Alegre (RS), mais de 200 agricultoras ocuparam, na manhã desta terça-feira (8), o pátio da Secretaria Estadual de Agricultura em Porto Alegre. Elas cobram ações do governo do estado para amenizar os impactos da estiagem no Rio Grande do Sul. Já ocorreram conversas com representantes do governo estadual, mas pouco foi feito até aqui, assinalam as mulheres.

“As nossas famílias ainda estão sofrendo com a estiagem. Por isso estamos aqui novamente. Nós precisamos de ajuda urgente, diante de tantos prejuízos causados pela seca”, diz Silvia Reis Marques, produtora e dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Rio Grande do Sul (MST-RS).

Agricultoras cobram ações do governo do estado para amenizar os impactos da estiagem no Rio Grande do Sul / Foto: Maiara Rauber

Ainda na capital gaúcha, assentadas e acampadas do MST doaram 4 toneladas de alimentos da reforma agrária. O destino são as cozinhas comunitárias da periferia de Porto Alegre. 

A Câmara de Vereadores de Feira de Santana (BA) também foi ocupada pela marcha que saiu da prefeitura da cidade. A ação ocorreu durante uma sessão solene promovida pelo Legislativo municipal. Mais cedo, o ato na cidade baiana teve início com café da manhã feito a partir da produção das trabalhadoras rurais. A mobilização teve a presença de movimentos sociais, partidos políticos, trabalhadoras do campo e da cidade e estudantes.

Em SP, manifestantes queimam boneco de deputado 

Na avenida Paulista, símbolo de São Paulo (SP), manifestantes queimaram boneco do deputado estadual Arthur do Val (ex-Podemos), autor de comentários misóginos sobre refugiadas ucranianas.

Mulheres do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) também realizaram ação em repúdio às falas machistas do parlamentar. Em frente à sede do Podemos em São Paulo (SP), cobraram uma posição do partido, além da cassação do mandato.

Em áudios gravados pelo parlamentar em viagem à Ucrânia, Arthur do Val afirmou que mulheres ucranianas são “fáceis, porque são pobres”, entre outros comentários misóginos e machistas. 

Manifestantes queimam boneco do deputado estadual Arthur do Val, autor de comentários misóginos sobre refugiadas ucranianas / Elineudo Meira / @fotografia.74

Brasília

O Dia Internacional da Mulher foi lembrado em Brasília (DF) por meio de uma marcha popular que tomou parte da Esplanada dos Ministérios em direção ao Congresso Nacional. 

Diferentes pautas estamparam faixas e cartazes de manifestantes que bradaram por respeito, dignidade e políticas de atenção às necessidades dessa fatia populacional, que representa mais de 52% do contingente do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O papel do Poder Legislativo foi lembrado, por exemplo, pela conselheira tutelar Thelma Mello, que atua no Plano Piloto da capital federal. Ela cobrou a derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Projeto de Lei (PL) 4968/19, que prevê distribuição gratuita de absorventes para mulheres pobres, detentas e estudantes de baixa renda de escolas da rede pública. 

“De cada cinco jovens, uma falta as aulas todos os meses por não ter absorventes, e é um absurdo a gente ter um país deste tamanho com condições de subsidiar esse que é um item básico e o governo Bolsonaro, esse genocida, vetar o projeto”, criticou. 

O 8 de março no campo 

Também na Bahia, cerca de 100 mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a Fazenda Botafogo, área improdutiva de 313 hectares no município de Jussari (BA), com objetivo de promover a reforma agrária. A ação faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, com o lema: Terra, trabalho, direito de existir.

Outra propriedade improdutiva, a fazenda Frutelli, foi ocupada por 500 mulheres em Itabela (BA). A propriedade é pertencente à empresa falida Frutelli culturas Tropicais, que tinha como principal atividade econômica o cultivo de banana, hoje abandonado. O ato denunciou a falta de crédito para as trabalhadoras rurais, o feminicídio, o uso abusivo de agrotóxicos e a fome no Brasil. 

Em Estreito (MA), a manifestação foi para denunciar os impactos da Usina Hidrelétrica do Consórcio Estreito Energia sobre famílias de pescadores. Muitas delas ficaram sem casas após a abertura de comportas do empreendimento. Os manifestantes reivindicam ainda uma assembleia coletiva com as famílias afetadas, com acompanhamento e apoio do MST. 

Impactos de grandes empreendimentos também motivaram protestos no assentamento Sabiaguaba, em Amontoada (CE). Mulheres, jovens e crianças protestaram, sobretudo, contra prejuízos à agricultura familiar provocados pela instalação de parques eólicos. Além do MST, participaram do ato o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP), com o apoio do Projeto ECO Icaraí.

Pernambuco e Ceará

No centro de Recife, 5 mil mulheres participaram da marcha, que abriu o calendário de manifestações de rua em 2022 e marcou a volta dos atos feministas após dois anos de hiato. O 8 de março de 2020 havia sido a último antes da pandemia da covid-19.

Na capital pernambucana, mulheres começaram a se concentrar às 15h no Parque Treze de Maio, bairro de Santo Amaro. Às 17h, saíram em caminhada até o Pátio do Carmo, onde o ato se encerrou por volta das 19h. No encerramento, houve intervenção em que foram lidos nomes de mulheres vítimas de feminicídio e transfeminicídio.

No Ceará, atos aconteceram nas cidades de Crato, Santa Quitéria, Amontada e Fortaleza. Na capital, Em Fortaleza, a concentração foi na Praça do Ferreira, no Centro da cidade. O ato seguiu em cortejo pelas ruas da cidade e a programa se encerra com ato cultural em homenagem a Elza Soares.

Em Santa Quitéria, participaram integrantes do MST, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), do Levante Popular da Juventude, indígenas e sindicalistas. Cerca de 250 mulheres ocuparam a Praça do Bradesco, onde denunciaram a da exploração da mina de urânio e fosfato do grupo Itataia.

Edição: Rebeca Cavalcante

 

 

O web aplicativo permite que a mulher solicite à Justiça medida protetiva de urgência sem que precise sair de casa

Redação/Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) | 9 de Março de 2022 

 

Até janeiro deste ano, quando estava restrito a atendimentos da capital, foram registrados 898 pedidos de medidas protetivas de mulheres – Reprodução

As vítimas de violência doméstica moradoras das cidades fluminenses agora podem realizar o pedido de medida protetiva de urgência via aplicativo no celular. A ferramenta, que funciona desde 2020 para atendimentos na capital, foi reformulada para atender todo o estado do Rio de Janeiro. A nova função foi lançada na última terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher.  

O aplicativo Maria da Penha Virtual foi criado por um grupo de estudantes e pesquisadores do Centro de Estudos de Direito e Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e implementado pelo Tribunal de Justiça (TJ-RJ). Em 2021, foi vencedor do Prêmio Juíza Viviane Vieira do Amaral, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na categoria “Tribunais”.

O desenvolvimento foi efetivado em 2019, a partir de uma parceria com um programa de aceleração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e encampada pelo TJ-RJ em um projeto piloto para ajudar mulheres vítimas de violência durante o período de pandemia.

Até janeiro deste ano, quando estava restrito a atendimentos da capital, foram registrados 898 pedidos de medidas protetivas de mulheres vítimas de violência.

Como funciona o aplicativo?

O web aplicativo permite que a mulher solicite à Justiça medida protetiva de urgência sem que precise sair de casa. Para isso, basta clicar no link, usando um celular, tablet computador. O dispositivo não precisa ser baixado e não ocupa espaço na memória do aparelho.

Ao acessar o link, a vítima preenche um formulário com seus dados e relata a agressão ou ameaça sofrida, podendo anexar fotos, vídeos e/ou áudio. Ao final, é gerado um pedido de medida protetiva, que é encaminhado para um dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Mariana Pitasse

 

 

A convite do Sintufrj, dois especialistas discutem a guerra que assusta o mundo. Não perca! Assista ao vivo nos canais do Facebook e YouTube do Sintufrj:

 

 

O quarto ato do 8 de março durante a administração federal de Jair Bolsonaro denunciou o acirramento da misoginia na sociedade  reforçou o grito PELA VIDA DAS MULHERES, exigindo “Bolsonaro Nunca Mais” – por um Brasil sem fome, sem machismo e sem racismo. Na manifestação fluminense, milhares de mulheres marcharam da Candelária à Cinelândia com tambores de lata, cartazes e percussões bravando “FORA BOLSONARO!”

 

 

8 de março incorpora bandeiras diversas

O Dia Internacional da Mulher foi a data incorporada para mobilização de trabalhadoras com suas diversas bandeiras gerais e específicas expressas na mobilização de segmentos do funcionalismo, enfermagem e dos movimentos sociais. O grito das ruas pelo país afora teve o Fora Bolsonaro como âncora. 

Os servidores públicos federais, dos quais 59% são mulheres, reivindicam recomposição salarial de 19,99%. A enfermagem – categoria que reúne mais de dois milhões de profissionais no Brasil, em sua maioria mulheres e negras – está em campanha aberta pela aprovação da PL 2564 que institui o piso salarial.

As ações se somaram nas ruas ao grito mais forte foi pela defesa da vida das mulheres! Por um país sem machismo, racismo e fome. Bolsonaro Nunca mais!

Depois do #8MForaBolsonaro com intensa participação do funcionalismo público e principalmente das servidoras – estas representam 59% da mão de obra e recebem em média 24% a menos que os homens – ocorrerá o lançamento do Comando de Mobilização e Construção da Greve. 

A atividade é virtual e será nesta quarta-feira, 9, às18 horas, com transmissão online via Youtube e Facebook do Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), do qual a Fasubra que é na nossa federação faz parte.

Os servidores públicos federais estão em campanha unificada pela recomposição salarial emergencial de 19,99% a qual reúne o Fonasefe e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate). 

Há uma paralisação nacional marcada para 16 de março com atos em todo o país e o indicativo da Greve Nacional do Funcionalismo Público para 23 de março.

Cinco anos sem reajuste

As entidades protocolaram no dia 18 de janeiro ofício com a reivindicação de reposição salarial de 19,99%, correspondente apenas às perdas inflacionárias nos três anos de governo Bolsonaro, e não obtiveram ainda nenhuma resposta. 

Este é apenas um reajuste emergencial, pois os trabalhadores do serviço público federal estão com salários congelados desde 2017 e amargam perdas salariais, acumulando uma defasagem salarial, de, ao menos, 49,28%!

Calendário

9 de março (Quarta-feira) – Lançamento do comando nacional de construção e mobilização da greve

16 de março (Quarta-feira) – Dia Nacional de Paralisação. Ato nacional em Brasília e atos em todo o país 

23 de março (Quarta-feira) – Indicativo da Greve Nacional do Funcionalismo Público

Há prioridade para pautas “ideológicas e moralistas” no ministério, diz pesquisadora

No total, o ministério de Damares Alves alocou cerca de R$ 43,1 milhões para o enfrentamento à violência contra a mulher, em 2022 – Clarice Castro/MMFDH

Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos reservou para 2022 para medidas de enfrentamento à violência contra a mulher, o menor orçamento desde o início da gestão do governo de Jair Bolsonaro (PL), de acordo com uma nota técnica produzida pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), divulgada nesta terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher.

No relatório, Carmela Zigoni, assessora política do Inesc e autora da nota técnica, afirma que a impressão é de que existe uma prioridade às pautas “ideológicas e moralistas fortalecidas na figura de Damares Alves e seus delírios de princesa, além do uso político de vítimas de violência sexual e outros impropérios”.

No total, foram alocados cerca de R$ 5,1 milhões para o enfrentamento à violência e promoção da autonomia, R$ 8,6 milhões para as Casas da Mulher Brasileira foram alocados e 29,4 milhões para o Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher, neste ano, totalizando aproximadamente R$ 43,1 milhões.

Orçamento em outros anos 

O relatório também mostra que em 2021, a pasta executou R$ 71,1 milhões com políticas para as mulheres, superando os R$ 61,4 milhões autorizados. Numa análise mais detalhada, no entanto, 49,4% desses R$ 71,1 milhões se referem a contratos firmados em anos anteriores, ou seja, a valores previstos em orçamentos anteriores. Em outras palavras, apenas 51,6% do orçamento previsto para 2021 foi gasto.

“Ainda assim, esta foi a melhor execução no tema mulheres nos três anos da gestão de Damares Alves à frente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humano, que tem como responsabilidade implementar políticas de enfrentamento da violência e promoção de direitos das mulheres”, aponta o Inesc. Em 2020, a pasta executou apenas R$ 38,9 milhões de R$ 132,57 milhões, cerca de 30%. Em 2019, foram R$ 53,3 milhões executados de um total de R$ 71,9 milhões alocados, aproximadamente 73%.


Execução Financeira do orçamento para mulheres (2019 a 2021) / Siga Brasil/Inesc

Em ano de pandemia… 

Na análise de Zigoni, os números mostram como a gestão de Damares Alves é “ineficiente para executar os recursos de políticas para as mulheres nesses últimos três anos, porque vem sendo recorrente essa sobra, principalmente em 2020”.

O orçamento público recebeu, em 2020, incrementos devido à pandemia de covid-19, com a aprovação de créditos extraordinários em todas as áreas para enfrentar as crises sanitária e econômica. “Deixou-se de gastar 70% do recurso. Foi o maior recurso alocado dessa gestão para políticas de mulheres e só foi gasto 30%”, afirma Zigoni. Cerca de R$ 93,6 milhões não chegaram aos Estados e municípios para financiar a rede de atendimento e proteção às mulheres.

“O Ministério não pode economizar. A pasta tem aquele recurso naquele ano para gastar. Se não gasta, isso volta pra conta do tesouro, ou seja, para os cofres do país. Na medida em que a lei orçamentária anual autoriza o Ministério a gastar, a pasta tem de fazer o impossível [para investir]. É papel da gestão pública executar esse recurso para que sejam oferecidos os serviços para a população.”

Sobre o cenário, a pesquisadora afirma que a sociedade civil deve estar organizada para monitorar e controlar o uso do orçamento público.

Em 2021, o Brasil registrou um feminicídio a cada sete horas. No total, foram 1.319 vítimas, 2,4% a menos do que o registrado no ano anterior, quando foram contabilizadas 1.351 mortes, segundo um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) publicado nesta segunda-feira (7). “Apesar do leve recuo na incidência de feminicídios, os números permanecem muito elevados, assim como os registros de violência sexual”, disse Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ao G1.

Brasil de Fato entrou em contato com a assessoria do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos solicitando um posicionamento sobre a nota técnica do Inesc. Até o fechamento desta reportagem, no entanto, não houve uma resposta.

Edição: Rodrigo Durão Coelho

 

 

Você, companheira, é especial, por isso esse poema de autor desconhecido para uma reflexão. Até a Candelária, às 16h, para a nossa marcha da liberdade e pela vida!

Com carinho, Direção do Sintufrj – Gestão Ressignificar

 

Você merece um amor que a ame quando você estiver despenteada, aceitando as razões que a fazem acordar rapidamente, e os medos que não permitem que você durma.

Você merece um amor que faça com que você se sinta segura, que a ajude a conquistar o mundo ao pegar em sua mão, que sinta que seus abraços se encaixam perfeitamente com sua pele.

Você merece um amor que deseje estar ao seu lado, visitar o paraíso apenas olhando seus olhos, e que nunca fique entediado lendo suas expressões.

Você merece um amor que a ouça cantar, que apoie todas as suas loucuras, que respeita sua liberdade e que a acompanhe em seu voo, que não a deixe cair.

Você merece um amor que afaste as mentiras, e que traga sonhos, café, poesia.

Esse é um grande poema, apesar de desconhecermos o autor, que incentiva a todos nós, não apenas as mulheres, a buscar um amor que realmente seja significativo, que valha a pena.

Um relacionamento por si só não nos garante felicidade e amor. Precisamos ter uma verdadeira parceria com a pessoa ao nosso lado, saber que somos amadas e apoiadas incondicionalmente por ela.

É preciso que exista o desejo de lutar e crescer juntos, apesar dos erros, das diferenças, dos desafios. O amor é fundamental e o respeito deve estar sempre presente.

Merecemos um amor no qual podemos ter a liberdade de ser quem somos ao lado da outra pessoa, sem esconder nenhuma parte de nós mesmos, porque quem nos ama, ama-nos por inteiro.

Se você encontrar alguém assim, então já está muito mais perto de construir um relacionamento verdadeiro, construído sobre fundamentos de amor, altruísmo, compaixão e presença.

Mulheres e homens, esperamos que este poema os ajude a descobrir o verdadeiro tipo de companheiro(a) que você precisa em sua vida.

Nunca se esqueça do seu valor e não se contente com alguém que não lhe dê todo o amor que você merece.

 

 

Com a live “O feminismo no centro de debate”, nesta segunda-feira, 7, a direção do Sintufrj abriu as celebrações da entidade pelo mês dedicado às lutas das mulheres em todo o mundo. A atividade também foi uma convocatória às trabalhadoras e trabalhadores da UFRJ para o grande ato desta terça-feira, o #8M, às 16h, na Candelária, no centro do Rio. Assista no Facebook ou no canal do Youtube do Sindicato. 

O debate reuniu duas jovens mulheres militantes negras, Dara Sant¹Anna e Natália Trindade, que fazem a diferença na luta contra o feminicídio, racismo, machismo, LGBTfobia na UFRJ e nos movimentos sociais. A mediação foi da coordenadora de Educação e Cultura do Sintufrj, Joana de Angelis. 

“O feminismo tem que estar no centro do debate. A formação feminista é um trabalho de formiguinha, mas os resultados são muito gratificantes”, pontuou Dara, que faz parte da Marcha Mundial de Mulheres (MMM) e do Movimento Negro Unificado (MNU). “A revolução da sociedade vai passar pelas nossas mãos e o momento é de pôr o bloco na rua”, afirmou a militante. “Seguiremos em marcha, seguiremos gritando até que todas nós sejamos livres!”, propôs.

Segundo Dara, é preciso que os homens, nossos companheiros, falem contra o machismo na mesa de bar, repreenda o amigo que faz fiu, fiu para uma mulher na rua. 

Natália, dirigente da Associação de Pós-Graduandos da UFRJ (APG), onde cursa doutorado, e da União Brasileira de Mulheres (UBM), lembrou Cora Coralina ao repetir que as mulheres são múltiplas, porque temos um olhar diferenciado sobre a sociedade. “Nós, mulheres, queremos produzir conhecimento e ciência para o povo. Por isso todos devem defender as cotas sociais e raciais de acesso a universidade pública”, afirmou a pesquisadora, que nasceu e foi criada num bairro operário do município de São Gonçalo.  

“Estamos vivendo a 4ª onde do feminismo, construindo com o pé no chão uma cidadania com a nossa cara”, acredita Natália. Para ela, Bolsonaro e todos os bolsonaristas são contra a soberania nacional, contra o povo preto, contra os brasileiros, e conclamou a comunidade da UFRJ a participar do #8M: “Vamos todos e todas ao ato na Candelária. Pela vida das mulheres bolsonaristas nunca mais!”

Ponto de encontro do Sintufrj

A coordenadora Joana informou que a bandeira do Sintufrj, na Candelária, vai demarcar o ponto de encontro da categoria para a marcha até a Cinelândia. A entidade encomendou camisetas lilases em homenagem às mulheres especialmente para a data, que foram entregues às trabalhadoras na segunda-feira, nos campi da UFRJ, e o restante serão distribuídas no ato. 

 

 

Com lema “Bolsonaro, nunca mais”, atos do 8 de Março voltam a ser presenciais neste ano e já estão marcadas em mais de 40 cidades. Luta das mulheres é pelo emprego, contra a carestia e pelo fim da violência

Publicado: 7 Março, 2022 – Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

ARTE: EDSON RIMONATTO/CUT

Após dois anos, o Dia Internacional da Mulher, nesta terça-feira (8) voltará a ser presencial, com manifestações nas ruas de pelo menos 40 cidades em todo o país (Confira lista abaixo).

Com o lema “Pela vida das mulheres, contra a fome, o desemprego e a carestia – Bolsonaro Nunca Mais!”, movimentos feministas voltarão a ocupar espaços públicos com as lutas da mulheres.

“Este ano vamos com tudo para as ruas para fazer mais uma vez um grande 8 de março. É um ano de eleição em que temos a responsabilidade de escolher o futuro que queremos para nós mulheres. É o ano para varrermos Bolsonaro do mapa e elegermos Lula novamente”, diz Juneia Batista, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT.

Ela explica que, assim como em 2018, período em que as mulheres se levantaram contra a eleição do atual presidente com movimentos como o #EleNão, este ano haverá resistência das mulheres nas ruas e em todos os espaços. “E será ainda maior”, diz.

Será uma manifestação emblemática contra o machismo, o fascismo, a homofobia e a violência contra nós mulheres

– Juneia Batista

Confira onde os atos serão realizados

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro: concentração na Candelária, às 16h, e saída às 18h à Cinelândia

 Região Centro-Oeste

Distrito Federal

Brasília: concentração no Museu da República, às 17h e  marcha às 18h30 até o Congresso Nacional (Alameda das Bandeiras).

Goiás

Goiânia:  ato unificado às 9h na Catedral com encerramento na Praça do Trabalhador

Mato Grosso

Cuiabá: Concentração na Praça Rachid Jaudy, às 8h. A Fetems também vai promover o Seminário do Dia Internacional da Mulher da FETEMS – Empodere a mulher que há em você! Seja uma mulher de luta! Das 8h às 17h e a noite cultural da mulher a partir das 19h.

Mato Grosso do Sul

Campo Grande: concentração na Avenida Afonso Pena com a 14 de Julho, a partir das 8h

Região Norte

Amapá

Macapá:  o Sindicato dos Servidores Públicos do Amapá (Sinsepeap) vai promover dois atos: o primeiro no dia 7 de março, que é a Vigília pela vida das Mulheres na Praça das Bandeias, e o segundo, no dia 8 de março, às 8h, em defesa do/a servidor/a público/a, em frente ao Palácio do Setentrião.

Pará

Belém: a partir das 17h, na Praça da República

Região Nordeste

Alagoas

Maceió: ato Público no Centro da cidade com panfletagem, panelaço; batucadas, faixas, cartazes e alegorias. Concentração será às 8h na Praça dos Martírios de onde elas sairão em caminhada em direção à Praça Deodoro.

Bahia

Salvador: a concentração acontece às 14h, na Praça do Campo Grande e a caminhada tem início às 15h, indo até a Praça da Piedade. Também está prevista a distribuição de marmitas em frente a Câmara municipal de Salvador (horário a definir), simbolizando a fome.

Ceará

Fortaleza: tem feira feminista às 13h, debate às 14h, cortejo às 15h e ato político e cultural às 16h. A manifestação será finalizada com ato político cultural na praça do Ferreira e homenagem à Elza Soares.

Antes, no início do dia, o Sindiute promove ato pelas mulheres às 8h, no Paço Municipal com o tema “Dia de luta por todas as pautas comuns das mulheres, por concurso público e carteira assinada para as professoras substitutas”

Maranhão

São Luís: concentração a partir das 15h na Praça Deodoro. Também na capital maranhense será realizada a palestra “Democracia e protagonismo feminino”, com a historiadora Cláudia Garcez às 9h, no auditório do Sindipemma (Rua Direita, 128, Centro).

Paraíba

João Pessoa: caminhada a partir das 7h com concentração na Praça Edivaldo e encerramento na Praça Getúlio Vargas

Pernambuco

Recife: ato “Pela vida de todas as mulheres: abaixo o bolsonarismo” às 15h no Parque 13 de Maio

Piauí

Teresina: Dia de Luta em defesa da Vida de Todas as Mulheres às 9h na Praça Rio Branco.

Rio Grande do Norte

Natal: concentração para o ato acontece às 14h30, na Praça Gentil Ferreira

Mossoró: pela manhã, haverá feira de rua no Centro Feminista 8 de março (CF8), com comercialização de produtos das mulheres da economia solidária, “Alô Frida”, música ao vivo, batucada feminista, poesia e intervenções políticas. À tarde, acontece o ato unificado, às 16h, na Praça da PAX

Sergipe

Aracaju: ato na Reserva da Mangaba às 9h

Região Sudeste

Espírito Santo

Vitória: Dia De Luta das Mulheres, às 14h30 na Praça Costa Pereira.

Minas Gerais

Belo Horizonte: concentração na Praça da Liberdade, às 16h30

Juiz de Fora: manifestação na Praça da Estação, às 17h

Divinópolis: ato às 15h30, no quarteirão fechado da rua São Paulo

Uberlândia: na Praça Ismene, às16h30

São Paulo

São Paulo: ato no Masp, às 16h. Antes acontece a concentração das mulheres da CUT, às 14h, no Espaço Lélia Abramo, na Rua Carlos Sampaio, próximo ao Metrô-Brigadeiro

Campinas: concentração no Largo do Rosário, a partir das 16h

Ubatuba: ato de esquenta, no sábado (5), a partir das 11h, com concentração no calçadão, ao lado das Casas Bahia

Região Sul

Paraná

Curitiba: concentração a partir das 18h30, na Praça Santos Andrade. A manifestação passa a caminhar às 18h30

Londrina: Concentração às 17h30, no Calçadão

Apucarana: a partir das 15 horas haverá a Feira empreendedora com atrações culturais na Praça Rui Barbosa e às 18h a Marcha das Mulheres

Assis Chateaubriand: café da manhã e roda de conversa com as mulheres catadoras de material reciclável, às 7h30. E uma roda de conversa na casa da APP-Sindicato de Assis Chateaubriand com as professoras e funcionárias de escola da ativa e aposentadas, às 10h

Foz do Iguaçu: concentração a partir das 17h, em frente ao Bosque Guarani (TTU). Às 18h acontece a saída em marcha que vai até a Praça da Paz

Guarapuava: a partir das 17h, no terminal da fonte

Ponta Grossa: ato no dia 6 de março, às 15h30, na Praça Barão de Guaraúna

Toledo: ato no dia 6 de março, a partir das 17h30, no Parque Ecológico Diva Paim Barth

Maringá: acontece a IV Caminhada/Pedalada pelo fim da violência contra a mulher, no dia 12 de março, às 9h, na Praça da Catedral

Santa Catarina

Florianópolis: marcha, com concentração às 12h no Ticen.

Chapecó: Mobilização na Praça Central, das 9h às 13h, com atividades culturais, música e ato político

Joinville: Ato na Praça da Bandeira, às 18h

Lages: Atividades das 9h às 17h, na Associação de Moradores e Amigos do Bairro Popular, com feirinha, distribuição de materiais educativos, ponto de arrecadação de absorventes, rodas de conversa, palestras e atividades culturais.

Rio do Sul: Panfletagem com material da CUT sobre a pauta do dia das mulheres, de manhã e à tarde, e panfletagem virtual com material da CONFETAM.

São Miguel do Oeste: Ato na Praça Municipal Walnir Bottaro Daniel, às 9h.

Rio Grande do Sul

Porto Alegre – debates a partir das 12h na tenda Elza Soares, no Largo Glênio Peres, e ato com caminhada às 18h na Esquina Democrática.

Caxias do Sul – concentração às 18h, na Praça Dante Alighieri.

Rio Grande – ato, às 16h, no Largo Dr. Pio

Santa Maria – ato, às 17h, na Praça Saldanha Marinho.

São Leopoldo – ato e caminhada às 17h na Praça do Imigrante.

 

 

FONTE: Por Brenda Marques, enviado ao Portal Geledés |

7/3/2022

Foto: Stock/Adobe

Ao recorrermos a historia veremos que é a partir dos anos 1970 que as organizações de mulheres negras ganharam força no Brasil, reivindicando duplamente o movimento negro e o feminismo. A partir desse período, os movimentos de mulheres negras procuraram explicitar a diferença entre as formas das mulheres e homens negros sentirem a discriminação racial, assim como a das mulheres brancas vivenciarem a descriminação de gênero. O movimento de mulheres negras denunciava, por um lado, posturas machistas na militância negra e, por outro, as desigualdades e o racismo presentes no movimento das mulheres. Seja em partidos políticos, coletivos de mulheres, produções acadêmicas, elas apontavam a necessidade não só do fim do racismo, como também do sexismo e capitalismo, para garantir a vida das mulheres negras. Não atoa podemos afirmar que o feminismo negro nos permite pensar “um novo marco civilizatório”. 

O feminismo negro ascendeu em sua trajetória no Brasil a partir da fundação de diversos coletivos de mulheres negras e na atuação de intelectuais negras que estavam tanto nos movimentos sociais como na academia. Essas intelectuais vão refletir, sobre as particularidades das identidades femininas negras no Brasil, e vão apontar em seus discursos à invisibilidade de mulheres negras nas pautas de reivindicações do movimento feminista e trazer questionamento como: Porque as mulheres negras são marginalizadas e subalternizadas? Onde estão as mulheres negras na História brasileira contada? Por que a questão racial foi isenta do feminismo? Porque as mulheres negras não são humanizadas? Por que no capitalismo brasileira, o homem branco se encontra no topo e a mulher negra na base?. Esses questionamentos feitos já demonstram as diferenças com o chamado feminismo “clássico”, onde as reivindicações eram construídas a partir principalmente da experiência de mulheres brancas e classe média, ou seja, de uma minoria. 

Luiza Bairros, Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Edna Roland, Jurema Werneck, Nilza Iraci, Matilde Ribeiro, entre outras são participantes fundamentais no desenvolvimento do feminismo negro no Brasil. Essas mulheres nos anos de 1980-1990 provocaram confrontos e contribuíram intensamente para o debate e a visualização das desigualdades sofridas pelas mulheres negras e são a prova de que o feminismo negro não é um puxadinho do feminismo branco, ao contrário, para mim, ele se originou no reconhecimento crescente da necessidade da análise de gênero dentro dos projetos ativistas negros. Não seria possível libertar as mulheres negras sem levar tanto raça quanto gênero em conta, ou mesmo seria possível para o feminismo pensar o fim das desigualdades raciais na sociedade sem o feminismo negro.

Se voltarmos ao questionamento de Sojourner Truth no seu discurso “e não sou eu uma mulher?” proferido em 1851, na Convenção dos Direitos da Mulher em Akron, Ohio, iremos compreender que as mulheres negras sempre denunciaram o fato de constantemente serem estereotipadas como sendo a mulher bestializada, desumanizada, promíscua e lasciva, além de feias, dotadas de sobre-força e trabalhadoras adequadas para serviços desumanizados, enquanto que a mulher branca sempre foi retratada com aspectos como delicadeza, fragilidade e pureza. Para sustentar a universalização, o discurso feminista hegemonico uniformiza experiências e apaga a diversidade, tomando a mulher branca como paradigma da identidade feminina, o que, evidentemente, tem um efeito colonizador.

Para o feminismo negro as opressões sofridas pelas mulheres negras são resultantes da intersecção de opressões de gênero,de raça e de classe que colocam a maioria das mulheres negras à margem do poder e da representação,expostas a violência racial e de gênero, imersas na marginalidade econômica e invisibilizadas em diferentes contextos. A interseccionalidade é uma ferramenta teórica e metodológica utilizada pelas feministas negras para refletir acerca da inseparabilidade estrutural entre patriarcado, capitalismo e racismo em suas articulações, que implicam em múltiplas situações de opressão sofridas pelas mulheres negras.

A importância de pensar a partir das ferramentas metodológicas que o feminismo negro nos traz é entender que o movimento de mulheres negras não atua para separar, mas para ampliar. Atua para mostrar que não tem como legitimar um discurso de poder feminino quando ele ainda está pautado pela branquitude, eurocêntrica e colonizadora.Por isso, o feminismo negro é muitíssimo potente, por trazer essa importância de que não tem como lutar contra o machismo e alimentar o racismo, porque seria alimentar a mesma estrutura.Deve ser papel do feminismo fazer esses questionamentos, não podemos normalizar qualquer movimento que seja majoritariamente branco e detentor do discurso da maioria branca, enquanto mulheres negras continuam sendo invisibilizadas.

Há que se dizer com todas as letras: os movimentos feministas que não fazem recorte de raça tendem a ser racistas e classistas, por isso faz-se urgente que mulheres pretas continuem avançando e que existam políticas práticas e teorias, que abarque suas especificidades. O movimento de mulheres negras é ancestral e sua resistência apesar de invisibilizadas pelo movimento feminista hegemônico já se estabelecia antes mesmo de existir o termo feminismo. Ao nos aprofundarmos na Historia será possível encontrar registros de mulheres negras que praticavam abortos como forma de luta para não verem seus filhos nascerem escravizados. Se olharmos com mais atenção para a história das mulheres negras no Brasil e em outros países onde houve escravização, podemos constatar que elas já desempenhavam um papel importante de luta e sobrevivência do povo negro.

Por isso é muito importante citar a já clássica frase de Jurema Werneck :“Nossos passos vêm de longe” para ressaltar nossa ancestralidade e até mesmo para falar sobre os nossos avanços, que apesar de poucos, têm sido muitos significativos.Desde o início dos anos 80, há um crescimento contínuo e um fortalecimento do ativismo das mulheres negras que contribuíram de forma crucial para a ampliar sua visibilidade no debate público, na pauta das agendas socioeconômica e políticas. Nos últimos anos foram lançadas obras de Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento e a biografia de Sueli Carneiro, também foram traduzidas para o português autoras negras consagradas como Ângela Davis, Patrícia Hill Collins, bell hooks, Audre Lorde, dentre outras.

As feministas negras trouxeram para o cenário nacional a força de sua ancestralidade e nossas vitórias são fruto de muita luta, elas sabiam que sem luta e vigilância, nenhum de seus direitos seriam assegurados por qualquer outro movimento social, resistiram dentro e fora de movimentos sociais para que suas vozes fossem ouvidas e reconhecidas e para que nós estivemos aqui se inspirando no legado de quem venho antes e construindo um futuro para todas nós. Mesmo anos apos décadas de seu nascimento o feminismo negro continua a mostrar sua importância para o movimento de mulheres brasileiras e para todo o feminismo.

Viva o feminismo Negro brasileiro!