As Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular realizaram reunião na quarta-feira, 9, para avaliação do #29M e organização do #19J. Participaram cerca de 90 representantes de centrais sindicais, partidos (PSOL, PT, PC do B, PDT, UP, REDE, PCO, PSTU e PCB), Coalizão Negra por Direitos, Movimento Acredito, entidades estudantis, entre outras representações da sociedade civil.
Ficou decidido que a concentração do #19J será no monumento a Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas, mesmo local do #29M, a partir das 10h, e os manifestantes seguirão até a Candelária. As palavras de ordem continuam sendo Fora Bolsonaro! Vacina no braço, comida no prato e a luta é pela vida!
Os organizadores da manifestação centrarão esforços para que as pessoas fiquem atentas em manter o distanciamento entre elas e também haverá mais organização no uso dos carros de som.
Plenária nacional
A reunião também orientou para que todos participem da 4ª Plenária Nacional de Organização das Lutas Populares da Campanha Fora Bolsonaro, que ocorrerá nesta quinta-feira, 10 de junho, às 18h. É necessário realizar inscrição pelo link: https://forms.gle/WgcYNw5QSoWA3spN8
Abaixo-assinado pedindo a suspensão da PEC 32 na pandemia foi entregue à Câmara pela Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público e a Frente servir Brasil
A Câmara dos Deputados instalou na tarde de quarta-feira, 9, a comissão especial que irá analisar o mérito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, a reforma administrativa de Bolsonaro que destrói os serviços públicos, avançando mais um passo na sua tramitação.
A comissão, de maioria governista, foi instalada logo após a entrega do abaixo-assinado com mais de 130 mil assinaturas pedindo a suspensão da PEC 32 enquanto durar a pandemia. O documento foi entregue ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pela Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público junto com a Frente Servir Brasil e entidades do serviço público.
Mobilização
A data da instalação da comissão foi mais um dia de mobilização dos servidores contra à proposta que, ao contrário do que diz o governo, acaba com direitos adquiridos da massa do funcionalismo e deixa de fora militares, juízes, desembargadores, procuradores, deputados e senadores. Pela manhã houve ato público em Brasília contra a reforma administrativa, em frente ao anexo II da Câmara dos Deputados com representantes de servidores de diversas categorias.
Na reunião virtual de instalação da comissão, o deputado Fernando Monteiro (PP-PE), que é empresário, foi eleito presidente do colegiado, enquanto a relatoria da proposta ficou a cargo de Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), que já se pronunciou a favor da reforma administrativa. A comissão terá até 40 sessões do plenário da Câmara para emitir um parecer.
O prazo para apresentação de emendas será de 10 sessões, contadas a partir de quinta-feira, 10. Cada emenda terá de ser assinada por 171 deputados. A comissão especial voltará a reunir semana que vem, 16, às 14h30, para a apresentação do plano de trabalho, deliberação de requerimentos e eleição dos vice-presidentes. O colegiado será composto por 34 integrantes titulares e 34 suplentes
O que eles pensam
Fernando Monteiro, afirmou ter um compromisso com o cidadão, “com o povo brasileiro”. Segundo ele, “a população está insatisfeita, os próprios servidores estão insatisfeitos, algo precisa ser feito”, sustentou. O deputado disse ainda que todos os atores serão ouvidos pela comissão durante a tramitação da PEC 32/2020. “Todos terão tempo para apresentar seus argumentos”, ressaltou. Segundo ele, não será aprovada a reforma administrativa ideal, mas a possível.
Já Arthur Maia afirmou que a Assembleia Nacional Constituinte cometeu “excessos” no trato com os servidores. E já mostrou a que veio:
“Teremos de debater temas que serão extremamente relevantes e atuais, temos sim de trazer para o debate a questão da cláusula de desempenho, temos sim de discutir se é bom ou não para o Brasil a estabilidade na forma como ela é hoje colocada. Temos sim de discutir como serão mantidos ou não mantidos os cargos de confiança e os cargos em comissão. Temos sim, portanto de fazer aqui um debate que bote o dedo na ferida e possa melhorar e qualificar o nosso serviço público”, defendeu.
Energia elétrica foi o que mais pressionou o índice de maio, com aumento de 5,37%. Já as carnes, que subiram 2,24% e continuam a subir, acumulam aumento de 38% nos últimos 12 meses
Pressionada pela alta da energia elétrica, que subiu 5,37%, a inflação de maio chegou a 0,83%, a maior taxa para o mês desde 1996, quando atingiu 1,22%. O índice acumula alta de 3,22% no ano e de 8,06% nos últimos 12 meses, de acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, explica a disparada no índice da energia dizendo que se deve a dois fatores:
1) Em maio passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que trouxe uma diferença grande em relação à bandeira amarela, que estava em vigor de janeiro a abril.
2) A série de reajustes que houve no final de abril em várias concessionárias de energia elétrica espalhadas pelo país.
A bandeira tarifária vermelha patamar 1 acrescenta R$ 4,169 na conta de energia a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Também subiram os preços de água e esgoto (1,61%), gás de botijão (1,24%), gás encanado (4,58%), gasolina (2,87%), gás veicular (23,75%), etanol (12,92%) e o óleo diesel (4,61%).
As carnes, que subiram 2,24% e continuam a subir, acumulam aumento de 38% nos últimos 12 meses.
Para Kislanov, o aumento das carnes é um dos fatores que explicam por que comer fora de casa ficou mais caro. A alimentação fora do domicílio teve alta de 0,98% em maio e, no mês anterior, havia subido 0,23%. As altas do lanche (2,10%) e da refeição (0,63%) contribuíram para o aumento. Em abril, os dois itens tiveram queda em seus preços.
Todas as áreas pesquisadas no IPCA tiveram inflação em maio. A maior variação foi registrada na região metropolitana de Salvador (1,12%), que foi impactada, principalmente, pelas altas nos preços da gasolina (8,43%) e da energia elétrica (10,54%).
Já a menor variação ocorreu em Brasília, que teve inflação de 0,27%, influenciada pela queda nos preços das passagens aéreas (-37,10%) e das frutas (-10,68%).
INPC sobe 0,96% em maio
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de maio teve alta de 0,96%, acima do resultado de abril, quando havia registrado 0,38%. O resultado de maio é o maior para o mês desde 2016, quando registrou 0,98%.O índice acumula, no ano, alta de 3,33% e de 8,90% em 12 meses. Em maio de 2020, a taxa foi de -0,25%.
Kislanov explica que o impacto da energia elétrica é maior no INPC (0,28 p.p.) do que no IPCA (0,23 p.p.), o que pode justificar a maior variação do índice. “A energia elétrica tem um peso muito grande entre as famílias de menores rendas. Além disso, também pesou bastante o aumento da gasolina (0,15 p.p.) e das carnes (0,09 p.p)”, diz.
Os produtos alimentícios subiram 0,53% em maio enquanto, no mês anterior, haviam registrado 0,49%. Já os não alimentícios subiram 1,10%, após variarem 0,35% em abril.
Todas as capitais pesquisadas tiveram inflação em maio, com destaque para Salvador (1,25%), que foi impactado pelas altas da energia elétrica (10,63%) e da gasolina (8,43%). Já o menor índice foi observado em Brasília (0,41%), influenciado pelas quedas nos preços das passagens aéreas (-37,10%) e das frutas (-11,63%).
A morte de Kathlen Romeu, grávida de quatro meses, na última terça-feira (8) é a 8ª morte de gestante na Região Metropolitana do Rio de Janeiro desde 2017. Segundo a plataforma Fogo Cruzado, 15 mulheres grávidas foram baleadas no Grande Rio, sete delas morreram. Desses 15 casos, nove bebês não resistiram.
Segundo a Fogo Cruzado, apesar de todas terem sido vítimas da violência armada, as 15 grávidas baleadas no Grande Rio foram vitimadas de diferentes formas: 6 delas foram vítimas de balas perdidas, 4 foram vítimas de execução/homicídio, 3 foram baleadas durante roubo ou tentativa de roubo, 1 foi baleada com indícios de tortura e 1 não teve motivação identificada.
Até março de 2021, a plataforma, que compila dados de segurança pública no estado do Rio, registrou 681 mulheres baleadas na Região Metropolitana do Rio: 258 delas não resistiram e morreram.
Os motivos dos tiroteios que mais deixaram mulheres baleadas foram operação ou ação policial, que fez 194 vítimas ao todo (45 mortas e 149 feridas). Roubo e tentativa de roubo veio em seguida, totalizando 117 vítimas (34 mortas e 83 feridas). Homicídio e tentativa de homicídio (111 vítimas: 74 mortas e 37 feridas); execução e tentativa de execução (68 vítimas: 59 mortas e 9 feridas).
Vítimas mulheres em disputa entre facções/milícias somam 36, sendo 13 mortes e 23 feridas. Em apenas 10% dos casos, não foi possível identificar as circunstâncias dos disparos.
Quase metade das mulheres baleadas na Região Metropolitana do Rio foram vítimas de balas perdidas. Foram 314 mulheres atingidas que não tinham nenhuma participação ou influência direta nos tiros, mas que sofreram igualmente com os efeitos da violência armada: 59 delas morreram.
Chama atenção também que 12% das vítimas (85 mulheres) foram baleadas quando estavam dentro de casa: destas, 49 morreram. E outras 11 eram agentes de segurança: 7 morreram.
Ação da UPP
A designer de interiores Kathlen Romeu estava grávida de quatro meses e foi baleada na cabeça durante confronto na região. Ela estava caminhando na rua com a avó próxima à localidade conhecida como Beco da 14 quando teve início a troca de tiros entre policiais e criminosos. A jovem chegou a ser socorrida e levada por policiais para o Hospital Salgado Filho, no Méier, bairro da Zona Norte, mas não resistiu ao ferimento.
Em nota, a Polícia Militar informou que não estava sendo realizada uma operação, mas que fazia patrulhamento de rotina da UPP quando o carro foi alvo de tiros.
Em entrevista à TV Globo na manhã desta quarta-feira (9), o pai de Kathlen disse que há um mês decidiu tirar a filha da comunidade, onde vive a avó, por conta da frequência de tiroteios no local.
“Noventa e nove por cento da comunidade são pessoas de bem. A mesma operação que tem constantemente na nossa área não tem na Zona Sul. Eu tirei ela de lá por causa da violência. Minha filha era a coisa mais especial da minha vida. Uma pessoa do bem, inteligente”, disse o pai de Kathlen.
Repercussão
Nas redes sociais, a hashtag #Kathlen foi um dos assuntos mais comentados em todo o Brasil, com repercussão entre políticos e artistas. Anielle Franco disse que lembrou da irmã, a vereadora Marielle Franco, executada em março de 2018, no Rio Comprido, região central do Rio.
“Não consegui dormir quase nada pensando na família da Kathlen. Fiquei pensando na primeira noite sem minha irmã. Depois pensei naquela ida fatídica ao IML (Instituto Médico Legal) que precisei fazer. Mari nutria sonhos. Kathlen carregava o seu. É sonho atrás de sonho sendo interrompido. Que dor!”, escreveu Anielle.
Protesto
Um ato em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, em Laranjeiras, Zona Sul da capital, está marcado para esta quarta-feira (9), às 18h. O protesto é contra a política de segurança que vem sendo colocada em prática pelo governador Cláudio Castro (PSC) durante a pandemia.
A organização do ato recomenda que todos e estejam de máscaras e que levem álcool em gel para higienização das mãos. Na chamada para o protesto, os organizadores lembraram o governo vem desrespeitando decisão do Supremo Tribunal Federal que impede ações policiais em comunidades durante a pandemia.
“Leve sua vela, seu cartaz, sua dor e revolta! Encheremos o Palácio Guanabara com símbolos que representam a política de morte que este governo produz todos os dias em nossas favelas e periferias. O governador Cláudio Castro e sua polícia vem afrontando o STF e descumprindo a liminar de suspensão das Operações Policiais no Estado do RJ”, afirmam os organizadores.
‘De acordo com o relatório de nossos representantes, já temos a apuração oficial do partido, onde o povo se impôs a esta façanha, a qual saudamos’, disse
O candidato de esquerdaPedro Castillo se declarou vencedor das eleições presidenciais do Peru na noite desta terça-feira (08/06), com base em mais de 98% apurados e nas contagens paralelas feitas pelo Perú Libre, seu partido.
Em declarações em frente ao comitê de campanha, Castillo afirmou que “O povo falou”. “De acordo com o relatório de nossos representantes, já temos a apuração oficial do partido, onde o povo se impôs a esta façanha, a qual saudamos. Por isso, peço também que não caiam na provocação.”
Às 11h da manhã em Brasília, Castillo tinha uma diferença de cerca de 72 mil votos em relação à adversária, a ultradireitista Keiko Fujimori. Em números percentuais, a diferença é de 0,4 ponto.
Veja como está a apuração das eleições no Peru:
Pelos dados divulgados pelo órgão eleitoral, não é possível saber com precisão quantos votos ainda faltam a ser apurados. Uma projeção aponta há pelo menos 177 boletins de urna ainda a serem contabilizados, mas não se sabe quantas cédulas estão computadas nelas.
A esperança de Keiko de virar novamente a apuração se baseava nos votos do exterior, que vinham em grande proporção a favor da candidata. Mesmo assim, à medida em que a apuração avançou, essa proporção, que chegava a ser de 80 votos para Keiko e 20 para Castillo a cada 100, já caiu para 66 contra 34.
Contra as expectativas de Keiko, ainda há a questão da abstenção fora no Peru, que bateu 64% (dentro do país, foi de 23%).
Além disso, ainda faltam alguns votos em zonas rurais do país, em especial na região de Cusco, onde Castillo é muito forte (os votos para ele estão entrando na proporção de 83 a 17 a cada 100). Na região, 95,66% das atas já foram processadas e 95,2%, contabilizadas.
Nas áreas em que a candidata da Força Popular é mais forte, a apuração ou está muito avançada – caso de Lima, com 100% das atas processadas e 97,96% contabilizadas -, ou já foi concluída.
Existe uma diferença entre atas processadas e atas contabilizadas. As processadas são as recebidas pelo órgão eleitoral e checadas quanto à validade e outros problemas; as contabilizadas são aquelas que, efetivamente, entram na contagem dos votos.
Uma ex-professora apostou na diversidade ao lançar uma marca de artigos de papelaria e moda com temática afro. Mesmo com a pandemia do coronavírus, teve aumento de 25% na receita em 2020. Ela se reinventou e faturou mais de R$ 100 mil.
Ana Cláudia Silva era professora e, para complementar a renda, revendia bolsas para as colegas de trabalho, até que decidiu virar empreendedora. Com o valor do 13º salário – R$ 2,8 mil – comprou tecido, couro sintético e fez bolsas com estampa afro. Começou a vender e não parou mais.
“É possível começar com pouco, assim como eu comecei. Foi um investimento que fiz com um risco calculado, estudei o mercado, vi oportunidade, coloquei minhas poucas economias no que eu precisava e no que o mercado precisava e vi que o retorno seria possível”, conta a empresária.
Os produtos levam diversidade para alunos e professores. Além de bolsas, são mochilas, jalecos, cadernos e outros itens de papelaria.
“Você vai nas prateleiras de grandes papelarias, de armarinhos, e sempre vai achar os mesmos personagens. Mas você não vai achar nada que se identifique com o meu cabelo, com as tranças, com os dreads, com a pele mais escura”, diz.
Ana montou a empresa no começo de 2019 e vendeu muito durante todo o ano. Animada, investiu R$ 30 mil e fez um estoque grande no começo de 2020, mas a pandemia chegou. Quase 90% das vendas eram feitas em feiras e eventos, que pararam com o início da quarentena.
Em menos de um mês, Ana fez uma revolução digital na empresa. Chamou artistas negros, fez lives, alugou estúdio, tirou fotos de produtos, divulgou on-line.
Os produtos são criados pela empresária e a produção é terceirizada. Em 2020, o faturamento ultrapassou pela primeira vez R$ 100 mil. A empresária também colocou as contas em ordem, trocou fornecedores e reduziu os custos em 20%.
Para 2021, a expectativa é faturar R$ 150 mil e iniciar contatos para exportação.
Casa Pretahub Avenida Nove de Julho, 50 – Bela Vista São Paulo/SP – CEP: 01312000 Telefone: (11) 93232-0658 E-mail: contato@casapretahub.com.br Site: www.casapretahub.com.br Facebook: Casa Preta Hub Instagram: www.instagram.com/casapretahub/