São 25 anos de um aniversário em tempos atípicos. Mas a instituição da UFRJ se reinventa e presenteia o público

 

Ao comemorar 25 anos de existência, a Casa da Ciência da UFRJ presenteia o público ao disponibilizar o blog interativo “Juntos na Casa”, para ser explorado durante o isolamento social. Tem ainda um vídeo de apresentação da Casa. Desde o início do ano, a unidade realiza atividades para marcar a data, mas com a pandemia viral, teve que se reinventar para continuar a levar ciência e conhecimento de forma ampla à população.

A diretora da Divisão de Programas da Casa da Ciência, Fátima Brito observa que realidade virtual para quem trabalha com a difusão popular da ciência e do conhecimento é ainda um desafio para todos:“O grande desafio não é só da Casa da Ciência, mas de centros de ciência que são interativos. É pensar democraticamente como fazer as atividades junto com o público nas redes sociais. É um problema, pois apesar de ser um espaço democrático, nem todos tem acesso à internet. E parte do público não tem acesso ao material que vamos disponibilizar.”

Mas essa preocupação não impede que Fátima fale com entusiasmo a respeito do trabalho desenvolvido pela equipe para não deixar o público órfão no período de isolamento social. “Estamos disponibilizando ao máximo as possibilidades de atividades e de material que já temos na casa, os quais as pessoas possam acessar e interagir”, informa.

A Casa da Ciência é um Centro Cultural de Ciência e Tecnologia da UFRJ, que foi inaugurada em 29 de junho de 1995. A proposta era popularizar a ciência e explorar diversas áreas do conhecimento através de exposições, oficinas, palestras, cursos, workshops, audiovisual e teatro. O seu forte é a realização de uma variedade de atividades interativas e com a pandemia enfrenta o desafio de manter viva essa interatividade somente através das redes sociais.

Essa preciosidade fica na Zona Sul do Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo, em uma área de 3 mil m², em meio a muito verde, na Rua Lauro Muller, 3. A entrada é franca. Quando o momento atual em que vivemos passar, vale uma visita.

Juntos em casa… e na Casa

Mesmo com o desafio do distanciamento social e a Casa da Ciência fechada para visitação, a equipe desenvolveu o blog “Juntos na Casa” para manter as atividades mesmo que virtualmente.

É um espaço cheio de arte e ciência com jogos e experiências para fazer em casa mesmo. Acaba virando uma curtição e uma atividade muito gostosa que pode ser feita com amigos, familiares, alunos e professores! |

E ainda traz links interessantes para serem explorados como o de informações sobre a Covid-19 e a popularização da Ciência.
O endereço do blog é https://juntosnacasadaciencia.wordpress.com/

Navegação

O blog é dividido em cinco botões para a navegação:
Bem-vindos é o espaço de apresentação com todas as redes sociais disponíveis e endereço de contato.
Notícias traz informações relevantes para a ciência e para o público como a Covid-19.
Para fazer em casa estão as atividades para realizar no aconchego do lar. Para professores traz materiais para o professor desenvolver com seus alunos.
Publicações tem a produção didática da Casa da Ciência.
Memórias traz aspectos históricos da ciência e conta a trajetória dos 25 anos através de personagens da história e de pessoas que participaram de atividades da Casa da Ciência.

25 anos

Para a comemoração dos 25 anos foi criada a série #ÉFestaNaCasa, que homenageia algumas personalidades que fizeram parte da sua história. Desde o início do ano, a cada mês, um cientista, artista ou personagem conta a sua trajetória e a relação com a Casa da Ciência. Esta série continuará até junho de 2021.

Em junho, no mês de aniversário, a personagem foi Fayga Ostrower, artista plástica, teórica e professora, nascida na Polônia e falecida em 2001. Ela marcou sua passagem pela Casa da Ciência quando em 1999 participou do primeiro ciclo de palestras do “Ciência para Poetas”. Foi um debate animado sobre Ciência, Arte e Cultura, com pessoas de diversas áreas, no evento “Física para Poetas”.

 

A UFRJ, em parceria com a Fiocruz, está desenvolvendo um novo modelo de oxímetro — aparelho que mede os níveis de oxigênio no sangue – a custo econômico e com nova tecnologia, que permitirá ser usado em paciente fora do hospital, mantendo o acompanhamento médico. O equipamento será ligado remotamente a uma central, que emitirá um sinal quando a saturação do oxigênio do usuário estiver abaixo do indicado.

Uma das metas dos pesquisadores é levar o aparelho a pacientes com a covid-19 sem sintomas graves para que, em caso de alteração dos indicadores, eles sejam imediatamente internados. A base tecnológica do projeto que se encontra em fase de montagem de protótipos é a IoT (Internet of Things), que são sistemas que usam a rede para acompanhar funcionamento de dispositivos instalados em locais distantes.

Avanço
O coordenador do grupo de pesquisa, Guilherme Travassos, que responde pelo Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe, disse que o Oxímetro IoT faz parte de um sistema maior sobre mecanismos de acompanhamento e monitoramento de pacientes, e reúne pesquisadores da graduação e da pós-graduação de diversas unidades da UFRJ, além da Coppe, como o Complexo Hospitalar e a Faculdade de Medicina. “Esse time construiu esse sistema que, além do dispositivo em si, de baixo custo, envolve toda parte de sensoriamento e medição”, afirmou.

O novo equipamento, segundo Travassos, é um sistema de baixo custo e que conta com uma estrutura de software para comunicação (dos dados coletados) pelo dispositivo — que tem sensores de saturação de oxigênio do sangue, temperatura e frequência cardíaca – e que, através de IoT (internet das coisas), envia as marcações de cada paciente para um painel de acompanhamento (dashboard) dos indicadores pelas equipes médicas.

A primeira versão do protótipo está em teste e a expectativa dos pesquisadores é que as agências de fomento como Faperj, CNPq e Capes aprovarem o projeto e destinem recursos para a produção dos equipamentos.

Além dos recursos, observou Travassos, é necessário seguir um conjunto de protocolos para garantir segurança no uso dos equipamentos. Embora seja um sistema não invasivo, não pode apresentar falhas. “Isso talvez seja a parte mais delicada. Por isso estamos trabalhando com equipes de saúde neste projeto multidisciplinar fascinante”, concluiu.

Instalação
Segundo Travassos, o equipamento está sendo desenvolvido com dois propósitos: para instalação em enfermarias, principalmente em leitos que demandam isolamento (não é de UTI), e em casa de pacientes que não necessitam de internação, mas que precisam ser acompanhados. Os primeiros deverão atender às comunidades próximas do Fundão.

 

A greve de 24 horas atingiu principalmente as capitais e cidades de médio porte. Entregadores dizem que se até o próximo final de semana, empresas não atenderem reivindicações farão nova paralisação em dez dias

Matéria retirada do site da CUT

 

A primeira greve nacional dos entregadores de alimentação por aplicativo foi um sucesso na avaliação dos organizadores do movimento, em São Paulo. A grande adesão fez os organizadores paulistanos a planejarem uma nova greve, provavelmente nos dias 11 e 12 de julho (sábado e domingo), se até o final desta semana, as empresas por aplicativo não derem uma resposta favorável às suas reivindicações.

Entre as reivindicações da categoria estão a entrega de álcool gel, máscaras e equipamentos de segurança que, segundo eles, as empresas como Ifood, Rappi, Loggi, James, Uber, e outras, prometeram, mas não entregaram para ajudá-los na prevenção à Covid 19. As reivindicações envolvem ainda aumentos do preço por quilômetro rodado e do preço mínimo por corrida, seguro de roubo, acidente e vida e fim dos bloqueios indevidos.

“As empresas ainda não deram nenhuma resposta, mas a gente vai dar um prazo, talvez, até sábado ou domingo que vem, e se elas não responderem a gente pode fazer uma nova paralisação no outro fim de semana”, diz Diógenes Silva de Souza, um dos organizadores da greve dos entregadores em São Paulo.

Foto: DIÓGENES SILVA DE SOUZA

Um estudo recente da Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (Remir Trabalho) da Unicamp, mostrou que 68% dos entregadores perderam renda durante a pandemia.

Como foram as manifestações no país

Em São Paulo, na Avenida Paulista, no período da tarde, os entregadores rezaram o pai nosso e fizeram um minuto de silêncio pelas mortes de seus colegas vítimas da Covid 19. Eles também receberam doações de alimentos para os seus colegas que perderam emprego, por terem sido bloqueados e desligados das empresas por aplicativo que vêm os obrigando a cumprir carga horária mínima de oito horas diárias, inclusive aos sábados, domingos e feriados. Além de diminuir o valor das corridas, entre outras perdas.

Foto: ROBERTO PARIZOTTI
Foto: ROBERTO PARIZOTTI

Da Paulista, a manifestação seguiu para a Ponte Estaiada, no bairro do Morumbi, na zona sul da capital, onde o ato deve ser encerrado (esta edição  foi fechada às 16h30)

Pela manhã, motociclistas e ciclistas haviam percorrido os locais de maior movimento de entregas na zona sul, para convencer outros trabalhadores a aderir ao movimento.

A greve atingiu além de São Paulo, as capitais do Rio de Janeiro, Pernambuco, Sergipe, Maranhão, Santa Catarina, Goiás, Brasília, Minas Gerais, Piauí, Ceará, Alagoas e Bahia, além de cidades de médio porte de São Paulo como Campinas, Santos, Piracicaba e Niterói, no Rio de Janeiro.

No Rio, a manifestação teve início no centro da cidade e seguiu até a zona sul, parando nos bairros de Botafogo e Jardim Botânico.

 

Em Belo Horizonte (MG) os manifestantes ocuparam vias da cidade de motocicleta e foram até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

A concentração dos entregadores no Distrito Federal foi em frente ao Congresso Nacional. Centenas de motociclistas e ciclistas saíram em seguida pelas avenidas de Brasília.

Em Goiânia (GO), também houve manifestação de motociclistas e ciclistas nas principais vias da cidade.

Acharam que não ia ter #BrequeDosApps em Goiânia? Acharam errado! pic.twitter.com/AiUa3zNBai

Capitais do Norte e Nordeste também aderiram à greve

Em Belém, Pará, eles sairam pela cidade, no final da manhã, buzinando em protesto pelas péssimas condições de segurança e pagamentos.

No Recife, os manifestantes seguiram pela Avenida Agamenon Magalhães até o bairro de Boa Viagem, na zona sul da capital pernambucana.

Em Fortaleza (CE), a manifestação começou em frente a um dos principais shoppings da cidade e seguiu até o bairro Edson Queiroz.

Em Teresina, capital do Piauí, além da manifestação por melhores condições de trabalho, os entregadores pediram maior segurança, depois que um entregador foi assaltado e teve sua moto levada, na terça-feira (30). Eles foram recebidos pelo secretário estadual de Segurança Pública, Rubens Pereira.

Também houve manifestação em São Luís, capital do Maranhão.

Na Bahia, os manifestantes percorreram as principais avenidas da capital Salvador e os locais com maiores concentração de pedidos de entregas.

Em Maceió (AL), os manifestantes percorreram de motocicleta diversas ruas da capital, até a principal Avenida da cidade, a Fernandes Lima.

Na capital do Sergipe, em Aracajú, a Polícia Militar impediu que os entregadores percorressem as ruas da cidade, alegando que não havia autorização para o protesto. Apesar do impedimento das autoridades policiais, os entregadores deram o seu recado na Orla de Atalaia, a principal via turística de Aracajú.

Luta dos entregadores recebe apoio da CUT

Em nota, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) deu seu apoio à greve e afirmou que trabalhará para fortalecer a organização e a luta dos entregadores por aplicativos por seus direitos e para a formalização da relação de trabalho.

Entregadores da América Latina também se solidarizam com brasileiros

A greve dos entregadores brasileiros ultrapassou fronteiras e recebeu apoio internacional, já que a falta de respeito e as condições precárias de trabalho oferecidas pelas empresas de aplicativos ocorrem em todo o mundo.

Trabalhadores e trabalhadoras da Argentina, Chile, Costa Rica, Equador e Guatemala se solidarizaram com os brasileiros nas redes sociais em apoio à greve.

 

O BRASIL DESTRUÍDO PELA ASSOCIAÇÃO ENTRE O VÍRUS COVID-2019 E A INCOMPETÊNCIA ADMINISTRATIVO-COGNITIVA TRUMP-BOLSONARO-2020.

Nelson Albuquerque de Souza e Silva
Professor Emérito / UFRJ
Rio de Janeiro, 30 de Junho de 2020

A pandemia pelo Coronavirus declarada pela OMS no dia 11 de março de 2020, completou em 20 de junho de 2020, 100 dias de evolução. Neste período causou e continua causando mortes e inúmeros problemas correlatos no mundo todo. Desde a identificação do primeiro caso de infecção por esse vírus em 01 de dezembro de 2019 e o relato do primeiro caso em 31 de dezembro deste mesmo ano, na China. A partir de janeiro de 2020 a epidemia se espalhou pelo mundo, e foi declarada pela OMS como pandemia, em 11 de março de 2020. A pandemia pôs à prova a capacidade dos governos dos países de todos os continentes de lidarem com este grave problema de saúde coletiva, que afeta as pessoas e suas famílias, as formas de organização social e de comportamento social dos povos das diversas nações, a economia global e desafia a capacidade dos governos de se organizarem no combate ao ataque biológico. O numero de casos rapidamente cresceu exponencialmente, assim como o numero de mortes correlatas. No dia 20 de Junho de 2020, 100 dias após a declaração da pandemia, o mundo se defrontou estarrecido, com a existência de 8.634.000 casos confirmados da infecção, que causou neste curto período de cerca de 06 meses desde o seu início, 458.000 mortes. Os números reais são certamente muito superiores a estes, talvez 5 a 10 vezes mais devido à subnotificação de casos e de mortes por diversos motivos que não abordaremos no momento. Infelizmente se verifica que dois países se sobressaíram e continuam a se sobressair na maneira incompetente de lidar com este problema de saúde coletiva. Refiro-me aos governos de Donald Trump nos Estados Unidos da América do Norte (EUA) e de Jair Bolsonaro no Brasil, que segue as orientações errôneas do primeiro. As atitudes negacionistas, mentirosas, confundidoras e errôneas de ambos fizeram com que neste curto período, nesses dois países, se concentrassem 37,5 % dos casos confirmados no mundo e 36,5% das mortes. Esses números atestam a incompetência desses dois governos em lidar com a pandemia e, portanto de dirigir suas nações.

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