O Brasil é um dos países mais perigosos do mundo para a população LGBT e os números só aumentam. Queremos viver, queremos respeito, e FORA BOLSONARO!
A representante técnico-administrativa no Conselho Universitário (Consuni) e coordenadora do Sintufrj, Joana de Angelis, conclamou, na sessão do colegiado na quinta-feira, 25, a Reitoria a estabelecer regras rigorosas de distanciamento social diante do agravamento da pandemia, suspendendo integralmente o trabalho presencial na universidade.
Joana disse que, a exemplo do que ocorreu há um ano, só devem permanecer presenciais as atividades relacionadas ao combate ao coronavírus e à pandemia, a salvar vidas e de proteção à UFRJ de perdas irreparáveis. Segundo a conselheira, as medidas adotadas pela Reitoria na época foram corretas.
Ela fez um resgate da realidade imposta à comunidade universitária desde o dia 16 de março de 2020 e que levou a Reitoria a determinar que o trabalho na universidade passasse a ser realizado remotamente, mantendo em modo presencial apenas as atividades essencialmente vinculadas à manutenção da vida e o combate ao coronavírus.
“Hoje a gente está vivendo uma situação muito pior do que em março de 2020, por isso precisamos ter a mesma firmeza e a mesma seriedade. Queremos que a Reitoria tome para si a responsabilidade para, com o rigor necessário que o momento exige, estabelecer que nenhuma atividade presencial que não esteja vinculada a esta essencialidade seja mantida, independente de qualquer determinação do governo estadual ou municipal”, acrescentou Joana.
A conselheira e dirigente sindical propôs que, como aconteceu em março de 2020, a Reitoria seguisse a orientação do GT Coronavírus da UFRJ: “precisamos manter esta coerência pautados pela ciência de preservação da vida, do nosso corpo social e do nosso compromisso com a sociedade. Temos que diminuir a circulação pela cidade nos transportes públicos”.
As novas medidas precisam ser adotadas pela Reitoria, e com urgência, “para que nenhum gestor, chefe de setor ou de laboratório, equivocadamente mantenha quaisquer atividades presencias que não estejam vinculadas à manutenção da vida e à colaboração no combate ao coronavírus”, ela defendeu.
E essas medidas, segundo Joana, devem vigorar não apenas por um determinado período, mas “para até quando for necessário para que tenhamos garantias de vida e que esse vírus esteja contido”. E encerrou reforçando o apelo: “Esperamos que a Reitoria assuma essa responsabilidade de forma rigorosa diante de toda universidade”.
Por solicitação da bancada técnico-administrativa, foi assegurado o direito de manifestação, no Consuni, da coordenadora do Sintufrj, Noemi de Andrade, para reforçar o apelo feito à Reitoria de adoção de medidas mais contundes em defesa da vida.
Noemi lembrou que o GT Covid da UFRJ, em março de 2020, tirou posicionamento referendado pela Instrução Normativa nº 07/2020 (sobre trabalho durante a pandemia): “Temos que reimplantar tudo que falamos lá atrás que, com o tempo e o cansaço das pessoas, foi sendo esvaziado. O GT Covid fez indicação para a sociedade de isolamento social, de medidas de segurança, de confiança na ciência e na vacina. É importante, neste momento, que novamente se adote, com mão firme, a mesma posição apontada pelo GT Covid da UFRJ e que falamos para fora da universidade. Muito nos orgulha direcionar o que pesquisamos aqui para a sociedade, e temos que trazer isso de volta”, disse a dirigente sindical.
Outra reivindicação feita ao Consuni por Noemi foi de criação de uma comissão de biossegurança com a participação dos Centros. “No início da pandemia, dizia-se que morria um boeing por dia. Hoje morrem 10 boeigns e a gente não pode naturalizar isso”, ela disse, reiterando que é preciso fechar a universidade para tudo que não for voltado ao combate à Covid-19, à defesa da vida e à segurança.
Denise Pires de Carvalho citou a nota divulgada pela Reitoria contendo as recomendações do GT Covid-19 da UFRJ para responder aos apelos feitos pela bancada técnico-administrativa e o Sintufrj: “Todos leram (a nota). Nossas recomendações são que apenas o que é essencial, como atividades hospitalares, cuidado com animais de experimentação…Todos sabemos o que é atividade essencial, estamos há um ano trabalhando desta maneira. Que apenas estas atividades sejam essenciais neste momento”.
E encerra o assunto no colegiado apenas apelando para o bom senso dos trabalhadores: “Faço um apelo à comunidade acadêmica para que permaneça em casa, em trabalho remoto, atuando da melhor forma possível, mas em casa. Este é um momento de muita dificuldade.”
A presidente da Associação dos Trabalhadores Terceirizados da UFRJ (Attufrj), Waldinéia Nascimento, também se manifestou no Consuni de quinta-feira, 25, por uma posição da Reitoria – diante do agravamento da pandemia e o crescente número de terceirizados sendo infectados pelo coronavírus –, em relação ao feriadão decretado pelo município do Rio e a rotina de trabalho adotada pelas unidades, em relação aos terceirizados.
De acordo com Waldinéa, há uma portaria da Pró-Reitoria de Gestão e Governança (PR-6), de março de 2020, informando que cada unidade seria responsável pelo trabalho terceirizado. Segundo ela, algumas unidades adotaram o rodízio de trabalhadores, mas outras, não.
“Quero uma posição da Reitoria em relação a isso, a como amenizar o trabalho presencial dos terceirizados. Não tem importância se o trabalhador terceirizado pegar Covi-19?”, questionou a dirigente da Attufrj, apontando que a Reitoria apenas se preocupa com as atividades remotas e o distanciamento social em relação aos alunos e servidores.
“Todas as regras da UFRJ que estão em nossos planos de contingência, que estão nas nossas técnicas, nas nossas portarias devem ser atendidas por toda a comunidade acadêmica, sem diferença de categoria. Reitero minha fala”, disse a reitora, recomendando a Attufrj que agendasse uma reunião com a PR-6.
A Universidade Federal Fluminense (UFF), em virtude da gravidade da pandemia de Covid-19 e em consonância com o decreto da Prefeitura de Niterói, decidiu interromper as atividades presenciais não essenciais de 26 de março a 4 de abril. A Universidade Federal do Estado Rio de Janeiro (Unirio), com base no decreto da Prefeitura do Rio, determinou medidas emergenciais de funcionamento.
Desde o início da pandemia as federais já haviam estabelecido o trabalho administrativo e o cumprimento do calendário acadêmico na modalidade remota. E independente da antecipação dos feriados de 2, 21 e 26 de abril, as instituições não alterarão o calendário acadêmico.
Na UFF, a antecipação dos feriados de 2, 21 e 26 de abril não alterou o calendário das atividades aprovadas para execução na modalidade remota.. Os respectivos feriados serão cumpridos na data que valem. A decisão sobre o funcionamento da universidade está na nota divulgada no dia 24 de abril.
A universidade avaliou que implementar novas alterações nos calendários acadêmicos e administrativos produziriam ainda mais atrasos e compressão dos planos de ensino na graduação e na pós-graduação. No limite, isso poderia prejudicar o fluxo de ingresso e de formatura dos estudantes.
“A UFF mantém atividades de ensino remoto previstas no calendário acadêmico de 2020, em cumprimento do segundo semestre neste ano de 2021. Todavia, considerando o preocupante agravamento das condições sanitárias do estado, as atividades presenciais não essenciais serão interrompidas no período que compreende os dias 26 de março e 04 de abril”, diz a nota.
A universidade ainda informa que as atividades acadêmicas relacionadas ao estágio/internato da área de saúde continuarão em funcionamento por apresentarem rigoroso protocolo de monitoramento de biossegurança, aprovado pelo Grupo de Trabalho da Saúde da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e por contribuírem com as medidas de enfrentamento à pandemia.
“Além disso, entendendo que a suspensão do funcionamento das redes públicas e privadas de ensino e de creches pode incorrer em multiplicação das tarefas familiares, a Universidade sugere que as atividades acadêmicas sejam elaboradas preferencialmente de forma assíncrona”, finaliza a nota.
A Unirio também emitiu nota determinando que as atividades acadêmicas e pedagógicas permaneçam remotas e seus calendários, debatidos e aprovados pelos Conselhos Superiores, não se alterem durante as medidas formuladas pelo decreto municipal.
A orientação da Reitoria é que, preferencialmente, as atividades acadêmicas e pedagógicas, nesse período municipal regulamentado, ocorram de maneira assíncrona. Já para o Hospital Universitário Gafrée e Guinle a recomendação é para a manutenção da regularidade e o atendimento das atividades de saúde à comunidade.
Também ficou estabelecido que as agendas de apoio às atividades presenciais tais como reuniões dos colegiados, a centralização da Unidade Arquivo e Protocolo Setorial do Serviço de Protocolo Geral (UAPS-SPG), a autuação de processos, a entrega de diplomas e demais atividades administrativas sejam, durante o período da antecipação, reformuladas pelos gestores responsáveis.
Às unidades acadêmicas e administrativas foi solicitado que reiterem a orientação à comunidade universitária quanto à adoção de medidas preventivas e de contenção da propagação do vírus, e que atendam as recomendações dos órgãos de saúde seguindo as políticas e deliberações em relação à Covid-19.
Matéria retirada do site da CUT.
Com um vídeo curto, direto e objetivo, a campanha da CUT e entidades filiadas – Condsef/Fenadsef, CNTE, CNTSS, Proifes e Confetam – em defesa do serviço público e, portanto, contra a Reforma Administrativa, está sendo veiculada, desde esta quarta-feira (24), nas TVs SBT, Band, Globo e TVT, na rádio BandNews e Rádio Brasil Atual, além das mídias sociais e dos canais de mídia alternativa progressista na internet.
“Como ficaria sua vida sem os serviços públicos?”, questiona o locutor em off coberto por imagens de profissionais de saúde, que estão na linha de frente do combate à pandemia do novo coronavírus atendendo pacientes.
“Você já imaginou nossa vida sem o servidor público?”, segue a locução dando exemplos de áreas em que o trabalho do servidor é fundamental para garantir direitos à população como aposentadoria, educação e proteção ao meio ambiente.
“É o servidor público que faz tudo isso, mas estão tentando destruir esse trabalho mantendo privilégios para os mais ricos e cortando direitos dos mais pobres. Diga Não à Reforma Administrativa”, termina o vídeo.
Assista a integra do vídeo:
Campanha nas redes
Além do vídeo e do spot sobre a importância dos serviços públicos para todos os brasileiros e brasileiras, a campanha tem vários cards que podem ser publicados nas redes sociais.
“A pandemia do novo coronavírus mostrou que sem um serviço público de qualidade como o Sistema Único de Saúde, o SUS, a tragédia brasileira poderia ser muito maior. Foi para o SUS que muitas pessoas com plano de saúde correram quando não conseguiram atendimento rápido em hospitais conveniados”, alerta o secretário de Comunicação da CUT Nacional, Roni Barbosa, dando apenas um exemplo da importância de um serviço público de qualidade para todos os brasileiros e convocando toda a população a aderir a campanha em suas redes sociais.
“Imagine o Brasil sem servidores do Instituto Nacional do Seguro Social, o INSS, para atender aposentados e pensionistas, um país sem escolas públicas, sem agentes de saúde para trabalhar contra surtos de dengue, controlar a qualidade da água e fiscalizar o meio ambiente. Imagine se tudo isso fosse privado, como quer a dupla Bolsonaro/Guedes”, completa Roni se referindo aos planos de privatização do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) e de Paulo Guedes, ministro da Economia.
É por um Brasil com desenvolvimento sustentável e para todos e todas que a campanha da CUT luta, explica Roni. E nesta luta, a Central consegue apoios de autoridades que querem um país melhor, como os deputados da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, da Câmara dos Deputados, que estão juntos nesta luta, diz o dirigente.
Há duas maneiras de participar dessa campanha, a primeira é ajudando a divulgar, compartilhando os materiais em suas redes sociais.
A segunda, e ainda mais importante, é pressionando o Congresso Nacional para que rejeite a Reforma Administrativa. Para isso, a CUT disponibiliza a plataforma NaPressão. Nela todos podem pressionar parlamentares de maneira fácil e direta, por meio do WhatsApp, Facebook, Twitter ou e-mail, clique aqui e saiba mais.
Essa é a segunda fase da campanha publicitária da CUT e entidades filiadas em defesa das estatais e do serviço público, gratuito e de qualidade no Brasil.
A CUT, seus sindicatos, federações e confederações sempre lembram que, sem proposta para promover o desenvolvimento econômico e social, a equipe econômica de Bolsonaro segue a cartilha do chamado liberalismo. Os liberais argumentam que a excessiva intervenção do Estado na economia é sinônimo de menos progresso na sociedade. Balela. Eles defendem o Estado mínimo, ou seja, o Estado deve cuidar apenas das atividades que os liberais considerarem “essenciais”, para que tudo seja privatizado.
E na sanha de reduzir o papel do Estado às suas funções básicas atacam justamente os serviços essenciais em áreas como saúde e educação e assistência social.
Na primeira fase da campanha, focada na defesa das estatais, o slogan era “Não deixem vender o Brasil” e chamava a atenção para a importância de empresas como a Petrobras, Eletrobras, Correios e os bancos públicos Caixa e Banco do Brasil para a economia do país e para consolidar as políticas públicas como o auxílio emergencial e o Bolsa Família, entre outras.
O foco da segunda fase da campanha da CUT é a reforma Administrativa, “que vai afetar fortemente o atendimento gratuito em áreas como saúde, educação e outras essenciais para o amparo social da população”, tem alertado Pedro Armengol, diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF/FENADSEF) e da CUT, desde que o governo apresentou a proposta.
“É o desmonte do estado brasileiro”, reforça o secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva, que cita o que acontece atualmente com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que sofre as consequências de uma política deliberada de desmonte, que prejudica o atendimento e acaba colocando a população contra o serviço público ao invés de responsabilizar o Estado por não fazer concurso para substituir servidor que se aposentou, morreu, ou mudou de área, não faz manutenção nem troca equipamentos velhos nem garante sequer um bom plano de Internet para as pessoas não ficarem esperando horas porque o sistema não funciona.
É sobre tudo isso que a campanha vai alertar, lembrando sempre que quem vai pagar caro no final é a população mais pobre que depende do serviço público. Imagine ter de pagar por escolas, hospitais e aposentadoria? Tudo privado como quer o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL).
Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF/FENADSEF)
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS)
Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (PROIFES)
Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (CONFETAM)
Neste 24 de março, no pior momento da pandemia, com mais de 300 mil vítimas da Covid-19, trabalhadores e militantes dos movimentos sociais realizaram o Lockdown Nacional, Dia de Luta em Defesa da Vida, da Vacina, do Emprego e do Auxílio Emergencial de R$ 600,00 para os desempregados e informais.
Em todas as regiões do país esta quarta-feira foi marcada por faixaços, atos simbólicos e lives nas redes sociais. Para encerrar a programação de mobilizações organizada pela CUT e demais centrais sindicais, junto com movimentos sociais, a população foi convocada para realizar um panelaço contra Bolsonaro, às 20h30.
Mobilização
Avenidas e rodovias amanheceram bloqueadas na região metropolitana de São Paulo. O Rio de Janeiro também amanheceu com luta na região metropolitana. A Frente Povo sem Medo bloqueou a RJ-104, entre Niterói e são Gonçalo. E no Centro do Rio os trabalhadores participaram de um ato simbólico contra o governo Bolsonaro. Várias categorias ocuparam as esquinas da Avenida Rio Branco, entre a Candelária e a Cinelândia, com cruzes e faixas para denunciar as mortes e os casos da doença que não param de crescer.
O Sintufrj fez atividades on line e mobilizações virtuais, marcando presença na Linha vermelha com a exposição de uma enorme faixa que dizia: “Vacina no Braço, Comida no Prato. Fora Bolsonaro”. O Sindicato também distribuiu cestas básicas na Cidade de Deus, Vila Kenedy e no Complexo da Maré.
“Não participamos do ato presencial no Centro da cidade porque optamos por ações nas redes sociais para não fomentar aglomeração e em respeito às vidas perdidas para a Covid-19. Realizamos mobilizações virtuais. Colocamos a faixa ‘Fora Bolsonaro”, divulgamos um card na internet sobre o dia 24 e produzimos os adesivos junto com a Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo para o grupo que deu visibilidade ao Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida. Acho importante destacar a nossa atividade de solidariedade nas comunidades com a distribuição de cestas básicas como contribuição para esse dia de luta e denúncia do governo genocida de Jair Bolsonaro”, declarou a coordenadora do Sintufrj, Noemi de Andrade.
Cartazes com críticas à Bolsonaro foram espalhados em vários pontos de Fortaleza. Os lambe-lambes, que foram colados em muros pela capital cearense, relacionam Bolsonaro e sua equipe econômica ao aumento do preço de alimentos como arroz, feijão, carne e óleo de cozinha. Além disso, os cartazes também alertaram sobre a alta dos preços nas bombas de combustíveis.
No Paraná, famílias dos acampamentos Helenira Rezende e Hugo Chávez, do MST, trancaram pela manhã a BR 155.
Em Rio Branco, no Acre, camponesas foram à região central na cidade e estenderam faixas que pediam a saída de Bolsonaro da presidência.
Nos municípios de Gravataí e São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, os trabalhadores espalharam faixas em diversos pontos das cidades pedindo vacinação e auxílio emergencial.
Já em Blumenau, Santa Catarina, os manifestantes colocaram cruzes na entrada da cidade, para lembrar as vítimas da Covid-19.
Integrantes da Federação Única dos Petroleiros do Terminal Aquaviário de Suape, em Pernambuco, aderiram à paralisação e cruzaram os braços pela manhã. Na capital do estado, manifestantes caminharam até o Palácio do Governo, onde entregaram uma carta com propostas para a classe trabalhadora.
Na capital federal teve colagem de lambe-lambes e faixas para denunciar o governo. Um ato simbólico também aconteceu em frente à sede dos Correios.
No município de Curionópolis, no Pará, os trabalhadores fecharam a PA-275.
O Centro de Triagem e Diagnóstico para a Covid-19 da UFRJ (CTD) e o Laboratório de Virologia Molecular divulgaram, na quarta-feira, 24, dia em que o descontrole da pandemia no país atingiu a dolorosa marca de mais de 300 mil vítimas –, boletim constatando o aumento de casos e a elevação da carga viral do novo coronavírus.
De acordo com o boletim, foi observado, nas duas últimas semanas, um aumento da positividade do RT-PCR dos casos sintomáticos, que passou de 11,6% (Semanas Epidemiológicas 9 e 10) para 20,1% (Semanas Epidemiológicas 11 e 12).
A coordenadora do CTD Covid-19, Terezinha Castanheiras, e o chefe do Laboratório de Virologia, Amílcar Tanure, que assinam o boletim, ressaltam que no mesmo período foi constatado cargas virais mais elevadas, risco de aumento de transmissibilidade e, consequentemente, potencial de explosão de casos nas semanas subsequentes.
sNo documento, os doi especialistas alertam pasificaçra a necessidade da intenão das medidas de contingência. Na sexta-feira, 26 de março, terá início no Estado do Rio, notadamente nos municípios do Rio de Janeiro e Niterói, o período de medidas restritivas para tentar frear a expansão do contaminação viral, que vai inicialmente até 4 de abril. Apenas serviços essenciais funcionarão.
Os Comitês Científicos do Rio e de Niterói apresentaram posicionamento consensual sobre a necessidade urgente da implementação de medidas restritivas de circulação e aglomeração de pessoas, considerando todos os indicadores de crescimento da contaminação e as consequências da pandemia da Covid-19, incluindo a iminente saturação da capacidade do atendimento hospitalar da rede pública e privada.
De acordo com os comitês, os 10 dias de restrições, em hipótese alguma devem ser considerados feriadão, mas sim como medidas para conter a mobilidade e reforçar o isolamento social, mas as atividades produtivas podem e devem ser mantidas a distância, respeitando as diretrizes e orientações municipais.
Os comitês também manifestaram a necessidade da sinalização de um plano de retorno, com revisão das medidas restritivas adotadas nos 10 dias e uma comunicação segmentada, assertiva, ressaltando que toda a rede de atenção à saúde pública e privada deverá continuar funcionando no período, incluindo a vacinação, atendendo às orientações sanitárias.
Os integrantes dos comitês entendem ainda que medidas de assistência social e compensação a indivíduos e empresas são importantes como mitigação ao impacto econômico derivado dessas restrições e do engajamento.
Nas últimas semanas, o Rio de Janeiro viveu uma escalada no número de internações e de aumento de casos e mortes pela Covid. De acordo com os dados da Secretaria Estadual de Saúde, 18 municípios não têm mais vagas de tratamento intensivo e estão com 100% de ocupação. Em todo o estado, 493 pacientes com a Covid-19 aguardavam vagas para tratamento intensivo.
Em Niterói, entre os dias 1º e 11 de março, o número de pacientes com a doença internados em leitos clínicos subiu 80%: de 78 para 140. Em UTIs, foi de 109 para 174, uma alta de 60% em dez dias. No dia 11, o município tinha 527 casos ativos da doença, o maior índice em dois meses.
Além do crescimento nas internações, o alto número de novos casos por semana também preocupa. Desde maio, a Prefeitura de Niterói divulgou 41 relatórios semanais de monitoramento da pandemia, e em nenhum deles a cidade conseguiu sair do estágio considerado de altíssima gravidade pelo comitê científico no indicador de incidência de novos casos.
Matéria retirada do site da CUT.
O tema central da live realizada nesta quarta-feira (24) pelos presidentes da CUT, Sérgio Nobre, e da Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB, além da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), foi a necessidade – recomendada por autoridades de saúde e cientistas – de o país parar por 21 dias em um lockdown nacional que, em conjunto com a vacinação em massa, pode conter o avanço acelerado das contaminações e mortes pelo coronavírus.
A paralisação das atividades, defendida por governadores e prefeitos em todo o país, enfrenta a fúria negacionista do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) que, a pretexto de defender a economia, é contra qualquer tipo de isolamento social. Para ele, só idosos e pessoas doentes devem ficar em casa, apesar do total de doenrtes e mortos entre os jovens ter aumentado muito este ano.
Representando o Fórum Nacional de Governadores, Fátima Bezerra afirmou durante a transmissão que nenhum governante “fica feliz em adotar medidas de restrição, mas elas são necessárias nesse momento, para salvar vidas”.
“Não é fácil adotar medidas mais duras, mas temos que ter responsabilidade e em momentos de crise temos que fazer escolhas para garantir a sobrevivência à população”, disse a governadora.
Sérgio Nobre, presidente da CUT, reforçou que, conforme atestam os cientistas, “a medida mais adequada para frear a pandemia é um lockdown nacional de 21 dias”. Mas, ele ressaltou, para isso é preciso ter condições se referindo à necessidade do auxílio emergencial para que as pessoas possam sobreviver em casa e não terem de enfrentar riscos de contaminação nas ruas por precisarem sair para trabalhar.
“O trabalhador sabe dos riscos de sair, mas vai porque precisa sobreviver e o [novo] auxílio emergencial não compra nada. É um desrespeito”, disse o dirigente se referindo aos valores definidos pelo governo para a nova fase, que vão de R$ 150 a R$ 375.
Sérgio ainda rebateu argumentos do governo de que não tem dinheiro para pagar um auxílio emergencial digno aos trabalhadores. “É mentira que o país não tem recursos. O Brasil tem condições de pagar os R$ 600 e já apontamos várias alternativas”, disse o dirigente.
Sérgio Nobre, presidente da CUT
O auxílio emergencial, amplamente defendido pelos presidentes das centrais para que seja pago, no mínimo, no mesmo valor do ano passado também foi citado por Fátima Bezerra como fundamental para a estratégia de conter o avanço da pandemia.
“É inadmissível o auxílio ter sido cortado. Só um governo que não tem a sensibilidade de entender o drama que as famílias de baixa renda passam, toma uma atitude de tanto desprezo como foi suspender o auxílio em dezembro”, disse a governadora.
Ela contou ainda que no ano passado, governadores do Nordeste tiveram uma reunião com Bolsonaro e quando apresentaram a ideia de um programa de renda básica, o governo se mostrou indiferente.
Para ela, mais do que nunca, um dia nacional de luta, como esta quarta-feira, Dia de Luta em Defesa da Vida, da Vacina, do Emprego e do Auxílio Emergencial de R$ 600 – Lockdown Nacional – deve ganhar fôlego pelo Brasil e “tocar os corações” do Congresso Nacional, para que parlamentares se sensibilizem sobre o tema.
Não podemos aceitar essa desidratação do auxílio emergencial. O povo merece respeito.
A governadora reforçou ainda que “sem suporte social para famílias de baixa renda, não haverá condições de segurar medidas restritivas por mais tempo”.
O objetivo da live assim como do conjunto de atividades realizadas em todo o país é conscientizar a população acerca do caos social, econômico e, principalmente, de saúde, vivido pelo Brasil atualmente, consequência da política genocida de Bolsonaro.
O presidente continua negando a ciência, minimizando a pandemia, desdenhando de medidas protetivas contra a contaminação e tentando incitar a população a acreditar que a crise sanitária é um “exagero”, enquanto o país caminha para as mais de 300 mil vidas perdidas para Covid-19.
É dia também de lutar pelas vacinas para todos e todas, por emprego e por um auxílio emergencial de R$ 600.
Vacinas contra Covid-19 para todos e todas foi outro ponto destacado pelos dirigentes das centrais e também pelo representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Moreira. Ele afirmou que a vacina pode resolver de forma efetiva o avanço da pandemia e que “o governo tem total responsabilidade quanto à imunização da população”.
Para combater o negacionismo do governo que resulta na falta de ações de enfrentamento, inclusive a negligência na aquisição de vacinas, e que tem custado a vida de muitos brasileiros, a SBPC apresentou ao Congresso um documento propondo um conjunto de medidas para enfrentar a pandemia, entre elas, o lockdown total no país, como exigem os presidentes das centrais sindicais.
“É importante ter um plano nacional porque o Brasil tem infraestrutura para isso. No entanto, foi a política de descoordenação, de negacionismo e desmonte que favoreceu a morte e não a vida”, afirmou Ildeu Moreira.
No mesmo tom, Antônio Neto, presidente da Central de Sindicatos Brasileiros (CSB) criticou o atraso do Brasil na imunização e se referiu a tratamentos precoces como charlatanismo. “A vacina é uma das únicas formas de fazer com que tudo possa voltar ao normal e muitos países são exemplo disso”, ele disse.
Para Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), é grave o estado do país. “Sobra a prevalência do negacionismo, das doses de ‘cloroquina’, de Ivermectina e o Brasil caminha para seu estado terminal”, criticou o dirigente.
Ainda para o presidente da CTB, o debate sobre reverter o quadro de desemprego no país está associado à discussão do afastamento de Bolsonaro.
“Temos 14 milhões de desempregados hoje. A Pnad [pesquisa feita pelo IBGE], diz que 79 milhões de pessoas estão fora da força de trabalho. Não temos nenhuma perspectiva de geração de empregos. Portanto, não tem como querer geração de emprego e renda à luz da mediocridade mediana de Bolsonaro”, disse Araújo.
Desde o início da pandemia, as centrais sindicais lutam por soluções que protejam os trabalhadores. Exemplo mais claro é o auxílio emergencial que, por pressão das entidades, foi aprovado pelo Congresso em março do ano passado com valor de R$ 600 – o triplo do que pretendia Bolsonaro na época.
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), lembra que o esforço das centrais sensibilizou o Parlamento para virar o jogo, o que “salvou pessoas que já estavam à margem da miséria”. O dirigente lembrou ainda que o programa, como foi aprovado, influenciou também na redução da queda do PIB.
“[A queda do PIB] Teria sido de 9%, o dobro do que foi realmente, 4,9%. A pobreza hoje seria ainda maior do que é”, disse Patah.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, lembra que Bolsonaro foi obrigado a assinar a Lei que instituiu o auxílio, mas de lá para cá, “o governo não fez mais nada que pudesse enfrentar a pandemia. Negou a ciência, quaisquer medidas de enfrentamento e divulgou remédios sem eficácia”.
Por isso, ele disse, as centrais se mantiveram unidas na pauta que trata, em primeiro plano, da vida e dos trabalhadores mais vulneráveis. Em janeiro deste ano, as centrais elencaram as cinco prioridades na luta contra a Covid-19: vacina já!, auxílio emergencial, proteção ao emprego e renda, financiamento a micro e pequenas empresas e uma campanha nacional de solidariedade.
Sérgio Nobre afirmou que a proteção ao emprego é importante, mas a proteção às empresas também é necessária.
“Pequenos negócios estão morrendo. Essas pequenas empresas são responsáveis por metade dos empregos gerados no país e precisam de linha de crédito a fundo perdido. Elas não têm como devolver, todo mundo sabe disso, precisam ser salvas”, disse o presidente da CUT.
Tema de relevância, o corte de R$ 36 bilhões na saúde, no orçamento da União para 2021, foi citado pelo presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), José Reginaldo Inácio.
Para ele, a atenção que o governo federal dá ao Sistema Único de Saúde (SUS) afronta o mundo inteiro, e para o SUS cumprir sua missão, tem que ter orçamento.
“A saúde precisa sobreviver, mas o governo está transformando o Brasil num hospedeiro do mal. O povo brasileiro, antes feliz, agora é um povo sofrido que o mundo não quer nem chegar perto”, disse o dirigente.
Parte da frente de resistência e combate à pandemia, as propostas do Fórum Nacional de Governadores, que reúne 21 governadores estaduais, convergem com as propostas das centrais. Uma delas é o lockdown por 21 dias, com amparo social aos trabalhadores, para que fiquem em casa.
Na manhã desta quarta-feira, o governador do Piauí, Wellington Dias, que preside o fórum, participou de um encontro em Brasília, envolvendo presidentes da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), além de Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente Jair Bolsonaro, para tratar de uma estratégia no enfrentamento à Covid-19.
Durante a live, Fátima Bezerra, que representou o Fórum, anunciou e comentou o resultado da reunião com Bolsonaro.
“O presidente anunciou que, a partir de agora, vai ter um comitê de crise e que vai redirecionar o enfrentamento. Espero que seja verdade e isso tem que começar por ele enterrar o desprezo pela ciência, abandonar definitivamente a postura negacionista que foi decisiva para fazer a gente chegar a essa tragédia, com 300 mil mortos e o Brasil sendo visto como pais que pior tratou a pandemia”, disse Fátima Bezerra.
Veja a íntegra da live: