Governo deve apresentar propostas da Carteira Verde Amarela e novo imposto, em fevereiro. Para Guedes, contratação com menos direitos e mais impostos são soluções para fim do auxilio e aumento da crise

Matéria retirada do site da CUT. 

A crise econômica do país deve se agravar com o fim do auxílio emergencial para milhões de pessoas que perderam seus rendimentos por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid 19), e do Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda (BEm), concedido no ano passado como complemento de renda para os trabalhadores formais que tiveram o salário reduzido ou o contrato suspenso. A previsão de economistas progressistas e conservadores é que haverá aumento do desemprego e da miséria no país.

Em nove meses foram pagos R$ 292,9 bilhões, a 67,9 milhões de pessoas (quatro em cada 10 brasileiros em idade de trabalhar), o que injetou na  economia dos estados R$ 32,4 bilhões por mês.

Mas, como não tem nenhuma proposta de auxílio social para enfrentar a crise aprofundada pela pandemia, o ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, insiste na implementação da Carteira Verde Amarela que permite aos patrões contratar trabalhadores com menos direitos.

Outra ideia que deve ser apresentada novamente é a criação de um imposto sobre operações financeiras, nos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). O governo, segundo informação publicada no jornal O Estado de São Paulo, quer apresentar essas propostas por Medida Provisória (MP) logo após a eleição para as presidências da Câmara Federal e do Senado, marcadas para o dia 1º de fevereiro.

Segundo informações dadas ao jornal por uma fonte da equipe econômica envolvida na elaboração da proposta, a nova Carteira Verde Amarela será uma combinação do BEm com a desoneração dos encargos. Pelo sistema os trabalhadores, rendimentos mensais entre R$ 200,00 e um salário mínimo (R$ 1.100,00), receberiam pagamentos suplementares do governo, em vez do pagamento de impostos, num modelo de imposto de renda negativo.

Com a crise, sem auxílio e sem o BEm, a equipe econômica diz que essa modalidade de contratação sem encargos trabalhistas e impostos atenderia milhões de trabalhadores informais que foram mais atingidos pela pandemia.

A técnica do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicos (Dieese), Adriana Marcolino, explica que esses informais estão divididos em duas categorias: os que têm emprego sem carteira assinada e os que trabalham por conta própria. O primeiro grupo é formado por 15,2 milhões de trabalhadores, de acordo com dados da PNAD Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no trimestre terminado em outubro de 2020.

Já os que trabalham por conta própria são 22,5 milhões, sendo que 17,1 milhões não tem CNPJ, ou seja, sequer tem cobertura previdenciária, de acordo com os dados da PNADC/IBGE, do trimestre formado pelos  meses de agosto, setembro e outubro de 2020. Há ainda outros 2 milhões de trabalhadores que atuam como auxiliares em negócios familiares e que também se encontram na informalidade, em sua quase totalidade.

“Esses trabalhadores sem a proteção trabalhista e, na maior parte, sem a proteção previdenciária também somam 39,7 milhões, em um universo de ocupados de 84,3 milhões, ou seja, representam 47,8%. Se excluirmos os por conta própria com CNPJ, os chamados PJs, que possuem pelo menos cobertura da previdência, temos um total 40,8%”, diz Adriana.

Para ela, a Carteira Verde e Amarela, apesar do governo não ter informado mais detalhadamente a proposta, não resolve nenhum caso de informalidade, seja a do trabalhador sem carteira assinada, seja a informal típico, o vendedor de bala nos trens e da mulher que faz bolos para vender na rua. Se a economia não melhorar como um todo, não haverá contratação. Ninguém contrata mais trabalhador apenas por que vai pagar menos imposto. O empresário contrata apenas se houver demanda.

“O trabalhador do grupo da informalidade típica está nesta situação porque a economia não reage, não cresce, e como não cresce, não cria oportunidade de qualidade para incorporar essa mão de obra no mercado de trabalho. Então as pessoas acabam buscando saídas alternativas na informalidade para geração de renda. Os trabalhadores informais precisam que a economia seja mais forte para que seus pequenos negócios tenham uma demanda maior. Com renda, as pessoas consomem mais, gerando um ciclo de oportunidade de emprego”, explica.

Para quem já trabalha e não tem carteira assinada, não faz diferença ter a Carteira Verde e Amarela, que não garante direitos. É apenas a formalização do trabalho que não resolve os problemas de proteção social e trabalhista. É só para inchar as estatísticas do governo de geração de emprego

– Adriana Marcolino

Bolsonaro autorizou volta da CPMF

Embora o presidente tenha ameaçado, em outras ocasiões, demitir quem apresentasse a proposta da criação de um imposto, nos bastidores do Palácio do Planalto corre a informação de que Jair Bolsonaro teria sinalizado aos “caciques” do Congresso que aceita uma alíquota de 0,10% para o novo tributo nos moldes da CPMF.

Para Adriana, o imposto embora alguns digam que é democrático por que atingiria a todos, de pobres a ricos, na verdade penaliza quem tem menos.

“Para ser mais justo deveria ter uma faixa de isenção, ser mais progressivo, atingindo quem tem uma grande movimentação financeira. Incidir sobre recursos que não estão na economia formalizada, mas que circulam no sistema financeiro”, defende.

Mudanças no Bolsa Família

Sem conseguir aprovar um novo programa social que seria chamado de Renda Cidadã ou Renda Brasil, que retiraria diversos benefícios sociais, em troca de acabar com o protagonismo do Bolsa Família, criado por Lula, o governo Bolsonaro, ainda segundo o jornal O Estado de São Paulo,  quer unificar benefícios, reajustar valores e criar novas bolsas por mérito escolar, esportivo e científico.

Ainda assim o valor médio do benefício seria reajustado em apenas R$ 10,00. Hoje o Bolsa Família paga em média R$ 190,00. O governo pretende passar para R$ 200,00.

 

 

A declaração do ministro gerou críticas nas redes sociais e virou meme

Matéria retirada do site da Revista Fórum. 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, voltou a deixar em aberto a data do início da vacinação do Brasil nesta segunda-feira (11) ao comentar sobre a questão.

Durante discurso realizado em Manaus, o ministro definiu a data apenas como “dia D” e “hora H”, sem qualquer previsão para o início da imunização.

“Todos os estados receberão simultaneamente as vacinas, no mesmo dia. A vacinação vai começar no dia D, na hora H. No dia D, na hora H, no Brasil”, declarou.

Segundo o general, o Brasil tem capacidade para começar a aplicar a primeira dose da vacina três ou quatro dias após autorização para uso emergencial, concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na ocasião ele ainda defendeu o tratamento precoce contra a da Covid-19, o que não tem evidências científicas.

Nas redes, a declaração do ministro causou polêmica por não trazer a aguardada data de início da imunização.

Confira a repercussão nas redes:

Em plena pandemia, o Banco do Brasil anunciou que abriu Plano de Demissão Voluntária (PDV) para cinco mil trabalhadores e trabalhadoras e o fechamento de 361 unidades entre agências e postos de atendimento

Matéria retirada do site da CUT. 

O desmonte do serviço público de qualidade segue a todo vapor no governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL).Mais uma vez, o Banco do Brasil é alvo de demissões que precarizam o atendimento e facilita a privatização. Sem se importar com o atendimento dos seus clientes que mantêm mais de 73 millhões de contas espalhadas por todo o país, a direção do BB, rezando a cartilha neoliberal do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, anunciou nesta segunda-feira (11) que quer demitir até 5 de fevereiro deste ano, cinco mil trabalhadores e trabalhadoras, por meio de um Plano de Demissão Voluntária (PDV).

Além das demissões, serão fechadas 112 agências, 242 postos de atendimento (PA) e sete escritórios, num total de 361 unidades  (ainda não foi anunciado os locais ). O comunicado foi feito ao mercado financeiro pelo vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores, Carlos José da Costa André.

Essas demissões e fechamentos de unidades se somam aos 17.758 empregos cortados e ao encerramento de 1.058 agências, entre o início de 2016 (ano do golpe contra a ex-presidenta Dilma) e o terceiro trimestre de 2020, o que representa uma queda de 16% e 19% respectivamente, de acordo com o último dado disponível sobre o Banco do Brasil. Por outro lado, no mesmo período o número de clientes do BB cresceu 15%, um acréscimo de 9,4 milhões..

Visando apenas ganhar mais, o Banco do Brasil, diz que vai “economizar” R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025, apesar do lucro bilionário que vem obtendo. Entre 2016 e 2019, o lucro líquido ajustado do BB apresentou crescimento de 122%. Era de R$ 8,033 bilhões em 2016 e subiu para R$ 17,848 bilhões em 2019(o dado completo de 2020 ainda não foi divulgado). No mesmo período as receitas de tarifas e prestação de serviços do banco cresceram 22% passando de R$ 24 bilhões para R$ 29,2 bilhões.

“Ao fechar agências e priorizando o atendimento eletrônico, o Banco do Brasil impede o acesso dos mais idosos e dos que têm baixa escolaridade, não familiarizados com o método, e até mesmo os micro e pequenos empresários, donos de bares, restaurantes e pequenos supermercados que ainda utilizam os caixas do BB para o depósito de malotes de dinheiro. Quem conta esse dinheiro é o bancário que trabalha no Caixa”, alerta João Fukunaga, secretário de assuntos jurídicos do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionário do Banco do Brasil.

O dirigente acrescenta que a alegação do BB de que as pessoas estão utilizando mais os canais alternativos de atendimento eletrônico não encontra eco nos locais mais distantes dos grandes centros como a capital de São Paulo.

“Ao reduzir o atendimento a direção do BB desmonta o papel social de um banco público, aumentando as filas e dificultando o acesso. O idoso que tem conta no Banco do Brasil vai procurar outra instituição financeira para poder movimentar melhor a sua conta. Ele não vai sair do seu bairro para locais distantes para ser atendido” acredita Fukunaga.

Outro ponto considerado muito ruim pelo dirigente sindical é que o fechamento de agências distantes dos centros urbanos dificultará ao acesso aos agricultores familiares que dependem do crédito do banco. 55% de todo o crédito da agricultura familiar é proveniente do BB.

“ O Banco do Brasil tem a sua maior carteira junto ao agronegócio, mas está abandonando o pequeno agricultor. Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura suspendeu os contratos com uma cooperativa ligada a Unisol, para fornecimento de alimentos que compõem a merenda das escolas municipais. Sem uma agência do BB próxima, esse agricultor vai procurar uma agência de um banco privado com taxas de juros extorsivas”, lamenta Fukunaga.

Pressão para aderir ao PDV

Segundo Fukunaga, a direção do BB quer demitir os trabalhadores e trabalhadoras com mais tempo de casa, o que vai fazer o banco perder expertise, a experiência dos mais velhos. E uma das formas de pressão para que elas adiram ao PDV é rebaixar cargos e salários. O banco definiu que vai demitir quem tem mais tempo de casa e possa receber, no máximo, R$ 450 mil de indenização com as regras do PDV que costumam ser mais vantajosas do que as demissões normais.

“Um gerente que ganhe quatro, cinco vezes a mais do que um escriturário vai aceitar a demissão voluntária por que sabe que adiante pode perder o cargo, voltando a receber um salário bem menor, o que impactará na vida financeira dele e da família”, afirma o dirigente sindical.

Ainda de acordo com Fukunaga, o sindicato está trabalhando para saber onde ficam as unidades que serão fechadas e transformadas de agências para Postos de Atendimento.

 

 

Prova está marcada para o próximo domingo (17), em plena ascensão dos números de casos e mortes por Covid-19 no Brasil; entidades acionam a Justiça exigindo o adiamento do exame e apontam irresponsabilidade do governo

Matéria retirada da Revista Fórum. 

 

A situação é tensa para estudantes de todo o país. O governo de Jair Bolsonaro, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), decidiu manter para próximo domingo (17) a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mesmo diante do fato de que o Brasil se encontra em um dos momentos mais críticos da pandemia do coronavírus.

O país vem batendo novos recordes no número de casos de pessoas infectadas e mortes em decorrência da Covid-19 e, neste domingo (10), a exatamente uma semana para a data da prova do Enem, a média móvel de mortes diárias superou a marca de mil óbitos após cinco meses. A realização do exame, portanto, que tem 5,78 milhões de candidatos inscritos, é vista como insegura no ponto de vista do contágio por especialistas.

Por este motivo, entidades ligadas à Educação e à Saúde vêm se mobilizando em prol do adiamento da prova, até que a situação da pandemia no Brasil se estabilize. O Enem 2020, inicialmente marcado para novembro, já havia sido adiado para janeiro mas, para essas entidades, a nova onda da Covid exige um novo adiamento.

Na última sexta-feira (8), a Defensoria Pública da União, junto com a União Nacional dos Estudantes (UNE),  a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a Campanha Nacional pelo Direito à Educação e a Educafro, entrou com uma ação na Justiça exigindo o adiamento das provas. No mesmo dia, uma carta assinada por entidades como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e endereçada ao Ministério da Educação (MEC) também pleiteou a suspensão do exame apontando o momento delicado da crise sanitária no país.

As bancadas do PT no Senado e na Câmara dos Deputados também se posicionaram em prol do adiamento do Enem. “Como o Enem é a principal porta de acesso ao ensino superior e o Governo Federal não implementou nenhuma política consistente para assegurar o acesso dos estudantes das escolas públicas a atividades pedagógicas não presenciais, a realização do Enem neste momento aprofundará as desigualdades educacionais, desestimulando estudantes e projetos de vida”, diz nota divulgada pelos parlamentares.

O Inep, responsável pela aplicação das provas, entretanto, alega que a redução do número de candidatos por sala de aula, o uso obrigatório de máscara e álcool em gel e o distanciamento garantirão a segurança do exame. Além disso, o órgão argumenta que “reorganizar um calendário a nível de Enem é fragilizar e colocar em risco políticas públicas dele decorrentes como sistema de cotas, financiamento estudantil, instrumentos que por sua vez são as chaves para minorar as desigualdades sociais tão alarmantes hoje no nosso país”.

Andressa Pellanda, coordenadora geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, no entanto, rebate a tese do Inpe de que haverá segurança na realização das provas.

“A realização do Enem neste final de janeiro coincide com a segunda onda da pandemia e com o impacto das aglomerações e contaminações das ‘festas de final de ano’. Ou seja, no momento de pico, em que diversas cidades não têm mais leitos de UTI, caixões ou covas – como é o caso de Manaus, por exemplo -, se opta por ignorar todo o cenário de saúde pública e realizar uma prova para quase 6 milhões de estudantes. Mesmo com protocolos, é muito arriscado, são 5:30h de prova a cada dia, em que estudantes estarão convivendo no mesmo espaço. Ainda, estudantes são jovens, muitos são assintomáticos, e sequer medir temperatura é eficaz. Do local de prova para fora, veremos transporte público lotado, aglomerações nas portas dos locais de provas, hospedagens recebendo estudantes de outras cidades… Todas situações descabidas para este momento de pico, em que tudo deveria estar sendo fechado e decretada quarentena”, disse Andressa em entrevista à Fórum.

“Em nenhum comunicado, seja administrativo seja jurídico, o governo respondeu como irá garantir que não haja contaminação em massa mantendo-se na agenda de fazer o Enem para 5,8 milhões de estudantes no pico da pandemia”, completou Andressa, que também é membra da Campanha Global pela Educação.

Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), também vai na mesma linha ao defender o adiamento da prova. “As provas do Enem não deveriam nem ter sido marcadas. Por diversos motivos. A pandemia que começou em março, fechou as escolas, dificultou os alunos que estavam terminando o Ensino Médio em 2020 de continuar seus estudos de forma adequada. A pandemia continua, estamos em um momento em que aumentaram os números e não há condições de garantir a segurança sanitária nesse país continental em todos os lugares em que serão realizadas as provas presenciais. O número reduzido por turmas continua sendo grande para o momento que estamos vivendo, e as salas não têm ambientes adequados para toda a demanda”, declarou, também em entrevista à Fórum.

Desigualdade

Além do risco de contágio, Araújo argumenta ainda que a realização do Enem agora culminará em uma desigualdade ainda maior no acesso universitário, visto que os estudantes mais pobres foram especialmente prejudicados pela pandemia.

“Há uma desigualdade na preparação dos estudantes para a prova que, de forma incoerente, incorreta, o Inep mantém para esse meio de janeiro. O Inep ligado a um governo negacionista, que nega a doença, que nega a vacina, que não tem interesse em cuidar da educação e que tampouco se importa com as desigualdades educacionais provocadas pela pandemia. O afastamento da sala de aula. Não podemos negar que essa falta das aulas presenciais trouxe desigualdades educacionais terríveis, principalmente para os mais pobres, que não têm equipamentos, não têm condições Não adianta colocar o esforço de uns e de outros em matérias jornalísticas para dizer que quando a pessoa quer ela consegue. Muitos querem e não têm condições nenhuma. Essa é uma maldade, um crime que se comete . Não podemos concordar”, pontuou.

Para Andressa Pellanda, a pandemia aprofundou as desigualdades educacionais que já existiam no país e a manutenção da data da prova do Enem em janeiro vai escancarar este fato.

“Esse processo aconteceu especialmente pela construção de políticas emergenciais descoladas da realidade dos estudantes, sem dar condições de acesso, permanência e qualidade para todos com equidade. Por conta disso, esse Enem será um reflexo dessa exclusão e marginalização dos grupos em maior situação de vulnerabilidade. Isso só mostra como as avaliações precisam estar pautadas nas políticas educacionais anteriores a ela e não o contrário, como muito se prega e se exerce equivocadamente”, explicou.

Emocional abalado

À Fórum, tanto o presidente da CNTE quanto a coordenadora da Campanha Nacional pelo Direito à Educação ainda chamaram a atenção para o aspecto emocional dos estudantes que, além das condições restritas com as quais se prepararam para a prova, também sofrem com a preocupação e a ansiedade que as mortes por Covid-19 provocam em qualquer pessoa.

“Voltamos a passar das mil mortes por dia, muitas dessas mortes são de jovens. Quando não são eles são pessoas próximas, parentes. Essa situação afeta emocionalmente os estudantes. E há, sim, receio de contaminar, morrer por conta do vírus, de levar o vírus para dentro de casa e contaminar familiares. Se esse governo inoperante mantiver as provas certamente haverá a ausência de muitos por conta da situação que está vivendo o país”, advertiu Heleno Araújo.

“Os estudantes estão já pressionados pelo momento de realização de vestibular, em situação dura de saúde mental por conta do ano que passou, e com medo de se contaminarem e levarem o vírus para familiares. Muitos estão tendo que escolher entre fazer o Enem ou a saúde de suas famílias. Os direitos humanos são indivisíveis e não podem competir entre si e as decisões profundamente equivocadas do governo estão fazendo milhões escolherem entre direito à educação e à saúde”, atestou Andressa Pellanda.

Nas redes sociais, cresce a campanha pelo adiamento da prova, através da hashtag #AdiaEnem, em que estudantes, professores, personalidades e artistas expressam preocupação com a manutenção da data da prova em janeiro.

Por hora, a realização do exame presencial permanece nos dias 17 e 24 de janeiro. A versão online da prova, que será feita por, no máximo, 50 mil candidatos, está marcada para os dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

 

Há um ano, a China registrava a primeira morte por covid-19 no mundo. Agora, o Brasil tem mais de 203 mil mortos e pior pode estar por vir

Matéria retirada da Rede Brasil Atual.

O Brasil acumula 203.580 mortes por covid-19 desde o início do surto no país, em março. Nas últimas 24 horas, foram 480 novas vítimas e 25.822 novos contaminados. De acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), 8.131.612 brasileiros já foram infectados com o coronavírus.

Às segundas-feiras, os indicadores da pandemia tendem a ser inferiores do que a média dos demais dias da semana, por conta da subnotificação devido ao menor número de testes e profissionais de saúde ativos no domingo. Esse represamento tende a ser corrigido nos dias seguintes. Estima-se cerca de 50 mil mortes a mais na realidade, de acordo com cálculos conservadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A última semana epidemiológica – entre 29 de dezembro e 4 de janeiro – registrou novos recordes do surto no país. Foi a semana com maior número de novos casos registrados desde o início da série, com 359.593 novos casos oficialmente registrados. Já em relação ao número de mortes, foram 6.906 em sete dias, maior número desde a semana do dia 16 de agosto, quando o país enfrentava o até então pico da pandemia. Agora, especialistas temem que o pior ainda esteja por vir. Aglomerações em festas de fim de ano devem resultar em uma explosão de casos e mortes nos próximos dias.

Em relação à média móvel epidemiológica, calculada a partir dos números dos últimos sete dias, o Brasil também vive seu pior momento em relação à transmissão do vírus. A média registrada de casos foi de 54.270, maior desde março. Já em relação aos mortos, 1.014; a primeira vez que o país ultrapassou as mil mortes médias desde o dia 26 de agosto.

Curvas epidemiológicas da covid-19 no Brasil em forte crescimento após o fim de ano. Fonte: Conass

Um ano

Hoje (11) completa-se um ano da primeira morte registrada por covid-19 no mundo. Foi um homem de 61 anos, na China, que contraiu o novo coronavírus na cidade de Wuhan, na província de Hubei, interior do país. Desde então, o país asiático controlou de forma efetiva a circulação do vírus e já vacina sua população de forma emergencial há seis meses. Como resultado, a China contabiliza 4.634 mortes em toda a história do surto; significativamente abaixo do que o Brasil registra por semana.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) conseguiu liberação de Pequim para enviar ao país uma missão de estudo sobre as origens da covid-19. Um grupo de dez pesquisadores chegará em Wuhan na quinta-feira (14), e será recebida por pesquisadores locais. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, comemorou o início das pesquisas. “Esperamos trabalhar em estreita colaboração com nossos colegas da China nesta missão crítica para identificar a fonte do vírus e sua rota de introdução na população humana”, disse.

Sem fim

O ano de 2021 começou com a esperança das vacinas contra a covid-19, que já deixa quase 2 milhões de mortos em todo o mundo. Enquanto cerca de 60 países já deram início à imunização com caráter emergencial, o Brasil segue com indefinições e barreiras pela má condução da crise pelo governo federal. Mesmo com a vacinação em curso em boa parte do mundo, a OMS descarta o controle do vírus ainda neste ano.

“Não vamos atingir nenhum nível de imunidade populacional ou imunidade coletiva em 2021”, disse a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan. Ela celebrou os rápidos avanços da ciência na elaboração de vacinas em tempo recorde na história da humanidade, mas destacou que por questões logísticas e de ampla disseminação do vírus, o mundo ainda deve demorar para controlar a doença.

Diante da realidade, a OMS segue com a recomendação de medidas de distanciamento social e uso de máscaras. Na última semana, a organização chegou a pedir para a Europa endurecer o isolamento. Inglaterra, Escócia e Portugal, por exemplo, registraram recordes de mortes pela doença. “Leva tempo para aumentar a produção de doses, não é só uma questão de milhões, mas estamos falando de bilhões de doses”, completou.

 

 

Depois de fechar a fábrica do ABC, montadora mantinha três unidades, que serão desativadas. Pelo menos 5 mil trabalhadores serão demitidos

Matéria retirada da Rede Brasil Atual. 

Foi também (o empresário americano Henry Ford) um dos pioneiros a acreditar no potencial de desenvolvimento do Brasil, tornando a Ford a primeira a produzir automóveis no país, em 1919, com o emblemático Modelo T. Começou assim essa riquíssima história escrita por profissionais dedicados e grandes produtos, que ajudam a contar o avanço social, econômico e cultural do Brasil nos últimos 100 anos. Assim a Ford conta a história de sua presença no país. O “Modelo T” começou a ser montado – ainda com peças importadas – em 1º de maio de 1919, em um galpão na Rua Florêncio de Abreu, região central de São Paulo. Pois nesta segunda-feira (11) a empresa anunciou o fim dessa história: a Ford vai encerrar neste ano a produção de veículos e fechar as três fábricas no Brasil.

A empresa passará a importar automóveis, principalmente da Argentina e do Uruguai, mantendo aqui um campo de provas e a sede administrativa para a América do Sul. São 6.200 funcionários no Brasil. Serão pelos menos 5 mil cortes, parte deles na Argentina.

ABC fechou em 2019

Em 2019, a montadora já havia desativado a fábrica mais antiga, de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. (A negociação foi concluída apenas em novembro do ano passado.) Desde então, mantinha unidades em Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE), nesta última para jipes da Troller.

As duas primeiras a Ford vai fechar imediatamente. “A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, diz o presidente e CEO da Ford, Jim Farley. Segundo ele, a companhia está “mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto”.

 

Foram registrados 483 mortes e 29.153 novos casos da doença no período de 24 horas, segundo o consórcio de imprensa

Matéria retirada do site da CUT.

 

À espera de um plano nacional de vacinação e da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso emergencial da imunização contra o novo coronavírus, o Brasil contabiliza 203.140 mortes e 8.104.823 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. Foram registrados 483 mortes e 29.153 novos casos da doença no período de 24 horas, segundo o consórcio de imprensa.

A Anvisa confirmou neste sábado (9) que a Fiocruz enviou todos os documentos para análise do uso emergencial da vacina contra o coronavírus e cobrou mais dados do Butantan. O posicionamento da agência reguladora foi feito após concluir a triagem inicial dos documentos submetidos pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan para o uso emergencial da vacina contra a Covid-19.

A checagem é uma conferência feita nas primeiras 24 horas para verificar se as informações essenciais sobre eficácia e resultados clínicos estão no processo para análise de uso emergencial pela equipe técnica da Vigilância Sanitária.

De acordo com a triagem feita pelos técnicos, o pedido da Fiocruz traz os documentos preliminares e essenciais para a avaliação detalhada da Agência. A partir de agora, a equipe técnica vai se aprofundar na análise dos dados e informações apresentadas.

Butantan anunciará amanhã eficácia geral da CoronaVac

O Instituto Butantan anunciará nesta terça-feira (12) a taxa eficácia geral da CoronaVac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e testada no Brasil pelo instituto paulista. A divulgação de novos dados da fase 3 dos testes do imunizante foi confirmada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e pelo secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, em entrevistas concedidas na manhã de hoje.

O Butantan apresentou à Anvisa na última sexta-feira (8), o pedido de uso emergencial da CoronaVac. Mas o órgão federal cobrou a submissão de mais dados e informações sobre o imunizante. Ontem, o instituto começou a enviar os documentos pendentes. O prazo previsto pela Anvisa para conceder ou não o registro de emergência é de dez dias.

Antes disso, pesquisadores e especialistas já haviam criticado uma suposta falta de transparência do governo estadual na divulgação dos dados. Eles cobram a divulgação da taxa de eficácia geral do imunizante, que consiste na comparação de quantas pessoas ficaram doentes entre os grupos de vacinados e daqueles que apenas receberam o placebo.

Covid no Brasil e estados

Enquanto a vacina não chega, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos sete dias foi de 1.016, a maior nos últimos cinco meses – desde 10 de agosto. Já em casos da doença, a média móvel nos últimos sete dias foi de 53.250 novos diagnósticos, recorde desde que os dados começaram a ser medidos.

O Brasil, que enfrenta a segunda onda da doença, só está atrás dos EUA, com maior número de mortes por coronavírus no mundo, e é o  terceiro em casos, abaixo dos Estados Unidos e da Índia

São Paulo é o estado com mais infecção e mortes. Neste domingo (10)  atingiu as marcas de 1.546.132 casos e 48.351 mortes. Minas Gerais é o segundo estado com maior número de infecções pelo coronavírus registradas (592.311 casos, 12.709 mortes), mas o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos contabilizados (460.927 casos e 26.749 mortes).

Belo Horizonte fecha o comércio

A capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, amanheceu com as portas do comércio fechadas nesta segunda-feira (11) para conter o avanço da pandemia. Lojas de rua e de shoppings estão fechadas. A exceção são as atividades consideradas “essenciais”, como padarias, supermercados e postos de combustíveis.

O fechamento foi anunciado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) na quarta-feira (6), e oficializado em um decreto, publicado na última sexta-feira (8). As medidas começam a valer a partir desta segunda (11), por tempo indeterminado.

Os dados mais atualizados mostram a situação de alerta na capital mineira, com 83,3% dos leitos de UTI ocupados e 1.938 mortes provocadas pela Covid-19 na cidade. Desde o início da pandemia, já foram notificadas 68.213 confirmações. A capital já teve 1.938 mortes provocadas pelo novo coronavírus.

 

 

 

200 mil mortos: a culpa é sua”, estampou a enorme faixa estendida em frente ao Palácio do Planalto nesta sexta-feira, dia 8, após o Brasil atingir a terrível marca de 200 mil mortes pela Covi-19, no movimento que aponta Bolsonaro como culpado pelos óbitos pela negligência do governo no combate à pandemia.

O mesmo governo que, até o momento, não apresentou um plano efetivo de vacinação. O pedido de “Impeachment já!” dividiu as palavras de ordem estampada nos cartazes com outro desejo urgente da população: “Vacina já!”.

Poderia ser evitado

Para acabar com tanto sofrimento é extremamente necessário que seja disponibilizado vacinas para toda população e cobraremos do governo federal a compra de vacinas e insumos necessários (seringas e agulhas) e a operacionalização do plano de vacinação contra a Covid-19”, disse, em nota, a direção Executiva Nacional da CUT.

Para a central, os 200 mil óbitos poderiam ser evitados “não fosse o descaso e omissão do governo federal em coordenar um plano nacional envolvendo estados e municípios no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus de forma efetiva e eficiente”. 

A CUT alerta que o país não pode continuar perdendo vidas como consequência do menosprezo, descaso, negacionismo e adoção de medidas que desconsideram as evidências científicas no controle e combate à pandemia por parte do governo federal.

No mundo, 17 milhões vacinados

A Cut Rio publicou no dia 8, no Facebook, ranking de doses aplicadas pelos países em relação à população. Israel, com 1,7 milhão de doses aplicadas, já vacinou quase 20% da população, lidera muito à frente e pretende imunizar todos os cidadãos vulneráveis ​​até o fim do mês. Estados Unidos (5,9 milhões de doses); China (4,5 milhões), e Reino Unido (1,3 milhão) lideram a lista quanto ao número de vacinas.

Fonte do gráfico: https://ourworldindata.org/covid-vaccinations

Mais de 17 milhões de doses foram aplicadas em todo o mundo, segundo o site “Our World in Data”. Até então, 47 países já tinham iniciado a vacinação e alguns já estavam na segunda dose do imunizante.

Na postagem, a CUT apontou: “Enquanto o mundo luta contra a covid-19, o Brasil segue sem vacina e sem seringa. Até quando vamos suportar um presidente genocida e um ministro que promove doença?”.

A saída é a vacina

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) reiterou, m documento emitido em dezembro, que não recomenda tratamento farmacológico precoce com qualquer medicamento (cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, ozônio por via retal, dióxido de cloro). Estudos clínicos até o momento não mostraram benefício. Alguns podem causar efeitos colaterais. A orientação é alinhada às recomendações de organismos sanitários nacionais e internacionais.

E reitera as “regras de ouro” que diminuem muito o risco de alguém ser infectado: máscara; distanciamento físico (1,5 metro); higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool gel a 70%; não participar de aglomerações; manter ambientes ventilados e paciente com sintomas de “resfriado” ou “gripe” em isolamento.  Por fim, a SBI conclui demonstrando otimismo sobre as vacinas, mas pondera: “É fundamental que tenhamos vacinas eficazes e seguras no Brasil nos próximos meses”.

Até quando?

O diretor da Divisão Médica do Hospital Clementino Fraga Filho, Alberto Chebabo é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e diz que, de fato, o documento da SBI reitera o fato de que não há tratamento precoce. Para ele, o mais importante são as regras de ouro e, claro, a vacina.

Ele lembra que, agora, há duas delas prontas, capazes de serem usadas: a CoronaVac, produzida pelo Butantã e a de Oxford, fabricada pela Fiocruz. Butantã e a Fiocruz solicitaram no dia 8, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorização emergencial de uso dos imunizantes. A Anvisa estima em 10 dias, a partir do pedido, o prazo para avaliação das vacinas. Mas a reposta pode sair antes:

Precisamos de todas as doses disponíveis, tanto da Fiocruz quanto do Butantã, para iniciar o processo de vacinação”, diz, destacando que o programa de imunização é nacional e não regionalizado, lembrando que já há contrato do Ministério de Saúde com o Butantã (assinado alguns dias antes) de compra de imunizantes. “A imunização vai começar da mesma forma em todo país de acordo com PNI”, avalia.

Isso é o mais importante e, de preferência, para iniciar rapidamente. Tem 17 milhões de pessoas vacinadas no mundo e nenhuma no Brasil. Até quando? As vacinas estão aí. Estrutura a gente tem. Os postos estão aí. Depende da Anvisa, do Ministério da Saúde e das empresas entregarem as vacinas. É a única solução até agora”, conclui.

No início de janeiro, o Ministério da Saúde informou que considera três datas para iniciar a vacinação: na melhor hipótese no dia 20 de janeiro; a segunda data seria entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro e o terceiro cenário, após 10 de fevereiro.

Governo tentou se apropriar

“A incúria (inércia, negligência) do Governo Federal não pode penalizar a diligência da administração estadual, a qual tentou se preparar de maneira expedita para a atual crise sanitária”, afirmou o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que impediu, em decisão cautelar no dia 8, a União de se apropriar dos insumos (como agulhas e seringas) contratados pelo estado de São Paulo.

A imprensa também noticiou, no dia 8, compromisso do prefeito do Rio, Eduardo Paes de adquirir 3,2 milhões de doses de vacina do Butantã e começar a ação no mesmo dia que São Paulo, no dia 25 de janeiro. A previsão, segundo a Secretaria de Saúde, é que a cidade tenha 450 pontos de vacinação e não descarta antecipar a data se o Programa Nacional de Imunização começar antes.

Medida provisória editada na quarta-feira estabelece que “toda vacina deverá obedecer ao Plano Nacional de Imunização”. O plano e a MP preveem que o início da vacinação se dará de forma simultânea em todos os estados e que a quantidade de doses distribuídas respeitará a proporcionalidade da população.

 

 

 

 

158 trabalhadores da UFRJ iniciaram o ano de 2021 em uma situação absurda e inexplicável: seus salários simplesmente não foram depositados. O prejuízo é incalculável: atraso nos pagamentos de despesas pessoais, insegurança e transtornos diversos.

O Sintufrj entrou em contato imediatamente com a PR-4, que nos relatou a existência de um problema na Caixa Econômica Federal que afetou servidores federais em todo o país. A UFRJ, através das PR-3 e PR-4, divulgou uma orientação aos trabalhadores que foram prejudicados e solicitou a reapresentação dos pagamentos. A previsão é de realização dos pagamentos em até 72h úteis.

O Sintufrj segue empenhado em solucionar o problema e o departamento jurídico do nosso sindicato está estudando as medidas cabíveis para reparar o dano causado aos servidores. É revoltante que a vida das pessoas seja afetada dessa forma!

Por fim, repudiamos a política de sucateamento da Caixa Econômica Federal implementada pelo governo Bolsonaro, que já manifestou por diversas vezes a intenção de privatizar os bancos públicos, prejudicando os trabalhadores e inviabilizando a execução de políticas sociais que tem na CEF um vetor fundamental.

Direção do Sintufrj
Gestão Ressignificar

Em apenas 15 dias o índice de brasileiros que rejeitam o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) subiu de 46% para 52%. Os que reprovam sua atuação como chefe do Executivo está em 44%, dentro da margem de erro

Matéria retirada do site da CUT. 

Começou mal a avaliação dos brasileiros sobre a o governo e atuação de Jair Bolsonaro (ex-PSL), em 2021. Em apenas 15 dias, subiu em seis pontos percentuais o número de brasileiros e brasileiras que desaprova seu governo. A taxa que era de 46% aumentou para 52%. É a maior desde a série do PoderData, iniciada em junho de 2020.

Já a aprovação ao governo ficou dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. A taxa oscilou negativamente 3 pontos percentuais: de 47% para 44%. A nova pesquisa foi realizada de 4 a 6 de janeiro.

Nordestinos, os que têm ensino superior e maior renda são os que mais rejeitam governo

A rejeição ao governo Bolsonaro segue maior entre os nordestinos e a população com ensino superior e maior renda. 67% dos que têm maior escolaridade , 63% da população do Nordeste e 70% dos que ganham de 5 a 10 salários mínimos têm as maiores taxas de desaprovação.

Os que cursaram até o ensino fundamental (54%) e os moradores da região Norte (73%) são, proporcionalmente, os que mais aprovam a administração.

Os mais ricos continuam com as mais altas taxas de rejeição a Bolsonaro.

Aumenta também a rejeição à atuação de Bolsonaro como chefe do Executivo

O DataPoder perguntou aos pesquisados tanto a avaliação sobre o governo Bolsonaro como sobre a atuação do trabalho dele como presidente da República. Neste último quesito, os pesquisadores perguntaram o que os entrevistados acham do trabalho de Bolsonaro como presidente: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo.

Sobre a atuação de Bolsonaro como chefe do Executivo, 44% a rejeitaram – dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais para cima desde o último levantamento. A aprovação caiu de 39% para 35%.

A rejeição ao trabalho de Bolsonaro subiu 7% em um mês, entre os desempregados ou sem renda fixa  e se igualou à média geral. Enquanto os mais ricos continuam com as mais altas taxas de rejeição a Bolsonaro.

Edson Rimonatto

Entendendo os 18% que consideram Bolsonaro regular 

O PoderData detalhou a avalição dos 18% dos entrevistados que consideram  o trabalho de Bolsonaro regular. Segundo o instituto de pesquisa,  é perguntado aos  eleitores como avaliam o trabalho do governante. As respostas podem ser: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. Para os pesquisadores, quem considera a atuação “regular” é uma incógnita.

Para entender qual é a real opinião dessas pessoas, o PoderData faz um cruzamento das respostas desse grupo com os que aprovam ou desaprovam o governo como um todo.

Os resultados mostram que 59% desse grupo dizem desaprovar o governo quando dadas apenas duas opções. Um aumento de 15% em relação a ultima pesquisa (34%). Os que aprovam também caíram de 45% para 39%.

Só 1% do grupo, quando dadas apenas duas opções (aprova ou desaprova), não soube responder. Há 15 dias, eram 21%. Esse é o percentual de pessoas sem posicionamento claro.

A pesquisa foi  realizada de 4 a 6 de janeiro e ouviu por telefones fixos e celulares , 2.500 pessoas em 518 municípios, de 27 estados. Adivulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.