Nesta quinta-feira, 9 de março, sob a inspiração do mês das mulheres, ocorreu em Brasília o Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora da FASUBRA Sindical. O evento contou com cerca de 150 participantes, em sua maioria técnica-administrativas em educação das entidades de base da Federação. O Sintufrj participou com uma delegação de 10 companheiras.

O encontro faz parte da semana das mulheres da Fasubra e antecedeu a Plenária Nacional, que acontece nesta sexta 10 e se estende até amanhã. Pela manhã, na abertura, houve homenagens em alusão ao Dia Internacional de Luta das Mulheres e relatos do movimento sindical sobre a organização de mulheres nas entidades de base e de sua atuação nos estados.

A tarde, as mulheres debateram a ratificação da Convenção 190 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a organização social do cuidado, com a palestrante Tatau Godinho, militante do movimento de mulheres e ex-secretária de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres, da Secretaria de Política das Mulheres, durante o governo Dilma Rousseff (de 2011 a 2016).

Após a apresentação de Tatau iniciou-se o debate das mulheres da base. O final do dia foi reservado para os encaminhamentos. A delegação do Sintufrj ficou de apresentar propostas relativas à melhoria das medidas protetivas e investimentos para a saúde da mulher trabalhadora, que foram decididas no último GT Mulher Sintufrj, realizado dia 6 de março.

 

 

 

Com todos os presentes entoando um dos o hits de Dona Ivone Lara – ‘Foram me chamar\Eu estou aqui, o que é que há?\Eu vim de lá, eu vim de lá pequenininho\Alguém me avisou\Pra pisar nesse chão devagarinho’ –, “para se energizar”, e sob a luz de Oxóssi – “para que abra nossos mentes e corações” – a vice coordenadora da Câmara de Políticas Raciais da UFRJ, Cecília Maria Izidoro Pinto, professora associada da Escola de Enfermagem Anna Ney, abriu a primeira aula presencial da 6ª edição do Curso de Capacitação para Formação e Atuação nas Comissões de Heteroidentificação da universidade.

A atividade ocorreu nesta quinta-feira, 9, no auditório do bloco N do Centro de Ciências da Saúde (CCS), na Cidade Universitária, e terá continuidade nesta sexta-feira, 10. Com 139 alunos inscritos (entre técnicos-administrativos, docentes e estudantes da UFRJ), as aulas foram iniciadas no dia 28 de fevereiro, on-line, pela sala Google. Segundo Cecília, o curso tem a importância de engajar a comunidade universitária na luta contra o racismo na UFRJ. A mesa do evento reuniu representantes dos coletivos negros atuantes na instituição.

Representatividade

“A Comissão de Heteroidentificação tem a função que vai além do controle da política de cotas, mas com essa política de inclusão social democratizamos os espaços na universidade”, afirmou o técnico-administrativo Vitor Mattos, integrantes da comissão. Para a professora Raquel Aguiar, diretora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígenas (Neabi-UFRJ), este é o momento de aprofundar conhecimentos e de atuar para reverter o quadro de racismo na universidade.

“A UFRJ reflete a sociedade; temos que mudar o racismo estrutural que acontece desde sempre”, afirmou Joaquim Martins, do NPDH. Segundo ele, na Escola de Comunicação (ECO), onde leciona, dos 83 professores somente cinco são negros. Wallace Wallace, do Coletivo de Docentes da UFRJ: “A instituição é racista e esse curso é necessário, porque o filho do trabalhador, dos negros que construíram esse país não podem estudar nesse espaço”. Ele defendeu, a exemplo do que já existe no CCS e IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais), a criação de quilombos em todos os institutos e centros, por docentes e técnicos-administrativos. “Para nós auto-organizarmos e, com respeito e ajuda mútua mudarmos essa realidade”.

Taina Teixeira, da direção do DCE Mário Prata, ao ser aprovada para o curso de Belas Artes na UFRJ passou pelo crivo da banca. Foi aluna do primeiro curso de heteroidentificação e faz parte da comissão de aferição das cotas raciais. Militante antirracista na universidade, a dirigente estudantil não tem dúvidas: “É nosso dever agir na contramão dessa realidade, de nos iluminar, porque é o povo preto que vai fazer a transformação nesse país”.

Objetivos do curso

Dividido em dois módulos, o primeiro tratou sobre a origem do racismo, conceitos de etnia, raça, racialização, branquitude, necropolítica, identidade, diversidade e a diáspora africana. Já o segundo módulo foi dedicado aos procedimentos a serem seguidos nas comissões de heteroidentificação para aferição de cotas nos concursos públicos da UFRJ (de ingresso de servidores e de alunos na graduação e pós-graduação).

Entre os objetivos gerais, as aulas ministradas por professores, técnicos-administrativos e alunos, já formados pelo curso, é estimular a discussão sobre políticas afirmativas no ambiente de trabalho na UFRJ, subsidiando as práticas de aferição e a compreensão da igualdade racial, e fomentar debates multidisciplinares sobre as relações raciais para disseminar condutas e políticas antirracistas no âmbito universitário.

Reabertura dos cursos heteroidentificação
A 6ª Edição dos cursos de formação de heteroidentificadores será aberto às 9h de quinta-feira (9) no auditório Almir Valladares – bloco N do CCS. Na mesa estarão presentes representantes da Câmara de Polícias Raciais da UFRJ (Denise Góes), do Coletivo de Docentes Negros, do Coletivo Universitário Negro, do Neabi e do Sintufrj

Sindicato interveio diretamente na construção da resolução, alterando questões que poderiam colocar em risco direitos conquistados com a Carreira

O Conselho Universitário aprovou, por unanimidade, na manhã desta quinta-feira, 9 de março, em sessão ordinária, as regras do Plano de Gestão e Desempenho (PGD) da UFRJ que tratam do controle de frequência e do teletrabalho – duas demandas da categoria já de algum tempo, especialmente depois da Pandemia.

A aprovação da proposta, nos moldes em que foi construída – com elementos que defendem a carreira e colocam a categoria e sua entidade representativa como elementos ativos no processo – é considerada uma vitória para o Sintufrj.

A aprovação autoriza também o início do debate sobre as instruções normativas que vão gerir o processo na UFRJ, “debate que o Sintufrj fará com a participação da categoria”, antecipa o coordenador-geral da entidade Esteban Crescente.

Segundo ele, o Sindicato interveio diretamente na construção da resolução, alterando questões que poderiam colocar em risco direitos conquistados com a Carreira.

Idas e vindas

A proposta, originalmente formulada pela Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4), havia entrado em pauta no colegiado há um mês, mas o Sintufrj apresentou uma minuta para regulamentação do teletrabalho e controle de frequência, com base em documento formulado pela Comissão de Legislação e Normas (CLN) do Consuni.

A CLN solicitou, então, tempo para avaliar o documento do Sindicato.  A partir daí se instaurou importante diálogo entre Sintufrj (com seu Grupo de Trabalho sobre Carreira), PR-4 e CLN, que culminou com a proposta levada pela comissão ao colegiado nesta quinta-feira.

“Esse processo consolidou hoje uma série de novas nuances dentro da resolução, como o acompanhamento do processo de implementação do PGD por uma comissão paritária (que, a partir de adendo aprovado durante a sessão, contará também com docentes e estudantes), com referência direta à Carreira e ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFRJ, além de diretrizes de planejamento estabelecidas pela Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC) através da proposta colocada para o governo de nova alteração da regula do teletrabalho e do controle de frequência”, explica o coordenador.

Discussão da IN começa semana que vem

Aprovada a resolução, começa agora a discussão da regulamentação interna – através de Instruções Normativas – da qual o Sindicato também vai participar. “Isso começa semana que vem. E para discutir questões pertinentes da categoria, a participação de todos é fundamental. Convocamos todos para o GT Carreira. Temos força porque você participa”, diz Esteban.

Veja as falas do Consuni no Youtube

Acompanhe as intervenções dos representantes técnicos-administrativos e do Sindicato na gravação da sessão no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=_-TGp1mSqOM

A fala do coordenador-geral Esteban Crescente pode ser acompanhada aos 38 minutos de sessão; a dos conselheiros técnicos-administrativos Wania Godinho e Joana de Angelis, a partir das 2h28min, a de Gilda Alvarenga a partir de 2h42min e de Roberto Gambine, a partir de 2h48min.

UNANIMIDADE. Sessão do Conselho Universitário desta quinta-feira (9) aprovou o PGD da universidade

Mensagem da Direção SINTUFRJ pelo 8 de março

“Eu não estou aceitando as coisas que eu não posso mudar, estou mudando as coisas que eu não posso aceitar”.
Angela Davis

Com muito orgulho e disposição para luta, nós mulheres da atual gestão do Sintufrj, saudamos a todas as mulheres da UFRJ, em especial as trabalhadoras técnico-administrativas pelo 8 de março, dia internacional de luta das mulheres!

São muitos os desafios que enfrentamos todos os dias. Segundo relatório do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, no primeiro semestre de 2022, o Brasil bateu recorde de feminicídios, com cerca de 700 casos no período. Já em 2021, mais de 66 mil mulheres foram vítimas de estupro; mais de 230 mil brasileiras sofreram agressões físicas por violência doméstica. Além disso, são muitas as mulheres que morrem ou sofrem sequelas graves devido ao aborto clandestino. Em sua maioria, as vítimas dessas violações são mulheres negras e pobres.

Também vivemos numa realidade em que a diferença salarial entre homens e mulheres persiste e chega a mais de 20%. Temos ainda de lidar com os diversos tipos de assédio nos ambientes que frequentamos, seja no trabalho, no transporte público, nas ruas, nos espaços políticos e religiosos, nossas vidas e corpos ainda são tratados como objeto na sociedade patriarcal capitalista em que vivemos.

Com o governo de Bolsonaro, nossa realidade ficou ainda mais dura. Além de ter um presidente que, costumeiramente, produzia falas e atitudes de ódio e desrespeito às mulheres e ao movimento feminista, este mesmo governo cortou 90% da verba disponível para ações de enfrentamento à violência contra mulher durante seu mandato. O governo criminoso de Bolsonaro deve ser responsabilizado por seus crimes contra o povo, inclusive a fracassada tentativa de golpe do dia de 8 de janeiro. Por isso nos somamos ao grito SEM ANISTIA!
Com a vitória eleitoral de Lula, alcançamos condições mais favoráveis para a luta, temos um ministério das mulheres que pauta o diálogo com os movimentos sociais. E temos muito o que avançar!

Enquanto trabalhadoras das universidades públicas são diversas as nossas pautas.

Precisamos de políticas de prevenção e combate ao assédio, construção de creches para a comunidade universitária e aumento no auxílio-creche, promoção da saúde das mulheres, de mais segurança nos campi!
Queremos ainda que o governo brasileiro não apenas assine, mas faça todo o esforço político para o cumprimento da Convenção Nº 190 da OIT, o primeiro tratado internacional a reconhecer o direito de todas as pessoas a um mundo de trabalho livre de violência e assédio, incluindo violência de gênero e assédio.

Estaremos nas ruas no Ato do 8 de Março, em defesa da democracia e das nossas pautas. Em nossa gestão, seguiremos firmes no compromisso de construção de um GT Mulher horizontalizado e dialógico que mobilize nossas lutas na UFRJ. Convidamos a toda mulherada da categoria para as atividades desse mês da mulher trabalhadora e a participarem de nosso GT que tem reuniões mensais. Seguiremos juntas! Viva a luta das mulheres trabalhadoras!

Mulheres Sintufrj
Gestão Sintufrj 2022-2025

Amanhã é dia de alertar a sociedade sobre as violências enfrentadas pelas mulheres e as desigualdades no mercado de trabalho

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Nessa quarta-feira, 8 de Março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, a CUT, demais centrais sindicais e movimentos feministas e de mulheres farão atos em diversas cidades do país para chamar a atenção da sociedade sobre as desigualdades que potencializam as diversas formas de violência contra as mulheres, tanto no mercado de trabalho como em todos os espaços da vida. Veja abaixo onde tem ato e participe!

Segundo a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Nacional, Juneia Batista, a convocação para participar dos atos vale para todas e todos que sabem da importância de todas as lutas que precisam ser feitas para que as mulheres tenham direito à vida, à liberdade e condições justas e dignas no ambiente de trabalho.  

Em 2023, após anos de retrocessos, nós começamos a respirar os ares da esperança de que mudanças importantes sejam implementadas e que a igualdade esteja no centro das ações governamentais, afirma Juneia, se referindo aos governos de direita e de extrama direita de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

Nesta quarta, o governo Lula deve anunciar mais de 25 ações, coordenadas pela ministra Cida Gonçalves (Mulheres), relacionadas às reivindicações das mulheres. Uma delas, é a apresentação de um projeto de lei que estabeleça remuneração igual para homens e mulheres que exerçam a mesma função.

A ideia foi bandeira da então candidata e hoje ministra Simone Tebet (Planejamento). Foi incorporada pela campanha do petista e deve sair do papel na próxima semana.

Outra medida é a construção de Casas da Mulher Brasileira em todo o país. A ação faz parte do programa “Mulher Viver, Sem Violência” e será feita em parceria entre o Ministério das Mulheres e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A Casa da Mulher Brasileira é um programa que já existe desde o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). É um espaço público que concentra serviços especializados e multidisciplinares para o atendimento às mulheres vítimas violência, que vai desde o acolhimento até o serviço jurídico.

Confira os atos do dia 8 de março em todo o país e participe:

Acre

Rio Branco: ato às 8h no espaço Kaxinawa

Alagoas

Maceió: Concentração para o ato na Praça Centenário, às 15h.

Arapicara: às 16h, na Praça da Prefeitura

Amapá

Macapá: às 16h30, na Praça da Bandeira

Amazonas

Manaus: às 15h30, na Praça da Saudade/caminhada atgé o Largo Sebastião, no centro

Bahia

Salvador: às 13h, caminhada da Lapinha ao Pelourinho (trajeto 2 de Julho).

Ceará

Fortaleza: ato na Praça do Ferreira a partir das 14h. Às 16 haverá caminhada e panfletagem. O tema é “Pela vida das mulheres! Democracia, territórios e direitos: Contra a fome, a violência, o racismo e sem anistia para golpistas.

Distrito Federal

Brasília: Marcha com concentração no Eixo Cultural Íbero-americano (antiga Funarte), às 16h. De lá, as mulheres seguem até o Palácio do Buriti, para exigir do GDF políticas de enfrentamento à violência de gênero.

Espírito Santo

Vitória: Concentração às 14h na Praça Getúlio Vargas. Haverá caminhada até o Palácio Anchieta

Goiás

Goiânia: caminhada com concentração às 9 horas, em frente à Catedral Metropolitana, na Avenida Universitária, Setor Central. O tema é “Mulheres Vivas Mudam o Mundo”.

Mato Grosso

Cuiabá: Ato às 7h30 na Praça Uçosses Guimarães

Mato Grosso do Sul

Campo Grande: Ato às 8h na Praça Ari Coelho. O tema é “Mulheres em Resistência, Sempre Vivas e contra todas as Formas de Violência”.

Minas Gerais

Belo Horizonte: ato a partir das 16h, na Praça Liberdade. Caminhada às 17h pelas ruas da cidade.

Pará

Belém: às 8h, no Largo do Redondo, com caminhada até a Assembleia Legislativa

Paraíba

João Pessoa: às 14h, concentração no Mercado Municipal de Mangabeira

Paraná

Curitiba: Marcha das Mulheres, com concentração a partir das 16h na Praça Santos Andrade. Às 18h, acontecerá um ato da Frente Feminista de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral. Às 19h, ocorrerá a Marcha das Mulheres e seguirá em caminhada até a Boca Maldita para o ato de encerramento

Londrina: ato a partir das 17h30 no Calçadão em frente às Lojas Pernambucanas

Pernambuco

Recife: concentração no Parque 13 de maio, às 14h. Caminhada às 16h seguindo pela Rua do Hospício, passando pela Av. Conde da Boa Vista e Rua da Aurora até a ponte Princesa Isabel.

Piaui

Teresina: às 10h, marcha para o Palácio

Rio de Janeiro

Capital: às 16h, na Candelária, com marcha para a Cinelândia

Rio Grande do Norte

Natal: às 15h, no Midway

Mossoró: às 8h, no Centro Feminista 8 de março

Rio Grande do Sul

Porto Alegre: a marcha será realizada às 17h, com concentração na Praça Matriz a partir das 14h. Ao longo do dia outras atividades também serão realizadas, inclusive uma audiência com o governador Eduardo Leite (PSDB)

Roraima

Boa Vista: às 9h, na Praça do Centro Cívico

São Paulo

Capital: ato às 17h no Vão Livre do Masp, na Avenida Paulista. “Mulheres em defesa da Democracia” será a bandeira levada às ruas. Antes, às 15h, haverá atividade no Espaço Cultural Lélia Abramo, na Rua Carlos Sampaio, 305 (próximo à Paulista).

São José dos Campos: Às 16h30 na antiga Câmara Municipal

Piracicaba: Dia 11 às 9h no Terminal Central de Integração
“Ocupe o Largo” no dia 19 às 16h no Largo dos Pescadores

Atibaia: 17h – local a definir

Santos: 17h – Estação da Cidadania (Avenida Ana Costa, 340, Vila Mathias)

Sergipe:

Aracaju: concentração com café da manhã, a partir das 7h, na Pça General Valadão. Haverá caminhada pelas ruas da cidade, além de panfletagem e diálogo com a população. Estão previstas apresentações culturais do Grupo Folclórico do Sintese e de mulheres artistas de Sergipe na Pça General Valadão.

Tocantins

Palmas: às 9h, na Feira do Aureny

O governo marcou para sexta-feira, 10 de março, a terceira rodada de negociação no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP). A expectativa é de que a contraproposta às reivindicações dos servidores superem os nanicos 7,8% apresentados inicialmente – depois de 7 anos de congelamento salarial.

As entidades que integram o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Federais (Fonasefe) em reunião na manhã desta terça-feira já haviam decidido encaminhar ao governo documento exigindo agendamento de reunião até sexta-feira, depois de dois cancelamentos sucessivos.

O coordenador-geral da Fasubra, José Maria, participou da reunião do Fonasefe na manhã desta terça-feira. Ele observou que o reajuste emergencial, quando vier, já não contemplará mais o mês de março.

Ele apontou outra dúvida: “o governo precisa informar na mesa se (para conceder o reajuste) vai ser por meio de projeto de lei ou medida provisória”.

Se for por projeto de lei, precisa ainda passar pelo Congresso. “Não é uma folha só dos trabalhadores das universidades, mas de todo poder executivo que tem que ser reestruturada”, lembrou..

“Estamos orientando toda base da categoria a se mobilizar. Principalmente nos estados, pressionando os parlamentares, para que seja mais rápido possível o processo de negociação da pauta emergencial”, disse.

Segundo ofício do Departamento de Relações do Trabalho às entidades, a reunião de sexta-feira está marcada para às 14h30 no Bloco F, da Esplanada dos Ministérios.

 

 

• A marcha ‘Mulheres nas ruas em defesa da democracia’ vai ocupar o centro do Rio nesta quarta-feira, 8 DE MARÇO.
• A concentração será na Candelária. De lá, a manifestação percorre a Av. Rio Branco até a Cinelândia.
• A celebração do Dia Internacional da Mulher deste 2023 tem eixos definidos; sem anistia; chega de feminicídio e de violência contra as mulheres do campo, da cidade e da floresta.
• E mais: por emprego e renda; pela legalização do aborto; pelo fim da fome; em defesa da educação e da saúde públicas.
Transporte saindo do Fundão às15h30 de dois pontos: sede do sindicato e CT (em frente à Letras).

O Grupo de Trabalho de Mulheres do Sintufrj (GT Mulher Sintufrj) definiu suas diretrizes em reunião nesta segunda-feira, 6, no Espaço Cultural do Sintufrj, tendo como base mobilizar as mulheres da UFRJ. A primeira e grande tarefa é a participação das mulheres da nossa universidade no ato 8M do Rio de Janeiro, a marcha das mulheres no Centro do Rio, quarta-feira, 8, celebrando a luta histórica das mulheres, e em defesa das liberdades democráticas. O Sintufrj estará com um ônibus à disposição para a saída, às 15h30, para a concentração na Candelária.

Como o GT se pretende ser um espaço de acolhimento e troca a reunião desta segunda-feira foi permeada por relatos de experiências pessoais. Ouvimos histórias de violências, assédios, preconceitos, abusos que são vivenciadas todos os dias pelas mulheres e não seria diferente para as mulheres que trabalham na UFRJ.  O feminicídio e o aborto também foram tema na rodada de relatos.

“Eu já sofri todas as formas de violência que uma menina e uma mulher possam sofrer na vida”, desabafou R, vigilante da UFRJ e ex-dirigente do Sintufrj.

“Eu fui uma vítima dessa violência contra a mulher quando eu tinha vinte anos! A Lei Maria da Penha veio para nos ajudar a enfrentar isso, portanto não podemos de forma alguma nos calar. É estarmos nas ruas denunciando as agressões cotidiana”, afirmou F R, dirigente do Sintufrj.

“Nós mulheres precisamos propor novas políticas públicas mais eficazes para as mulheres em relação a medidas protetivas”, acrescentou a coordenadora-geral do Sintufrj, Laura Gomes.

“Só vamos combater de forma vigorosa as violências e os preconceitos com muita organização”, observou Gabriela Gonçalves, integrante do Movimento de Mulheres Olga Benário

Sobre o machismo preponderante na nossa sociedade, a coordenadora de Comunicação Sindical do Sintufrj, Marli Rodrigues, revelou:

“ Eu vivo rebatendo essa cultura dentro de casa. Me imponho frente as minhas vontades. Mas nós temos de ver nossa parcela na educação de nossos filhos quando reproduzimos o machismo ao aceitar que menino não pode usar rosa e menina tem de brincar de boneca”, pontuou Marli.

“Para enfrentar esta sociedade machista temos de ocupar os espaços e principalmente os espaços de poder”, defendeu Alzira Trindade, psicóloga da Prefeitura Universitária e ex-dirigente do Sintufrj.

Problemas e dificuldades no âmbito de trabalho como a que envolve a creche para a trabalhadora da UFRJ também foram discutidos. É histórico o fato de que a maioria não tem acesso a Escola de Educação Infantil da universidade. O GT está debatendo também uma política para a educação infantil que abarque parcela maior das trabalhadoras da UFRJ e que envolva também estudantes e trabalhadoras terceirizadas.

Atividades

No calendário de atividades aprovado está a participação das integrantes do GT no Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora da Fasubra, em 9 de março, em Brasília. Neste encontro a delegação do Sintufrj levará propostas para o aprimoramento de políticas públicas para a saúde da mulher em geral e da saúde da mulher trabalhadora.

Outra data importante é o 3º Encontro de Mulheres da América Latina e Caribe, entre 21 e 23 de julho, em Brasília. Este encontro também está na pauta de atividades do GT.

A participação do GT Mulher em algumas das atividades da Campanha dos 21 Dias de Ativismo contra o Racismo de 2023 também foi aprovada na reunião.

Ações

Além das atividades nacionais há as locais:

– Um debate na Rádio Sintufrj sobre as violências contra as mulheres será programado.

– O GT organizará com o Centro de Referência Para Mulheres (CRM) um cine-debate com a exibição do filme “As sufragistas”.

– O GT irá promover debate sobre Aborto.

– Criação de Núcleos Setoriais de Mulher nos espaços de trabalho. A começar pela Prefeitura Universitária.

– Criar um programa de ambientação para as Aposentandas.

– O GT irá promover encontros em espaços livres da universidade para realizar rodas de conversa sobre as questões da mulher.

GRUPO DE TRABALHO MULHER SINTUFRJ se reuniu nesta segunda-feira 6 no Espaço Cultural

 

 

“Na tarde de sábado dois companheiros de muitas lutas, linha de frente das batalhas pela reforma agrária foram presos na cidade de Mirante do Paranapanema, região de histórica violência de latifundiários que invadem terras públicas e as tomam com força das armas.

Os companheiros José Rainha e Luciano de Lima fazem parte da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade, movimento que coordenou várias manifestações e ocupação em defesa da reforma agrária nas últimas semanas na região e em outras localidades do país.

Lutar não é crime, seja por salário, emprego, terra ou liberdade.”

Em mensagem às entidades que representam funcionalismo, Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho cancela reunião nessa terça, 7, e reafirma “real interesse” para que “processo seja concluído o mais breve possível”. Categoria tem pressa

Conteúdo produzido pela Condsef/Fenadsef

O governo decidiu adiar, mais uma vez, a apresentação de uma contraproposta à reivindicação de reajuste emergencial dos servidores públicos federais. A reunião entre representantes do Fonacate e Fonasefe com o secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho do Ministério de Gestão e Inovação no Serviço Público, Sérgio Mendonça, estava marcada para terça-feira, 7 de março. Não foi estabelecida uma nova data. “Brevemente, entraremos em contato comunicando a nova data. Reafirmamos o real interesse e expectativa desta Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho -SEGRT para que este processo seja concluído o mais breve possível”, diz trecho de mensagem enviada às entidades representativas do funcionalismo. Há sete anos com salários congelados, a categoria tem pressa.

A primeira proposta formalizada pelo governo foi um percentual de reajuste de 7,8% a partir de março e um aumento de R$200 no auxílio alimentação, o que representa pouco mais de 43% no valor atual do benefício, o mais defasado entre os Três Poderes. Na segunda rodada de negociações com o Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), o Fonacate apresentou uma contraproposta de 13,5%, além da busca por equiparação do valor do auxílio-alimentação entre Executivo, Legislativo e Judiciário. Já o Fonasefe, do qual a Condsef/Fenadsef faz parte, manteve na mesa a proposta de reajuste emergencial apresentada de 26,94%, que representa perdas salariais dos 4 anos de governo Bolsonaro.

O Fonasefe também solicitou, além de reposição no auxílio-alimentação, considerar os demais benefícios, como por exemplo, o aumento da contrapartida paga pelo governo nos planos de saúde. Hoje, servidores arcam com pelo menos 70% desse total enquanto governo entra com 30% apenas. Essa proposta inclui ativos, aposentados e pensionistas, diferente de auxílio-alimentação que contemplaria apenas servidores ativos. Vale destacar que há uma diferença primordial entre as propostas de reajuste emergencial e reposição nos benefícios já que para a última não há obrigatoriedade de considerar valores previstos no orçamento, por se tratarem de verbas de custeio.

Outras reivindicações sem impactos orçamentários foram feitas, incluindo a revogação de uma série de atos administrativos que causam prejuízos tanto aos servidores como à administração pública. Vale lembrar que na última reunião com o MGI, o secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, esclareceu e confirmou que o percentual de reajuste que for apresentado pelo governo aos servidores ativos, aposentados e pensionistas da Lei 8.112/90 será aplicado na remuneração total da categoria.

“Aguardamos a formalização da proposta para que o mais rápido possível possamos encaminhar e remeter a decisão da maioria dos servidores da base que é soberana”, aponta o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva. Sérgio lembra que nesse momento a participação da categoria será de extrema importância. “Quem participa das assembleias é quem define o que será acatado ou rejeitado na proposta que virá do governo. A participação de todos, portanto, é importantíssima”, pontua.