A proposta do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) apresentada pela reitoria será submetida à apreciação do Conselho Universitário na sessão desta quinta-feira, 8 de abril. Durante o período no qual o documento foi aberto à consulta pública, o Sintufrj encaminhou contribuições, com destaque para a criação do Conselho Superior de Administração e Gestão de Pessoal – reivindicação antiga do movimento organizado da categoria.
Ao se debruçar sobre o documento inicial do PDI – que ganhou publicidade em outubro de 2020 – chamou atenção da direção do Sintufrj a ausência de qualquer menção ao Plano de Desenvolvimento da carreira dos TAEs. Este ponto concentrou outro item de propostas do sindicato a ser incorporado ao plano que orienta estruturalmente a vida da universidade.
O sindicato também rejeitou a terminologia expressa no PDI que grafa “Plano Desenvolvimento de Pessoas (PDP) da UFRJ”. “Compreendemos que a Pró-reitoria é de Pessoal, não de Pessoas, porque é uma política de pessoal, entendida enquanto coletivo de trabalhadores e não como indivíduos na instituição”, diz o texto proposto pelo Sintufrj, solicitando a alteração da nomenclatura apresentada no documento da reitoria.
Entre as contribuições encaminhadas pelo Sintufrj, há, ainda, a determinação para se abra a possibilidade de atuação dos técnicos-administrativos na coordenação de ações de pesquisa e extensão.
500 páginas
O texto do PDI para o período 2020/2024 que será debatido pelos conselheiros na sessão de quinta-feira é um calhamaço de 521 páginas com 14 tópicos, entre os quais ´perfil institucional, projeto pedagógico, cronograma de implantação de cursos, gestão e organização administrativa (estrutura e pró-reitorias),perfil do corpo técnico-administrativo, política de atendimento a docentes, serviços terceirizados, infraestrutura e instalações acadêmicas, avaliação e acompanhamento do desenvolvimento institucional, aspectos financeiros e orçamentários, processo de revisão do PDI, e plano para gestão de risco.
A Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador (CPST/PR4) organiza o debate com participação da educadora física do Espaço Saúde do Sintufrj, Carla Nascimento. O encontro será nesta terça-feira, 6, às 10h, com transmissão ao vivo no YouTube e Facebook do sindicato, não perca!
O Brasil ultrapassou nesta segunda (5) a marca de 13 milhões de infectados por covid-19. Com acréscimo de 28.645 novos casos registrados nas últimas 24 horas, o país chegou a 13.013.601 impactados diretos pelo coronavírus. Isso, sem levar em conta com ampla subnotificação, já que a quantidade de testes realizados sempre foi insuficiente de acordo com a demanda. Não foram contabilizados os dados do Ceará, por problemas técnicos no envio dos dados do dia.
Também nas últimas 24 horas, foram 1.319 mortos notificados ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conass. O número é elevado para uma segunda-feira, já que existe uma defasagem de dados no início da semana, devido a um menor corpo de profissionais ativos aos domingos, em especial em laboratórios. O erro tende a ser corrigido nos dias seguintes. Agora, desde o início da pandemia, em março de 2020, o Brasil soma 332.752 mortos.
A RBA utiliza informações fornecidas pelas secretarias estaduais, por meio do Conass. Eventualmente, elas podem divergir dos informados pelo consórcio da imprensa comercial. Isso em função do horário em que os dados são repassados pelos estados aos veículos. As divergências para mais ou para menos são sempre ajustadas após a atualização dos dados.
Semana letal
A última semana foi marcada por dois movimentos em relação à covid-19. Foi a com maior número de mortos; foram registrados 19.643 vítimas. Neste período, o Brasil se manteve como epicentro da pandemia no mundo, com mais de um terço de todas as mortes do planeta. Em contrapartida, houve uma redução no número de novos casos. A média se manteve elevada, mas inferior às últimas três semanas.
Foram registrados 463.235 doentes, diante de 539.903 da semana anterior. Ações de isolamento promovidas por governadores e prefeitos podem ter influência nesta conta. Uma redução no contágio tende a refletir no arrefecimento das mortes dentro de, no mínimo, 14 dias, período em que a covid-19 tende a se revelar com gravidade. Embora exista uma aparente redução nas infecções, a ordem da ciência é pela manutenção, e até endurecimento, de medidas de distanciamento. A covid-19 está fora de controle no Brasil desde o fim de 2020, e assim segue, de acordo com o Imperial College de Londres.
Tratamento perigoso
Com taxa de letalidade de 2,6% dos casos, 80% dos intubados no Brasil morrem, sendo que a média mundial é de 1% de letalidade e 50% em relação aos intubados. O quadro grave do Brasil é agravado por uma ampla disseminação de desinformação, que levou, inclusive, muitos brasileiros a se medicarem com compostos comprovadamente ineficazes contra a covid-19. A grande fonte das mentiras relacionadas com os tratamentos da covid-19 foi o governo federal, do presidente Jair Bolsonaro, que adotou uma saga messiânica em defesa de medicamentos como cloroquina e ivermectina. Além de ineficazes, tais fármacos produzem efeitos colaterais severos.
Hospitais referência, como o Hospital da Unicamp, em Campinas, interior de São Paulo, já relataram mortes ligadas ao excesso de ivermectina. Apoiadores de Bolsonaro passaram a tomar o medicamento em doses altas de forma indiscriminada, a partir da influência do político. Em levantamento do jornal O Globo, no período da pandemia, houve aumento de 558% nos casos de reações adversas relacionadas à cloroquina e à hidroxicloroquina.
Vacinas
De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram distribuídas 42.956.226 doses de vacinas em todo o país. Destas, cerca de 80% são da CoronaVac, vacina do Instituto Butantan, rejeitada e atacada por Bolsonaro desde o período de elaboração. Aplicadas, foram 21.070.128. Entre os estados que mais vacinou está São Paulo, com 6.660.492 doses aplicadas. O estado também é o mais afetado do país, com 2,5 milhões de infectados e 77 mil mortos.
Diante da comunidade internacional, o processo de vacinação no Brasil segue lento. Com 9,91% de brasileiros tendo tomado ao menos uma dose, o país está atrás proporcionalmente de países como República Dominicana, Romênia, Polônia, Eslovênia, Hungria, Uruguai e Chile. A lentidão já levou brasileiros residentes próximos da fronteira com o Uruguai e que possuem dupla cidadania a buscar imunização no país vizinho. Por lá, 22,6% já receberam ao menos uma dose, e o processo de imunização é abrangente, envolvendo inclusive os mais jovens.
Cerca de 19 milhões de pessoas passaram fome durante a pandemia do coronavírus no Brasil. Uma pesquisa realizada entre outubro e dezembro do ano passado mostra que mais de 116 milhões de pessoas conviveram com algum grau de insegurança alimentar no período.
A conclusão é de que o aumento da fome no Brasil está mais acelerado nos últimos anos. Entre 2018 e 2020 a alta foi de 27,6% ao ano. Entre 2013 e 2018, esse ritmo não passava de 8%.
Não é de agora que o alerta sobre o problema passou a ser preocupação de organizações e movimentos sociais. Em 2018, a ActionAid já chamava atenção para as consequências do empobrecimento acelerado da população.
Aliado ao desmonte de instituições promovido pelo governo, à devastação ambiental e ao agravamento das mudanças climáticas, o cenário faz vítimas principalmente entre as populações mais vulneráveis e não é fruto apenas da crise do coronavírus.
Segundo o professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, especialista em segurança alimentar e coordenador Rede PENSSAN, Renato Maluf, não há indícios de que a situação melhorou este ano.
“A nossa pesquisa, embora tenha revelado um indicador alto, ela ainda pegou a presença do auxílio emergencial. Se tivesse sido feita sem o auxílio seria pior. Temos todas as razões para achar que nesses primeiros meses do ano a situação se agravou”, afirma ele.
O especialista afirma ainda que nenhum dos fatores que influencia na segurança alimentar das famílias melhorou nos últimos meses. Entre eles estão as garantias de emprego e renda, cada vez mais enfraquecidas.
“Outro indicador indireto é verificar como aumentaram as manifestações de preocupação em relação à fome e as ações de solidariedade. Então, seja pelo agravamento dos determinantes, seja pela maior presença do tema nos debates públicos, tudo nos leva a crer que a situação só fez piorar.”
Para conter o aumento fome no Brasil, Renato Maluf aponta que é preciso a retomada imediata do auxílio emergencial, com valor suficiente para que a ajuda ao sustento das famílias seja efetiva. “Esse auxílio que o governo está retomando essa semana não vai dar para muita coisa”, alerta ele.
Além disso, é necessário trabalhar politicamente para a retomada do emprego e preservação dos pequenos negócios. Em longo prazo, é preciso iniciativas mais fortes nas políticas de abastecimento.
“Apoio às iniciativas de aproximação de produtor e consumidor, circuitos curtos de produção, circulação e comercialização de alimentos. Existem centenas de iniciativas pelo Brasil nessa direção, é preciso agora que essas ações sejam fortalecidas e cheguem às periferias”, completa Renato Maluf.
O Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil utilizou a mesma metodologia adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 2004, classificando a população brasileira conforme suas condições de segurança e insegurança alimentar.
O Sintufrj retomou o atendimento presencial, de modo parcial, ou seja, com número reduzido de trabalhadores administrativos por plantão e seguindo todos os protocolos de segurança sanitária exigidos na pandemia da Covid-19.
Mas, atenção: o atendimento é realizado somente na sede do Sintufrj, na Cidade Universitária, no Fundão, e tem que ser agendado.
O agendamento será feito pelos telefones informados no site do Sintufrj, de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h às 17h.
28,86%: agendamento pelo site do Sintufrj
Quem não conseguiu — apesar das orientações e o passo a passo disponíveis no site da entidade — realizar os procedimentos necessário (via a internet) para a ação dos 28,86% que a Justiça reconheceu o direito ao pagamento dos atrasados, não pode deixar de agendar o atendimento presencial, pelos telefones (21) 3194-7121/3194-7141 ou acessando no site do Sintufrj (www.sintufrj.org.br) o link https://sintufrj.org.br/atrasados-dos-2886/
Nesse link https://sintufrj.org.br/atrasados-dos-2886/ a direção sindical disponibilizou um tutorial para acesso ao Portal referente à ação dos 28,86% para dar inicio à fase de execução individual, que necessita de autorização (procuração/contrato) e outros documentos.
Ajuda necessária
Segundo a coordenadora de Administração e Finanças do Sintufrj, Maria Angélica da Silva, embora a maioria dos servidores tenha conseguido realizar o procedimento on line para os atrasados dos 28,86%, houve quem não conseguiu, por exemplo, digitalizar e anexar a documentação, além daqueles que não têm acesso a computador.
Agora, quem está com dificuldades tem a oportunidade de realizar presencialmente, na sede do Sintufrj, o procedimento dos atrasados dos 28,86%. Bastando para isso agendar o atendimento para que tudo se dê de maneira a garantir a saúde de todos.
“A pessoa somente será atendida se estiver usando máscara e no horário combinado. Para a segurança da sindicalizada e/ou sindicalizado e do funcionário do Sintufrj (que também estará usando máscara), o atendimento se dará em ambiente totalmente higienizado (conforme orienta a OMS) e equipado com álcool em gel. O atendimento é individual”, acrescenta a dirigente sindical.
“Fale conosco” continua valendo
O atendimento às servidoras e servidores sindicalizados por telefone segue normalmente. Portanto, o deslocamento até à sede do Sintufrj deve ocorrer somente se houver necessidade de ajuda presencial para obter a prestação de serviço. Ficar em casa e não correr riscos continua sendo a palavra de ordem do momento. Pela nossa saúde e pela da coletividade.
“É importante frisar que a pessoa deve solicitar atendimento presencial apenas quando não houver alternativa, principalmente se ela ou ele tiver que utilizar transporte coletivo. Procure sempre solucionar sua demanda por telefone”, reitera Maria Angélica.