Todo mês, os vigilantes do campus da Praia Vermelha (PV) contratados pela empresa são submetidos a constrangimentos por não terem como honrar suas contas. A terceirizada não tem data certa para depositar o pagamento dos trabalhadores – o de abril foi pago no fim da tarde de quarta-feira, 10, após intervenção da entidade que os representa na UFRJ (Attufrj), junto à Pró-Reitoria de Gestão e Governança (PR-6).

Outra irregularidade praticada pela Guard Angel é parcelar o valor do vale-refeição que, na maioria das vezes, é pago abaixo do valor devido. O mesmo ocorre com as horas extras feitas em feriados, cujas contas da terceirizada estão sempre em desacordo com as leis trabalhistas. O abono e o adiantamento não são depositados quando o empregado sai de férias. Segundo planilha da Pró-Reitoria de Gestão e Governança (PR-6) atualizada em outubro de 2022, há 79 profissionais contratados pela empresa no campus da PV.

“Tem colegas com depressão, precisando pedir dinheiro emprestado para pôr comida em casa”, denunciou um terceirizado.

Attufrj pressiona 

“A situação está insustentável”, reconheceu Luciana Calixto, da coordenação da Attufrj. Ela informou que os trabalhadores da Guard Angel já procuraram a fiscalização do contrato, e a entidade denunciou o desrespeito aos direitos trabalhistas dos vigilantes à PR-6.

“Questionamos a PR-6 sobre as medidas que seriam tomadas e se  a universidade manterá o contrato com a terceirizada?”, a resposta foi que uma equipe vai entrar em contato com o setor responsável, disse a dirigente da Attufrj.

CAMPUS DA PRAIA VERMELHA. Vigilantes que protegem arquitetura secular do campus da UFRJ sofrem com precarização e desrespeito de direitos.

 

Nesta quinta-feira, 11 de maio, será lançada a campanha “40 anos da CUT”, às 18h, on-line. Assista! Clique no link https://www.facebook.com/events/1717602295338642. É uma atividade curta e emocionante que marcará o início da celebração de quatro décadas de resistência, luta e conquistas pelos direitos da classe trabalhadora e pela democracia.

História de lutas e vitórias — A criação da CUT desafiou a legislação sindical da década de 1980, que proibia a organização dos trabalhadores de diferentes categorias em uma só entidade e, mesmo assim, fomos a primeira central sindical criada após o golpe de 1964 e também a primeira no país a ser lançada pela base.

Essa história começou em um 28 de agosto de 1983 e, pela voz e voto de mais de cinco mil trabalhadores e trabalhadoras vindos de todas as regiões do país, nascia a CUT. Em números exatos foram responsáveis pela criação da Central 5.059 delegados, representando 912 entidades – 335 urbanos, 310 rurais, 134 associações pré-sindicais e 99 associações de funcionários públicos, cinco federações, oito entidades nacionais e confederações. Trabalhadores e trabalhadoras que ocuparam o galpão que um dia sediou o maior estúdio cinematográfico brasileiro, o extinto Vera Cruz. Em 2013, foi de novo, nesse endereço que a CUT celebrou seus 30 anos.

O 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT)  deu origem à primeira entidade intersindical e Inter categorias em nível nacional construída após o golpe militar de 1964.

O Brasil enfrentava uma crise econômica com inflação de 150% e índices manipulados desde anos anteriores; devia mais de US$ 100 bilhões. O mesmo Fundo Monetário Internacional (FMI), que pediu dinheiro emprestado ao Brasil no governo Lula era o bicho papão dos países pobres naquela época. Àquela época, o Brasil se rendeu e estendeu o chapéu ao Fundo rifando, assim, a sua soberania.

Um mês antes de a CUT ser fundada, houve greve geral em todo o país. Como efeito da recessão, apenas nos dois primeiros meses de 1983, a indústria paulista demitiu 47 mil trabalhadores, quase o total das demissões do ano anterior. O brasileiro vivia sob repressão, recessão, desemprego e com salários achatados e corroídos pelos índices inflacionários. Ou seja, 40 anos depois, o país retrocedeu, e enfrentamos uma realidade similar.

Naquela época, o cenário que levou o congresso de fundação da CUT a aprovar as lutas pelo fim da Lei de Segurança Nacional e do regime militar, o combate à política econômica do governo (o general João Batista Figueiredo era o presidente da República), contra o desemprego, pela reforma agrária sob controle dos trabalhadores, reajustes trimestrais dos salários e liberdade e autonomia sindical. Lutava também pelo direito à cidadania e contra o autoritarismo dentro e fora dos locais de trabalho, recheados por “olheiros” da ditadura disfarçados de trabalhadores.

Para o primeiro ano de vida da CUT, foi eleita uma coordenação cujo coordenador-geral era Jair Meneguelli, então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema (hoje Metalúrgicos do ABC), que estava sob intervenção. Somente em 1984, a CUT elegeu uma direção com chapa completa e seu primeiro presidente também foi Meneguelli.

Começaria, então, a história de uma central que hoje está presente em todos os ramos de atividade econômica do país, com 3.960 entidades filiadas, 7,9 milhões de associados(as) e 25,8 milhões de trabalhadores e trabalhadoras na base.

Classista e autônoma — A Central Única dos Trabalhadores é uma organização sindical brasileira de massas, em nível máximo, de caráter classista, autônomo e democrático, cujo compromisso é a defesa dos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora.

Baseada em princípios de igualdade e solidariedade, seus objetivos são organizar, representar sindicalmente e dirigir a luta dos trabalhadores e das trabalhadoras da cidade e do campo, dos setores público e privado, ativos e inativos, por melhores condições de vida e de trabalho e por uma sociedade justa, igual e democrática. Está presente em todos os ramos de atividade econômica do país.

Desde a sua fundação, a CUT tem atuação fundamental na disputa da hegemonia e nas transformações ocorridas no cenário político, econômico e social ao longo da história brasileira, latino-americana e mundial.

A CUT defende a liberdade e autonomia sindical com o compromisso e o entendimento de que os trabalhadores/as têm o direito de decidir livremente sobre suas formas de organização, filiação e sustentação financeira, com total independência frente ao Estado, governos, patronato, partidos e agrupamentos políticos, credos e instituições religiosas e a quaisquer organismos de caráter programático ou institucional. (CUT Nacional)

Os custos com a participação dos representantes dos trabalhadores no 24º Congresso da Fasubra – que vai definir as lutas em defesa da categoria – levaram o Sintufrj a cancelar o baile que fora anunciado para a próxima sexta-feira (12) no Espaço Cultural.

Depois da pandemia, evento que apresenta a universidade a estudantes de ensino médio volta a acontecer. São mais de 40 técnicos-administrativos envolvidos na organização

O tradicional evento da maior universidade federal do país, o “Conhecendo a UFRJ”, retorna ao seu formato presencial nesse mês de maio, depois  da interrupção pela pandemia. Cerca de 6 mil estudantes de escolas públicas e privadas do ensino médio e de cursos pré-vestibulares voltam a visitar o campus da Cidade Universitária da UFRJ para conhecer seus mais de 170 cursos de graduação durante três dias. A atividade começou nesta terça-feira, 9, e termina na quinta-feira, 11.

Voltado especialmente para estudantes do Ensino Médio de escolas públicas, o evento já chegou a reunir um público presencial de 15 mil pessoas e mais de 900 técnicos, docentes e discentes de diferentes cursos de graduação, envolvidos na sua realização. O projeto Conhecendo a UFRJ é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão (PR-5), organizada pela equipe de técnico-administrativos, e que mobiliza toda a Universidade.

“Além dos estudantes e professores que participam do evento, são mais de 40 técnico-administrativos só da PR-5 e técnico-administrativos das unidades que coordenam os estandes e técnico-administrativos que fazem palestras. É um evento que envolve toda a comunidade universitária, seus centros e decanias”, diz Bárbara Tavela, superintendente de Integração e Articulação da PR-6.

O Conhecendo a UFRJ dá trabalho organizar, segundo Bárbara, mas é gratificante e importante para orientar os jovens ainda em formação.

“É muito trabalhoso. Envolve muita gente. Mas ao mesmo tempo é prazeroso, trabalhar com os sonhos desses jovens que se concretizam a partir do ensino superior. Na palestra de abertura foi perguntado quem queria fazer um curso superior, a maioria levantou a mão”, declara a superintendente.

A Extensão é a área da UFRJ responsável por conectar a universidade aos demais setores da sociedade. Com 3 mil projetos de diferentes áreas, as ações de extensão atingem um público de mais de 2 milhões de pessoas por ano, no Rio e em todo o Brasil, com pesquisas, eventos, cursos, oficinas e capacitações.

Seis mil sonhos

A estudantada chega em dezenas de ônibus pela manhã numa ansiedade danada. Passeiam pelo campus, visitam os estandes dos cursos, ouvem palestras e conhecem os laboratórios da UFRJ. Muitos nunca entraram numa universidade. O burburinho na universidade é intenso. As atividades acontecem no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), Centro de Letras e Artes (CLA), Centro de Ciências da Saúde (CCS) e Centro de Tecnologia (CT).

Nos estandes, estudantes, professores e técnico-administrativos atendem a curiosidade e a fome de conhecimento dos jovens alunos:

O curso de Biologia é bem concorrido. Cobras, sapos e bichos empalhados chamam a atenção. A bióloga do Departamento de Zoologia do Instituto de Biologia, Margaret Corrêa, conta que estreia no Conhecendo a UFRJ e fala da alegria em receber os jovens:

“É a primeira vez que participo do Conhecendo a UFRJ. Os estudantes têm fome de conhecimento. Querem saber tudo. Ficam deslumbrados com tantos cursos. E muitos já vêm perguntando sobre quais são as áreas da Biologia. É gratificante ver o brilho nos seus olhos!”

As estudantes do Centro Educacional Santa Mônica, Jullia Almeida, Sthefany Costa e Amanda Almeida, que estavam a namorar o estande do curso de Odontologia, estavam radiantes.

“É como viver um dia como universitárias. Conhecemos áreas que não sabíamos que existiam”, revelaram.

No estande do Restaurante Universitário até guia vegano do próprio RU foi apresentado. As receitas são da equipe de nutricionistas e foi elaborado para coincidir com a comemoração dos 15 anos do RU, realizada no início de maio.

“O guia traz também a história do RU, discorre sobre políticas públicas e traz os conceitos do Guia Alimentar da População Brasileira”, explica a nutricionista Marília França. Sobre os estudantes revela: aqui eles perguntam de tudo! O preço da comida, o cardápio, querem um verdadeiro Raio X.

No estande do curso de Direção Teatral, o estudante do 7º período, Hugo Genuino, estava pronto para todas as explicações. Hugo é cria do Conhecendo a UFRJ. Participou das edições de 2018 e 2019 quando ainda estudante do Cefet/RJ.

“Realizamos muitas peças e fazemos pesquisa. Direção teatral é o 2º maior projeto de extensão da UFRJ”, conta entusiasmado.

No estande do curso de Astronomia a professora de física, Mirian Gandel, e a astrônoma Ana Beatriz de Mello, observaram haver muita indecisão por parte dos jovens.

Mas, os estudantes do Cefet Maria da Graça, 3º ano do curso de Manutenção Automotiva, estes sabiam o que queriam. Foram direto ao estande da equipe Icaros (grupo de estudantes da área de engenharias da UFRJ, que monta carros a combustão e participa de disputas universitárias).

TECNOLOGIA AUTOMOTIVA aproxima estudantes da UFRJ e do CEFET-RIO
NUTRICIONISTA MARÍLIA FRANÇA  e estagiária Jennifer Gomes no estande do Restaurante Universitário apresentando Guia Vegano

Bolsonaro e seu governo negacionista e genocida foi vencido pelo povo nas urnas, mas deixou profundos rastros. Uma nefasta herança que só vai se dirimir com muita informação e com o combate às mensagens de ódio, fascismo, racismo, homofobia e todo tipo de preconceito e desinformação nas redes sociais (por isso é essencial a aprovação do PL das Fake News no Congresso, para regulação de plataformas e redes sociais).

E por incrível que pareça, o bolsonarismo (e seus efeitos nefastos), segue bem representado no parlamento, a tal ponto que, na semana passada, chegamos ao cúmulo de ver mulheres votando contra o direito de mulheres. Bolsonaristas conhecidas votaram contra a garantia de salários iguais entre homens e mulheres que fazem o mesmíssimo trabalho.

Vergonha —No Brasil, segundo a Agência Brasil, uma mulher ganha, em média, 78% dos rendimentos de um homem. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que, no caso de mulheres pretas ou pardas, o percentual cai para menos da metade dos salários dos homens brancos (46%).

Mulheres sem respeito próprio

No dia 4 de maio, o Projeto de Lei da Igualdade Salarial (proposta enviada pelo governo Lula em março, que garante que homens e mulheres nas mesmas funções recebam os mesmos salários e que prevê multa para quem não cumprir a regra) foi aprovado por ampla maioria na Câmara dos Deputados. Foram 325 votos a favor e 36 votaram contra e, pasme, 10 destes são mulheres. O texto foi para o Senado.

Além de Zambelli (PL-SP), Kicis (PL-DF) e Rosângela Moro (União-SP) estão na lista das deputadas bolsonaristas contra as mulheres trabalhadoras as seguintes: Adriana Ventura (Novo-SP), Any Ortiz (Cidadania-RS), Caroline de Toni (PL-SC), Chris Tonietto (PL-RJ), Dani Cunha (União-RJ), Julia Zanatta (PL-SC) e Silvia Waiãpi (PL-AP).

De família — Isso não foi um acaso, mas a forma desse pessoal ver o mundo. Tanto que ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro defendeu, durante evento do PL Mulher no dia 6 de maio, o fim da cota de 30% para mulheres em cargos no Legislativo. Cotas que têm a finalidade de incentivar a participação política feminina.

“Queremos erradicar a cota dos 30%, queremos a mulher na política pelo seu potencial”, disse Michelle, conforme registrou a imprensa, ovacionada no tal evento. Pegou mal. Após a repercussão, ela publicou vídeo: “Retificando, eu sou a favor da cota, sim. Nós teremos mulheres na política pelo seu potencial, pelo seu protagonismo”, disse,agora.

Vivendo e aprendendo– Quando for eleger seu ou sua representantelembra-se bem de quem votou contra você.

Recomposição atual pelo governo Lula ainda não cobre todo o déficit da UFRJ

O aumento anunciado pelo presidente Lula no dia 19 de abril para recomposição do orçamento discricionário (recursos para cobrir contas básicas), obras e ações de investimento, como bolsas estudantis, num total de R$ 2,44 bilhões, para as instituições federais de ensino superior (Ifes) pôs fim à situação de falência das universidades. Triste história que começou no governo do golpista Michel Temer, com o Teto de Gastos, e foi aprofundada pelo fascista Jair Bolsonaro.
Dos R$ 2,44 bilhões, serão destinados à recomposição direta das finanças das Ifes R$ 1,7 bilhão – R$1,13 bilhão para as universidades e R$ 388 milhões para os institutos. À UFRJ caberá R$ 64 milhões, informou a Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3). Esse montante representa um acréscimo de 20% no orçamento de 2023. Ou seja, de R$ 313 milhões, o orçamento discricionário da instituição passa para R$ 377 milhões.
No Conselho Universitário de quinta-feira, 27/4, o pró-reitor Eduardo Raupp explicou que, embora anunciada na semana passada, a recomposição entra na conta em 31 de maio.

Desinvestimento
Mas, ainda sob os reflexos da política contra o ensino, a pesquisa, a ciência e a cultura do bolsonarismo, o orçamento destinado às despesas da UFRJ em 2023 pelo governo nefasto é menor que o de 2022 (R$ 329 milhões) e menos da metade que o de 2012 (R$ 773 milhões), no governo da petista Dilma Rousseff.
Em valores nominais, o orçamento de 2023 passa a ser igual ao de 2019. Só que o pleito dos reitores apresentado na campanha presidencial era o retorno ao orçamento de 2019, porém corrigido. Isso representaria não R$ 64 milhões, mas R$ 90 milhões para a UFRJ, o equivalente ao déficit que a universidade carregou de 2022 para 2023. Mas isso não se concretizou
“Nossa expectativa era zerar o déficit do ano passado. Ocorre que, assim como outras emendas, houve (outras) rubricas do MEC que ficaram a descoberto, como a questão das bolsas de residência médica e obras para institutos federais. Então, o recurso não veio integral: R$1,32 bi. E a redução foi para todas (as Ifes)”, disse Raupp.

Déficits em aberto
“Nós estamos, óbvio, saudando o fato de que, pelo menos, há uma inversão de rota. A gente vinha desde 2019 com orçamento em queda. Mas temos uma recomposição equivalente a 20% do orçamento deste ano. Em termos concretos, isso significa que vamos terminar o ano com um déficit de pelo menos dois meses de nosso funcionamento. É uma situação, em 2023, difícil, no entanto, administrável”, completou o pró-reitor.
Se o déficit (anteriormente de R$ 90 milhões) persistisse, a universidade só teria condições de bancar seus compromissos até agosto.
“Houve uma recomposição orçamentária. Não veio na dimensão que gostaríamos. Mas é uma mudança na tendência de redução do orçamento da universidade. É um ganho muito importante”, afirmou o reitor em exercício Carlos Frederico Leão Rocha. “Porém”, acrescentou, “a UFRJ ainda terá dificuldades financeiras.”

Consume

 

Salas, auditórios e corredores da Faculdade de Letras ganharam um colorido especial com uma variedade de atividades culturais da 1ª Feira de Extensão, promovida pela direção adjunta de Cultura e Extensão, no dia 3 de maio, e organizada pelo Colegiado de Extensão.

Multiatividades

“Torre de babel: a Biblioteca José de Alencar transfigurando seu papel” foi um dos temas apresentados nos estandes no bloco B, além de outros como ações contra o preconceito linguístico e projeto Letras Inclusiva.

As rodas de conversa no Espaço Cultural João Cabral de Melo Neto trataram de temas como extensão e formação universitária. Nas oficinas, o público conheceu trabalhos como a elaboração de material didático para língua estrangeira, letramento acadêmico e preservação cultural.

Entre as ações culturais – no auditório Samira Mesquita, na biblioteca e no Espaço Cultural –, apresentações musicais e um sarau literário.

Participação nota 10

“Temos atualmente 74 ações, entre projetos, cursos, programas e eventos, produzidos por professores e técnicos-administrativos de nível superior”, conta Lídia Torres, uma das coordenadoras de organização do evento. Ela explicou que foram apresentadas cerca de 35 ações, uma vitrine da produção da Extensão voltada à comunidade, em especial aos calouros.

A coordenadora destacou o envolvimento de cerca de 500 pessoas, entre técnicos-administrativos, docentes e estudantes da faculdade – mais de 50 somente da biblioteca.

Visitaram o evento, além dos estudantes da extensão e de outras áreas da UFRJ, alunos do ensino básico e fundamental de algumas escolas, e até familiares. “Foi um sucesso! Podem aguardar a 2ª feira de Extensão da Faculdade de Letras”, comemorou Lídia.

Primeira feira de extensão da Letras.

 

Trabalhadores insistem na volta ao Fundão e Sintufrj irá organizar nova mobilização no Consuni

A apreensão das trabalhadoras da Educação Infantil do Colégio de Aplicação – deslocada,desde fevereiro, em função de problemas estruturais, da sede do Fundão, para o prédio do Cap, na Lagoa – vem aumentando à medida que a solução para sua reivindicação de retorno ao Fundão parece cada vez mais distante.

Profissionais e famílias das crianças atendidas sofrem com a mudança repentina e com a distância. Há quatro turmas de 15 alunos cada, entre dois e cinco anos, hoje agrupadasem apenas duas salas da sede na Zona Sul.

Há algumas semanas, houve o aceno, por parte da Reitoria, de ocupação de um conjunto de prédios na antiga Bio-Rio, atual Parque de Biotecnologia, para o que seria necessária reforma importante e demorada. Provisoriamente, aguardando o fim da obra, houve a sugestão de que o grupo utilizasse um dos prédios em melhor condição. Este sofreria uma obra emergencial e poderia ser ocupado em três meses.

Só que isso não se concretizou. “O prédio na Bio-Rio não terá a obra emergencial de três meses. Agora só iremos para o espaço. no início do ano letivo de 2024. Segundo o ETU, a obra é maior do que achavam. Não há rede elétrica, nem de Internet. E do espaço intermediário que o Reitor falou que iria tentar achar até o momento, nada foi visto. As servidoras continuam no CAp Lagoa e as condições de trabalho continuam as mesmas, precárias”, lamenta Iolanda Silva Menezes de Araújo que divide com Monique Tavares Riscado Lopardi a representação das técnicas-administrativas da Educação infantil na comissão que que estuda um espaço para o retorno (porém até aqui não nomeadas).

Na EI há 18 técnicas-administrativas, seis professores do ensino básico e 16 substitutos. E todos almejam o retorno.

 

Horário integral

Foi retomado o atendimento integral às crianças, porque a equipe de cozinha da Educação Infantil está produzindo a alimentação das crianças no Restaurante Universitário Central e levando até a Lagoa. E houve o aumento da quantidade de crianças que voltaram a frequentar a escola, mesmo tão longe. Até há pouco tempo, com o atendimento em apenas meio turno (até meio-dia, por não haver alimentação), uma boa parte deixou de ir.

As famílias têm se organizado entre si para garantir o deslocamento das crianças até a Lagoa, fazendo escalas: cada dia, um responsável leva e outro busca alguns dos pequenos alunos. Há também quem tenha contratado transporte.

Segundo Iolanda o grupo vai continuar a pressionar a Reitoria para, além da reforma do prédio, pelo espaço provisório, “pois a situação está muito difícil para as servidoras. Estamos esgotadas emocionalmente, o deslocamento tem sido penoso”, conta a representante.

Sintufrj voltará com companheiras ao Consuni

Para a coordenação do Sintufrj é preciso urgência na solução deste impasse em relação a Educação Infantil. “Não só o corpo técnico-administrativo, como os usuários da creche vêm sofrendo com esta situação. Sua rotina foi toda modificada repentinamente, o que causou um grande transtorno para todos”, apontou a coordenadora de Políticas Sociais Marly Rodrigues, que vem acompanhando, junto com outros coordenadores, a organização do grupo.

“Queremos que a Reitoria se posicione em relação ao que fazer para que possamos amenizar o sofrimento desses servidores, como também das crianças e seus pais”, disse ela, adiantando que a entidade estará presente na próxima sessão do Conselho (a próxima reunião ordinária está prevista para o dia 11 ) com as companheiras da creche para, mais uma vez, cobrar providências.

No dia 23 de março, os trabalhadores já haviam organizado, com apoio do Sintufrj, ato em frente ao auditório do Conselho Universitário, no Parque Tecnológico, para apresentar ao reitor em exercício Carlos Frederico Leão Rocha, sua reivindicação. Na época Rocha avaliou que esta era uma questão social que envolvia também as famílias das crianças e que a Reitoria estudava as possibilidades.

A comissão que cuidou da organização da pesquisa que indicou Roberto Medronho e Cássia Turci, da chapa 10, como os escolhidos para a reitoria da UFRJ com 31,8% dos votos divulgou os números finais do pleito. A apuração foi iniciada na sexta-feira (28), interrompida no feriado e retomada no início da semana. O mandato de Medronho e Cássia começa em julho e se estende até julho de 2027. A chapa 20 foi liderada por Vantuil Pereira com Katya Gualter na vice e obteve 19,8%. A chapa 20 foi a preferida entre os estudantes, mas batida pela chapa 10 na votação de professores e técnicos.

Números finais
Chapa 10 – 31,8 %
Professores: 2.253 votos
Técnicos: 2.536 votos
Estudantes: 6.835 votos
Total ponderado Chapa 10:
Chapa 20 – 19,9 %
Professores: 835
Técnicos: 2.066
Estudantes: 9.792
O pleito ocorreu entre os dias 25 e 27/4 em 44 seções eleitorais.

A pesquisa registrou, ainda, 206 votos brancos e 359 nulos.

Apuração dos votos para o Reitor da UFRJ 2023.