“Universidade Viva” é o tema do Festival do Conhecimento, evento organizado pela UFRJ que começa na terça-feira (14) e se estende até sexta, 24 de julho. Serão mais de duas mil atividades gravadas e transmitidas digitalmente. Apesar da pandemia da Covid-19, este é um ano especial para a UFRJ, que celebrará 100 anos de existência.

O Sintufrj participará do encontro com temáticas voltadas ao engajamento dos técnicos-administrativos em educação no novo normal, ou seja, à vida depois da passagem do coronavírus.

“A pandemia nos colocou em isolamento social. De uma hora para outra tivemos que nos adequar às novas tecnologias como meio de comunicação para trabalhar e desempenhar outras tarefas necessárias à vida. O mundo virtual se descortinou à nossa frente. Sendo assim, enquanto entidade sindical não poderíamos nos furtar a levar para a nossa categoria algumas temáticas que consideramos essencial e que vão nortear o nosso trabalho em um futuro nem tão distante assim”, afirmou a coordenadora de Comunicação do Sintufrj, Marisa Araújo, sobre a participação do Sindicato no projeto proposto pela Reitoria.

Segundo antecipou a dirigente, o Sintufrj pretende levar para o Festival do Conhecimento discussões e reflexões sobre temáticas que foram discutidas nos últimos meses e que mexem com o fazer dos técnicos-administrativos. O Sintufrj realizará quatro atividades em dias intercalados. “Contamos com a participação das trabalhadoras e trabalhadores em educação, porque trataremos de temas que são cruciais para as nossas atividades de trabalho na universidade e para a sociedade”, convida Marisa.

Programação

▪️”Trabalho remoto na UFRJ: balanço e perspectivas” – dia 15 (quarta-feira), das 17h às 19h.

▪️”Novos atores na cena universitária” – dia 17 (sexta-feira), das 11h30 às 13h30.

▪️”Saúde mental do trabalhador(a) na pandemia” – dia 22 (quarta-feira), das 17h às 19h.

▪️”Recortes raciais da sociedade em debate” – dia 24 (sexta-feira), das 17h às 19h.

Trabalho remoto

Este é um tema recorrente na universidade, discutido em várias sessões do Consuni, através de lives e por grupos de trabalho. O assunto se tornou crucial para todos os três segmentos em consequência da instrução normativa publicada pelo governo federal exigindo confirmação de frequência durante a pandemia, por meio de um código a ser lançado no
sistema, acarretando perda de benefícios aos servidores.
“Trabalhar em casa tem suas consequências e muitos de nós não estão observando isso. As tarefas se tornaram individualizadas, estamos fisicamente distante de nossas unidades e, principalmente, das companheiras e companheiros”, chama atenção Marisa.

Novos atores

Nestes 100 anos de UFRJ, os técnico-administrativos em educação, com muita luta, foram deixando para trás a condição de alienação e subalternidade, e adquirindo a consciência de que são essenciais para a organização e realização das atividades acadêmicas.

Nos últimos anos vários servidores ingressaram na universidade através de concursos públicos, resultado de uma das muitas lutas importantes vitoriosas da categoria. Ao mesmo tempo em que os recém-concursados vão chegando, centenas de companheiras e companheiros que fizeram a história da categoria na UFRJ vão se aposentando.
“Precisamos discutir e ressignificar o papel destes servidores recém ingressos para novos desafios. Eles precisam estar preparados para dar continuidade às lutas por conquistas econômicas, sociais e por respeito e dignidade”, afirma a coordenadora do Sintufrj.

Saúde mental

“Sempre estivemos expostos a diversos fatores nos nossos ambientes de trabalho e muitas vezes levam ao adoecimento. Por imposição de um vírus agressivo e letal, fomos forçados a adotar o isolamento social. Há mais de quatro meses estamos com familiares ou sozinhos, mergulhados com nossas ansiedades, medos e inseguranças. Se anteriormente já convivíamos com esses problemas, eles aumentaram significativamente nesse período de quarentena. Nossa proposta orientar os nossos servidores sobre como lidar com essa situação, tentando manter o equilíbrio mental”, explica Marisa porque o tema foi pautado pelo Sintufrj para o Festival do Conhecimento.

Racismo

“Estamos com um governo fascista e de extrema direita, que não esconde a sua ideologia política e acentua ainda mais a diferença entre a elite e o povo pobre e negro (a). Com sua posição negacionista em relação à Covid-19, estamos vendo uma parcela significativa da população adoecendo e vinda a óbito. A grande maioria das vítimas do vírus é pobre e preto.

É fundamental compreender o aspecto racial das relações, desde a ausência de negros nos espaços de poder, como na política institucional, a política de cotas raciais nas universidades e a invisibilidade e demonização da cultura e das religiões de matriz africana, por exemplo. Convidamos pessoas que discutem várias nuances sobre o tema para pensarmos juntos sobre o racismo, suas origens e efeitos em diversos aspectos da vida. Com essas preocupações trataremos sobre essa importante questão no Festival do Conhecimento”, antecipa Marisa.

 

A reitora da UFRJ assumiu publicamente na sessão do Conselho Universitário o compromisso de no início da semana se reunir com representantes da associação dos terceirizados para discutir a situação desses trabalhadores que se agravou desde o início da pandemia.

“Vamos contatar a Attufrj (a associação dos terceirizados)  para amarrar a reunião para o início da próxima semana” garantiu Denise Pires, na quinta-feira 9.

Os terceirizados enviaram ofício ao pró-reitor de Gestão e Governança, André Esteves, em 29 de junho para relatar procedimento das empresas que prestam serviços à universidade. Segundo dirigentes da associação, eles têm buscado a intermediação da pró-reitoria em busca de solução para os impasses, mas não obtiveram sucesso até o momento.

“Há tempos a UFRJ vem sofrendo um desgaste grande com os terceirizados porque as empresas não respeitam os direitos dos trabalhadores. Há casos de pessoas que trabalham há 25 anos na UFRJ e não têm sequer  Fundo de Garantia, que é o sonho de todo trabalhador  para poder comprar sua casa própria. As terceirizadas não cumprem com suas obrigações trabalhistas, abandonando a universidade nesta situação”, relatou o dirigente da Attufrj Robson Carvalho.

Drama sem fim

“Nós ficamos praticamente enxugando gelo e limpando carvão”, disse Robson para justificar o pedido de reunião com a reitora.  “Gostaríamos de marcar uma reunião com a senhora para debater isso de modo mais profundo, para melhor a qualidade do nosso trabalho e para que a universidade não venha a ter mais esse desgaste. É ruim para a UFRJ como é para nós, trabalhadores. Há caso de pessoas doentes por que sofrem todo tipo de assédio moral. Desde já agradeço e desculpe alguma coisa”, finalizou o dirigente da Attufrj seu depoimento.

Aliás, já se tornou rotina no Consuni , há várias gestões da Administração Central, os terceirizados compartilharem como são explorados pelas empresas contratadas pela UFRJ e ao mesmo tempo pedirem a intervenção da Reitoria para que os abusos desses empresários cessem.

Ajuda

A Attufrj agradeceu ao Sintufrj, Adufrj e ao DCE Mário Prata pela ajuda material e apoio político que essas entidades estão dando aos terceirizados.  “Eles estão nos apoiando nesta luta e já distribuíram cerca de 300 cestas básicas aos terceirizados sem salários e aos demitidos. Mais uma vez, Robson denunciou que foi demitido por perseguição política: “Não só eu, mas alguns outros colegas também. Tenho testemunho do fiscal de contrato, relatando meu bom trabalho. Nós gostaríamos que a Reitoria revisse essa situação da demissão e a perseguição por prestarmos  um bom trabalho à universidade. Até segunda ordem não temos nenhuma infração cometida”.

A COVARDIA de empresas submete trabalhadores a condições inaceitáveis de precarização

 

 

O presidente fez uma postagem no Facebook confirmando a indicação

Matéria retirada do site da Revista Fórum

O presidente Jair Bolsonaro confirmou em suas redes sociais que o pastor Milton Ribeiro, da Igreja Presbiteriana, foi indicado por ele para comandar o Ministério da Educação.

“Indiquei o Professor Milton Ribeiro para ser o titular do Ministério da Educação”, escreveu o presidente.

“Doutor em Educação pela USP, mestre em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e graduado em Direito e Teologia. Desde maio de 2019, é membro da Comissão de Ética da Presidência da República”, disse ainda.

A nomeação do novo ministro já foi publicada no Diário Oficial, em edição extra: “O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,caput, inciso I, da Constituição, resolve NOMEAR MILTON RIBEIRO, para exercer o cargo de Ministro de Estado da Educação”.

Ribeiro chega ao MEC após a fuga de Abraham Weintraub para os Estados Unidos e a curta passagem de Carlos Alberto Decotelli, que ficou apenas 5 dias no posto e sequer tomou posse.

Apesar de ser pastor, o novo ministro não seria uma indicação da bancada evangélica da Câmara. Essa bancada foi uma das responsáveis pela erosão da indicação de Renato Feder, que sofreu pressões também da ala olavista do governo – um dossiê teria sido preparado pelos seguidores de Olavo de Carvalho.

Em nota, Ribeiro pregou um “pacto nacional pela qualidade da educação em todos os níveis”. “Precisamos de todos: da classe política, academia, estudantes, suas famílias e da sociedade em geral. Esse ideal deve nos unir”, afirmou.

“Acredito ser hora de darmos atenção especial à educação básica, fundamental e ao ensino profissionalizante. Ao mesmo tempo devemos incrementar o ensino superior e a pesquisa científica. Atuaremos em articulação com os Estados, Municípios e seus gestores para mudar a história da educação do nosso país”, disse ainda.

 

Diante da aprovação pelo Conselho Universitário do calendário acadêmico, foi ligado o alerta entre trabalhadores preocupados com eventuais pressões para o exercício de tarefas presenciais em algumas unidades. A preocupação foi manifestada no plenário virtual do Consuni pela dirigente do Sintufrj e integrante da bancada de técnicos-administrativos Joana de Angelis.
“Como será isso? Cada unidade tem suas especificidades e por conta disso caberá a cada uma determinar o que é essencial para o retorno neste momento? Quais trabalhadores  deverão desenvolver atividades de forma presencial, dando suporte para este calendário? Algumas unidades estão conversando com servidores e preparando de que forma vai acontecer. Outras estão chamando o retorno das atividades sem critério ou  discussão”, afirmou a dirigente.

Na sua intervenção, Joana de Angelis convocou todos os trabalhadores que estavam acompanhando a sessão do Consuni a participarem das instâncias deliberativas das unidades e centros e, assim, debater a questão.

Ela destacou na sessão do conselho: “É essencial que o processo possa se dar sem deixar ninguém para trás e mantendo a garantia de proteção da vida de trabalhadores e trabalhadoras”.

Outro integrante da bancada de técnicos-administrativos, Francisco de Paula, disse que há relatos segundo os quais unidades estão informando que as atividades presenciais serão retomadas a partir de agosto.

A reitora Denise Pires disse que não tinha chegado a ela nenhuma informação sobre esse tipo de atitude. E foi enfática: “Reiteramos que não é essa a orientação da Reitoria da UFRJ”, disse, com ênfase, explicando que o plano de Contingência da UFRJ está no site Coronavírus da UFRJ e é balizador das decisões neste momento de pandemia. A reitora acrescentou que as referências para tomadas de decisões na universidade nesse período de crise sanitária são os GT Covid e o GT Pós-Pandemia que se orientados por critérios científicos. Ensino remoto não pressupõe trabalho presencial, deixou claro.

O coordenador do GT Pós-Pandemia e pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, Eduardo Raupp, explicou que o GT tem subgrupos temáticos que se dedicam à biossegurança, mobilidade, condições de trabalho, entre outros temas. E que não há nenhuma ordem diferente do que foi previsto no início da pandemia. A discussão relativa aos calendários dizem respeito à retomada de ensino exclusivamente remoto, lembrou.

“Não há qualquer alteração neste sentido”, disse Raupp, sustentando que as atividades presenciais são restritas e que a orientação da reitoria é amparada pela resolução aprovada pelo Conselho Universitário sobre o trabalho remoto.

Aulas remotas
A proposta de calendário das aulas remotas apresentadas pelos conselhos de graduação (CEG) e pós-graduação (CEPG) foram acatadas e transformadas em resolução do Consuni.

A preocupação com garantias para que todos os alunos tenham acesso aos recursos digitais foi transformada em item da resolução do conselho: o calendário das aulas de graduação poderá ser adiado caso a inclusão digital de todos os estudantes não esteja integralmente resolvida.

O chamado Período Letivo Excepcional (PLE) terá a duração de 12 semanas para a graduação. Tem início previsto em 10 de agosto e se estenderá 31 de outubro. As atividades na pós-graduação terão datas diferentes. Começam, em sua maioria, em 3 de agosto. O calendário foi adequado a cursos trimestrais que já funcionam desde 6 de julho.

Também alguns cursos de graduação, no entanto, terão seu início antecipado para a próxima segunda-feira, dia 13, segundo autorizou o Consuni. São eles os cursos de Medicina, Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (todos da Faculdade de Medicina no campus do Fundão) e de Medicina em Macaé.

 

 

Será nas redes e nas ruas, com máscaras, distanciamento social e uso de álcool em gel, simbólicas, mas de peso, fortes na mensagem. Vamos mostrar ao mundo porque queremos Bolsonaro fora do governo

Matéria retirada do site da CUT. 

Sexta-feira (10) é dia Nacional de Mobilização pelo #ForaBolsonaro, com ações concentradas nas redes sociais e ações simbólicas nas ruas para preservar vidas e conter a disseminação do novo coronavírus (Covid-19), mas de peso, fortes na mensagem.

É dia de pedir a saída de Jair Bolsonaro e todos os membros de seu governo que tem levado o país para a triste marca de milhares de mortos e milhões de infectados pela Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

É dia de reivindicar a saída de Bolsonaro e sua turma do comando do Brasil para por fim a onda de retirada de direitos, as ações de estímulo ao  desmatamento, os ataques à cultura, à saúde e a educação, as empresas estatais que eles querem vender a preço de banana, e tantas outras perversidades.

Sexta-feira é dia de mostrar ao governo, ao Congresso Nacional, à sociedade brasileira e ao mundo que estamos dando um basta e isso pode ser feito com ações sem aglomeração como a colocação de cruzes em pontos estratégicos e turísticos das cidades, colocação de faixas e cartazes #ForaBolsonaro em locais de grande visibilidade, como as CUTs Estaduais e entidades filiadas já veem fazendo e tantas outras ações.

Até esta quinta-feira (9), as entidades podem o gravar um vídeo de, no máximo, 1 minuto dizendo porquê precisamos tirar Bolsonaro e seus comandados do poder, usando sempre a tag #ForaBolsonaro

Exemplo: “Eu quero o ‘Fora, Bolsonaro’ porque o Brasil está à deriva e estamos há mais de 50 dias sem ministro da saúde no momento que a crise do coronavírus se aprofunda com milhares de mortos”.

Esses vídeos serão publicados no Portal CUT, onde atualizaremos com os informes de atividades e colocaremos materiais da campanha, cards, spots par rádio e carros de som, vídeos tutoriais para apoiar as manifestações a fazer stencil e cruz para levar para as manifestações.

É muito importante que esses materiais sejam veiculados nas páginas, perfis e sites de todas as entidades CUTistas e também que a marca da campanha no Facebook seja divulgada no site da sua entidade para que as pessoas possam colocar o #ForaBolsonaro em sua foto de perfil.

Nâo esqueça também de publicar cards de convocação do panelaço, às 20h do dia 10, e também do inicio, as 11h do dia 10, da ação nas redes com a tag #ForaBolsonaro, que também estão no PortalCUT.

Também é fundamental que as entidades façam outros materiais de comunicação falando sobre a necessidade de tirar o Bolsonaro usando a identidade da campanha, mas explorando os símbolos e segmentos que representam. Exemplo: Mulheres pelo #ForaBolsonaro, Trabalhadoras e Trabalhadores da Saúde pelo #ForaBolsonaro etc.

Sobre os vídeos para divulgação do ato #ForaBolsonaro, confira aqui uma breve sugestão de roteiro:

  1. Use a câmera na horizontal, de preferência fixada em algum lugar. Esteja em um local silencioso e bem iluminado. Procure o melhor enquadramento para seu rosto.
  2. Se apresente. Diga seu nome, seu estado, seu ramo/sindicato e sua função na Executiva da CUT (se for o caso.).
  3. Convoque os sindicatos e sindicalistas do seu estado e/ou do seu ramo a participarem e realizarem ações simbólicas nessa sexta-feira dia 10 de julho, Dia Nacional de Mobilização Fora Bolsonaro.
  4. Se souber, diga o que será feito no seu estado, pelo seu ramo ou sindicato nessa data. Isso é importante pois ajuda a dar concretude para nossa mobilização.
  5. Conclua explicando porque para a CUT, para seu estado ou para seu ramo é importante e urgente dar um fim ao governo Bolsonaro.
  6. Não esqueça, o vídeo tem de ter, no máximo, um minuto.

Envie o vídeo diretamente para comunicaçao@cut.org.br ou nos passe pelo WhatsApp. De preferência faça isso hoje para que a SECOM tenha tempo para editar e distribuir seu vídeo.

 

A reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, oficializou comunicado sobre Resolução do Conselho Universitário (07/2020) acerca dos critérios de organização do trabalho remoto. Voltou a esclarecer (agora, por escrito) que um texto da Procuradoria sobre o assunto era opinião sem valor jurídico

CLIQUE AQUI PARA LER O COMUNICADO DA REITORIA SOBRE RESOLUÇÃO 07/2020 DO CONSUNI

Equipamento criado por pesquisadores no Laboratório de Engenharia Pulmonar e Cardiovascular tem valor mais de dez vezes menos do que o ventilador convencional

Foram concluídos com êxito os testes com o ventilador pulmonar desenvolvido por pesquisadores do Programa de Engenharia Biomédica (PEB) da Coppe/UFRJ. O equipamento foi testado em pacientes de covid-19 internados no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) vítimas de crise respiratória aguda.

Em relação ao valor, o ventilador criado no Laboratório de Engenharia Pulmonar e Cardiovascular da universidade é infinitamente mais em conta. Calcula-se que Ventilador de Exceção para a Covid-19 (VInCo) – (como é chamado o equipamento da UFRJ) – custa R$ 8,5 mil, enquanto o mercado cobra cerca de R$ 100 mil para o ventilador convencional.

Os pesquisadores desenharam unidades para produção em massa, simples e rápida. A meta é produzir mil aparelhos em um mês.

Antes da testagem em pacientes, foram realizados testes in vitro e os resultados submetidos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para obtenção do parecer da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) – que também exigiu testes prévios em animais.

Financiamento

Para que a produção em massa se inicie, são necessários recursos para que as peças sejam compradas. A Fundação Coppetec lançou a campanha receber doações através de depósito bancário, pelo Banco do Brasil – Agência: 2234-9, conta: 55.622-X. CNPJ: 72.060.999/0001-75.

Além disso, a Assembleia Legislativa (Alerj) aprovou, no dia 30 de abril, projeto de lei que permite a destinação de R$ 5 milhões para a produção do VexCo, mas os recursos ainda não chegaram. Este era o valor previsto em contrato para a produção de mil aparelhos para instituições públicas do Estado do Rio, mas, com o passar do tempo, o custo aumentou, está em torno de R$ 7 mil. Portanto, captar recursos é fundamental.

NO PROGRAMA de Engenharia Biomédica (PEB) da Coppe/UFRJ, ventilador pulmonar mais barato e para a produção em massa foi desenvolvido por pesquisadores

 

Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), enquete realizada pelo próprio ministério apontou que a maioria dos participantes preferia provas em maio

Matéria retirada do site Rede Brasil Atual.

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), anunciaram hoje (8) o calendário de provas referentes a 2020. Os exames serão aplicados entre os meses de janeiro e fevereiro do próximo ano. O anúncio foi feito pelo secretário-executivo do MECAntonio Paulo Vogel, e o presidente do Inep, Alexandre Lopes, durante entrevista coletiva, em Brasília.

De acordo com Vogel e com Lopes, os 5,7 milhões de estudantes inscritos para as provas impressas farão o teste em 17 e 24 de janeiro. Já os 96 mil inscritos na modalidade digital, em 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Os resultados serão divulgados a partir de 29 de março.

Conforme Vogel, a decisão pode não ser “perfeita e maravilhosa para todos”, mas a decisão foi “técnica” e mais adequada para todos, já que foi necessário articular o calendário com estados e universidades”, disse, referindo a uma enquete que apontou que a maioria dos participantes votou no mês de maio. Mas o governo acredita que o calendário não prejudicará os aprovados quanto ao ingresso nas universidades ainda no primeiro semestre.

O secretário-executivo argumentou que, caso as provas ficassem para maio, os estudantes perderiam o primeiro semestre, já que entrariam somente no segundo semestre na universidade. Segundo o Inep, as questões já estavam prontas mesmo antes de o novo coronavírus chegar ao país.

Desprezo

Se dependesse do ministério, as provas seriam feitas em novembro. Mas houve forte pressão de estudantes e professores, argumentando que a maioria dos alunos seriam penalizados. A maioria não tem acesso a internet e nem lugar adequado para estudar em casa. Com isso, aumentaria a desigualdade no acesso às universidades. Diante da intransigência do governo, houve questionamento judicial e o caso foi parar no Congresso, que votou pelo adiamento.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) criticou o calendário adotado. “A divulgação das novas datas para o ENEM 2020 escolhidas pelo MEC (17 e 24 de Janeiro) só demonstram como eles tratam a opinião dos estudantes: com desprezo! Não escutaram as entidades estudantis em nenhum momento e ignoraram o resultado da consulta que eles mesmos fizeram!”, afirmou o presidente da entidade, Iago Montalvão, por meio do Twitter.

“É claro que a opinião de reitores e secretários de Educação é importante. Mas o MEC decidiu não ouvir os principais envolvidos na decisão das novas datas do ENEM: os estudantes. É assim que esse governo fala em democracia.”

 

 

Ocorrências durante esse período de pandemia estão praticamente zeradas no campus do Fundão

A equipe efetiva da Divisão de Segurança (Diseg) da UFRJ que reúne 80 servidores, mesmo tendo 70% incluídos no grupo de risco, montou um esquema de plantão diário para cuidar da segurança daqueles que estão em trabalho presencial na UFRJ e proteger o patrimônio da universidade. O patrulhamento do campus está sendo feito pelos policiais do projeto Rio + Seguro, de acordo com o convênio feito entre a UFRJ e a Prefeitura do Rio.

“Organizamos bem o trabalho, mesmo tendo a maioria do quadro de servidores com idade acima de 60 anos, diabéticos, outros que sofreram infarte e/ou tiveram câncer. São cinco vigilantes por dia. Três para cuidar das ocorrências, um de plantão na sede, e dois para socorrer casos de emergência. O pessoal da velha guarda, apesar da idade, segura bem o rojão”, informa o coordenador de Segurança da Diseg, Jorge Trupiano.

Em relação as ocorrências, Trupiano relata que o índice está praticamente zerado nesse período de pandemia. “A universidade está vazia. Nem cracudo aparece. O índice é quase zero. E quando ocorre algo é pontual. Um roubo de carro na Ponte do Saber, por exemplo”. E quando acontece (um roubo de carro, por exemplo) pode sugerir que a universidade está abandonada, “o que não é o caso”, diz o coordenador da Diseg.

Depredação

Em relação a questão de abandono, Trupiano lamenta a situação do Campo de Rugby. Construído para as Olimpíadas na Cidade Universitária,  a praça de esportes está abandonada e sendo depredada gradualmente.

“Na madrugada vem gente com carro, para na parte do campo próximo ao Mangue e leva as grades que o circundam. Roubaram 10 grades e holofotes. Isso vinha ocorrendo devagar, mas com a pandemia se acentuou. Já pedimos a pró-reitoria de Gestão e Governança (PR-6) a criação de um posto de observação ali, mas até agora nada. Com a pandemia tudo ficou mais difícil para resolvermos problemas como esse”, conta Trupiano.

“É muito triste ver um local tão bonito e que poderia ser usado pela universidade, comunidade e a sociedade, sendo vandalizado. Depredado. O monitoramento das câmeras não está funcionando, pouquíssimas  funcionam”, relata a coordenadora do Sintufrj, Noemi Andrade, que é vigilante da UFRJ.

O problema do Campo de Rugby é similar ao da Ponte do Saber. Um jogo de empurra das autoridades responsáveis. A universidade não tem verba para manter o campo e a Associação de Rugby não quer se comprometer. Quer usar o campo, mas resiste a assumir sua manutenção. A pendenga já foi motivo de reuniões entre a Administração Central da Universidade e a Associação de Rugy sem se chegar a uma solução.

Sobre a situação de infraestrutura e condições de trabalho, uma outra batalha enfrentada pela Diseg, Trupiano afirma que o Prefeito da UFRJ, Marcos Maldonado, tem dado todo o apoio. “Toda semana nos manda álcool em gel, máscaras e luvas. Além disso, recuperou cinco carros para trabalharmos e melhorou as condições de habitabilidade da sede”.

 

 

 

 

 

Entrevista

O serviço de fisioterapia do hospital conta no quadro permanente com nove profissionais concursados e 23 no regime de extraquadro. Para atender este período excepcional de pandemia foram contratados mais 66 fisioterapeutas

A pandemia do coronavírus pôs em evidência o trabalho de um profissional que se tornou essencial para a recuperação dos pacientes da Covid-19. São os fisioterapeutas intensivistas e/ou respiratórios, que sempre atuaram nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e atualmente fazem parte da equipe de combate à doença viral.

Sara Lucia Silveira e Menezes chefia o Serviço de Fisioterapia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho desde 2017, ela é docente do Curso de Fisioterapia da UFRJ há 22 anos e atualmente atua como professora associada III.

“Minha prática assistencial e supervisão de estágio sempre foi realizada no Serviço de Fisioterapia do HUCFF. Fui convidada para assumir a chefia do serviço pelo ex-diretor Leôncio Feitosa e “fiquei muito feliz por ser convidada a continuar após a eleição do professor  Marcos Freire.”

Quantos profissionais fisioterapeutas atuam no HUCFF?

Sara: O Serviço de Fisioterapia do HUCFF possui apenas nove  profissionais concursados (RJU) e 23 fisioterapeutas no regime extraquadro com um déficit de aproximadamente 80 profissionais para atender o quantitativo de leitos existentes atualmente.

Como está sendo feita a divisão de trabalho durante a pandemia do coronavírus?

Sara: Nesta pandemia, foi necessário a contratação de mais 66 profissionais, totalizando 98 fisioterapeutas, que foram divididos no atendimento de Enfermaria Covid e Enfermaria não Covid,  CTIs Covid e CTI não Covid por 24 horas e durante todos os dias da semana.

Em que momento os internos com a Covid-19 passam a ser atendidos pelos fisioterapeutas?

Sara: O fisioterapeuta inicia sua atuação já no momento de chegada do paciente na emergência, quando é necessário ajustar o fluxo de oxigênio para atingir uma saturação entre 92-100%. O profissional então faz a opção entre cateter nasal ou máscara sem reinalação com bolsa reservatório e, dependendo da condição respiratória do paciente, já inicia um posicionamento denominado “pronação ativa”, ou seja, colocar o paciente em decúbito ventral com o objetivo de melhorar a função respiratória.

Caso não ocorra resposta e a insuficiência respiratória se instale, o paciente é entubado pelo médico. Neste momento, o fisioterapeuta ajusta o “respirador”com padrões específicos para cada paciente, como fluxo, pressão e volume, e irá seguir um processo específico para cada paciente para que de forma gradual ele reassuma sua respiração, quando então ocorrerá o desmame e a extubação (retirada do aparelho e do tubo) pelo fisioterapeuta.

Os pacientes com a Covid-19 permanecem internados na UTI de 15 a 30 dias, o que provoca perda significativa de massa muscular, apesar de realizar diariamente a fisioterapia voltada para o sistema neuromuscular. A fraqueza muscular é tão grande que alguns não conseguem sequer permanecer sentado no leito.

O que a fisioterapia faz pelo paciente da Covid-19 após a saída do CTI?

Sara: Após resolvido a insuficiência respiratória, com o paciente sendo capaz de respirar sozinho e clinicamente estável, ele tem alta do CTI e deseja ir embora do hospital o mais rápido possível. Porém, o fato de estarem extremamente fracos, sem condições de andar, uma das opções seria o uso de cadeira de rodas, o que criaria um grave problema social. Porque a maioria não têm em suas residências espaços adequados para a movimentação da cadeira de rodas, além de necessitar de cuidadores, tornando-se uma pessoa dependente para todas as suas atividades de vida diária.

Por isso o Serviço de Fisioterapia do HUCFF elaborou um protocolo de exercícios específicos para esta condição do paciente, que são orientados individualmente, respeitando a fase de déficit de atividade física de cada indivíduo. Este protocolo é coordenado pela fisioterapeuta Ana Paula da Costa Andrade, sendo realizado diariamente em uma enfermaria específica para pacientes pós Covid. Apesar da enorme vontade de ir embora assim que saem do CTI, os pacientes reconhecem que estão fracos  e participam ativamente dos exercícios, que visam recuperar a força muscular e os movimentos.

Os pacientes são avaliados por testes e questionários organizados pelo chefe da Internação da Fisioterapia, professor  Fernando Guimarães, no momento da internação na enfermaria e no momento da alta para que possamos comprovar cientificamente a melhora deles. São realizadas diversas técnicas fisioterapêuticas visando o controle do tronco, fortalecimento dos braços, a permanência em pé, equilíbrio, deambular com apoio e finalmente se ele pode deambular sozinho.

PACIENTE sendo atendido por fisioterapeuta no Hospital do Fundão fazendo exercícios de recuperação

Se esse paciente não fosse tratado pelo fisioterapeuta, como se daria a recuperação dele?

Sara: A recuperação dele seria muito lenta e ele conviveria com as sequelas pós-internação (fraqueza muscular e respiratória, fadiga, alterações de sensibilidade). O desuso da musculatura trazem graves consequências impedindo o paciente de realizar as atividades básicas, como comer e andar, tornando-os dependentes de seus familiares. O imobilismo leva a atrofia muscular, úlcera de pressão, trombose venosa profunda, atelectasias, retenção de secreção que pode propiciar o aparecimento de pneumonias que cria um círculo vicioso, exigindo nova internação destes pacientes.

Quais são as condições de trabalho dos fisioterapeutas neste momento no HUCFF? Eles contam com equipamentos especiais, espaço para repouso, com troca de uniforme, etc?

Sara: Todos os 98 fisioterapeutas que estão atuando dentro do HUCFF neste momento, possuem adequadas condições de trabalho, com espaço de repouso e equipamentos de proteção individual sem restrições. Todos tiveram treinamento básico (paramentação e desparamentação) e específico de sua atividade, e o resultado destas condições e cuidados é que nenhum fisioterapeuta foi contagiado pelo Covid-19 dentro do HUCFF. Não termos nenhuma baixa em nosso grupo e isso  é motivo de orgulho.

Fora a pandemia, qual a importância da fisioterapia para a maioria dos pacientes do HUCFF?

Sara: O fisioterapeuta atua de forma efetiva individual ou em equipes multidisciplinares, com o foco na recuperação funcional dos pacientes. No atendimento intra-hospitalar ele atua na recuperação de pacientes acometidos por diferentes doenças (neurológicas, ortopédicas, respiratórias, cardíacas entre outras) em todos os níveis de gravidade e setores como enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva.

PACIENTE volta para casa recuperada depois de 24 dias de internação no hospital. Ela é festejada por profissionais de saúde numa celebração da vida emocionante