– Considerando que é dever da direção do SINTUFRJ gerir o patrimônio e as finanças da Entidade, garantindo sua utilização para o cumprimento das deliberações das instâncias do movimento;
– Considerando que é dever da Direção garantir a filiação de qualquer integrante da categoria, sem distinção, segundo previsto no Estatuto;
– Considerando que o Governo criou dispositivos que interromperam o pagamento da contribuição sindical e estamos com mais de 2 mil membros da categoria sem desconto no seu contracheque;

A direção do SINTUFRJ – Triênio 2022/2025 em reunião do seu pleno deliberou por unanimidade:
1- Publicar este edital para permitir que os servidores regularizem sua contribuição sindical com a Entidade durante o período de 23 de agosto a 30 de setembro de 2022;
2- Todos os servidores que tenham se desfiliado da Entidade em virtude do não pagamento da contribuição mensal do Sindicato referente aos últimos 2 anos e meio (março de 2020) e que procurarem a Entidade no período assinalado no item 1 deste chamamento, terão anistiados, EXCLUSIVAMENTE, os débitos relativos à esta contribuição;
3- No caso dos servidores desfiliados da Entidade em virtude de débitos relativos à convênios referente aos últimos 2 anos e meio (março de 2020), que não seja a contribuição mensal do Sindicato, e que procurarem a Entidade no período assinalado no item 1 deste chamamento, poderão parcelar o seu débito em até 36 meses a iniciar em setembro de 2022 e findar em setembro de 2025;
4- O parcelamento que trata o item 3 do presente será formalizado por instrumento particular e poderá ser realizado mediante depósito bancário identificado, boleto bancário ou cartão de crédito.

Observação: A Anistia para os Sindicalizados não contempla os planos de saúde e odontológicos administrados pela Allcare, bem como os planos administrados pela Assistência Funeral Sinaf.

Direção do SINTUFRJ
Gestão 2022/2025

E a apresentação de nossa plataforma de lutas ao companheiro.
A entrega formal do documento de apoio e a plataforma foi ontem, em Belo Horizonte, por ocasião do início da campanha.
Aprovamos, também, o apoio a todas as candidaturas do nosso campo para deputados e senadores, de forma a compor um congresso nacional mais representativo da defesa dos interesses da classe trabalhadora!

Por: UNIR – Unidade, Resistência e Luta

11 DE AGOSTO DE 2022: LEITURA DA CARTA EM DEFESA DA DEMOCRACIA FEITA POR REPRESENTANTES DAS ENTIDADES QUE ATUAM NA UFRJ . A MANIFESTAÇÃO PARA A HISTÓRIA POLÍTICA DO PAÍS

 

Entrevista ao Jornal A Verdade

A Verdade conversou com Esteban Crescente, 34 anos, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj). Servidor da universidade desde 2014, Esteban já foi diretor da UNE e do DCE-UFRJ e hoje é uma das principais lideranças sindicais do Rio de Janeiro, além de presidente estadual da Unidade Popular (UP). Nesta entrevista, ele denuncia a política de precarização do serviço público aprofundada pelo governo Bolsonaro e aponta quais caminhos o movimento sindical deve seguir para reverter as reformas neoliberais e reconquistar os direitos trabalhistas retirados nos últimos anos.
Heron Barroso, Rio de Janeiro (RJ)

A Verdade – Os servidores públicos federais estão há vários anos sem reajuste salarial. Qual o tamanho exato desse arrocho e como isso se reflete no serviço prestado à população?
Esteban Crescente – Primeiramente, eu gostaria de saudar o trabalho exemplar do jornal A Verdade como elemento de conscientização social e organizador coletivo da classe trabalhadora. Digo isso, enquanto brigadista do jornal, condição da qual muito me orgulho. Em relação ao arrocho salarial, há 5 anos sofremos sem reajuste. O último foi em 2017, fruto da greve de 2015. Durante os 4 anos de Bolsonaro na Presidência, os
servidores federais acumularam 20% de perda inflacionária com salários congelados. As consequências dessa perversidade são sentidas na pele pelo conjunto da população, principalmente no que se refere ao atendimento precarizado ao cidadão e à redução da quantidade de servidores em vários órgãos. É comum colegas servidores acumulando vínculos de trabalho em mais de um local para dar conta da renda, o que leva à sobrecarga de trabalho e ao estresse. Importante lembrar que, ao contrário de setores da iniciativa privada, a lei não obriga o governo a conceder aumentos anuais para corrigir a inflação com dissídio.

As condições de trabalho também pioraram muito nos últimos anos. Quais as causas disso?
Fundamentalmente, essa piora tem a ver com os cortes orçamentários para manutenção e investimento dos órgãos. O volume de cortes em áreas sociais desde 2017 teve forte incremento fruto da Reforma do Teto de Gastos (EC-95), que congelou o investimento em áreas sociais por 20 anos. Somente na Educação, as perdas chegam a 30 bilhões. É verdade que antes já ocorriam cortes de verba, mas, desde o golpe de 2016, a burguesia vem acelerando o desmantelamento do Estado brasileiro e impondo várias reformas antipovo, o que impede a melhoria de infraestrutura de prédios, pagamento de serviços de manutenção e leva à piora do trabalho e do atendimento à população.

No caso das universidades federais, quais os maiores impactos dessa política de cortes?
Os cortes orçamentários nas universidades geram o quadro grave de paralisação de pesquisas, precarização de condições de ensino e até mesmo atendimentos de saúde nos hospitais universitários.
Mas, a situação mais dramática é do contingente de estudantes de baixa renda, hoje a maioria nas universidades públicas, que deixam de receber bolsas de assistência e permanência. É cada dia mais comum casos de estudantes vistos nos corredores com fraqueza por estarem com fome. A evasão dos cursos nas universidades também cresceu. Vale dizer que dinheiro não falta. Em 2022, o corte de verba do MEC foi de R$ 7 bilhões, enquanto a destinação de orçamento secreto para deputados do Centrão aliados de Bolsonaro foi de R$ 18 bilhões.

O aumento da terceirização no serviço público, incluindo os hospitais universitários, trouxe algum benefício para as universidades?
Ao contrário! O aumento da terceirização trouxe precarização e superexploração da força de trabalho, principalmente nos setores de limpeza, vigilância e manutenção, mas está avançado também para mais funções. O que vemos é o conflito entre vínculos, servidores e terceirizados com direitos, atribuições e ordens de chefias diferentes. Para piorar, as empresas terceirizados constantemente cortam ou atrasam salários, perseguem politicamente e demitem quem ousa questionar esta opressão.

Um dos objetivos do governo federal é fazer uma reforma administrativa no serviço público. Quais são os principais pontos dessa reforma e por que ela é uma ameaça ao funcionalismo?
O primeiro objetivo da Reforma Administrativa é abrir o setor público para a gestão privada, via empresas privadas ou OS (Organizações Sociais), que assumem a gestão como intermediários sem vínculo direto com os órgãos. No Rio de Janeiro, a experiência das OSs na Saúde é desastrosa. Na prática, o acesso do público aos serviços essenciais vai piorar, na medida em que haverá descontinuidade de serviços ou mesmo cobrança financeira. Em segundo lugar, a proposta do governo visa acabar com os concursos públicos e adotar a política da indicação e apadrinhamento de comissionados. Somado ao fim da estabilidade dos servidores públicos, essa medida rebaixará os salários e transformará os trabalhadores em “servidores de governo” e não de Estado. Sem a estabilidade, acaba a condição do servidor de denunciar ou negar-se a participar de ilegalidades, sejam de chefias diretas ou mesmo do alto escalão do governo. Por fim, o governo Bolsonaro quer eliminar órgãos ou instituições públicas sem consulta prévia
ao Congresso Nacional, entre elas universidades e institutos de pesquisa. No ano passado, o movimento unificado dos servidores públicos conseguiu impedir o andamento da Reforma Administrativa, mas, novamente, Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, querem aprovar a todo custo esse projeto de destruição do serviço público.

Nesse cenário, qual deve ser a atitude do movimento sindical?
O movimento sindical dos servidores públicos federais precisa convocar as bases para a luta e mobilização de rua. Devemos seguir o exemplo de categorias como a Enfermagem, que aprovou o Piso Salarial Nacional, ou os trabalhadores da limpeza urbana do Rio e da Paraíba, que conquistaram ganhos acima da inflação. Mesmo num momento tão difícil como o que vivemos, a mobilização unitária da categoria é a única que pode arrancar vitórias. Além disso, o movimento tem que dialogar com a população e ter aliança direta com diversos setores da nossa classe, em especial os estudantes e os companheiros terceirizados. A conquista de serviços públicos na forma de direitos sociais como saúde,
educação, previdência, assistência social, etc., é resultado de dois séculos de luta da classe trabalhadora.
Os trabalhadores do serviço público devem mostrar isso para a população e chamá-la a defender esse importante patrimônio. O tipo de Estado que Bolsonaro, os generais golpistas e os banqueiros querem é a ditadura, com máxima força de repressão e toda a estrutura do país na mão dos grandes empresários. Não podemos permitir isso!

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Os técnicos-administrativos sindicalizados que trabalhem em outros campi e que precisarem de apoio logístico para deslocamento para a assembleia do dia 9 de de agosto devem enviar e-mail com nome completo, SIAPE, telefone e campus de trabalho até esta sexta-feira, 5 de agosto, para organizaçãosindical@sintufrj.org.br. Essas informações são necessárias para a Comissão de Oranização e Políticas Sindicais possa dimensionar e responder às demandas.

A direção do SINTUFRJ esclarece que é ação de estelionatário(s) informações que têm circulado em grupos de whatsApp acerca de supostas liberações de valores relacionadas a ações judiciais movidas pelo sindicato.

Fábio Marinho, Luciana Calixto e Valdinéa

 

Nova crise alcança os terceirizados da UFRJ. Uma reunião na quarta-feira (13 de julho) na Praia Vermelha que reuniu cerca de 70 pessoas expôs o drama dos trabalhadores da empresa Focus. “Essa empresa está de novo pressionando os terceirizados a pedirem demissão para que ela não arque com as suas responsabilidades no ato do desligamento do trabalhador e, possivelmente, quando terminar o contrato no Fundão lá no CT todos vão ficar sem receber suas rescisões”, afirmou Luciana Calixto, dirigente da Attufrj, a associação que defende os terceirizados.

Waldinea Nascimento, também dirigente da associação, observou que os trabalhadores terceirizados são iguais a qualquer trabalhador da universidade. “A universidade contrata a empresa e tem que ser responsável pela empresa que ela contrata. Quem contrata é a UFRJ então tem que assumir os riscos”, cobrou.

Fabio Marinho, coordenador do Sintufrj, considera um absurdo a situação dos terceirizados. Na mesma linha de Waldinea Nascimento, o dirigente afirmou que “a responsabilidade em última instância é da Reitoria da UFRJ que celebra esses contratos. É um absurdo que a maior universidade federal do país permita que esse tipo de coisa aconteça com seus trabalhadores terceirizados que são vitais para o funcionamento da universidade. Se eles pararem de trabalhar uma semana a universidade para”. Fabio participou da reunião prestando solidariedade em nome do Sintufrj.

“O Sintufrj junto com a Attufrj irão cobrar providências imediatas (para evitar demissões de trabalhadores)” disse o dirigente.  “E deve-se pensar novas forma de contratação de serviços para retirarmos o intermediário do meio”. Segundo Fábio Marinho, “isso só faz com que a universidade gaste mais dinheiro, os terceirizados ganhem menos e a Attufrj enfrente toda essa instabilidade ficando à mercê de lucro apenas”.