VACINA NO BRAÇO, COMIDA NO PRATO E FORA BOLSONARO!
Dia 24 é dia de luta em defesa da vida e por vacina pra todos, auxílio emergencial e impeachment do genocida

Bolsonaro transformou a população em cobaias humanas de um experimento perverso: o sacrifício da vida para salvar a economia. O país aproxima-se do número assustador de 300 mil mortes em um quadro de escassez de vacinas, colapso da rede hospitalar e ausência de qualquer tipo de auxílio para combater a fome e a miséria galopantes.

Paralelamente, o presidente comanda um genocídio: abre guerra contra prefeitos e governadores que ousam adotar lockdown para impedir o colapso da rede hospitalar, estimula aglomerações e faz propaganda de medicamentos comprovadamente ineficazes.

Para piorar, o governo anunciou um novo ministro da saúde, mas ainda não exonerou o titular anterior. Em plena pandemia, o país tem 2 ministros e, ao mesmo tempo, não tem nenhum!

As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, a CUT e as demais centrais sindicais promovem, na próxima quarta-feira, 24 de março, um dia nacional de luta em defesa da vida, da vacina, do emprego e do auxílio emergencial de R$ 600 reais.

O Sintufrj se soma às ações dos movimentos sociais e convoca a categoria a participar ativamente das ações virtuais contra o governo da morte. Além de deixar a população entregue à própria sorte durante a pandemia, Bolsonaro e sua base no Congresso atacam os servidores públicos, congelam nossos salários e cortam verbas da saúde e educação.

Durante o dia 24, o Sintufrj fará ações virtuais nas redes do sindicato. Participe você também: compartilhe os materiais nas suas redes e some-se ao coro em defesa da vida e da democracia. Vamos juntos defender os nossos direitos e lutar pelo impeachment de Bolsonaro!

Sintufrj – Gestão Ressignificar

CONFIRA A CONVOCATÓRIA DO SINTUFRJ: 

 

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC 186/2019), a PEC Emergencial, promulgada no dia 15 de março, impôs restrições à contratação e à remuneração de servidores quando as despesas do governo superarem 95% das receitas, ou quando o país estiver em estado de calamidade pública (depende de aprovação do Congresso Nacional).

A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público estima que, com as novas regras da PEC, o congelamento salarial do funcionalismo perdurará até 2036. E mais:  

De acordo com a PEC já em vigor, quando atingido o gatilho de despesas ficam vedadas a criação de cargo que implique aumento de despesa; a realização de concurso público para vagas novas; e a adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da inflação.

Prejuízos

A PEC Emergencial traz consequência negativas de curtíssimo, médio e longo prazos sobre os servidores públicos, em particular, e sobre a sociedade, em geral. 

Antônio Augusto de Queiroz, consultor político e diretor licenciado do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) avalia o tamanho do prejuízo. 

“A sociedade em geral, especialmente os mais pobres, será prejudicada com menos serviços públicos e menos participação no orçamento”, constata o especialista.

Servidores pagarão a conta

Segundo Queiroz, “os servidores públicos, escolhidos como a variável do ajuste, pagarão a conta com a suspensão de reajuste salarial, com congelamento de progressão e promoção e com o aumento de contribuição para o regime própria de previdência, além do já implementado aumento de alíquotas previdenciárias”. 

Ele também não descarta a famigerada proposta de redução salarial: 

“O mais bizarro é que a equipe econômica do governo, liderado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda queria incluir um dispositivo na PEC Emergencial para permitir redução de salário com redução de jornada do servidor. Resta saber quanto tempo levará para que essa ideia nefasta seja colocada novamente na pauta do governo…”

Sem progressão

No curtíssimo prazo a possibilidade de progressão e promoção — única hipótese de melhoria salarial do servidor em 2021 que não foi vedada pela Lei Complementar 173/2020 — será suspensa após a decretação do estado de calamidade. 

Congelamento e redução de deduções e benefícios

No curto e médio prazos, há três hipóteses em que os gatilhos de congelamento e suspensão de ampliação do gasto com servidores poderão acontecer, sendo uma delas também extensiva aos demais assalariados.

A segunda hipótese está prevista no artigo 4º do substitutivo à PEC 186, que trata da redução de incentivos e benefícios federais de natureza tributária, e poderá atingir a todos os salariados. Esse dispositivo determina que o presidente da República, em até seis meses, encaminhará ao Congresso plano de redução gradual de incentivos e benefícios federais de natureza tributária, entre os quais se encontram as deduções no imposto de renda das despesas com saúde e educação e a isenção do imposto de renda de idosos e pessoas aposentadas por invalidez. 

“Como essas deduções não foram expressamente ressalvadas para redução de incentivos e benefícios tributários, elas certamente irão figurar no plano de contenção, a ser enviado pelo presidente da República ao Congresso após a promulgação da PEC, para cumprir a meta de redução de renúncias fiscais dos atuais 4% para 2% do PIB em oito anos”, observa Queiroz.

Mais miséria

No longo prazo, as medidas de contenção fiscal — especialmente: 1) na Emenda à Constituição nº 95, do congelamento de gasto público; 2) no substitutivo da PEC 186 (PEC emergencial); 3) na PEC 32/2020, da reforma administrativa, e outras investidas sobre os servidores, os serviços públicos e as políticas públicas — “trarão como consequência o aumento da miséria e da desigualdade no país, já que a proibição de ampliação da despesa com programas e políticas sociais prejudica principalmente os mais pobres e mais vulneráveis, que dependem da prestação do Estado.” 

Mais arrocho

A depender do comportamento das finanças públicas, Queiroz adianta que podemos ter períodos prolongados, ou intercalados, de congelamento salarial e vedação de ingresso de servidores. “Não apenas reduzindo salários, na prática, pois não haverá, sequer, a reposição de perdas inflacionárias, e o sucateamento do serviço público – com o servidor sendo  substituído por pessoal temporário e terceirizados, que não são computados como despesas com pessoal”.

Fim do regime próprio 

Antônio Augusto de Queiroz ainda lembra, especialmente em relação aos servidores, que a reforma da Previdência, instituída pela Emenda Constitucional nº 103, reservou duas maldades contra os servidores ativos, aposentados e pensionistas, e que o governo pretende implementar após aprovar a PEC emergencial e a reforma administrativa. 

“Trata-se da autorização para reduzir o limite de isenção da contribuição de aposentados e pensionistas para o regime próprio, do teto do INSS (atualmente de R$ 6.433,57) para o salário mínimo (atualmente de R$ 1.045), e da instituição de contribuição extraordinária para o regime próprio, a ser cobrada de servidores ativos, aposentados e pensionistas, com redução nos dois casos nos proventos dos aposentados e pensionistas e no segundo caso dos salários dos servidores ativos.”

 

No Dia Mundial da Água – 22 de março, o Sintsama-RJ, junto com os sindicatos de Niterói e Campos, lideranças de movimentos sociais e comunitários da Cidade de Deus e Vila Kennedy, realizaram uma carreata em defesa da Cedae pública, no Centro do Rio de Janeiro. 

Diversas entidades que compõem o Fórum em Defesa da Água e representantes do Sintaema (Sindicato de Saneamento e Água de São Paulo) também participaram da mobilização.  

A concentração foi na porta do edifício sede da Cedae e a carreata percorreu as ruas do Centro do Rio passando pela Lapa, Glória e Catete até chegar ao Largo do Machado. A Polícia Militar impediu que a manifestação chegasse ao Palácio Guanabara. Mas uma comissão de trabalhadores se reuniu com o governador Claudio Castro. 

Ato político

A carreata foi antecedida por um ato político na porta da sede da Cedae, quando lideranças dos movimentos sindical e social discursaram expondo para a população por que a Cedae deveria continuar sendo uma empresa pública. A água é um bem de todos e não pode ser objeto de lucro. A privatização da Cedae significa que multinacionais tomarão conta dos recursos hídricos do estado, e quem vai pagar a conta é a população. 

E quem mais vai sofrer são os mais pobres, que já não contam com água potável abundante em suas casas e continuarão convivendo em meio a dejetos sanitários a céu aberto, por falta de saneamento básico, outra prestação de serviço de responsabilidade da Cedae. 

Entre os que usaram o microfone estavam: Humberto Lemos, presidente do Sintsama-RJ; Helio Anomal (Staecnon); Ary Girota (Sindiágua); José Faggian (Sintaema); Jorge (Senge); Paulo Farias, presidente da CTB-RJ; João Xavier pelo Fórum em Defesa da Água; e João Galdino e Fortunato pelas comunidades presentes.

CONFIRA FOTOS: 

 

Entidades reforçam importância de isolamento e vacinação para conter pandemia. E articulam paralisação para a próxima quarta. Economistas também divulgam documento por “lockdown”

Matéria retirada do site da CUT. 

Centrais sindicais estão convocando trabalhadores de todos os setores para um Lockdown em Defesa Da Vida e dos Direitos na quarta-feira (24). De acordo com as entidades, a manifestação foi articulada por conta da “irresponsabilidade do governo federal, que levou o país ao pior colapso sanitário e hospitalar de sua história”.

Já são quase 3 mil mortes diárias após um ano de pandemia. As centrais apontam que o Brasil se tornou “um exemplo mundial de fracasso e de falta de políticas públicas” para conter a disseminação da covid-19. E protestam também contra a falta de vacinação em massa e pela retomada do auxílio emergencial com parcelas de, no mínimo, R$ 600.

Diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista e presidente da organização sindical internacional IndustriALL-Brasil, Aroaldo Oliveira destaca que as centrais sindicais, desde o início da crise sanitária, discutem medidas para proteger os trabalhadores e a sociedade. “Antes da descoberta de alguma vacina como solução, as centrais sempre defenderam o isolamento social, o distanciamento, o trabalho essencial com os protocolos necessários. E com a vacina é de extrema importância a imunização em massa. Ela é o que tem de mais importante para acabar com o vírus e essas mortes”, observa ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual.

No entanto, ainda segundo Aroaldo, o governo “negacionista” de Jair Bolsonaro “criou uma divisão entre saúde, vida e economia. E nega as medidas de isolamento social, de segurança e a vacina. Então chegamos em um ponto em que vemos os números de mortes aumentando a cada dia”, critica.

Articulando o lockdown

Diante do agravamento da crise, as centrais e os sindicatos filiados já articulam também com governadores e prefeitos o ato no próximo dia 24 para que os trabalhadores do país fiquem em casa. Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, as entidades estão em contato com parlamentares no Congresso Nacional. Nesta semana, por exemplo, elas também se reuniram com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para discutir medidas de contenção da pandemia.

“Nesse momento a questão principal é a doença, evitar que a pandemia continue aumentando o número de mortos a cada dia. Essa é a luta que as centrais sindicais têm feito junto à sociedade”, comenta Juruna.

O representante da Força Sindical também reforça a importância das entidades se somarem na arrecadação de alimentos para distribuir em todo o país. Juruna alerta ainda que, com a pandemia, milhares de brasileiros estão sem conseguir se alimentar. “As centrais incentivam todos os sindicatos a prestarem solidariedade na sua cidade, região, para que a gente possa ganhar corpo e fortalecer a luta contra essa doença. É uma demonstração de que a pandemia também se combate com a atuação de cada pessoa”, afirma.

 

 

 

No total, são 294.042 óbitos em decorrência da Covid-19 e 11.998.233 casos da doença. Especialistas defendem lockdown nacional

Matéria retirada do site da CUT. 

Em apenas uma semana, 15.661 pessoas morreram no Brasil de complicações causadas pela Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus na semana passada. Foi o maior número de mortes em sete dias desde o inicio da pandemia, em fevereiro do ano passado.

Esse número representa 25% das mortes registradas no mundo no período entre 15 e 21 de março, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram 60,2 mil pessoas vítimas da Covid-19 no planeta nesse período, segundo o jornalista Jamil Chade, em texto publicado nesta segunda-feira (22) no UOL.

Sem comando do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), que sabota todas as medidas tomadas por governadores para conter a disseminação do vírus, e com dois ministros da Saúde – o general Eduardo Pazuello ainda não entregou o cargo para o novo ministro, Marcelo Queiroga porque ele é dono de clínicas e tem de sair das sociedades para assumir o cargo – o país atravessa um dos momentos mais trágicos da pandemia em meio a escalada de mortes e casos.

Na última semana o país teve os piores dias em número de óbitos e casos confirmados, sendo, também, o pior fim de semana desde o início da pandemia – foram 3.728 óbitos por Covid-19 em 48 horas.

Em 24 horas, foram 1.290 mortes por Covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados neste domingo (21). Foram 47.774 novos casos da doença no mesmo período.

Essa semana, o país deve atingir a triste marca de 300 mil vidas perdidas. No total, são 294.042 óbitos em decorrência da Covid-19 e 11.998.233 casos da doença até agora.  Até então, o domingo mais letal da pandemia havia acontecido no dia 14, com 1.138 mortes.

Especialistas são unanimes em afirmar que o Brasil deve entrar em lockdown nacional para evitar que pessoas morram na rua ou em casa devido ao colapso hospitalar em várias capitais. Nos últimos dias, sete estados chegaram a um ponto considerado extremamente crítico.

Em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, a transmissão está descontrolada e não há capacidade de atendimento para todos os pacientes que chegam aos hospitais precisando urgentemente de um leito nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Enquanto pacientes já estão morrendo até no chão de unidades básicas de saúde, o Brasil enfrenta outro drama: falta de medicamentos para pacientes que estão em estado grave. Cerca de 22 medicamentos utilizados em UTI têm estoques baixos se compararmos a quantidade de unidades em estoque e o volume comercializado.

O colapso hospitalar no Brasil tem chamado atenção do mundo inteiro. Para vários cientistas, a situação dramática que o país vive é pela negligência e falta de planejamento do governo Bolsonaro.  De acordo com a CNN americana, o Brasil é uma ameaça global após explosão no número de casos em decorrência da Covid-19 devido à falta de vacinas, liderança e sem saída à vista.

Segundo a reportagem do canal de TV, a crise sanitária no país nunca foi tão dramática, com quase todos os estados brasileiros tendo de enfrentar uma ocupação de UTI de 80% ou mais, o que significa que esses sistemas de saúde entraram em colapso.

Brasil pode chegar a 500 mil mortos na metade do ano

De acordo com o neurocientista, Miguel Nicolelis, o Brasil pode chegar a 500 mil mortes na metade desde ano se não forem implementadas medidas restritivas imediatamente. É uma “destruição ou desgraça em grande escala”, disse o médico, neurocientista e professor catedrático da Universidade Duke (EUA).

Ele afirmou ainda que o estado de São Paulo vive um momento dramático. Há pacientes morrendo nas filas de espera por vagas nos hospitais.

“O prefeito e o governador têm que criar coragem e fechar a capital e a Grande São Paulo, impedindo o fluxo nas rodovias. Não dá para continuar empurrando com a barriga”.

Recorde de pessoas internadas no RS

O Rio Grande do Sul, que enfrenta um momento delicado na pandemia, registou novo recorde de 2.628 pacientes internados em UTI no último sábado (20), segundo o painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde (SES).

O número mais do que dobrou em um mês. Em 16 de fevereiro, havia 952 pessoas nessa situação. Neste momento, infectados representam 75,2% do total de internados em UTIs no Rio Grande do Sul.

Mais de 3 mil leitos para casos graves estão ocupados. Somente a capital Porto Alegre, 238 pessoas estão na fila de espera pela liberação de um leito de UTI.

São Paulo tem mais de 2 mil sepultamentos em 7 dias

A situação crítica da pandemia de Covid-19 em São Paulo gerou um aumento no número de sepultamentos realizados na capital paulista e pressiona os cemitérios municipais da cidade.

De acordo com dados do Boletim Diário do Serviço Funerário do Município de São Paulo divulgados neste domingo (21), foram 2.253 sepultamentos entre o último domingo (14) e este sábado (20). Apenas no sábado, a capital paulista teve 372 enterros, o maior número registrado desde o início da pandemia, superando o recorde diário da última quinta-feira (18), que era de 337.

Em janeiro de 2020, o Serviço Funerário de São Paulo registrou 5.694 sepultamentos, e 5.189 em fevereiro. Em 2021, o mesmo período teve registro de 6.677 e 5.962 enterros, respectivamente, de acordo com a Prefeitura de São Paulo.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que reforçou o quadro de funcionários nos cemitérios municipais. Além dos 173 sepultadores efetivos ativos e dos 150 terceirizados contratados em 2020 e início de 2021, mais 35 iniciarão na próxima semana.

 

 

Mutações do SARS-CoV-2 foram detectadas em países que controlaram pouco a pandemia; Brasil é risco global, alertou OMS

Matéria retirada do site do Brasil de Fato. 

Vírus mais transmissíveis, que levam a quadros de infecções mais graves e afetam, inclusive, a jovens e crianças. Essas são algumas das características das novas variantes do coronavírus detectadas no Brasil.

A mais recente tem o nome N9 e foi identificada pela Fiocruz nesta semana. Outras duas, chamadas de P.1 e P.2, foram identificadas nos últimos cinco meses e já se espalharam pelo país.

Até a última quinta-feira (18), o Brasil registrou 2.724 mortos por covid-19, e o total de vítimas chegou a 287.499 desde o início da pandemia, em março de 2020. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, na última sexta-feira (12), que o Brasil representa “um risco para todo o mundo”. 

“Certamente gostaríamos de ver o Brasil em uma direção contrária. O sistema de saúde do país está sob grande pressão. É preciso levar a situação a sério. O que acontece no Brasil tem consequências mundiais”, disse o diretor-executivo da OMS, Mike Ryan, à época.

Apesar de não haver comprovação de que sejam mais letais, sabe-se que as novas variantes infectam mais rápido e com maior intensidade, o que tem acelerado o número de internações e o colapso do sistema de saúde no país. Atualmente, 16 estados estão com mais de 90% dos leitos ocupados. 

“Essa variante [P.1] tem uma transmissibilidade até 8 vezes maior que a cepa original, e tem gerado uma doença mais grave, principalmente em jovens, que antes eram pouco comprometidos”, explica Marcos Boulos, epidemiologista e professor da faculdade de medicina da USP.

“Isso sobrecarrega mais o sistema de saúde porque os jovens, por terem uma resistência maior, ficam mais tempo na UTI. Há uma disponibilidade de leitos menor também por causa disso.”

Integrante do comitê de contingenciamento do novo coronavírus no estado de São Paulo, o médico alerta que a situação é preocupante e que nunca havia presenciado algo parecido durante sua carreira.

“Eu já participei de muitas epidemias, aqui e pelo mundo, não só no Brasil, mas nunca tinha visto coisa parecida como a que estamos vivendo. Nós estamos numa situação dramática.”

Novas versões mais perigosas que original

Variantes são novas versões do agente biológico original, que ao longo do tempo sofreu mutações devido a grande circulação entre as pessoas. Cientistas explicam que esse tipo de modificação já era esperada, pois a covid-19 é um vírus com alto potencial de mutação.

O problema é quando as novas versões são mais perigosas que a original. Após o surgimento dessas mutações, o número de óbitos cresceu 71%. Só na última semana foram registradas mais de 12 mil mortes por covid-19. 

Além do poder de contaminação maior, as variantes brasileiras também estariam levando pacientes internados por covid-19 a desenvolverem quadros mais graves de infecção, segundo Paulo Correa, pneumologista que atua em Belo Horizonte (MG).

“Quadros de encefalite viral, que não aconteciam antes, têm acontecido, assim como acometimento do miocárdico associado a covid-19. Encontramos pacientes com mais complicação bacteriana também. Então, o cenário atual é de extrema preocupação”, alerta o especialista.

Além do Brasil, países que pouco controlam a pandemia, como Reino Unido, Estados Unidos e a África do Sul, também detectaram mutações perigosas. 

A mais preocupante é a encontrada no país africano. A variante demonstrou ser resistente às vacinas. Contra a mutação identificada na África do Sul, a vacina da Oxford, por exemplo, teve eficácia de apenas 20%.

Vacinação lenta

O imunizante mais eficiente contra as novas variantes tende a ser a CoronaVac, produzida pela China. O motivo apontada é pelo imunizante ser desenvolvido com o vírus inativado como um todo, e não só com as cepas, onde justamente ocorrem as mutações.

Segundo o Governo do Estado de São Paulo, mais de 22 milhões de doses do CoronaVac já foram distribuídas.

Porém, com o ritmo lento da campanha de vacinação – apenas 5% da população brasileira foi vacinada –, os riscos de surgimento de novas variantes ainda mais perigosas são grandes.

Medidas restritivas

Para especialistas entrevistados pelo Brasil de Fato, a prioridade deve ser a contenção da propagação do vírus, com medidas de restrições de circulação de pessoas mais rígidas, como o lockdown, combinado ao apoio financeiro aos trabalhadores, como o auxílio emergencial.

“Nós não estamos fazendo isolamento. A variante nova está pipocando. E a gente tem um estudo pequeno, ainda muito inicial, para poder dizer que vai afetar a vacina”, afirma o pneumologista Paulo Correa.

Sobre o uso de máscaras, o médico Marcos Boulos afirma que mais importante do que investir em modelos novos, como a N95 e PFF2, é garantir o uso constante do acessório de modo correto.

“Seja variante, seja o vírus original, ele vem acoplado à cutícula de saliva. Portanto, se você usar máscara, a gotícula de saliva não passa. Se você usar a máscara bem aderida, cobrindo todo o rosto, ela não deve passar”, afirma.

“É necessário que a gente tome cuidado porque é uma doença que veio para valer. Se nós não tomarmos cuidado, em agosto teremos mais de 500 mil mortos no Brasil”, projeta.

 

 

 

Redução prevista no orçamento de 2021 inviabiliza funcionamento das instituições, avaliam reitores em coletiva

Matéria retirada do O Globo. 

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) teme que o corte de R$ 1,178 bilhão no orçamento de universidades federais para 2021 tenha como consequência imediata o aumento na evasão escolar. Presidente da entidade, Edward Madureira Brasil, que é reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), em entrevista coletiva nesta quinta-feira, informou que os recursos federais destinados aos programas de assistência estudantil foram reduzidos em pouco mais de R$ 20,5 milhões.

=A situação é extremamente grave. É a assistência estudantil que permite que universitários de baixa renda estudem — diz Madureira Brasil.

O reitor informa que 25% dos estudantes universitários do país vêm de famílias com renda per capita inferior a meio salário mínimo e 50% de famílias com renda inferior a um salário mínimo e meio. Para esse estudante conseguir acompanhar as atividades, é necessário bolsa-alimentação, bolsa-moradia, assistências diversas.

— Os recursos que eram de R$ 1 bilhão, em 2019, já caíram em 2020 e, agora, tem o corte adicional de R$ 237 milhões, quase 20%. Ou seja, (veremos uma) consequente evasão imediata desse estudantes — afirmou Madureira, acrescentando que muitos universitários utilizam recursos para alimentar suas famílias: — Esse público é o mesmo do auxílio-emergencial. Muitas vezes a alimentação na casa se resolve com essa bolsa de assistência estudantil.

Além da assistência estudantil, a redução prevista atingirá a manutenção e funcionamento das atividades essenciais de 69 universidades federais, além de seis criadas recentemente, afetando mais de 320 campi em todos os estados do pais.

No Projeto de Lei Orçamentária enviado ao Congresso Nacional (PLOA) para 2021, a redução para a Educação é de 18,2%, equivalente a R$ 1.056 bilhões em relação aos valores de 2020. No relatório setorial de Educação da CMO, houve novos cortes, levando a uma redução de mais R$ 121.817.870, que totaliza R$ 1.178 bilhões.

—  Isso inviabiliza o funcionamento das universidades. Muitas delas já  carregam dívidas do ano anterior e têm orçamento congelado há cinco anos. Agora teremos R$ 1,18 bilhão a menos e num cenário onde o custo das universidades certamente crescerá em função de adequações para o retorno presencial, a necessidade de EPIs e de plataforma de ensino remoto (por conta da pandemia) que terão que ser contratadas. O orçamento que precisa crescer, diminui e levará ao colapso do sistema todo ao longo do ano — acrescentou o presidente da Andifes.

Diálogo com parlamentares

O caminho para que o orçamento não seja aprovado é, segundo reitores que participaram da coletiva, dialogar com parlamentares.

— Temos aqui em Goiás 17 deputados e três senadores. Precisamos falar com os 20.  Aqui foi feita uma frente ampla envolvendo todas as universidades e institutos federais, entidades representativas e produzimos documento que está sendo entregue a cada deputado e senador.  O momento agora é de pressionar os parlamentares — ressaltou o presidente da Andifes.

— Sensibilizar os parlamentares é fundamental — acrescentou a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho.

A reitora destacou o trabalho desenvolvido dentro dos laboratórios de pesquisa das instituições e afirmou que  o orçamento deve ser visto como investimento:

— Não havia nenhum pesquisador no Brasil trabalhando com o novo coronavírus. Hoje nós temos muita produção de conhecimento em coronavírus. Temos cerca de 15 vacinas em desenvolvimento, quatro das quais em fase perto de teste clínico. Vejam a potência instalada nas nossas universidades. Portanto, nosso orçamento não e gasto. É investimento.

Reitora da UFSB, Joana Angélica Guimarães da Luz explicou que as pesquisas desenvolvidas pelas instituições estão ameaçadas:

— (O corte) ameaça as pesquisas de maneira geral.  Certamente, as de Covid estão envolvidas neste processo. O que está sendo cortado da universidade é exatamente o investimento em custeio que muitos dos nossos laboratórios e muitas das nossas pesquisas dependem para continuar funcionando. Chegou um momento em que muitos dos nossos laboratórios estão comprometidos. Estão comprometidos insumos, manutenção de equipamento, uma série de itens.

Também participaram da coletiva os reitores  Marcus Davis, da UFJF; Luis Eduardo Bovolato, da UFT; Paulo Burmann, da UFSM; Ubaldo Cesar Balthazar, da UFSC; José Daniel Diniz Melo, da UFRN; e José Geraldo Ticianeli, da UFRR.

 

 

 

“Tem dia que é difícil levantar da cama, mas o que nos move é maior. E a esperança somos nós com essa nossa luta potente”. Assim resumiu a tenacidade feminina que se insurge na sociedade machista brasileira a integrante da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, Zezé Menezes, na live organizada pelo Sintufrj, na quinta-feira, 18 de março, e que se encontra à disposição no canal da entidade no youtube e no facebook. 

Uniram-se à voz de Zezé na atividade a ativista LGBTI, Dani Nunes, mulher trans, a assistente social do Centro de Referência para Mulheres da UFRJ, Marisa Chaves, e Clarice Ávila, secretária de Cultura da CUT-Rio. O tema da roda de conversa foi “A luta da mulher contra a violência no contexto pandêmico”, que teve como mediadora a coordenadora do Sintufrj, Marisa Araújo. 

 “Este é um mês de reflexão para as mulheres e março também marca a data em que celebramos nossas lutas históricas e suas protagonistas. Nesta live reunimos diferentes vozes de mulheres guerreiras e que estão na luta”, disse a dirigente sindical na abertura do bate-papo.

Mulheres negras na linha de frente da violência da extrema miséria imposta pelo governo Bolsonaro

A secretária de Cultura da CUT-Rio, Clarice Ávila, chamou a atenção sobre um tipo de violência que cresceu no governo Bolsonaro, que é a violência econômica imposta à mulher negra. “Precisamos fazer esse debate, mas de forma propositiva para tentarmos diminuir essa problemática. Temos um genocida no poder e também temos vários genocidas nos estados e municípios que acabaram com as delegacias de mulheres e com os atendimentos especializados”, apontou. “Falar sobre isso nunca é demais, como nunca é demais defender a vida de uma mulher”, reforçou. 

Vidas negras femininas são as mais perdidas, afirmou Zezé Menezes, da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo. “Por conta do racismo estrutural são as mulheres negras e das periferias que mais morrem”, fundamentou. Como participante da  Coalizão Negra por Direitos, ela informou amparada em números da realidade atual, “que o número de pessoas em situação de extrema pobreza no país dobrou em um ano e trouxe a fome com mais força”. 

A militante espera conseguir adesões à campanha TEMGENTECOMFOME.COM.BR, criada com o propósito de  para assistir as famílias nessa situação.

De acordo com a ativista trans Dani Nunes, atualmente existe a violência política de gênero e de identidade de gênero. Ela defende que a discussão desse tema seja provocada na sociedade  para que as mulheres tenham conhecimento real sobre o que ocorre.  

“Hoje sofremos essa violência que é pouco conhecida, por isso é importante fazermos esse debate para podermos combatê-la”, disse Dani Nunes. 

E avisa: “A política institucional não nos acolhe. É dominada por homens que se incomodam com nossos corpos trans, mas é bom que se acostumem porque é um movimento que não terá volta”.

A assistente social Mariza Chaves falou sobre a representação política das mulheres no Brasil e apresentou dados da última eleição municipal para as câmaras e prefeituras. 

“Precisamos ocupar os lugares de poder nos partidos políticos, independente do estereótipo de gênero reproduzido nessa cultura patriarcal e racista”, afirmou.

Mariza Chaves reforçou o alerta da dirigente cutista, Clarice Ávila, em relação as mulheres estarem sem proteção social na  pandemia, em consequência da desativação de delegacias e centros de acolhimento, e colocou o serviço do Centro de Referência da Mulher da UFRJ à disposição de quem necessitar de ajuda. 

Atenção para os contatos do CRM/UFRJ:

Telefone – (21) 3938-0603; e-mail: crmssa.ufrj@gmail.com – a disposição de quem precisar.

Participação pelo chat

Durante a live, várias pessoas se manifestaram, como a Princila Mello, que elogiou a atividade: “Um debate muito importante! A violência contra nossos corpos se dá em todos os espaços. Não à toa a primeira vítima de Covid no Brasil foi uma trabalhadora doméstica, mulher e negra. #ForaBolsonaro”. 

As debatedoras foram muito elogiadas, um dos elogios foi da  coordenadora do Sintufrj, Joana de Angelis: “​Parabéns a todas as debatedoras pelas falas tão importantes nessa conjuntura de tanta angústia e opressão. A luta não é fácil, mas continuaremos firmes até que todas sejam livres!”

CONFIRA O DEBATE NA ÍNTEGRA: 

 

 

Em 2003, apesar de ter encontrado o país endividado e com uma inflação de 12,53%, Lula conseguiu derrubar a inflação para 7,60% e segurar aumentos dos alimentos

Matéria retirada do site da CUT. 

Nos dois primeiros anos do seu governo, Jair Bolsonaro (ex-PSL) não decepcionou os ricos que o elegeram: protegeu o patrimônio e a renda de quem tem muito dinheiro e sufocou os mais pobres e os trabalhadores e trabalhadoras, que vivem de bicos e salários.

Os dados econômicos são a prova disso. Entre o início de 2021 e o mesmo período em 2019 , dois primeiros anos da gestão Bolsonaro, o preço da cesta básica de alimentos subiu 32,56%, na capital de São Paulo.  O presidente já disse várias vezes que não entenda e de economia, não deve entender nada também sobre as necessidades do povo brasileiro.

Em 2003, apesar de ter encontrado o país endividado e com uma inflação de 12,53%, Lula conseguiu derrubar o índice para 7,60%  e a cesta básica subiu em dois anos de seu governo 8,49% . Com Dilma, aconteceu o mesmo. Nos seus dois primeiros anos de mandato, a cesta subiu 18,02%, índices bem abaixo do atual governo.

Mesmo antes de Lula conseguir aprovar a política de valorização do salário mínimo, iniciada em 2004, o trabalhador que ganhava o piso da época conseguia comprar uma cesta básica e meia (1,51). Já com Dilma, com os reajustes do mínimo acima da inflação, o trabalhador levava para casa quase duas cestas e meia (2,41), apesar do índice inflacionário ter sido maior do que o mesmo período de Lula.

Com Bolsonaro, que acabou com a política de valorização do mínimo, se compararmos os dois primeiros anos, quando o piso chegou a R$ 1.045,00, o trabalhador só conseguiu comprar pouco mais de uma cesta e meia (1,61).

No último levantamento feito pelo UOL, já com o salário atual de R$ 1.100, o brasileiro gasta em média mais da metade (54,23%) do salário mínimo líquido para comprar a cesta básica. Na cidade de São Paulo, que detém o segundo maior preço pelo conjunto de produtos, o percentual de comprometimento da renda chega a 62,85%.

Qual é a causa da carestia

A carestia sentida pela população pobre não pode ser apenas creditada à pandemia do novo coronavírus, explica a supervisora da área de preços do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que analisa o Índice de Custo de Vida (IVC), Patrícia Costa. De acordo com ela, o desmonte das políticas públicas e os privilégios concedidos ao agronegócio.

Nos governos anteriores, diz, havia políticas públicas responsáveis pela abertura de vagas de trabalho e, consequentemente, aumentou o consumo da população e da inflação, mas ainda assim o poder de compra do trabalhador era preservado.

”O que chama a atenção no atual aumento de preços e na queda do poder de compra da população, é que são resultados do desmonte explícito de políticas públicas, que garantiam preços acessíveis dos alimentos e reajustes salariais acima da inflação para o trabalhador. Hoje o interesse é o lucro do agronegócio”, diz Patrícia.

Ainda de acordo com a supervisora do Dieese, antes, pelo menos, havia esperança e a possibilidade do governo fazer ações de desenvolvimento e inclusão, o que não ocorre agora.

“Numa situação de desmonte, a crise recai sobre os ombros de quem ganha menos”, afirma.

Inflação é mais sentida pelos pobres

Desde o início da pandemia, em março do ano passado até fevereiro deste ano, a inflação sentida pelas famílias brasileiras mais pobres foi de 6,75%. Essa taxa representa o dobro do impacto para as famílias mais ricas, de 3,43% no mesmo período, segundo os dados do indicador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de inflação por faixa de renda.

O vilão da inflação maior para essas famílias, que ganham menos do que R$ 1.650,50,  são os preços dos alimentos que consomem em média 25% do seu orçamento. Já os mais ricos, com renda superior a R$ 16.509,66 gastam menos de 10% dos seus orçamentos na compra da alimentação.

Carne: exemplo da queda do poder de compra com Bolsonaro

De acordo com o Dieese, em uma reportagem de 2011, no portal G1, ao analisar a evolução do salário mínimo, por exemplo, em 1959, se todo o valor fosse destinado à compra de carne, seriam adquiridos 85 kg do produto na capital de São Paulo; já em 1995, todo o mínimo conseguiria adquirir apenas 21 kg; e, em 2009, 37 kg, exemplificou à época o instituto, demonstrando que a política de valorização do salário mínimo já surtia efeito.

Mas, se continuarmos a comparação do valor de hoje do mínimo (R$ 1.100) em relação ao preço de R$ 40,00, de um quilo de carne de segunda, em um supermercado da zona oeste da capital paulista, o trabalhador levaria para a casa 27,5 kg – uma redução de 10 kg, em relação a 2009. Se compararmos preços da carne de primeira, que variam acima de R$ 50,00, a queda seria ainda maior.

Os altos e baixos da correção do salário mínimo

A evolução dos valores do mínimo é dividida pelo Dieese em oito fases: 1940-1945, fixação do mínimo; 1946-1951, rebaixamento do salário; 1952-1959, período com ganhos reais e significativos; 1960-1964, período razoável com inflação provocando efeito redutor dos ganhos; 1965-1975, arrocho em razão da ditadura  militar com perseguição a ações sindicais; 1976-1982, leve reação com reajustes semestrais; 1983-1994, nova corrosão com aceleração inflacionária e planos econômicos fracassados; e 1995 em diante, com a retomada da valorização do salário mínimo.

*Com informações do UOL e G1

*Edição: Marize Muniz

 

 

Jurema Werneck é uma feminista, médica, autora e doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ativista do movimento de mulheres negras brasileiro e dos direitos humanos, assumiu a Direção Executiva da Anistia Internacional -Brasil, em fevereiro de 2017.

Uma das marcas da sua trajetória é a luta pela garantia do acesso à saúde, direito básico e inegociável. Foi Conselheira Nacional de Saúde e a primeira mulher negra a coordenar uma Conferência Nacional neste tema, em 2012.

Cofundadora da Criola junto à Lúcia Xavier, a organização não-governamental mantém suas atividades desde 1992, com foco na defesa dos direitos e do Bem Viver de suas iguais. Entre tantas pautas, Criola é reconhecida por reivindicar os direitos sexuais e reprodutivos.

Jurema Werneck é fonte de inspiração. #21dias