• Simultânea com MacaéPauta: Informes Nacionais

  •                     Informes Locais

  •                     Informes acerca da reunião com o Reitor

  •                     Avaliação da Greve

A greve dos servidores técnico- -administrativos da UFRJ começou em alta temperatura, já na manhã desta segunda-feira, dia 11, com a primeira reunião (presencial, no Espaço Cultural do Sintufrj, e por meio virtual) do Comando Local de Greve (CLG), que reuniu cerca de 170 pessoas e programou uma série de ações.

Além da instalação do próprio Comando, a reunião definiu agenda de mobilização e comissões de organização da greve. São cinco: Mobilização, Infraestrutura, Ética, Comunicação e Finanças.

  • TODOS JUNTOS

A greve, por decisão da assembleia geral que a deflagrou, dia 7, é de ocupação, mas com participação integral nos atos determinados pela categoria.

Já estão apontadas as atividades consideradas essenciais, como aquelas diretamente ligadas à vida ou à subsistência imediata – atendimento hospitalar, biotério, salário/aposentadorias/pensões, bolsas, restaurante universitário, pagamento a terceirizados, concursos do RJU. Matrícula dos novos alunos será considerada.

As assembleias aprovaram que os trabalhadores dos setores essenciais também participarão da greve, desde que garantido o percentual necessário para funcionamento das atividades, com organização de plantões em diálogo com o CLG.

Caberá ao CLG e à Comissão de Ética analisar e deliberar sobre futuras demandas durante a greve. A participação dos técnicos-administrativos nos colegiados é considerada importante atividade política e deve prosseguir durante a greve.

 

Fotos: Elisângela Leite

  • VEJA O CALENDÁRIO

DIREÇÃO. Essencial para organização da greve, o CLG foi subdividido em comissões, o que vai
permitir a divisão de tarefas para fortalecer o movimento. Reunião foi no Espaço Cultural

,
TERÇA-FEIRA, DIA 12
9h – Encontro dos integrantes do Comando, no Sintufrj, para acesso aos panfl etos de divulgação da greve e formação de grupos para percorrer unidades.
QUARTA-FEIRA, DIA 13
10h – Assembleias simultâneas, às 10h – Cidade Universitária (auditório do bloco A do CT) e Macaé (local a defi nir).
14h – Reunião do Comando Local de Greve.
QUINTA-FEIRA, DIA 14
9h – Ato no Conselho Universitário, às 9h30, no auditório do Parque Tecnológico por apoio à greve. O movimento também reivindicará solução para a falta de
local de aulas para alunos e profi ssionais do segmento da Educação Infan� l do
Colégio da Aplicação.

  • Reitor da UFRJ reafirma apoio

 

No início da tarde, representantes do CLG se reuniram com o reitor da UFRJ. No encontro, Roberto Medronho reafirmou o apoio ao movimento dos técnicos administrativos. Ele destacou a importância da recomposição salarial e da reestruturação da Carreira dos trabalhadores e defendeu um clima de diálogo na UFRJ durante essa jornada de luta.

Medronho reconheceu o direito de greve e assumiu o compromisso de que a direção da universidade não vai tomar nenhuma medida de restrição ao movimento.

Cerca de 4 mil mulheres marcharam da Candelária a Cinelândia formando um cordão multicolorido, diverso e inclusivo.

Levaram para a rua da capital carioca suas pautas, seus protestos, suas dores, alegrias e esperanças de um mundo melhor e menos desigual.

Marcharam pela vida de todas as mulheres, exigindo punição a todos os golpistas e em defesa da Palestina.

O Sintufrj como é tradição reuniu as mulheres da categoria que percorreram juntas a Avenida Rio Branco, defendendo com orgulho a pauta da mulher trabalhadora.

  • Por unanimidade, técnicos-administrativos aprovam greve a partir do dia 11

  • Ver cerca de 700 pessoas reunidas e distribuídas nos três auditórios onde o Sintufrj realizou as assembleias simultâneas – Fundão, Praia Vermelha e Macaé –, e decididas a dar um novo rumo à Campanha Salarial, emocionou trabalhadoras e trabalhadores

Com o auditório do Centro de Tecnologia CT) lotado, nesta quinta-feira, 7, os técnicos-administrativos em educação da UFRJ deliberaram pela adesão à greve da Fasubra, que terá início na segunda-feira, 11. O movimento é nacional e a maioria da categoria nas instituições federais de ensino do país já tomou essa decisão, inclusive as outras universidades e um instituto no Rio de Janeiro.

A última vez que esses servidores entraram em greve foi em 2015. E ver cerca de quase 700 pessoas reunidas e distribuídas nos três auditórios onde o Sintufrj realizou as assembleias simultâneas – Fundão, Praia Vermelha e Macaé –, e decididas a dar um novo rumo à Campanha Salarial, emocionou trabalhadoras e trabalhadores. Muitos optaram por acompanhar as discussões pelas redes sociais.

“É muito importante saber que poderíamos mobilizar a categoria em um cenário tão adverso. Essa greve está a serviço das lutas democráticas. Mas, precisa ser uma greve real, contundente. É entrar pra ganhar. Parabéns, categoria. Vamos à luta!”, disse confiante o coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente.

O esforço da Comissão de Mobilização nos três dias que antecederam as assembleias, e na própria quinta-feira, 7, foi responsável por garantir o quórum qualificado para decretação da greve.  Afinal, a realidade hoje na UFRJ é outra com o PGD (Programa de Gestão de Desenvolvimento). Depois da pandemia de covid-19, a rotina de trabalho na universidade ficou hibrido: presencial e home office.

Caráter da greve e Fundo de Greve

Na segunda-feira, 11, o Comando Local de Greve (CLG) se reúne às 10h, no Espaço Cultural do Sintufrj. Todos estão convocados a participar. O caráter dessa greve é de ocupação e mobilização, com lista de presença. Ou seja, a categoria virá à universidade para participar da agenda de lutas interna e externa.

As assembleias também aprovaram a criação do Fundo de Greve, no valor de um por cento do salário bruto, descontados em duas vezes, em abril e maio, sendo que a segunda parcela estará sujeita a uma avaliação de assembleia. Esse dinheiro custeará despesas com as mobilizações, que incluem caravanas a Brasília, material para atos e manifestações, visitas a parlamentares, com os comandos local e nacional de greve (deslocamento, hospedagem e alimentação dos companheiros), entre outros gastos.

Essencialidade

A intenção é fazer uma greve que mesmo os trabalhadores dos setores considerados essenciais possam participar das agendas de luta. Caberá ao CLG constituir uma Comissão de Ética para solucionar demandas das unidades e agir em caso de assédio moral de chefias.

Delegação a Brasília

Por decisão das assembleias, sete delegados participarão da plenária nacional  da Fasubra, sábado, dia 9 de março, no formato virtual. Foi formada uma chapa única com a participação de representantes dos coletivos políticos que militam no movimento sindical na UFRJ, e que estavam presentes nas assembleias.

A pauta da plenária é a seguinte: Informes da direção nacional; informes da assessoria jurídica nacional; informes das entidades; ratificar o indicativo de deflagração de greve da Fasubra para o dia 11 de março e encaminhamentos.

Porque votamos pela greve

Os eixos centrais da greve é a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), recomposição salarial e não à Reforma Administrativa. Mas o movimento inclui também a recomposição orçamentária das instituições públicas de ensino; jornada de 30 horas semanais para todos os servidores; não ao ponto eletrônico; paridade nas eleições para a Reitoria e órgãos colegiados.

As assembleias desta quinta-feira, 7, acrescentaram mais um ponto de luta para esta Campanha Salarial: o combate permanente contra a adesão da UFRJ à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

“O governo tentou confundir a Fasubra com a mesa técnica da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC), do dia 29 de fevereiro, mas a Federação continuou reta no indicativo de greve. E o ministro da Educação somente apresentou algo depois do indicativo de greve da entidade. Nós temos o pior piso do serviço público e o ministro sabe que queremos respeito e valorização. Nossa luta tem duas frentes: uma para cima do governo e outra para cima do Parlamento”, afirmou o coordenador de Comunicação da Fasubra e técnico-administrativo da UFRJ, Francisco de Assis.

Agenda de lutas

Foi aprovado ainda a realização de assembleia geral do Sintufrj na quarta-feira, 13, às 10h, no auditório do Centro de Tecnologia (CT), para avaliar as deliberações da plenária nacional da Fasubra, e manifestação na sessão do Conselho Universitário na quinta-feira, 14, às 9h.

8 de Março: Dia Internacional da Mulher

A coordenadora-geral do Sintufrj Laura Gomes falou nas assembleias sobre o 8 de Março e convocou todos os presentes ao auditório do CT e no auditório do CFCH, na Praia Vermelha, a participarem do ato na Candelária, nesta sexta-feira, 8, às 16h, seguido de caminhada pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, Centro do Rio.

Manifestações de apoio: sindicato, DCE e UNE

“Apoiamos a luta dos companheiros, porque é a nossa unidade que vai fazer o governo recuar da sua proposta de zero por cento. O servidor colabora com o Brasil e precisamos de muitas reestruturações, mas eles querem é destruir o serviço público”, disse Raul Bittencourt, dirigente do Sindicato Intermunicipal dos Servidores nos Municípios do Rio de Janeiro.

“Se fecha a universidade não com cadeado nas portas, mas com os sucessivos cortes no orçamento, trabalho insalubre e estudantes tendo que comprar equipamentos para poder estudar. Zero por cento de reajuste é um desrespeito. Esta é uma greve justa e tem o apoio e a solidariedade do Diretório Central dos Estudantes”, texto de apoio do DCE à luta dos trabalhadores.

Mabel, vice-presidente regional da União Nacional dos Estudantes (UNE), também se manifestou em apoio aos técnicos-administrativos em educação: “A luta dos trabalhadores será distanciada dos estudantes. O Centrão com suas medidas neoliberais é o nosso inimigo comum. Por isso a necessidade de uma grande mobilização conjunta. Estamos lutando por uma educação de qualidade e gratuita”.

 

Simultâneas
Assembleias aconteceram de forma simultânea no Fundão, na Praia Vermelha e em Macaé, transmitidas pelas redes sociais do Sintufrj e pela Fasubra (também no vídeo a seguir).
Auditório do Centro de Tecnologia, no Fundão
    
Praia Vermelha
      
Macaé
     
Momentos da mobilização
 
A Comissão de Mobilização composta por coordenadores do Sintufrj, apoiadores da gestão e militantes de base percorreram unidades dialogando com as trabalhadoras e trabalhadores e distribuindo panfletos explicando as razões pelas quais todos devem abraçar a Campanha Salarial deste ano. Nas fotos, mobilização no CT e no CCMN momentos antes da assembleia. À direita, chegada da delegação de Caxias, com mais de 15 pessoas.
Fotos: Elisângela Leite, Daniel Outlander e Jamil Malafaia (CT), Pedro Gabriel (Macaé) e AF Rodrigues (Praia Vermelha)

 

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 UFRJ faz sua adesão ao movimento nesta quinta-feira, 7, nas assembleias simultâneas

A Fasubra e seus sindicatos estão em um esforço concentrado para a construção de uma forte greve dos técnico-administrativos em educação a partir de 11 de março. Até a manhã desta quarta-feira, 6, mais da metade da base da federação já havia aprovado o indicativo. No Rio, UFF, Rural e Unirio já aprovaram a deflagração da greve, faltando a UFRJ.

O Sintufrj vem concentrando todas as forças na deflagração desse movimento paredista e um dia antes de sua assembleia de deflagração de greve marcada para essa quinta-feira, 7, realizou transmissão simultânea, com os sindicatos cariocas, da live do Fórum dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Públicas do Rio sobre a campanha salarial.

A live foi comandada pelos coordenadores da Fasubra, Francisco de Assis e Ivanilda Reis, com participação direta de Brasília do coordenador da Fasubra, André Nascimento, e dirigentes do Sintufrj, Sintur, Sintuff e Asunirio. Os sindicalistas reforçaram também que as medidas para resguardar o direito de greve dos servidores estão sendo tomadas pelas Fasubra e sindicatos, como oficialização do não corte de ponto por parte das Reitorias. E principalmente para aqueles que estejam em estágio probatório, que se filiem as entidades para não sofrerem quaisquer retaliações.

“Teremos de ter muita unidade de ação para esse enfrentamento nessa disputa não apenas com o governo, mas disputar também o Orçamento com o parlamento para repor o orçamento das universidades e arrancar nossa reposição salarial”, afirmou Francisco, que também é técnico-administrativo da UFRJ.

“A mobilização cresce a cada dia. E mesmo com uma realidade difícil para mobilizar, como o PGD e o Ponto Eletrônico, estamos vencendo isso. As pessoas estão dispostas a começar essa greve no dia 11. Estamos acreditando nessa greve e na nossa pressão para garantir a reestruturação de nossa Carreira e a reposição salarial. Não há outra maneira. Tudo o que conquistamos ao longo de nossa história foi através da resistência, de muita luta, e de muitas greves. Agora é o momento de sair do estado de greve com a construção de uma forte greve. A mobilização começa já”, anunciou Ivanilda, também técnica-administrativa da Universidade Rural.

“Estamos num momento crucial da nossa luta. Mais de 50% das universidades já se posicionaram a favor da greve. É um sinal claro que as demandas dos servidores técnico-administrativos em educação não estão tendo atendimento satisfatório”, pontuou André.

Mobilização no Rio

O Sintufrj pretende reunir mil trabalhadores na assembleia de deflagração de greve neste  7 de março. O Sintuff aprovou por unanimidade a greve a partir de 11 de março, assim como a Asuninirio, na terça-feira, 5. O Sintur foi o primeiro a aprovar o indicativo da Fasubra em assembleia dia 27 de fevereiro, já conquistando apoio no Conselho Universitário e do reitor.

“Estamos num momento de grande mobilização nas bases. Essa assembleia do dia 7 é muito importante e todos os companheiros estão rodando as unidades, inclusive nas hospitalares, e panfletando. Sem luta não vamos conseguir arrancar nada do governo que está muito pressionado pela extrema direita e pelo Centrão. Nada para a gente veio do céu. Veio com muita luta, mobilização e greve. Acreditamos que através da unidade arrancaremos melhorias para a nossa carreira e melhorias salariais”, sustentou a coordenadora-geral do Sintufrj, Marta Batista.

“De uns anos para cá só vemos o empobrecimento da categoria. E nós da enfermagem e muitos que entraram agora não alcançamos o piso salarial. Na UFRJ foi pago em forma de bônus. Um valor a mais separadamente do salário base para completar o valor do piso salarial. Isso deveria ser incorporado, mas para isso teríamos que ter a reestruturação da nossa carreira. Então é mais um dos motivos que temos que lutar nessa greve. Temos nos mobilizado nos hospitais. Vejo que as pessoas estão motivadas a comparecer na nossa assembleia e vamos incluir a UFRJ nessa greve que é importante não só para a reposição, mais também para a recomposição do Orçamento. Nossos prédios estão caindo aos pedaços”, completou a coordenadora-geral do Sintufrj, Laura Gomes.

“Estamos com um desafio muito grande nessa greve que já aprovamos para o dia 11, pois precisamos que ela seja muito forte.  Estamos fazendo campanha de conscientização e mobilização nas nossas bases”, Maurício Marins, dirigente do Sintur. “Reforço que aqueles que estão no PGD e no Sistema de Ponto Eletrônico todos são trabalhadores da universidade e devem também estar na greve”, acrescentou Maurício.

“Quem nunca se interessou pela greve está interessado. Conquistamos apoio da Reitoria que já afirmou que não vai cortar o ponto”, garantiu Vitor, dirigente do Sintur.

“Nossa carreira trata da nossa identidade, do nosso papel como atores na promoção da educação pública. É uma valorização. Mas ela tem 20 anos e muita coisa mudou, por isso precisamos reestrutura-la”, pontuou Lúcia Vinhas, dirigente do Sintuff.

“Esse movimento não é só dos técnico-administrativos. É um movimento para a Educação. O Andes sinaliza com a possibilidade de greve para o primeiro semestre desse ano e chamamos o Sinasefe para esse movimento”, observou Layene Almeida, dirigente do Sintuff.

“Aprovamos o indicativo da Fasubra com a decisão de uma greve de ocupação. Temos um calendário definido em que nele há diálogo com estudantes e realização de atos na universidade e na rua. Pela primeira vez haverá participação pessoas que nunca fizeram greve e também obtivemos apoio da Reitoria. A nossa greve nesse momento é sim corporativa, por salários, mais é uma greve principalmente em defesa da universidade pública, laica e referenciada”, destacou Rodrigo Ribeiro, dirigente da Asunirio.

 

 

 

 

 

Dois dirigentes da Fasubra avaliam a mobilização nacional pela greve da educação

Ivanilda Reis, coordenadora-geral:

“A mobilização está sendo boa. A preocupação da Fasubra era sobre se as assembleias fossem esvaziadas. Alguns dirigentes das entidades falaram em possível esvaziamento. Mas, as assembleias estão reunindo um número maior de participantes do que ocorre normalmente. Então, está havendo um retorno muito positivo. Os sindicatos estão aprovando greve ou marcando novas assembleias já para deflagração (da greve) no dia 11.

Até o dia 5 de março, cerca de 40 entidades (veja quadro a seguir) já tinham uma resposta. Em torno de 35 já tinham dito sim para a greve no dia 11. A gente está vendo um quadro bem positivo, uma grande mobilização. Essa semana está sendo de mobilização.

Mas vamos ter um raio-X dos números e da participação das entidades na greve na plenária (virtual) da Fasubra no dia 9 de março. Pelos números está positivo; pouquíssimas assembleias não conseguiram um número maior de participantes do que vinham reunindo em assembleias anteriores. Mas o engajamento ainda está aquém do que precisamos para uma greve forte. Ainda não é uma realidade assembleia bombando.

Entre as bases que ainda não decidiram, somente uma (de Alagoas) votou contra a greve. Outra coisa: muitas assembleias vão ocorrer no dia 11 para organização da greve”.

Francisco de Assis, coordenador de Comunicação da Fasubra:

”Fasubra tem uma avaliação positiva crescente da mobilização diante da posição tirada nas assembleias sobre o indicativo de greve no dia 11, o que fortalece a linha da Federação. E a gente está querendo intensificar a mobilização para que a totalidade (das entidades) chegue nessa data com o indicativo de greve. Porque isso vai fortalecer a representação da categoria na mesa de negociação com o governo. Então, nossa meta é chegar a 100% da base com o indicativo de greve no dia 11. Só o fato de a gente indicar que estará em greve, já fez o ministro (Camilo Santana, da Edducção) se movimentar. Isso mostra que a gente deve fortalecer ainda mais a mobilização”.

Imagine com greve…

Após a reunião da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC), no dia 29 de fevereiro, convocada de forma extraordinária pelo Ministério da Educação (MEC), o ministro da Educação Camilo Santana recebeu os membros da CNSC para ouvir as reivindicações da categoria e construir “caminhos de diálogo”.

Segundo a Fasubra, o ministro disse que nos próximos 30 dias acontecerão reuniões com as “diversas instâncias do governo, com objetivo de trabalhar pela valorização dos nossos servidores e pela escuta de suas demandas”.

A convocação para as assembleias desta quinta-feira, 7 de março, foi a principal tarefa da direção sindical durante os últimos dias. A Comissão de Mobilização composta por coordenadores do Sintufrj, apoiadores da gestão e militantes de base percorreram unidades dialogando com as trabalhadoras e trabalhadores e distribuindo panfletos explicando as razões pelas quais todos devem abraçar a Campanha Salarial deste ano.

No IPPMG, uma das unidades hospitalares por onde passou a comissão, o coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente atualizou as trabalhadoras e trabalhadores sobre a luta em curso  pela reestruturação da Carreira e a recomposição do orçamento da universidade, cuja a maioria dos prédios necessita de obras urgentes.

Motivos para a greve não faltam

“O orçamento da instituição é de R$ 370 mil milhões, mas a demanda é de R$ 790 milhões. Isso explica prédios caindo, a redução dos contratos de vigilância, limpeza e das bolsas estudantis sendo reduzidas. A dificuldade de manter o hospital funcionando. O governo está arrecadando mais, porém, temos que brigar para esse dinheiro vir para cá e não ir para o Centrão, para o banqueiro, porque essa turma tem poder de negociação. E o nosso poder é esse, fazer barulho”, disse Esteban.

Sobre as mesas de negociações com o governo, Esteban informou que os ministérios chegaram a um limite. “Em relação à Carreira não temos nenhuma resposta. E temos a Carreira mais defasada do serviço público. A pior remuneração média. Amargamos uma perda de 52% e um congelo de pelo menos sete anos. Essa greve não é um tiro no escuro. O contexto nos favorece. Porque o governo está dizendo que se a economia tiver um resultado bom esse ano, dá para distribuir alguma coisa para os servidores. E o ano já começou bem para as contas públicas. Por isso a gente vai à luta”, acrescentou o coordenador do Sintufrj.

“Só com luta”

“Não podemos ficar sentados em frente ao computador com medo do chefe. Somente se consegue as coisas com luta. Nos 36 anos em que estou na UFRJ, tudo o que nós conquistamos foi com luta, enfrentando o governo. Qualquer governo. Agora, nós precisamos estar juntos. Não podemos ficar sentados esperando o sindicato lutar por nós. O sindicato somos todos nós”, disse a coordenadora de Comunicação do Sintufrj Marly Rodrigues para os servidores na PR-6.

Quórum qualificado

Vânia Guedes, coordenadora de Políticas Sociais na sala da PR-3 informou que outras entidades do Estado do Rio já definiram a deflagração da greve no dia 11 de março, confirmo indicativo da Fasubra. Ela reiterou a importância de obtermos um quórum qualificado nas assembleias desta quinta-feira, 7.

Ela também avaliou o cenário como favorável à deflagração de greve e reforçou, assim como os demais companheiros e companheiras na panfletagem, a importância de fortalecer a luta pela conquista das reivindicações contidas na pauta de reivindicações desta Campanha Salarial.

 

          

           

                             

                   

           

   

A categoria dos técnico-administrativos da UFF aprovou por unanimidade a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir do dia 11 de março, seguindo a orientação da Fasubra.

A assembleia geral foi realizada no auditório da Faculdade de Economia. Mais de 150 servidores encheram o auditório e assinaram a lista de presença da assembleia que aprovou a greve.

“Diante da posição do governo de reajuste zero para 2024 e da ausência de propostas para o desenvolvimento e reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, não restou outra saída que não fosse a construção da greve”, justifica o Sintuff.

 Unirio

Os técnico-administrativos da Unirio também aprovaram a deflagração de greve a partir de 11 de março. A assembleia foi realizada no novo campus da universidade, na Avenida Presidente Vargas.

Na semana passada, trabalhadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro já tinham votado pela greve.

TRABALHADORES DA UFF aprovam greve por unanimidade . Foto: Jesiel Araújo AG. UFF

No dia 1º de janeiro, o movimento que implantou o socialismo na ilha caribenha e desafiou o poder dos Estados Unidos completou 65 anos. A comemoração da Revolução cubana vem sendo marcada por reflexões e publicações sobre o que representou esse momento do ponto de vista histórico e político, suas implicações nos dias de hoje e personagens icônicos, como símbolo de luta e resistência.

Uma destas publicações é o livro “O ministro Che Guevara, testemunhos de um colaborador”, de Tirso W. Saenz, cuja segunda edição, pelas Edições Manoel Lisboa, em parceria com a UJR (União da Juventude Rebelião), teve lançamento no Simpro-Rio (Rua Pedro Lessa, 35), no dia 29 de fevereiro, com a presença do autor. Mas após o lançamento de seu livro, Tirso Saenz passou mal e foi internado. Apesar de todos os esforços da equipe médica, não resistiu a um edema pulmonar e faleceu, aos 92 anos de idade.

Tirso foi vice-ministro do Che no Ministério de Indústrias de Cuba nos primeiros anos da revolução. Ao lado do Che, enfrentou enormes desafios para iniciar a construção do socialismo na Ilha. Seu livro, relançado pela UJR e pelas Edições Manoel Lisboa, em 2023, é um relato vivo e entusiasmante dessa experiência.

O livro vai além de registrar como o povo cubano enfrentou desafios políticos, sociais e técnicos. A narrativa sobre a convivência no cotidiano do trabalho do engenheiro químico cubano designado em 1962 vice-ministro com Che, dá pistas da personalidade intensa e humana do grande revolucionário.

Disciplina no trabalho

“Che era o primeiro no trabalho voluntário que acontecia toda semana. O trabalho voluntário era para todos, inclusive para os dirigentes do Ministério, que tinham que trabalhar na indústria têxtil, cortar cana… Che cortava cana como um profissional! Me marcou aquele homem que não usava recursos para nada, que era uma pessoa dedicada 100% à revolução, não só como ministro, mas também como membro da direção política, como membro do Conselho de Ministros, como chefe militar. E, ademais, um pensador e criador, um homem de ideias sobre como desenvolver o socialismo, particularmente em um país subdesenvolvido como Cuba”, conta Tirso em entrevista publicada na edição nº 279 do Jornal A Verdade (de outubro de 2023).

“Che morreu há mais de sessenta anos e segue sendo uma figura de caráter internacional. Eu creio que o mais importante seja a ideia que coloca o ser humano como o elemento central e decisivo em um processo de construção do socialismo. Ou seja, o futuro do socialismo está não só no desenvolvimento da ciência e da tecnologia, mas também no das pessoas. É um processo de formação de um ser humano que não seja egoísta, que tenha uma visão social, que tenha consciência de que é membro de uma sociedade”, avalia o autor. (A íntegra está em https://averdade.org.br/2023/10/tirso-w-saenz-para-o-che-o-ser-humano-e-o-principal-na-construcao-do-socialismo/).

Em despedida, a coordenação nacional da União da Juventude Rebelião UJR), escreveu: “Tirso viveu uma vida plena. Adorava contar para a juventude as histórias que viveu ao lado de Che. Aprendemos muito com ele. Sua partida é muito dolorosa para toda a militância da UJR. Vai deixar um vazio muito grande em cada um de nós, que tivemos o privilégio de conhecê-lo e chamá-lo de companheiro.”

TIRSO SAENZ NA QUINTA-FEIRA, 29, no lançamento do seu livro no Sinpro, ao lado de jovens combatentes.

 

A categoria dos técnico-administrativos da UFRRJ aprovou a deflagração da greve a partir do dia 11 de março, conforme indicativo da Fasubra, em assembleia realizada em 27 de fevereiro. Foi deliberado um calendário de ações e a criação de uma Comissão de Mobilização.

Desde esta segunda-feira (4) a mobilização começou na universidade: houve reunião com o Reitor Roberto Rodrigues, às 15h, na qual o Sintur iniciou questionamentos relacionados à pauta interna da universidade e comunicou a decisão de greve.

Haverá ainda visitas a todos diretores e pró-reitores e reuniões no Consuni e em departamentos, visitas setoriais em todo os setores da UFRRJ, e Roda de Conversa com a Mulheres da Rural nesta quarta (6).

A comissão de mobilização do Sintur realiza também reunião híbrida com a Assessoria Jurídica do sindicato para todos os TAEs no dia 7 e promove reunião com os aposentados e pensionistas, GT Carreira, seção sindical de docentes e DCE (estudantes). Está prevista  ida à Câmara de Vereadores de Seropédica para falar sobre o movimento.

Os demais sindicatos das universidades federais integrantes do Fórum dos Trabalhadores Técnico-Administrativos (Sintuff e Asunirio) também realizam assembleias para avaliação de deflagração da greve nesta terça-feira, 5 de março.

Fasubra: cerca de 30 sindicatos já aprovaram greve

Embora a Fasubra ainda não tenha divulgado a tabulação oficial com o resultado das assembleias pelo país até o dia 1º, a estimativa do coordenador Francisco de Assis era de que cerca de 30 entidades já aprovaram greve em suas assembleias com previsão de novas assembleias para deflagração do movimento. Segundo ele, a federação terá plenária virtual do dia 9, sábado.

O Sinasefe, explicou o coordenador da Fasubra, terá plenárias nos dias 16 e 17 de março para decidir acerca da construção da greve. Mas a base da Fasubra já está avançando na sua organização em defesa de sua pauta específica, cujo eixo central é o aprimoramento da Carreira.