A assembleia dos técnicos-administrativos da UFRJ na manhã desta quarta-feira, 20, identificou que a greve está se ampliando, com ingresso de mais universidades no país e adesão do pessoal do ensino técnico e dos institutos federais (a partir do dia 3) representado pelo Sinasefe.

A assembleia apontou, no entanto, a necessidade da mobilização na UFRJ de ser ainda mais intensificada, com abordagens dos colegas nas unidades, diálogo com a sociedade nas ruas e com atos públicos conjuntos com os trabalhadores de outras universidades do Rio de Janeiro.

A avaliação foi comum nas falas de muitos dos participantes: um público expressivo, que acompanhou a assembleia de modo presencial (mais de cem pessoas no auditório Manuel Maurício do CFCH, na Praia Vermelha) e virtual (mais de 30 acompanharam de Macaé) e cerca de 70 pela transmissão no Youtube, interagindo intensamente com dúvidas e propostas pelo chat.

Agendas centrais

Assembleia definiu que é importante mobilizar colegas que ainda não paralisaram, com a distribuição de panfletos e cartazes nos setores, mas também apontou uma ampla agenda de atividades, entre as quais:

No sábado, dia 23, mobilização em defesa das liberdades democráticas, por punição aos golpistas.

Na terça-feira, 26, às 10h, ato no Museu Nacional. Diálogo com a população para externar os motivos da greve em protesto contra a situação crítica da universidade.

Na quarta-feira, 27, às 10h, assembleias simultâneas no CT, em Macaé e na Praia Vermelha.

Veja o vídeo com os informes

Os eventos da agenda unificada definidos pelo CLG e pela assembleia são considerados prioritários, devendo-se evitar marcar atividades nos mesmos horários. Porém agendas de base e eventos espontâneos contarão com a representação possível do CLG.

AGENDA UNIFICADA

Quinta, 21

10h – Reunião de Base EEAN

10h – Reunião de Base IPPMG

12h – Mobilização no CAP

16h – Encerramento da campanha “21 dias contra o Racismo”, a partir de 16h, no Largo São Francisco da Prainha.

17h30 – Roda de conversa “Racismo e futebol” – Campo da PU.

Sexta, 22

10h Evento Coordenação Aposentados Sintufrj – Homenagem a mulher aposentada.

9h reunião do CLG

14h Aula Magna com Ministro Celso Amorim (Quinhentão CCS)

Sábado, 23

10h Ato Nacional Punição Golpistas e de Solidariedade ao Povo Palestino, no metrô da Uruguaiana.

Domingo, 24

0h, Festival da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, no Parque Madureira.

Segunda, 25

Reuniões e mobilizações de base nos setores com comunicação visual da greve.

Terça, 26

Ato no Museu Nacional, 10hs.

Quarta, 27

Assembleia Simultânea, às 10h no Fundão, PV e Macaé

Quinta, 28

Reunião do CLG na Praia Vermelha ou IFCS.

Algumas das propostas aprovadas

– Solicitar a UNE, CUT e demais centrais sindicais apoio público à greve (inclusive nas redes sociais).

– Expor as razões da greve para a sociedade e seguir a agenda e as atividades do governo em eventos e nas mídias digitais.

– Organizar passeata no Fundão (por exemplo, do HU até o local da assembleia).

– Dialogar com a reitoria sobre a realização de uma assembleia comunitária da UFRJ sobre a recomposição orçamentária.

– Divulgação das atividades essenciais nas unidades e canais do Sintufrj. São consideradas essenciais as atividades necessárias à garantia da vida, pagamento de salários, aposentadorias e pensões (processos de pagamento de quem já está aposentado, ou às vésperas da compulsória e casos de invalidez) e de terceirizados; e demandas com prazo judicial.

Em caso de dúvidas ou demandas, a comissão de ética deve ser contactada pelo e-mail comissaodeetica@sintufrj.org.br.

Veja o vídeo da assembleia: https://www.youtube.com/watch?v=LOopnXteHYw&t=13s

O comando Nacional de Greve (CNG) foi instalado pela direção da FASUBRA na tarde desta quarta-feira, 20 de março, no auditório do Sintfub- UnB. O CNG debate, organiza e delibera sobre os rumos dos movimento. Os trabalhadores da UFRJ estão lá representados por sete companheiras e companheiros: Edson Vargas, Marisa de Araujo, Luan de Souza, Adriana Matos, Alzira das Neves Monteiro, Vania Guedes e Luciano da Cunha do Nascimento.

COORDENADORA GERAL DA FASUBRA, CRISTINA DEL PAPA, fala durante instalação do Comando Nacional de Greve
DELEGAÇÃO QUE REPRESENTA OS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DA UFRJ em Brasília, no momento do credenciamento do CNG/Fasubra

A greve na UFF está forte. Mesmo setores sem tradição, resolveram aderir. Inclusive por conta da falta de orçamento das universidades. Quem avalia é coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF (Sintuff), Lucyene Almeida.

Na primeira semana de greve, os trabalhadores da UFF vêm promovendo reuniões setoriais para ampliação do movimento.  Como a realizada no dia 13 com os trabalhadores das Bibliotecas.

Em reunião setorial, no dia 13 (já marcada, mas que acabou se inserindo no calendário de greve), nos pilotis do Bloco B do Gragoatá, em Niterói, os sindicalistas falaram para cerca de 53 trabalhadores das bibliotecas sobre o porquê e a importância da greve, sobre as audiências com a Reitoria, e de essencialidades, explicando que as bibliotecas não estão entre elas e que não é necessário rodízio para atendimento (recurso válido para serviços essenciais e que incidam em risco à vida).

A reunião ajudou a articular a paralização. Na opinião da coordenadora, a gravidade da situação das universidades, fomenta a adesão. “É fundamental colocarmos para os estudantes que é hora de lutar por mais verbas. Se o governo acha que (a universidade) é importante, não pode ser só no discurso, mas com ações”, pondera Lucyene, destacando que é importante valorizar a Carreira e o trabalho do servidor,

Ela conta que, entre os bibliotecários, a adesão está grande. Ela mesma trabalha no processamento técnico da Biblioteca Central do Gragoatá, a maior entre as 40 bibliotecas da UFF, considerando as de Niterói e as dos campi do interior, como Rio das Ostras, Macaé, Santo Antônio de Pádua, Petrópolis, Nova Friburgo e Angra dos Reis.

 

Mais de 40 bibliotecas e 220 servidores

Em Niterói, a UFF é descentralizada: a biblioteca Central no Gragoatá, atende a maior parte dos cursos de áreas humanas de graduação e pós-graduação. Há ainda a biblioteca da Economia e a da Superintendência de Documentação. No campus da Praia Vermelha, em São Domingos, fica a biblioteca de Arquitetura e Engenharia, a de Geociências e de Física. No campus do Valonguinho, há também uma Biblioteca Central, a de Nutrição, Odontologia, Administração, Matemática e Geoquímica. No Hospital Antônio Pedro há a biblioteca de Medicina; em Santa Rosa, a de Veterinária, e no Centro, a de Enfermagem.

Todo esse sistema, e mais o setor de Arquivo, estão reunidos na Superintendência de Documentação que. segundo ela, conta com cerca de 220 servidores. Ainda sem precisar quantos, a coordenadora avalia que houve uma adesão grande dos trabalhadores.

Portanto, há um movimento crescente, inclusive nacional, com mais de 50 instituições. “Porque a greve é justa. Não temos só o eixo da recomposição salarial (e da Carreira), mas também a recomposição do orçamento. Isso está impulsionando. É muito fácil dialogar com estudantes e docentes. A Aduff (associação de docentes) vai fazer assembleia dia 21 e a gente tem perspectiva . Quanto mais universidades e categorias , fortalece nosso movimento.”

UFF. Bibliotecarios mobilizados dão fôlego à greve na Universidade Federal Fluminense

 

A 187ª Plenária Nacional do SINASEFE aprovou o indicativo de greve nacional da categoria (docentes e técnico-administrativos da Rede Federal), a partir de 3 de abril.

Realizada nos dias 16 e 17 de março de 2024, em Brasília-DF, a atividade contou com a participação de 58 seções sindicais e mais de 210 pessoas (dentre as quais 87 de modo virtual).

 

QUA 20/03
10h Assembleia Simultânea – Praia Vermelha (Auditório Manuel Maurício) e Macaé.

14h Atividade GT Antirracista Ditadura e racismo: violência ontem e hoje. Espaço Cultural Sintufrj

QUI 21/03

10h – Reunião de Base EEAN

10h – Reunião de Base Ippmg

12h – Ato Mobilização no CAP. Com carro de som.

SEX 22/03

10h Evento Homenagem Mulheres Aposentadas.

13h COMANDO DE GREVE – SALA ESPAÇO SAÚDE

14h Aula Magna com Ministro Celso Amorim (Quinhentão CCS). Levar proposta de Carreira, Cartazes etc.
Enviaremos representantes.

SÁB 23/03

10h Protesto Unificado Centro do Rio, punição aos golpistas em defesa da Democracia.

TER 26/03

10h Protesto Museu Nacional

REUNIÃO DO COMANDO LOCAL DE GREVE que definiu o calendário das próximas ações da greve Foto de Elisângela Leite

Servidores/as técnico-administrativos/as em greve desde 11 de março na universidade cumpriram na manhã desta terça-feira (19) mais uma etapa da jornada de esclarecimentos e mobilização do movimento. O cenário foi o pátio do campus da Praia Vermelha, cujas instalações estão castigadas pela falta de manutenção de sua infraestrutura resultante da asfixia financeira da UFRJ. Como se sabe, nesta quarta-feira, às 10h, a assembleia de greve será no auditório Manoel Maurício, ao lado da biblioteca do CFCH. O ato teve participação de representantes do Andes-Sindicato Nacional, do DCE Mário Prata, de companheiros da Unirio (também em greve) e dirigentes e militantes do Comando Local de Greve. Um panfleto numa linguagem quase didática e que apresentava os pontos defendidos na greve foi distribuído à comunidade universitária. Em algumas intervenções, houve a convocação para que os trabalhadores e trabalhadoras participem das ações de greve na defesa da Carreira, de reajuste salarial e de orçamento para a universidade.

Protesto na Praia Vermelha.
Rio, 19/03/24
Protesto na Praia Vermelha.
Rio, 19/03/24
Protesto na Praia Vermelha.
Rio, 19/03/24
Protesto na Praia Vermelha.
Rio, 19/03/24

Ao discursar na inauguração do restaurante universitário, reitor da UFRJ voltou a declarar apoio à greve dos trabalhadores

O Centro de Tecnologia (CT) ganhou um novo bandejão – no espaço no qual durante décadas funcionou o restaurante Burguesão, de uma cooperativa de professores.

A inauguração na segunda-feira (18) foi comemorada por representantes da União Estadual dos Estudante (UNE), do DCE Mário Prata e de Centros Acadêmicos.

O movimento estudantil atribui à luta dos estudantes a construção de um novo restaurante universitário – luta que recebeu o apoio do Sintufrj.

O reitor Roberto Medronho, pró-reitores e decanos prestigiaram o evento.

Camile Paiva, do DCE, destacou a importância da mobilização para que se possa ter mais bandejões; Thais Raquel, dirigente da UNE, ponderou que o bandejão não seria inaugurado sem a luta histórica do movimento estudantil.

O reitor ressaltou a importância dos trabalhadores que ajudaram a construir aquele momento e a pressão do movimento estudantil.

Apoio à greve

Medronho aproveitou a ocasião para, como vem repetindo, declarar apoio à greve dos trabalhadores da universidade. “Sem eles a UFRJ não funciona”. Disse que pretende que seja oferecido também café da manhã em todos os campi (garantiu que fará até o final da gestão) porque é dever da Reitoria dar assistência aos estudantes especialmente os que moram mais distante.

Inauguração do Bandeijão no CTC.
Rio, 18/03/24.
Foto de Elisângela Leite
Inauguração do Bandeijão no CTC.
Rio, 18/03/24.
Foto de Elisângela Leite
Inauguração do Bandeijão no CTC.
Rio, 18/03/24.
Foto de Elisângela Leite
Inauguração do Bandeijão no CTC.
Rio, 18/03/24.
Foto de Elisângela Leite
ESTUDANTES NA FILA DO NOVO BANDEJAÃO manifestam apoio à greve dos técnicos-administrativos da universidade Rio, 18/03/24.
Foto de Elisângela Leite

 

 

 

Dirigente destaca a importância dos sindicatos na história como instrumento de defesa dos trabalhadores

O ano letivo começa na UFRJ com novos estudantes e com novos funcionários, mas eles encontraram a força de trabalho técnico-administrativa da UFRJ em greve. Para explicar os motivos do movimento paredista, o Comando Local de Greve (CLG) tem percorrido os campi distribuindo panfletos, conversando e convocando para ações do movimento.  Nesta segunda-feira (18) à tarde, o comando foi a recepção de novos servidores da UFRJ no Salão Nobre do Centro de Tecnologia.

Os integrantes do CLG, Esteban Crescente, Nivaldo Holmes Filho e Marli Rodrigues distribuíram panfleto de informação da greve com texto sobre o cenário de dificuldades da instituição, a realidade salarial dos técnico-administrativos e falaram aos servidores. Material sobre o Sintufrj, uma pasta com informações sobre o sindicato e ficha de filiação foi distribuída pelos funcionários do sindicato.

O acolhimento faz parte do Programa de Admissão de novos servidores da UFRJ, promovido pela Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4). Constitui-se de atividades de recepção e capacitação, com o objetivo de receber os novos servidores na instituição e apresentar orientações básicas sobre a estrutura e o funcionamento da universidade, além de explicações sobre a importância do serviço público, dos servidores e de sua atuação na sociedade e na educação.

“Vocês como servidores públicos são importantes para ajudar a reconstruir a UFRJ e o Brasil. Nós como servidores temos compromisso, exercendo nossos cargos na universidade, de fazer um Brasil diferente, num espaço sem censura e democrático, contribuindo para o esforço de manter o espaço republicano garantindo a educação pública de qualidade”, refletiu Joana de Angelis, da Divisão de Desenvolvimento, Capacitação e Formação Continuada da PR-4, ao se referir ao governo anterior que elegeu a universidade pública como inimiga número 1.

O Sintufrj tem por tradição participar desta atividade, e no caso do momento da greve o CLG é o porta-voz. Esteban foi o primeiro a falar e discorreu sobre a história dos sindicatos e sua importância como instrumento de defesa dos direitos dos trabalhadores. Ele informou que o Sintufrj é o maior sindicato de trabalhadores técnico-administrativos do Brasil e tem 13 mil filiados.

“Somos trabalhadores técnico-administrativos em educação, que é uma conquista da nossa luta. Tudo o que conquistamos nos últimos anos foi através de luta porque não temos data base como os celetistas. E infelizmente ficamos sete anos amargando um congelamento salarial. Derrotamos o governo anterior e com o novo governo recuperamos a oportunidade de negociação. Conseguimos 9%, mas é insuficiente, nossas perdas são mais de 40%. Então temos de nos mobilizar. Não existe categoria que não faça greve”, explicou Esteban.

Estamos não só lutando pela reposição salarial. Estamos na luta também pela recomposição orçamentária das universidades públicas federais”, sublinhou Nivaldo. “Hoje nós temos o PCCTAE (Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação), conquista da greve de 2004. Já temos quase 20 anos, e vocês estão entrando na carreira num momento importante que é a luta também justamente pela reestruturação desse plano. Então contamos com vocês com apoio e participação nas atividades”, acrescentou Nivaldo.

Mesmo com todo todos os problemas a UFRJ é um lugar importante, bom de se trabalhar e onde vocês podem crescer e produzir. Fizemos especialmente esse panfleto para vocês com assuntos inerentes aos novos servidores. Servidor não pode ser punido por fazer greve e servidor em estágio probatório tem o direito de participar da greve. Todos nós podemos fazer greve. E essa greve é um direito de todos nós, foi muito conversada e muito pensada. Digo para vocês que é uma greve forte, tirada numa assembleia simultânea com mais de 700 companheiros. É uma greve justa e vocês precisam entender por que estamos nesse movimento. Tudo o que temos nos nossos contracheques é fruto de luta e greve!”, finalizou Marli.

Dúvidas

Foi aberto um espaço para os servidores se manifestarem e alguns fizeram algumas perguntas como Hélio Moura e Leonardo Pina. Hélio quis saber se essa era uma greve nas universidades, haja visto que a UFF também está com seus servidores em greve.

Foi explicado pelo CLG que a greve é em nível nacional, nas universidades federais que integram a base da Fasubra – a federação que reúne os sindicatos de trabalhadores técnico-administrativos das universidades públicas federais.

Leonardo perguntou sobre o alcance dos serviços oferecidos pelo Sintufrj interior do estado. Sendo explicado que o Sintufrj tem a sede no Fundão e subsedes na Praia Vermelha e HUCFF. Nas unidades externas e nos campi de Xerém e Macaé o Sintufrj realiza atividades itinerantes e organiza plantões conforme a necessidade.

Realidade da UFRJ

“Ao chegarmos na UFRJ acreditamos que vamos encomendar uma estrutura à altura da maior universidade do Brasil, mas após o acolhimento começamos a nos deparar com os problemas que impactam o nosso trabalho cotidianamente – a grande maioria em função da falta de orçamento – e descobrimos que somos uma das categorias com a maior defasagem salarial do serviço público federal. Além disso, as estruturas estão desabando por falta de manutenção”, diz um trecho do panfleto.

E continua. “Com uma perda inflacionária de mais de 40% nos salários, um plano de carreira defasado que não valoriza a permanência dos servidores na universidade, e cortes nos orçamentos, a categoria buscou o diálogo com o governo federal. Mas, após muitas reuniões não houve contraproposta, além de 0% de reajuste esse ano.”

Novos Concursados da UFRJ.
Rio, 18-03-24
Foto Elisângela Leite
Novos Concursados da UFRJ.
Rio, 18-03-24
Foto Elisângela Leite

 

“30 anos de lutas do Sintufrj saberes e memórias” foi o tema da aula inaugural dos cursos de capacitação e das oficinas oferecidos pelo sindicato aos sindicalizados e seus dependentes, terceirizados e trabalhadores do entorno da universidade, nesta segunda-feira, 18, no Espaço Cultural da entidade. Foi um momento festivo e de valorização da trajetória histórica e de lutas da categoria.

Na abertura, os coordenadores de Educação e Cultura do Sintufrj, Edmilson Pereira e Helena Alves, destacaram a importância dos cursos de capacitação oferecidos pelo Sintufrj para a qualificação dos servidores da UFRJ, e o de Patrimônio Cultural. Como também a contribuição das oficinas de violão, dança e patchwork para promover convivência social e colaborar para a saúde mental dos seus participantes.

O coordenador da Fasubra e técnico-administrativo do Instituto de Biologia da UFRJ, Francisco de Assis, enfatizou que os cursos objetivando capacitar e qualificar a categoria, e as oficinas que promovem a integração social e aglutinam as pessoas para trazê-las para a entidade, fazem parte da construção coletiva que resultou no projeto Universidade Cidadã para os Trabalhadores.

Além dos dois coordenadores de Educação e Cultura Edmilson e Helena (Carlos Daumas estava de plantão no HUCFF), fizeram parte da mesa o ex-dirigente da Asufrj e técnico-administrativo do Instituto de Biologia, Orlando da Conceição, e Roberto Gambine, ex-coordenador do Sintufrj e atual diretor adjunto de Administração do Instituto de Doenças do Tórax; Andrea Crisitna Queiroz, coordenadora da Divisão de Memória Institucional do Sistema de Bibliotecas e Informação (Sibi); Carolina Potiguara, assessora da Coordenação de Igualdade Racial e de Etnias da Secretaria de Cultura de Maricá e Renata Gama, coordenadora de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura de Maricá e do Instituto Estadual de Tombamento (INPAC).

Matrículas abertas

Até o final de março estão abertas as inscrições para os cursos de capacitação preparatórios para mestrado e doutorado, e até abril, quando será concluído o primeiro módulo, para o curso Patrimônio Cultural: lugares, saberes e memória. Já as oficinas oferecem vagas o ano todo.

. Leia matéria completa na edição do Jornal do Sintufrj 1430, que estará disponível nas redes sociais da entidade nesta sexta-feira à noite e nas unidades na segunda-feira, 25.

Inauguraçâo dos Cursos de Capicitação.
Rio, 18/03/24
Foto Elisângela Leite
Inauguraçâo dos Cursos de Capicitação.
Rio, 18/03/24
Foto Elisângela Leite
Inauguraçâo dos Cursos de Capicitação.
Rio, 18/03/24
Foto Elisângela Leite

Na Faculdade de Letras, os novos alunos encontraram a faculdade com aulas suspensas: os cerca de 40 trabalhadores – da empresa Athos estão até hoje (dia 18) sem salário e com as atividades paralisadas

Um ato na manhã desta segunda-feira (18) – programado dentro do calendário de atividades da greve dos trabalhadores da universidade – reuniu militantes do Comando Local de Greve dos técnicos-administrativos, estudantes veteranos e novos alunos (em atividade de recepção dos calouros) em defesa do pagamento dos trabalhadores terceirizados do serviço de limpeza da Faculdade de Letras.

Representantes do Centro Acadêmico da Faculdade de Letras e do DCE Mário Prata participaram ativamente da manifestação.

Ao se dirigir aos novos estudantes, a coordenadora do Sintufrj Marly Rodrigues, explicou que a greve deflagrada dia 11 de março – que atinge todas as universidades federais – é um último recurso pelo atendimento das reivindicações da categoria.

“Vocês passaram (para a UFRJ), realizaram um sonho. Mas a realidade da universidade é que faltam bolsas, bandejão, sala de aulas adequadas, condições de estudo e de trabalho. E essa luta não é só nossa. Hoje a Faculdade de Letras está sem aula. Suspensas porque os trabalhadores estão sem salário. Temos que lutar todos juntos”.

Também coordenadora do sindicato, Vânia Godinho lembrou que no “tour” que os veteranos fizeram com os calouros por todo Centro de Letras e Artes, puderam constatar os problemas da infraestrutura nos prédios, como no “Pamplonão”, o ateliê de pintura da Escola de Belas Artes, que foi fechado por falta de condições.

Esclarecendo a pauta da greve, a dirigente lembrou que a carreira dos técnicos-administrativos completa 18 anos e precisa da reestruturação e que todos os segmentos, trabalhadores e estudantes, precisam juntos abraçar as pautas em defesa da instituição.

O estudante Alexandre Borges, do DCE Mário Prata, falou aos novos estudantes e aos veteranos que responderam à convocação do CA de Letras e do DCE.

A manifestação denunciou o absurdo de trabalhadores terceirizados estarem sem salários e cobrar da Reitoria que resolva a situação: “Mesmo a UFRJ tendo pagado a empresa, segue sendo responsabilidade da universidade cobrar esses pagamentos de salário, afinal, sem as equipes de limpeza a UFRJ não funciona!”, afirma documento do movimento estudantil.

Situação dos terceirizados é absurda

Os novos alunos encontraram a faculdade com aulas suspensas. Os cerca de 40 trabalhadores – da empresa Athos estão até hoje (dia 18) sem salário e com as atividades paralisadas.

O salário de janeiro, segundo os trabalhadores, foi pago dia 28 de fevereiro. O de dezembro, dia 31 daquele mês e o 13º salário, só em janeiro. “Passamos o Natal sem salário”, reclamam.

Eles sofrem com atraso e, claro, juros nos pagamentos dos aluguéis. Uma trabalhadora conta que paga R$15 a cada dia de atraso e que um companheiro já foi despejado três vezes por causa da situação, até que largou o emprego.

E a situação vem se repetindo há alguns meses. Segundo alguns deles, desde que a empresa entrou há um ano. Dizem até que não está depositando o FGTS ou pagando o INSS.

A Congregação da Faculdade de Letras, diante da falta de pegamento e a consecutiva falta de condições de higiene e limpeza adequadas do prédio, aprovou a paralização das aulas dias 18, 19 e 20.

O CLG, que neste início de semestre letivo se divide nos campi em tarefas de mobilização, reuniões e panfletagens na recepção aos novos estudantes, se somou ao ato diante da importância do trabalho dos companheiros e do fato de que a situação é mais um reflexo da crise orçamentária, um dos alvos centrais da greve da categoria.

UFRJ informa que tomará medidas cabíveis

A UFRJ garantiu em nota que está em dia com as obrigações contratuais com a empresa Athos. “A UFRJ está processando os pagamentos de acordo com os prazos e fluxo contratual, mas a empresa infelizmente está em atraso quanto às suas obrigações junto aos trabalhadores que atuam no contrato”, diz o texto, explicando que a Reitoria adotará medidas cabíveis para isso não se repita.

Que medidas

“A Divisão de Contratos da PR6 está em contato com a empresa, enveredando esforços para que a mesma possa regularizar os pagamentos junto aos trabalhadores sobre sua responsabilidade. Estamos trabalhando também para otimizar nossos processos de fiscalização e acompanhamento dos contratos para reduzir problemas na execução dos mesmos. Estamos analisando outros modelos de contratação dos serviços de limpeza, de forma a assegurar a toda a comunidade acadêmica a continuidade desse serviço e o direito dos trabalhadores que atuam nos contratos de serem remunerados tempestivamente pelo seu trabalho”, declarou a pró-reitora de Gestão e Governança, Claudia Cruz.

Inauguração do Bandeijão no CTC.
Rio, 18/03/24.
Foto de Elisângela Leite