A assembleia estatutária on-line desta quinta-feira, 24, aprovou a prestação de contas do Sintufrj do período de novembro de 2017 a dezembro de 2021, por 2/3 dos votos dos presentes. Resultado da votação: 65% foram favoráveis, 32% contrários e abstiveram-se de votar 3%).

O resultado coroou o trabalho da gestão. A recuperação financeira do Sintufrj salta aos olhos, e pela primeira vez na história, toda a documentação está disponível mensalmente no Portal da Transparência, demonstrando que a contribuição da categoria é tratada com zelo e responsabilidade, e que o sindicato está livre do comportamento temerário com as finanças que vigorava na gestão anterior.

No dia 22 de fevereiro, o Conselho Fiscal se reuniu para conferir os balancetes e as respectivas notas de despesas, conforme sempre ocorreu mensalmente.

A Coordenação de Finanças da entidade foi elogiada pelos integrantes do Conselho Fiscal — instância eleita pelos sindicalizados e composta por representantes de mais de uma  corrente política que milita na UFRJ — pela transparência na prestação mensal das contas, assim como a equipe técnico-contábil pelo trabalho organizado que apresentou.

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Conflito bélico no leste europeu envolve temas como o desenho da segurança na Europa, separatismo e energia

Militares da Ucrânia protegem quarteirão com prédios do governo Kiev nesta quinta-feira (24) – Sergei Supinsky / AFP

Para além das ações e discursos das últimas horas, que viu o exército russo entrar em território ucraniano, o conflito militar entre Rússia e Ucrânia envolve temas estratégicos como os limites da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), separatismo na Ucrânia e também a governança e distribuição de recursos energéticos.

OTAN

A Rússia alega que a Otan, e o país com maior poderio bélico da aliança militar, os Estados Unidos, romperam um trato firmado após a Guerra Fria de não se expandir para além de seus limites quando da queda do Muro de Berlim.

A Otan e os EUA, por sua vez, negam esse acordo e desde o fim da União Soviética têm admitido países do leste europeu, inclusive ex-repúblicas soviéticas, na aliança militar.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pede garantias de que a Ucrânia não entrará para a Otan, de que armas não serão posicionadas perto das fronteiras de seu país e também que a aliança retorne para níveis de “capacidade e infraestrutura para o nível de 1997”.

A Otan e os EUA negam retornar aos seus níveis do século XX, mas o presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, concederam em declarações recentes que a Ucrânia deverá ficar fora da aliança militar.

“A Rússia se move conscientemente em direção a um conflito com o Ocidente, tenta conseguir do Ocidente que ele mude as regras do jogo em diversas esferas e busca reconstruir a ordem europeia que se formou após a Guerra Fria”, afirmou o analista-sênior do International Crisis Group para a Rússia, Oleg Ignatov, em entrevista ao Brasil de Fato na quarta-feira (23).

Qual o papel das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk?

Outro elemento central para o conflito é o status das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk. Ao anunciar a “operação militar” contra a Ucrânia, Putin disse que a Ucrânia comete um “genocídio” contras os russos étnicos do local.

A movimentação separatista na região começou após o golpe de Estado de 2014 na Ucrânia, quando estas regiões se proclamaram independentes do governo de Kiev e adotaram uma Constituição própria. No mesmo ano, a Rússia anexou a Crimeia, até então parte do território ucraniano.

Putin reconheceu os separatistas nesta semana e os limites territoriais dessa decisão são importantes. As posições controladas pelos rebeldes pró-Rússia são menores do que as fronteiras dos distritos de Donetsk e Lugansk em suas constituições oficiais pela visão ucraniana.

Putin já afirmou que reconhece os limites das Constituições das autodeclaradas repúblicas e que poderia discutir a questão fronteiriça com Kiev, mas é improvável que as autoridades ucranianas aceitem essa negociação, já que seria uma cessão razoável de território.

O conflito na Ucrânia entre os separatistas e as forças estatais de segurança já causaram cerca de 14 mil mortos.

Gasoduto interrompido

Rússia e Alemanha construíram um gasoduto de 9,5 bilhões de euros, cerca de R$ 54 bilhões, para no final da obra deixá-la com a torneira fechada. O Nord Stream 2 liga o oeste da Rússia, passando pelo Mar Báltico, até o nordeste da Alemanha, mas teve sua certificação suspensa por Berlim após a Rússia reconhecer os separatistas ucranianos.

A Rússia é responsável pelo fornecimento de cerca de 40% do gás natural da Europa e, assim como os europeus dependem do gás russo, a venda dessa comoddity também é central para a economia de Moscou.

“Bem-vindo ao admirável mundo novo, onde os europeus muito em breve pagarão 2.000 euros por 1.000 metros cúbicos de gás natural”, disse o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev.

Edição: Arturo Hartmann

O apoio financeiro vai ajudar o setor a “se manter de pé em tempos pandêmicos”, diz José Guimarães, autor do relatório

Escrito en CULTURA el 

Por 411 votos a 27, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (24), o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 73/21, a Lei Paulo Gustavo, que libera R$ 3,8 bilhões para ações emergenciais de apoio à Cultura. O setor foi muito prejudicado durante a pandemia da Covid-19.

A proposta recebeu o nome de Paulo Gustavo, em homenagem ao ator e comediante, que morreu, aos 42 anos, vítima do coronavírus. O projeto já foi aprovado pelo Senado, que deve ratificar a aprovação, pois houve duas mudanças no texto.

O texto, proposto pela bancada do PT no Senado e de autoria do senador Paulo Rocha (PT-SP), foi relatado pelo deputado federal José Guimarães (PT-CE). A deputada Marília Arraes (PT-PE) apresentou, no dia 2 de fevereiro, requerimento para que a matéria fosse debatida na Casa.

Segundo Guimarães, a aclamação do projeto pelos parlamentares representa “uma vitória do parlamento e de todos aqueles que têm compromisso com a cultura”.

O deputado também enfatiza o marco histórico que a proposta representa. “Hoje, a Câmara mostrou que a cultura é um direito de fato. Foi um dia simbólico para a classe cultural, que teve o seu valor reconhecido com mais esse apoio financeiro para se manter de pé em tempos pandêmicos”, ressalta.

Maioria dos recursos vai para setor audiovisual

Dos 3,8 bilhões, R$ 2,79 bilhões serão destinados ao setor audiovisual e R$ 1,06 bilhão, para ações emergenciais no setor por intermédio de editais, chamadas públicas, prêmios, entre outros serviços.

O repasse dos recursos pela União deverá acontecer em, no máximo, 90 dias depois da publicação da lei.

Paulo Gustavo foi vítima da Covid-19.
Créditos: Divulgação

 

 

Na cidade Universitária, o Restaurante Central permaneceu aberto durante a pandemia, mas com todos os cuidados necessários contra o vírus da covid. A reabertura do bandejão do Centro de Tecnologia (CT), que é o RU satélite, está prevista para 14 de março, e o da Faculdade de Letras, 11 de abril.

Já os bandejões da Praia Vermelha e do Centro deverão reabrir no dia 4 de abril. Do campus de Duque de Caxias, em 11 de abril. 

A informação foi dada pelo pró-reitor de Gestão e Governança, André Esteves, na sessão do Conselho Universitário do dia 24 de fevereiro.  

“O da Letras, o RU Centro e o RU da Praia Vermelha são atendidos pela produção do nosso Restaurante Universitário Central. O de Caxias é outro contrato, que já está assinado e foi pactuado com a direção do campus e a empresa (que fornece a alimentação)  para a reabertura no dia 4 de abril”, concluiu.

Burguesão vai virar bandejão

A representante estudantil no Consuni, Julia Vilhena, foi a porta-voz da reivindicação dos estudantes da Cidade Universitária para instalar um outro bandejão no CT, no antigo espaço do famoso Burguesão. 

Segundo Júlia, a medida beneficiaria principalmente os estudantes do próprio CT e da Faculdade de Letras, que enfrentam filas intermináveis. Ela lembrou também as demandas de outras unidades, inclusive da UFRJ Macaé.

“Nós apoiaremos que o Burguesão venha a ser um restaurante universitário. A Reitoria deseja isso e vamos conversar com o Centro de Tecnologia e com as unidades do entorno para torne isso possível. Nosso objetivo é ampliar a assistência estudantil e essa é uma das medidas que gostaríamos de adotar nos próximos dias para garantir uma alimentação adequada”, respondeu a estudante o vice-reitor, Carlos Frederico Leão Rocha.

 

Bandejão de Letras – Foto: Marcos Fernandes/CoordCOM UFRJ

 

 

A UFRJ aprovou por unanimidade e aclamação, em sessão do Conselho Universitário (Consuni), no dia 24, a concessão do título de Doutor Honoris Causa para o compositor, cantor popular, escritor e advogado Nei Braz Lopes, a pedido da Faculdade Nacional de Direito (FND). O título é concedido a personalidades nacionais e estrangeiras de alta expressão, com o requisito de ter sido o pleito objeto de análise e aprovação da Congregação da Unidade e do Conselho de Centro.

Coleção de títulos

Nei Lopes já possui dois títulos de Doutor Honoris Causa concedidos pela Universidade Federal Rural, em 2012, e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 2017. “Mas, por ter sido formado no curso de Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade Nacional de Direito em 1966, o título honorífico pela UFRJ é expressivo para o carioca Nei Lopes, pois é um reconhecimento de sua trajetória nas culturas africanas e carioca pela instituição que o formou e pela cidade na qual vive intensamente”, diz o parecer da Comissão de Ensino e Títulos do Consuni.

“Do Nei Lopes pesquisador do samba e da temática africana, da luta contra a discriminação da população negra que entrelaça práticas de violação de direitos sociais, culturais e econômicos com as práticas de desrespeito de seus direitos civis e políticos, contamos com pelo menos 20 obras, produzidas no recorte temporal entre 1981 e 2019”, diz o texto da comissão, citando títulos como O samba, na Realidade (1981), Bantos, Malés e Identidade Negra (1988), O negro no Rio de Janeiro e sua tradição musical (l992), Dicionário Banto do Brasil (1996), Enciclopédia brasileira da diáspora Africana (2004 e 2011), e Afro-Brasil reluzente: 100 personalidades notáveis do século XX (2019).  

 

Foto: Jefferson Mello/Dilvulgação