* Quem orienta é a pesquisadora Jackeline Romio

Em entrevista ao Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e ao Departamento Nacional do Sesc, a doutora em demografia e pesquisadora sobre violência contra mulheres Jackeline Romio considera fundamental o engajamento das comunidades na luta pelo fim da violência contra as mulheres.

19/8/2020 – Portal Geledés. Fonte: ONU

A pesquisadora explicou como acontece a violência baseada em gênero e quais são os mecanismos para prevenção e denúncia. Segundo ela, neste momento de pandemia, o isolamento social pode gerar mais tensões, novos casos podem aparecer e os que já existem tornam-se mais frequentes. Leia a entrevista na íntegra.

Com o objetivo de informar as mulheres sobre como acontece a violência baseada em gênero e os mecanismos para prevenção e denúncia, a doutora em demografia Jackeline Romio conversou com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e com o Departamento Nacional do Sesc.

Jackeline Romio é doutora em demografia e pesquisadora sobre violência contra mulheres. Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

A pesquisadora considera ser fundamental o engajamento das comunidades na luta pelo fim da violência praticada contra as mulheres. Segundo ela, neste momento de pandemia, o isolamento social pode gerar mais tensões, novos casos podem aparecer e os que já existem tornam-se mais frequentes.

A entrevista, que faz parte da campanha promovida pelo UNFPA e Sesc, tem como objetivo apoiar as mulheres, reforçar a importância de falar sobre a violência doméstica e sobre o direito das mulheres a uma vida com segurança, liberdade e paz. Além de informar como elas podem se prevenir.

Confira abaixo a entrevista completa com a pesquisadora.

UNFPA e Sesc: Como uma mulher pode identificar se está sofrendo violência? Existem alguns sinais? Onde ela pode ter ajuda para fazer essa identificação?

Há vários sintomas da violência no cotidiano de vida das mulheres, o isolamento é um deles. Uma das ferramentas do agressor é isolar a mulher, com isso se enfraquece a rede de possíveis apoios à mulher. A ausência de comunicação deve ser um alerta as pessoas que vivem em torno da mulher que vive a violência. Mesmo as meninas também tendem a ficarem mais caladas e distantes no auge das agressões e esse deve ser um padrão a ser observado por professoras, amigas e vizinhas, para conseguir intervir na violência de gênero que vê no silêncio e isolamento social seus maiores aliados.

UNFPA e Sesc: Quando se fala em prevenir a violência de gênero, sempre pensamos em macroações. Mas o que cada um e cada uma pode fazer, em suas comunidades, para prevenir essas violências?

A violência de gênero, por ser naturalizada na sociedade, é de difícil prevenção, devido às normas sociais que minimizam o sofrimento cotidiano de meninas, adolescentes e mulheres, como o poder masculino dentro das relações domésticas e familiares, por exemplo. A divulgação de informações de qualidade destinada a desmascarar esta naturalidade é uma atitude que as cidadãs e os cidadãos podem fazer para mudar esta realidade desde a comunidade.

UNFPA e Sesc: Um exemplo disso é aquela velha história de “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”, não é mesmo? Como evitar esse comportamento?

Sim, outra atitude que ajuda a prevenir a violência de gênero é a solidariedade com as vítimas das agressões sexistas. A comunidade é cúmplice da violência de gênero quando assiste, sem reação, às amigas, vizinhas e familiares sofrendo da violência conjugal, doméstica, familiar e sexual, ali ao seu lado, sem assumir o papel ativo de barrar a violação, especialmente utilizando o Disque 180, que pode ser acionado de forma anônima para qualquer denúncia de atos de violência. Também para o caso de arbitrariedade policial e tortura pode-se ligar para o Disque 100, que recebe denúncias da violação dos direitos humanos.

UNFPA e Sesc: Então, quando a pessoa sabe de uma situação de violência com uma amiga ou uma vizinha, por exemplo, como ela deve proceder?

É fundamental identificar situações de violência de gênero encarando-as com seriedade e compromisso. Ao perceber que uma amiga, vizinha ou aluna esteja em uma situação de violência, seja física, sexual ou psicológica, deve-se tomar partido por meio de ajuda. A covardia do machista pode ser barrada com a presença ativa da comunidade naquele contexto, o que é raro, pois a maioria prefere “não se meter”, até mesmo por medo da segurança pessoal.

De qualquer forma, as denúncias anônimas e o apoio, seja na escuta, seja na presença e ligações para apoiar as vítimas que perpassam seu ciclo próximo de convívio, são fundamentais. Não feche a cortina, não vire as costas, não pense que é normal uma menina, adolescente, mulher estar isolada e sozinha num convívio violento. Essa ação solidária pode salvar vidas, ligue 180, visite uma familiar em contexto de violência, tome partido pela vida das mulheres!

UNFPA e Sesc: E para quem não flagrou nenhum comportamento violento, mas deseja se engajar nesta luta, como fazer?

Uma boa atitude é não compartilhar material que reforce os estereótipos, que autorizem a violência contra as meninas, adolescentes e mulheres. Não consuma pornografia infantil, não compartilhe meme sexistas e racistas em suas redes sociais. Divulgue informação sobre formas de identificar e prevenir a violência de gênero.

 

O Setor de Tecnologia da Informação (STI), assim como os demais, não parou por conta da pandemia, e se constitui em um dos mais importantes para pôr para funcionar toda a engrenagem do Sintufrj a serviço dos sindicalizados. Com as novas tecnologias e a informatização, a maioria dos serviços prestados pelo Sindicato às trabalhadoras e trabalhadores da UFRJ depende de sistemas sustentados pela área de TI.

Um exemplo é o recadastramento, a emissão de carteirinha digital, alteração de dados cadastrais, pedidos de auxílios, programa de acompanhamento de ações judiciais, elaboração de fichas financeiras, planilhas, inscrição em cursos e fóruns, entre tantas outras prestações de serviços. A informação que o Sintufrj leva cotidianamente àq categoria técnico-administrativa é por meios digitais.

Quem dá suporte à transmissão de dados, aos sistemas de rede, à telefonia e ao monitoramento da segurança patrimonial da categoria? É o STI. São centenas de procedimentos realizados cotidianamente  que sustentam a circulação pelas redes da entidade de mais de três terabytes (capacidade de armazenamento de dados).

Trabalha para todos

A equipe de criação de sistemas do STI produz serviços para atendimento de quase todas as demandas da entidade. Um exemplo é a carteirinha digital, a partir da arte fornecida pelo Departamento de  Comunicação; o programa de controle e inclusão de auxílios (inclusive os procedimentos para viabilizar o pagamento de auxílios e demais ações a cargo dos Setores de Convênio e Financeiro); criação do formulário de inscrição para o Fórum Técnico-Administrativo; e a  ficha de inscrição para os curso de capacitação.

Estratégia

Os profissionais da rede de servidores criaram acesso externo para o equipamento da sede do Sintufrj, na Cidade Universitária, destinados ao trabalho remoto, e diariamente fazem a verificação dos links de internet e o acompanhamento de processos CP-Pro.

Outra tarefa deles é cuidar da atualização dos equipamentos destinados ao serviço remoto (como reconfiguração e solução de outros problemas para que os profissionais da entidade continuam desempenhando suas funções de forma remota). Mas também atuam presencialmente quando necessário e para fazer a manutenção dos servidores (por exemplo, quando falta energia).

É também responsabilidade do STI o gerenciamento das linhas móveis, com acompanhamento do gasto de minutos e dados, cuida da rotina de backup dos arquivos e programas e dos sistemas de monitoramento por câmeras e alarmes.

A partir de 1º de setembro os servidores públicos da Administração Federal poderão estar sob a égide do teletrabalho, modalidade institucionalizada na Instrução Normativa nº 65, do Ministério da Economia.

O teletrabalho – as regras valem também para as autarquias e fundações públicas – faz parte do programa de gestão da pasta. É a mais nova aposta do ministro Paulo Guedes para “economizar” os custos da máquina pública e transferir a despesa para o bolso do servidor.

“Estamos apresentando esse sistema para diminuir os custos de todos os órgãos”, anuncia a diretora do Departamento de Provimento e Movimentação de Pessoal do Ministério da Economia, Luiza Roland.

A propaganda do governo está intensa, com o ministério da Economia promovendo lives para explicar as novas regras para o teletrabalho no serviço público federal (a segunda live foi na terça-feira, 18) e abarrotando o portal do servidor com informações a respeito. Guedes vende o peixe como sendo a descoberta da modernização da gestão e da eficiência no serviço público.

Com o objetivo de refletir sobre o impacto das novas relações de trabalho que se apresentam hoje com a expansão do trabalho remoto e os desafios que se colocam para a preservação de direitos, o Sintufrj realiza do 1º Fórum Técnico-Administrativo em setembro que terá como tema.

Quem paga a conta…

Aos órgãos o governo informa que é facultativa a implantação do teletrabalho. Ao servidor diz que será de sua escolha pactuar com o gestor um plano de trabalho, com metas e cronograma desempenhando atividades a distância.

O que o Ministério da Economia não esclarece de imediato é que despesas com telefone, internet, energia elétrica e outras semelhantes são de responsabilidade do servidor.

Também não diz que o pagamento de horas extras, banco de horas, auxílio transporte, adicionais ocupacionais e noturno serão coisas do passado. “O foco do trabalho é orientado para resultados”, afirma Luiza Roland.

Mais está tudo escrito e sacramentado na IN 65, que foi esmiuçada na live governamental por Luiza Roland, junto com o gerente de Projetos da Secretaria de Gestão, Roberto Pojo, e a coordenadora-geral de Concursos e Provimento de Pessoal, Diana Rodrigues.

Etapas

A implantação do programa de gestão é facultativa aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal. Cada órgão definirá, a partir de suas necessidades, que atividades poderão ser desempenhadas a distância. Caberá ao dirigente máximo de cada pasta autorizar a implementação do programa de gestão.

Após a autorização, o órgão lançará um edital com as regras do teletrabalho em cada unidade. Nele constarão informações sobre o número de servidores e atividades a serem desempenhadas, se o regime será parcial ou integral e o plano de trabalho com metas e cronograma.

O prazo para os órgãos se adaptarem às novas regras será de seis meses. A reitora da UFRJ terá que tomar uma decisão, se vai ou não aderir ao teletrabalho do governo Bolsonaro.

Modalidades

As modalidades são: presencial e teletrabalho, sendo que o teletrabalho poderá ser realizado em regime integral ou parcial. Embora seja indicado que as atividades que possam ser realizadas de maneira remota sejam incluídas na modalidade de teletrabalho, o dirigente da unidade poderá adotar o programa de gestão para os servidores em regime presencial também, se entender conveniente para a Administração.

No regime de execução integral o servidor cumpre a jornada de trabalho remotamente em sua totalidade e no regime de execução parcial o participante cumpre parte da jornada de trabalho remotamente e parte em regime presencial, conforme cronograma específico definido com a chefia imediata.

Participantes

Além de servidores efetivos, poderão participar do programa de gestão ocupantes de cargos em comissão, empregados públicos e contratados temporários. Haverá uma seleção baseada em critérios técnicos e divulgados previamente.

O servidor que aderir ao teletrabalho – em regime parcial ou integral – terá que assinar e cumprir o plano de trabalho e também assinará o termo de ciência e responsabilidade. No plano de trabalho estão a execução das atividades, as metas estipuladas e o cronograma estabelecido.

Plano de trabalho

Esse plano inclui a produção do servidor, o que eles chamam de “entrega”. O acompanhamento de cada trabalho do servidor (entrega) caberá à chefia imediata que pode, caso as atividades não sejam cumpridas conforme o previsto em edital, desligar o participante do programa.

O servidor terá responsabilidades e atribuições a cumprir. Entre elas, permanecer disponível para contatos telefônicos, checar regularmente sua caixa de e-mail e comparecer ao órgão sempre que convocado.

Sistema e avaliação

A disponibilização do Sistema criado para os órgãos que desejem aderir ao programa de gestão está prevista para 25 de agosto. Será disponibilizado no Portal de Software público com código, banco de dados e documentação.

Todo o processo do teletrabalho terá o acompanhamento e o controle através deste sistema que deve ser alimentado semanalmente. Nele, as metas devem ser registradas e avaliadas pela chefia imediata em até 40 dias, utilizando uma escala de 0 a 10. Somente serão consideradas aceitas as “entregas” cuja nota atribuída pela chefia imediata seja igual ou superior a 5.

A regra para as avaliações vale também para os gestores que, como participantes do programa de gestão, exercerem suas atribuições nos moldes do programa.

ESTE AÍ é, como se sabe, o banqueiro que comanda as decisões na área econômica de um governo que tem como alvo os trabalhadores, especialmente os servidores de rendas média e baixa do Estado brasileiro

Grupo de Trabalho na UFRJ

Em sua última sessão em 13 agosto o Conselho Universitário criou um GT – proposta da conselheira técnica-administrativa Joana de Angelis – para estudar a Instrução Normativa (IN) 65 e propor as regulamentações para a proteção e a garantia da qualidade de vida dos servidores da universidade.

A IN 65, editada no dia 31 de julho, regula o teletrabalho na administração pública federal. Pelas novas normas, despesas com telefone, internet, energia elétrica e outras semelhantes são de responsabilidade do servidor.

De acorda com Joana, a IN 65 é mais uma forma de ataque à educação pública e aos trabalhadores e trabalhadores das instituições federais de ensino superior.

“Estamos sendo literalmente atropelados ou invadidos por um tsunami”, afirmou a reitora Denise Pires, que avalizou a criação do GT

A mesa de abertura do 1º Fórum Técnico-Administrativo sobre a Uberização do Serviço Público, organizado pelo Sintufrj, terá entre convidados a ex-reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora e deputada federal Margarida Salomão (PT-RJ).

Ao lado do sociólogo Ricardo Antunes e dos professores  Gisele Ricobom (UFRJ) e Rafael Grohmann (Unisinos/RS), a parlamentar fará o debate sobre a precarização do trabalho e seus impactos no serviço público.

O Fórum será realizado nos dias 1º, 2 e 3 de setembro e, além das mesas com convidados, o evento terá participação de servidores apresentando trabalhos, enviando vídeos ou como ouvintes.

Oficinas estão sendo programadas sobre temas como, por exemplo, assédio moral e a Instrução Normativa 65, regras baixadas pelo governo sobre o teletrabalho que sequestra direitos do funcionalismo federal.

A arte terá espaço assegurado no evento finalizando a programação de cada dia. O Sintufrj irá premiar com computadores os três melhores trabalhos escolhidos por um júri.

Parlamentar

A deputada Margarida Salomão tem uma lista de serviços prestados à sociedade como acadêmica, gestora pública (já foi secretária de Educação) e militante política. É professora emérita da UFJF e, na Câmara, preside a Frente Parlamentar em Defesa das Universidades e nessa condição, tem sido porta-voz da resistência aos ataques do governo da ultradireita às Instituições Federais de Ensino Superior e aos seus trabalhadores.

Na direção da UFJF, deixou marcas que expressam sua sensibilidade para  projetos voltados aos setores mais vulneráveis da população como, por exemplo, programas de emprego e renda por meio de projetos de cooperativas.


Três opções de inscrição estão disponíveis na página do Fórum no site do Sintufrj

a) Para ouvinte (servidor ativo e/ou aposentado): até 31 de agosto.
Link: https://sintufrj.org.br/cpd/forum2020/

b) Para apresentação de trabalho escrito (servidor e ou servidores sindicalizados ativos e/ou aposentados): até 24 de agosto.
Link: https://sintufrj.org.br/orientacoes-para-envio-de-trabalhos-escritos/

c) Para quem desejar enviar vídeos (servidor sindicalizado ativo e/ou aposentado): até 24 de agosto.

Inscrições para apresentação de trabalho podem ser individuais ou em grupo.

Para as apresentações de vídeo
Os vídeos deverão ter no mínimo 1min30 e não podem ultrapassar de 3 minutos, devendo ser inéditos e em qualquer mídia/formato. Enviar para forumsintufrj2020@sintufrj.org.br, informando seu nome e SIAPE.
Link: https://sintufrj.org.br/orientacoes-para-envio-de-videos

Luta recebe apoios de várias categorias e mobilização pode aumentar ainda mais. A greve é pela vida, por manutenção de direitos e contra a privatização

Matéria retirada do site da CUT

Cerca de 70% dos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios de todo o Brasil paralisaram as atividades em uma ampla mobilização nacional contra a retirada de direitos, em defesa da vida e contra a privatização, de acordo com estimativas dos sindicatos filiados a Federação Nacional dos Trabalhdores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).

A greve que é por tempo indeterminado e foi iniciada nesta segunda-feira (18) tem a adesão tanto do setor operacional, quanto administrativo. A maioria dos sindicatos promoveu atividades durante o dia, como atos e manifestações que reafirmaram a unidade e luta pela manutenção dos direitos e em defesa da vida.

Várias mensagens de apoio á luta da categoria foram postadas nas redes sociais, entre elas uma do presidente da CUT, Sérgio Nobre, que colocou toda a estrutura da central à disposição dos trabalhadores dos Correios e alertou que esta greve é de toda a classe trabalhadora.

A luta dos trabalhadores dos Correios por direitos é de toda classe trabalhadora

Os trabalhadores agradeceram todo apoio e solidariedade de quem reconhece as dificuldades de uma luta como essa, em plena pandemia do novo coronavírus, que já matou quase 110 mil brasileiros. A categoria segue com a saúde e vida ameaçados pela negligência e descaso da gestão dos Correios, que tem a frente o general Floriano Peixoto, em relação aos riscos de contaminação e morte por Covid-19.

Os dirigentes da Federação ressaltam que desde o início da pandemia foi necessário travar uma luta judicial, com uma verdadeira guerra de liminares, para garantir equipamentos mínimos de proteção individual, testagem de trabalhadores e afastamento dos que estão nos grupos de risco, como trabalhadores com comorbidades ou idosos.

Para os sindicalistas, essa ação negacionista da empresa expõe não só a vida dos trabalhadores e seus familiares, mas também a da população. Prova disso é a quantidade de óbitos e trabalhadores contaminados, a qual a empresa vem se negando a fornecer os dados oficiais.

Com base em informações encaminhadas pelos sindicatos filiados, a Federação estima em mais de 70 os óbitos de trabalhadores da ativa vítimas da Covid-19.

Apesar do avanço da pandemia, afirmam, muitas agências dos Correios ainda não têm segurança mínima de trabalho, nem tampouco para atendimento do público.

A luta dos trabalhadores dos Correios, afirmam os sindicalistas da Fentect, é pela manutenção dos direitos conquistados em anos de enfrentamento e em defesa da vida e também contra o desmonte da empresa que o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) quer privatizar.

Em nota, a Frentect pede “a compreensão da sociedade nessa luta”, diz que segue aguardando “uma postura correta da empresa, de negociação, para que os trabalhadores não sejam ainda mais penalizados nessa pandemia, assim como a população”.

De acordo com a entidade, novas assembleias serão realizadas nos estados ao longo da semana, com avaliação de greve. No entanto, a greve deve contar com novas adesões dada a retirada de direitos, prevista no Acordo Coletivo da categoria que teria vigência até 2021, e perdas salariais que chegam a 40% da remuneração, além de direitos como licença maternidade de 180 dias e auxilio para dependentes com necessidades especiais. A nossa luta é pelo Brasil.

Confira aqui os principais direitos retirados da categoria.