Atos já estão marcados no Brasil e do exterior para este feriado de 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e também de dizer #ForaBolsonaroRacista. Confira onde tem ato e participe

17 Novembro, 2021. Escrito por: Andre Accarini | Editado por: Marize Muniz

 

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“Fora Bolsonaro Racista”. Este será o grito que se ouvirá nas ruas de todas as capitais e várias cidades do país e do exterior neste sábado, 20 de novembro, feriado em que se celebra o Dia da Consciência Negra. Confira abaixo a lista de cidades onde já tem atos marcados.

Este ano, no Dia da Consciência Negra, os manifestantes vão levar às ruas as pautas da classe trabalhadora e as da luta antirracistano Brasil. As mobilizações organizadas pelos movimentos negros serão unificadas com os atos pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

“Trabalhadores e trabalhadoras estarão nas ruas porque não aceitam mais este governo que já ceifou a vida de mais de 600 mil pessoas, um governo que promove a fome, o ódio e a cada dia, provoca mais tragédias e destruição”, diz o presidente da CUT, Sérgio Nobre, convocando a classe trabalhadora a participar dos atos.

A unificação das lutas neste ato #20NForaBolsonaroRacista, que tem também pautas como a geração de emprego decente, pelo fim da fome e da miséria e contra a política econômica do governo Bolsonaro foi consenso entre as entidades que integram a Campanha Nacional Fora Bolsonaro e as que organizam, já há alguns anos, os atos de 20 de novembro. Entre elas, a Coalizão Negra por Direitos.

A secretária-Adjunta de Combate ao Racismo da CUT, Rosana Fernandes, reforça que as principais pautas da classe trabalhadora, que tornam urgente o impeachment de Bolsonaro, são pautas que, na verdade, impactam mais a população negra. “A fome e a miséria estão nas periferias, onde a maioria da população é negra, discriminada e historicamente com menos oportunidades na sociedade”, diz a dirigente.

Os protestos já estão organizados em mais de 60 cidades até o momento – tanto no Brasil quanto em cidades do exterior. Ainda há coletivos, sindicatos e organizações que estão em processo de preparação de atos, que posteriormente serão divulgados.

Nas redes

Além ruas, os protestos serão feitos também nas redes sociais com a hashtag#20NForaBolsonaroRacista. O secretário de Comunicação da CUT, Roni Barbosa convoca todos que não tiverem condições de ir às ruas neste sábado a se mobilizar nas redes sociais protestando contra o desgoverno Bolsonaro.

“Todos aqueles e aquelas que acreditam que uma sociedade mais justa, igualitária, sem discriminação e preconceito é possível, têm de fazer sua parte neste dia – exigir o fim do governo Bolsonaro. Um Brasil melhor só é possível com este genocida fora do poder”, diz o dirigente.

Confira a lista de cidades onde já tem atos marcados.

 

RJ – Rio de Janeiro – Viaduto Negrão de Lima (Viaduto de Madureira) | 13h

 

Norte

AP – Macapá – Praça Veiga Cabral | 15h

RR – Boa Vista – Praça do Centro Cívico | 8h

Nordeste

BA – Itabuna – Jardim do O Centro | 9h

BA – Salvador – Campo Grande | 13h

CE – Fortaleza – Praça da Bandeira | 8h

MA – Santa Inês | Praça da Matriz (em frente a Caixa Econômica) | 7h30

MA – São Luís – Praça do Viva Liberdade | 15h

PB – João Pessoa – Lyceu Paraibano | 9h

PB – João Pessoa – Teatro Santa Rosa | 14h (Ato em 19/11)

PE – Afogados da Ingazeira – Ato Unificado Sertão do Pajeú – Concentração STR | 7h30

PE – Recife – Pátio do Carmo | 14h

PI – Teresina – Praça da Liberdade | 16h

PI – Teresina – Parque da Cidadania | 16h

RN – Mossoró – Praça da Pax | 8h

RN – Natal – Midway | 15h

SE – Aracaju – Praça da Abolição (Bairro América/Nos fundos da Loja Havan) | 15h

Centro-Oeste

DF – Brasília – Museu Nacional | 15h

GO – Formosa – Praça Rui Barbosa | 16h    

GO – Rio Verde – Praça da Vila Promissão | 15h30

MS – Campo Grande – Praça Ary Coelho | 9h

MT – Cuiabá – Beco do Candeeiro | (Aguardando infos)

Sudeste

ES – Pedro Canário – (Aguardando infos)

ES – Sapê do Norte – Região das Comunidades Quilombolas de Linharinho | 8h

ES – Vitória – Ato na Quadra da Escola de Samba Independente de São Torquato | 10h

ES – Vitória – Praça de Gurigica | 15h

MG – Alto Jequitibá – (Aguardando infos)

MG – Barbacena – Praça do Rosário | 15h

MG – Belo Horizonte – Praça da Liberdade | 15h

MG – Divinópolis – Quarteirão fechado da Rua São Paulo | 8h30

MG – Governador Valadares – Praça Principal do Bairro Conquista | 8h

MG – Ipatinga – Em frente à escola Arthur Bernardes | 8h30

MG – Juiz de Fora – Praça da Estação | 10h

MG – Luz – Atos no Município | 13h

MG – Montes Claros – Praça Doutor Carlos | 8h

MG – Ouro Preto – Praça em frente ao Barroco | 9h30

MG – Pará de Minas – Praça da Matriz | 10h

MG – Pouso Alegre – Praça da Catedral | 10h

MG – Santos Dumont – Praça Cesário Alvim | 10h

MG – São João del Rei – Coreto | 15h30

MG – São Sebastião do Paraíso – Praça da Abadia | 10h

MG – Uberaba – Quadra de Esportes Uberaba I | 9h30

SP – Guarulhos – Praça do Stella | 8h30

SP – Ilhabela – Praça da Mangueira | 15h

SP – Jacareí – Ato Praça Marielle Franco | 18h (Ato em 19/11)

SP – Jundiaí – Praça do Gabinete de Leitura Rui Barbosa | 9h

SP – Marília – Ilha da Galeria Atenas | 10h

SP – Mauá – Praça do Relógio, Próx. Estação CPTM | 10h

SP – Pindamonhangaba – Rua Antifascista, Travessa Rui Barbosa, 37 | 9h

SP – Praia Grande – Praça Helena Cardozo Bernardino (Pça P1 – Samambaia) | 14h30

SP – São Carlos – Mercadão | 9h

SP – São Paulo – MASP | 12h

Sul

PR – Curitiba – Largo da Ordem/Praça João Candido | 15h

PR – Londrina – Calçadão, entre a Hugo Cabral e Pernambuco | 9h

RS – Porto Alegre – Largo Glênio Peres | 15h

SC – Florianópolis – Praça da Alfândega | 9h

SC – Lages – Praça João Costa (Calçadão) | 9h

No Exterior

Alemanha – Berlim – Pariser Platz | 12h até 13h40 (horário local)

Itália – Roma – Piazza della Repubblica | 17h (horário local)

Itália – Roma – Via Monte Testaccio 22 | 20h (horário local)

Portugal – Porto – Centro Português de Fotografia ( Largo amor de Perdição) l 15h

Suiça – Genebra – Quai Wilson, 1201 enface du Palais Wilson, cotê lac | 11h às 13h (horário local)

 

 

 

Percentual de crianças que se alimentam três vezes ao dia caiu de 76% antes do golpe para 26% com Bolsonaro

Publicado: 17 Novembro, 2021. Escrito por: Redação CUT

Imagem: ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

Um dia após a divulgação dos dados sobre o crescimento da fome entre as crianças brasileiras, que aumentou depois do golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff (PT), o relato de uma professora publicado pela BBC News Brasil, revela a rotineira tragédia brasileira.

Uma garota de 8 anos desmaiou de fome em uma escola da rede pública do Rio de Janeiro, contou uma professora à reportagem da BBC Brasil.

“Fui pegar algo para ela na minha mochila — porque eu sempre levo um biscoitinho ou uma fruta para mim mesma. Mas não deu tempo. Ela desmaiou em sala de aula“, disse a professora.

A garota é mais uma das milhares de crianças  vítimas da destruição de políticas públicas desde 2015.

Percentual de crianças que se alimentam 3vezes ao dia caiu de 76% antes do golpe para 26% com Bolsonaro

O percentual de crianças de 2 a 9 anos que têm café da manhã, almoço e jantar todos os dias no Brasil caiu de 62%, em 2018; para 28%, em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro; e para 21%, no ano passado, patamar mais baixo dos últimos seis anos. Este ano, o percentual é de 26%.

Antes do golpe, 76% das crianças brasileiras faziam as três principais refeições ao dia. Em 2016, com o ilegítimo Michel

Temer (MDB-SP) na presidência, o percentual caiu para 42%. Em 2017, passou para 46% e, em 2018, subiu para 62%.

As informações foram divulgadas pela GloboNews, que com os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde, por meio da Lei de Acesso à Informação.

A estudante que desmaiou de fome no Rio é negra e estuda em uma escola próximo a um complexo de favelas na Zona Norte da capital fluminense.

Segundo a professora, o episódio aconteceu em setembro, quando a menina chegou à sala de aula “bem atrasada” e com as mãos geladas, embora o tempo estivesse quente.

“Ela sentou e abaixou a cabeça na mesa. Eu estranhei e chamei ela à minha mesa. Ela veio e eu perguntei se ela estava bem. Ela fez com a cabeça que estava, mas com aquele olhinho de que não estava. Perguntei se ela tinha comido naquele dia, ela disse que não”.

“Eu fiquei realmente sensibilizada por essa situação”, conta a professora. “Por que é isso: a fome. Uma fome que a criança não sabe expressar a urgência. E que envolve muitas vezes a vergonha. Para ela é algo humilhante, por isso ela não consegue expressar.”

Cenário se repete em todo o país

A reportagem ainda traz dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrando que o que ocorreu no Rio de Janeiro se repete em todo o país.

“Professores da rede pública de todo o Brasil relatam episódios semelhantes, num momento em que o país soma 13,7 milhões de desempregados e a inflação de alimentos consumidos em domicílio acumula alta de mais de 13% em 12 meses”, diz o texto.

Segundo professores de todo o país ouvidos pela jornalista Thais Carrança, os alunos com fome sofrem com perda de motivação e apresentam episódios de agressividade com colegas e educadores.

“A gente respira fundo e vai fazer campanha para cesta básica, para coleta de alimentos, para mantê-los em sala de aula. Eu me sinto às vezes cansada, mas me sinto na obrigação de me manter firme e fazer algo por essas crianças, para que eles sintam que podem contar conosco, que não seremos mais um a abandoná-los”, disse uma professora de língua portuguesa na rede estadual do Paraná, com quase 30 anos de profissão.

Em outro caso na Zona Oeste do Rio, relatado por um conselheiro tutelar, uma menina de 7 anos agrediu um colega e xingou a professora.

“Ela havia agredido uma colega, depois desafiou a professora e, por fim, acabou tentando agredir a direção. A escola nos chamou para conversar com essa criança e sua família, para saber se se tratava de uma reprodução de violência [quando uma criança agredida reproduz a violência que sofre]. Mas, conversando com essa criança, ela nos relata vontade de comer”, contou.

Em Sumaré, a cerca de 100 quilômetros da capital paulista, uma professora de Educação Física relata que alunos desmaiam de fome durante as aulas.

“Com a volta às aulas presenciais, depois da pandemia, temos observado vários casos de alunos passando por necessidade. Casos de fome mesmo, de que o único alimento que o aluno tem é na escola”.

Em um dos casos, a professora diz que o aluno desmaiou em uma aula à tarde porque estava sem comer o dia todo.

“Nós percebemos na educação física, porque o aluno desmaiou na quadra. Aí, conversando, ficamos sabendo que ele ainda não tinha se alimentado naquele dia e já era o período da tarde”, relata aeducadora, explicando que, na escola estadual, há apenas uma refeição por turno, na hora do intervalo (10h para os alunos da manhã e 16h para os da tarde).

Deixando o estudo para trabalhar

Outra realidade enfrentada nas escolas é a evasão dos alunos, que têm deixado as aulas para trabalhar e ajudar no sustento da família.

“A partir dos 13, 14 anos está acontecendo essa evasão, que é ainda mais grave no Ensino Médio. Acredito que, com o fim do auxílio emergencial, isso pode aumentar”, relatou a professora de Sumaré.

“Tenho um aluno do 7º ano e a irmã dele está no Ensino Médio no mesmo colégio. Eles foram criados pela avó e, no ano passado, ela faleceu devido à covid e eles simplesmente ficaram órfãos. Eles não têm nenhum recurso, ficaram na casa de parentes. E nós temos vários casos assim, são muitos casos por turma. A escola está tentando monitorar para ver se essas crianças estão bem, quem ficou responsável por elas e se elas contam com alguma rede de proteção”, contou uma professora da rede pública do Paraná.

 

 

 

 

 

 

Markos Klemz Guerrero, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e segundo secretário regional do Andes-SN, informou que o procurador do Ministério Público Federal solicitará ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) que haja uma decisão rápida sobre o embargo declaratório e o pedido de esclarecimento pela concessão de liminar que determinou o retorno das atividades presenciais na UFRJ e nas demais instituições federais de ensino a partir do dia 22 de novembro.

De acordo ainda com o dirigente sindical, o juiz do TRF2 deu por concluso o processo, ou seja, considera que há elementos para responder ao embargo declaratório e ao recurso da Procuradoria Regional Federal da 2ª Região apresentado no dia 9 pelas instituições federais de ensino contra a decisão de retorno imediato, o que reforça a expectativa por uma decisão nos próximos dias. “Mas é preciso aguardar, não há nenhuma previsão”, explica Markos. 

Na sexta-feira, 12, as entidades sindicais e estudantis protocolaram pedido formal de reunião com a Advocacia-Geral da União (AGU). Os dirigentes concluíram que o recurso à TRF2 está aquém das possibilidades recursais, e por isso solicitarão à AGU que desempenhe seu papel de defender as instituições públicas de educação.

 

 

 

Link para live de lançamento: https://youtu.be/ECxTIwRcCnY

O coletivo Quilombo do IFCS, formado por corpos negros dos três segmentos: professores, técnicos-administrativos e discentes, com apoio de aliados antirracistas, vem por meio desta apresentar uma pauta de reivindicações à direção do IFCS.

O movimento nasce a partir de duas constatações: 1) em pesquisa empírica realizada no IFCS, os alunos indicaram que a discriminação racial constitui o principal problema do Instituto. 2) O coletivo se formou depois da exclusão do prof. Wallace de Moraes da participação de uma banca de concurso para provimento de vaga para prof. adjunto no Dpto. de Ciência Política, sendo uma das justificativas para tal veto proferida por um prof. na reunião do DCP de que “ele se vitimizava por questões raciais e que tudo para ele é racismo”.

Cabe ressaltar que o prof. Wallace é o único negro no DCP e dentre os 78 professores do IFCS apenas dois são negros. Dentre 60 técnicos administrativos, 10 são negros. Simultaneamente, a população brasileira é composta por 54,6% de negros. Os dados supracitados mostram que a existência do racismo no Brasil e as suas diferentes práticas ainda não estão evidentes para o corpo social do IFCS. Por conseguinte, discentes, técnicos-administrativos, professores, bem como trabalhadores terceirizados, continuam sendo alvos de ataques racistas na instituição. Percebemos, assim, que é mais do que necessária a implementação de políticas antirracistas e protetivas dos corpos negros/indígenas. Esse é o papel do nosso quilombo!

Nesta quinta teremos um evento de fundação do Quilombo do IFCS com as participação de vários coletivos antirracistas. PARTICIPE!

 

 

 

Com o mote #ForaBolsonaroRacista, o Dia da Consciência Negra, próximo sábado (20) tem atos convocados em todo o país

Atos são convocados em todo o país pela Convergência Negra, Coalizão Negra por Direitos e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo – Foto: Renato Cortez/Brasil de Fato DF

No dia 20 de novembro, entidades sindicais e movimentos populares estarão mais uma vez nas ruas contra a política genocida do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em defesa da igualdade racial, da vida, da democracia e do emprego.

Com o mote #ForaBolsonaroRacista, o Dia da Consciência Negra tem atos convocados em todo o país pela Convergência Negra, Coalizão Negra por Direitos e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, articulado com diversas organizações dos movimentos sociais negros.

Em nota publicada nas redes sociais, a Campanha Nacional Fora Bolsonaro destaca que a data é um momento em que se rememora “os feitos de Zumbi dos Palmares e a luta do povo negro contra a escravidão, o racismo e a marginalização social, econômica e política”.

A publicação aponta ainda motivos para que a população ocupe as ruas no próximo sábado, dentre eles, registra que Bolsonaro é responsável pelo retorno da fome no Brasil, fator que atinge em cheio a população negra, pobre e periférica do país.

Para o secretário de Combate ao Racismo do Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal (PT-DF), Daniel Kubuku, o “dia 20 de novembro é uma conquista do movimento social negro”. Nesse sentido, unificar as pautas pela saída “desse governo genocida” e a luta antirracista é fundamental para visibilizar e “darmos mais ênfase à pauta pela igualdade racial”, aponta. Em Brasília, o ato será realizado no Museu da República, a partir das 15h.

Kubuku destaca que “Bolsonaro não inventou o racismo, mas seu desgoverno aprofundou as desigualdades em nossa sociedade que já é racializada”, diz. Para ele, as falas, ações e omissões de Bolsonaro concorrem para o aprofundamento do genocídio da população negra.

“Desde a sua retórica militarizada, passando pela naturalização e incentivo ao genocídio da população negra, até chegar à destruição das políticas sociais e promoção da igualdade racial. Estamos falando de um governo corrupto e genocida, que mata pela doença, pela fome, e pelo extermínio físico e simbólico de tudo que remete a nossa ancestralidade africana. Portanto, ir as ruas pra dizer Fora Bolsonaro é uma tarefa urgente de todo movimento social negro nesse dia 20 de novembro”, ressalta Kubuku.

Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino

 

 

 

 

 

Movimentos protestam contra a política econômica do governo Bolsonaro, que promove alta da inflação dos alimentos

Tiago Pereira / Rede Brasil Atual, 12 de Novembro de 2021

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O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Frente Povo Sem Medo realizam neste sábado (13) uma marcha contra a fome em todo o Brasil. Os movimentos denunciam a inflação dos alimentos, que avança vertiginosamente nos últimos meses, o que dificulta a compra de alimentos básicos pelas famílias em situação de vulnerabilidade.

Em São Paulo, a manifestantes se concentram nos arredores da estação Paraíso (Linha 1-Azul) do Metrô. Por volta das 13h, a marcha seguirá até a praça da Sé, palco histórico do movimento contra a carestia e a fome no Brasil desde a década de 1970. O coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, estará presente na manifestação.

“600 mil mortos, fome e inflação e um governo que simplesmente não existe. A maioria da população tem certeza que Bolsonaro não tem condições de presidir o país”, disse Boulos pelas redes sociais.

Na chegada, os manifestantes farão um ato ecumênico com a participação do padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, e demais lideranças religiosas. Assim, a expectativa dos organizadores é que a marcha reúna cerca de 20 mil manifestantes.

Além da capital paulista, cidades como Rio de Janeiro, Aracaju, Maceió, Recife, Ceilândia, Goiânia, Porto Alegre, Belo Horizonte e Montes Claros também serão palco da marcha contra a fome neste dia 13.

Epidemia de fome

De acordo com o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, elaborado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), a fome vem piorando de forma acelerada sob o governo Bolsonaro.

“Em apenas dois anos, o número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave saltou de 10,3 milhões para 19,1 milhões. Nesse período, quase 9 milhões de brasileiros e brasileiras passaram a ter a experiência da fome em seu dia a dia”, aponta o relatório.

Culpa do Bolsonaro

Em setembro, o MTST e a Frente Povo Sem Medo deram início à campanha “Tá tudo caro, a culpa é do Bolsonaro!”. Como primeira ação, os manifestantes ocuparam a sede da Bolsa de Valores (B3) em São Paulo. Posteriormente, realizaram também um protesto em frente à mansão do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) em Brasília. Em ambas as ocasiões, os manifestantes exibiram ossos em alusão ao avanço da miséria no país.

Além disso, para aplacar a miséria que aflige milhões de brasileiros, principalmente durante o auge da pandemia, os movimentos também criaram as cozinhas solidárias. O projeto distribui almoço grátis para famílias das periferias da grandes cidades. Nesse sentido, já são 11 cozinhas funcionando em 11 estados. A expectativa é chegar a 26 até o final do ano. A iniciativa conta com financiamento coletivo para seguir garantindo comida de qualidade a quem não pode pagar.

 

 

De acordo com a pesquisa, a aprovação do governo Jair Bolsonaro entre os evangélicos teve uma queda superior a dez pontos percentuais na comparação com outubro

Publicado: 12 Novembro, 2021/ Escrito por: Redação CUT

ISAC NÓBREGA/PR

Caiu 11 pontos percentuais a aprovação do governo Jair Bolsonaro entre os evangélicos (28%) entre outubro e novembro, de acordo com pesquisa Exame/Ideia, divulgada nesta sexta-feira (12).

A pesquisa mostra ainda que a administração federal é desaprovada por 52% dos brasileiros. Outros 23% aprovam a gestão, 22% acham regular e 3% não souberam ou não quiseram responder.

Questionados sobre a maneira como Bolsonaro lida com seu trabalho, 54% desaprovam sua atuação pessoal como presidente enquanto 23% aprovaram.

Lula na liderança

A pesquisa também apontou que o ex-presidente  Lula lidera a disputa para a eleição de 2022, com 35% dos votos, seguido por Bolsonaro, com 25%

De acordo com o levantamento, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) apareceu na terceira posição, com 7% do eleitorado. Em quarto lugar ficou o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), com 5%. 

Os dados mostraram que os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ambos do PSDB, alcançam 2% cada – eles disputarão as prévias das eleições.

O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e Cabo Daciolo (PMB) têm 1% cada.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o cientista político Luiz Felipe d’Avila não pontuaram. 

Brancos e nulos somaram 8%, e não souberam ou não responderam, 12%.

Segundo turno

Na simulação de segundo turno, o ex-presidente Lula vence Bolsonaro por 48% a 31%.

Contra Doria, o petista ganha por 50% a 22%.

O ex-presidente também supera Eduardo Leite (48% a 22%).

Foram entrevistadas 1.200 pessoas por telefone entre os dias 9 a 11 de novembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Com informações do Brasil247